Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 21
"O amor subiu na árvore em tempo de se estrepar..."


Notas iniciais do capítulo

ÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE 2017!!!
ESPAÇO PARA DIZER QUE EU AMEI MUITO, MUITO, MUITO, O B R I G A D A, PELA RECOMENDAÇÃO Charllow!!!! Tenho muitos comentários a fazer, mas estou com tanta pressa que depois volto só pra editar isso aqui, e fazer um agradecimento digno daquela recomendação maravilhosa!


O capitulo a seguir, é muito importante para o desenrolar da história. Ta bom? Então ta bem.


Desculpa pelo tamanho, é a junção de muita euforia, com leves bloqueios.



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Freddie

—Ei, ei, ei, eu estou bem, ok, eu só... 

Vi Samantha titubeando em câmera lenta até que seus olhos fecharam e ela sucumbiria ao chão se não tivesse corrido para socorrê-la. A chuva caia de modo constante e eu estava consideravelmente atordoado.

—Samantha? Ei, Samantha? – chamei perto de seus ouvidos quase gritando. Verifiquei a pulsação, e a respiração, tudo estava absurdamente calmo.

—Caralho... Não faz isso não, não faz isso comigo não, por favor.

Olhei para os lados e estava sem opção, estava sem carro, no meio do Central Park, com uma mulher desacordada nos meus braços, que não era a minha noiva e sem celular, pra piorar a chuva só aumentava e não passava uma viva alma pra me ajudar.

Não tinha jeito, resolvi carregá-la e levar até meu apartamento pessoal, que fica a alguns metros dali. Com todo cuidado do mundo, ajeitei seu corpo junto ao meu e a levantei. Diferente do que eu pensei ela era muito mais leve, ou talvez eu estivesse nervoso demais. A chuva não aliviava e Sam estava tão próxima de mim, desacordada, os cabelos loiros encharcados batiam contra meu peito, e não havia forma alguma de evitar tal ato.

Andei alguns metros, pegando um atalho entre as árvores e cheguei ao prédio.

—Senhor Benson? Esta tudo bem? Precisa de alguma coisa? – um funcionário correu com um guarda-chuva.

—Não se preocupe Richard, esta tudo bem. Não precisa me olhar assim à moça não esta morta.

—Eu não pensei isso senhor.

—É claro que não. – entrei no elevador ainda com Samantha nos braços e chamei o Richard para me ajudar, afinal a porta precisava ser aberta.

—Senhor...

—Sim, Richard.

—Desculpe, eu não quero me intrometer mas...

—Ela caiu na rua e eu resolvi ajudar, somos velhos amigos, só isso.

—Tem muito tempo que ela esta assim? Quer dizer, a julgar pelas roupas encharcadas o caminho deve ter sido meio longo, no mínimo quase 10 minutos de caminhada e ela não acordou? Não é melhor chamar um médico?

—Eu não sei, também não entendi o que houve, ela simplesmente tropeçou caiu, e depois desmaiou. Olhe, por favor você poderia?

—Ah, claro. – Richard, virou a chave e empurrou a porta.

—Olhe, eu vou monitorar os sinais vitais e se em meia hora ela não acordar, eu ligo pra você e peço que chame um médico.

—Pode deixar, a dispensa esta abastecida caso precise de algo, tem algumas caixas vindas da Europa, estão ao lado da mesa de centro.

—Muito obrigada, Riche.

—Por nada, senhor.

—Pode me chamar pelo primeiro nome você sabe disso não é?

—Sei, Freddie, mas a gerencia prefere assim, senhor Benson. – Ele piscou o olho e se retirou.

Richard era um velho conhecido, praticamente crescemos juntos em Seattle, quando minha mãe achou que seria mais seguro me mudar com meus tios para um lugar mais confortável, em resumo, não deu muito certo, fui morar com Nate e meus tios continuam em Seattle, mas ainda tinha o loft para guardar minhas coisas pessoais ou fugir do mundo.

—Ai Sam... E o que eu faço com você? – Pensei em deixá-la no sofá, mas isso parecia muito errado, e frio da minha parte. Por fim, a coloquei na cama.

—Você não pode ficar com essa roupa tá encharcada, se demorar muito pra acordar vai estar gripada... Não seria errado da minha parte tirar sua roupa, ou seria? Ah, é pela sua saúde.

Tirei o short e a blusa de Sam, deixando em suas roupas intimas, era por um bom motivo, afinal, doenças pulmonares são terríveis. Foi inevitável admirá-la, seus cabelos ensopavam o travesseiro e no lençol milagrosamente não havia molhado. Tão linda... Puxei o edredom e olhei para o relógio pra fazer a contagem do tempo, de 5 em 5 minutos verificava sua respiração e checava o pulso. Porque diabos ela não acordava?

Faltavam 15 minutos para ligar para o médico, quando eu resolvi fazer um chá na esperança de que ela acordasse e precisasse de algo quente. Voltei com o chá e deitei ao seu lado. Nem reparei que ainda estava molhado, pus as roupas na secadora e vesti uma calça de moletom cinza, que estava perfeitamente dobrada na segunda gaveta do armário, mamãe pensava em tudo. Peguei um livro esperei os próximos 5 minutos para ver se tinha alguma alteração nos sinais. Ela permanecia corada, o que era bom. De repente lembrei-me de algo imprescindível que não tinha verificado e havia feito meu coração acelerar, me negava a fazê-lo mas era extremamente necessário.

—Por favor, Samantha, esteja com seus olhos normais e perfeitamente lindos como são.

Peguei uma lanterna na gaveta e joguei no olho esquerdo, pupila normal e perfeitamente contrátil. Fui para o olho direito com um temor absurdo, se a pupila não reagisse como o esperado, ou seja, com um contração rápida indicaria que Sam estava em coma ou com uma lesão nervosa.

Respirei aliviado e exausto quando aquele olho de um tom de azul duvidoso contraiu rapidamente. Tudo bem, tudo normal. Desabei na cama e inevitavelmente, meus olhos pesaram.

Samantha

Senti minha cabeça pesar antes mesmo de abrir meus olhos, respirei fundo, e passei a mão no cabelo que estava úmido, mas o que? Abri os olhos e a penumbra só colaborava para o reconhecimento de que aquele não era meu apartamento. Será que eu surtei e sai à noite? Olhei o lençol a abaixo de mim e estava moderadamente vestida. Ouvi uma respiração leve que certamente não era a minha e tremi, estava na hora de virar para ver quem me acompanhava.

Freddie. Alivio, foi o que eu senti ao ver o moreno deitado ao meu lado, o cabelo desgrenhado e sem camisa indicariam que eu realmente tinha surtado, mas a calça cinza denunciava que nada tinha acontecido.

Me levantei tomando todo cuidado do mundo para não acorda-lo. Quando pus os pés no chão uma dor incomoda no tornozelo fez com que uma avalanche dos últimos acontecimentos preenchesse minha mente. Okay, mas porque eu estava em uma cama com Freddie? Dei uma olhada no local, era um loft minimalista com toques de conforto, parecia algo intimo. Não precisei ir até a janela para saber que estava chovendo, as gotas coladas no vidro panorâmico faziam um som amistoso.

Eu tinha a chance perfeita, e percebi que o universo tinha um plano muito bom pra mim naquele dia, porque na minha frente tinha uma foto de família e um retrato de Freddie aparentemente aos 21 anos. Celular, celular, onde esta você? Bingo! Peguei o aparelho numa espécie de escrivaninha, tirei as fotos e mandei pra Carly. Serviço cumprido, hora de ir embora. Passei direto para o guarda roupa, olhei para uma calça e um blusão e os separei. Eu com toda a certeza queimaria essas peças depois.

—Ah Freddie, tomara que não seja você. Porque se for...

Freddie se mexeu um pouco e eu constatei que estava na minha hora, circulei a cama para pegar as roupas e ir, quando um copo com chá chamou minha atenção, seguido de umas anotações de batimentos e respiração que beiravam o final de uma pagina. Ele cuidou de mim, eu não posso simplesmente largar ele ai. Sorri quando me lembrei da sua expressão de desespero que agora tinha o abandonado e dado lugar a outra suave e terna. Ele dormia parecendo uma criança. Deus como eu vou me arrepender disso... Guardei a roupa de volta no lugar e sentei na cama. Talvez isso seja muito errado, mas muito mesmo, mas olha-lo sem objetivo aparente estava ficando perigoso e com motivo, passei a revirar as gavetas até encontrar uma câmera. Coloquei a bateria e liguei.

—Será que temos fotos em família ou fotos com a noivinha querida?

Nenhum dos dois, tinham fotos de Freddie e de diversos lugares incríveis e de pessoas de todos os tipos.

—Afinal de contas, quem é você Benson? – fiquei em pé na cama e estava tirando algumas fotos, o corpo de Freddie posicionado entre minhas pernas para conseguir o foco, espaço e ângulo perfeito. Ele estava acordando, passando a mão pelo cabelo e quando me viu ele não se assustou, não travou o maxilar, não baixou os olhos para percorrer o meu corpo, ele simplesmente sorriu, e eu mordi os lábios em resposta àquela cena sexy que passava pelos meus olhos. Droga Sam, o que você esta fazendo?

— Você acordou. – ele disse constatando o óbvio.

—Não, você acordou.

—É. – Freddie segurou meu tornozelo e me puxou para baixo, eu cai genuinamente há poucos centímetros de sua boca, ajoelhada e minha expressão de desconforto me denunciou.

—Desculpa, de verdade eu... Ainda dói muito?

—O que?

—O tornozelo.

—Ah, você me puxou pelo direito, o que ta me incomodando é o esquerdo.

—Tudo bem. Eu posso olhar?

—Você é medico?

—Não, mas quer que eu chame um?

—Olha logo. – Freddie impulsionou seu corpo para o lado e me girou na cama. Tocou com firmeza no local, ao que eu reage com um “ai” que mais parecia um gemido, e abaixei os olhos envergonhada.

—E então doutor?

—Esta tudo bem, só inchou um pouco. Eu vou pegar gelo, e um curativo pra limpar os arranhões, sua cabeça deve estar doendo. Então, a sua direita tem um chá, eu não sabia se você gostava de chá, mas eu fiz assim mesmo, se não quiser tudo bem é só deixar ai. Eu trago uma água e um analgésico.

—Eu gosto de chá.

—Que bom. – Freddie sorriu e se afastou. Eu nem havia notado os arranhões.

Estava na metade do chá quando ele voltou.

—Desculpa, é que tem tempo que eu não venho aqui e demorei pra achar. – ele estendeu a mão com o analgésico.

—Tudo bem.

—Caralho, você me deixou desesperado. São o que? Quase 7 da manhã. Eu tentei de tudo e você não acordava, se eu não tivesse caído no sono teria ligado para um médico.

—O que aconteceu? Onde a gente tá?

—Você estava andando, desviou, caiu, levantou e desmaiou.

—E você achou que estava morta, e num ato impensado me trouxe pra cá, para que não ligassem minha morte a você.

—É, mas não seria muito inteligente da minha parte trazer uma mulher desacordada para o minha casa.

—Sua? Você é dono de uma imobiliária?

—Não necessariamente. Deita. – Freddie passou a mão pela minha cintura e pressionou o algodão no osso do meu quadril.

—Não me lembro de ter caído assim desde os 10 anos.

—Não? Você tem outras marcas por aqui.

—Ah, eu sou meio desastrada. Pancadas ok, escoriações não.

—Desastrada e gosta de chá, quem diria. – Freddie riu.

—O que?

—Você não faz muito o tipo desastrada.

—Você traçou meu perfil muito errado, tem muita coisa que não sabe sobre mim, e o que sabe com certeza não é necessariamente verdade, ou do jeito que se sabe.

—Tem toda razão, a maioria das vezes que nos vemos não nos falamos muito.

—Muito? Eu diria que não falamos nada. Eu também não sei nada sobre você, além do fato de ter uma noiva, ser primo do meu ex, rico e possível dono de uma imobiliária.

—É assim que você me define?

—Por ai.

—Sabe Sam, eu de verdade gostaria de saber mais sobre você.

—Freddie, eu não acho que seja uma boa ideia. Vamos começar conversando trivialidades e quando nos dermos conta nossas roupas já se foram, e vamos combinar que não falta muito pra isso.

—Você não ficou louca por eu ter tirado a sua roupa.

—Já tirou outras vezes por motivos nada nobres, minha roupa devia esta ensopada.

—Estava. Você não se importa mesmo?

—Com o que? Você ter tirado minha roupa? Freddie meu caro, a vida é mais que algumas peças de roupa. – Freddie terminou o curativo, e eu puxei o lençol até os quadris.

— Ah é? E você sempre foi liberal assim?

—Nem sempre. Vamos fazer assim, eu te conto umas coisas, e você me conta outras coisas mas, se isso acabar em algum tipo mínimo de tensão sexual a conversa encerra aqui e você vai correr pela rua de cueca.

—Seria uma cena incrível.

—Epa epa, estamos evitando tensões, não criando.

—Sim senhora. Agora me conte, porque você optou por esse estilo liberal.

—Ah, eu sempre fui muito bela, recatada e do lar, sem muitas ambições na vida, por um longo tempo eu só quis ser uma boa esposa e mãe, e acredite não tem nada de errado nisso. Mas então, algo alterou a ordem da equação da minha vida, e eu fiquei perdida sem ter muito pra onde ir. E eu resolvi seguir o pior estilo de vida sabe? Só se vive um dia, e se eu morrer amanha? Essa merda de frase pode realmente acabar com você. Bom, tudo estava ficando pior do que antes, porque, aquela garota inconsequente não era eu. Já ouviu falar de Simone de Beauvoir?

—Claro.

—Surpreendente. Enfim, eu estava na faculdade, estudando pra uma prova que eu tinha certeza que perderia, de ressaca até a morte, não me julgue eu não sabia beber naquela época. Então, eu vomitei em cima da apostila, e tava tão louca que arranquei uma pagina de livro pra limpar, e ali na pagina que eu arranquei tinha a frase mas incrível do mundo: “Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre...”

—“Porque alguém disse e eu concordo que o tempo cura, que a mágoa passa, que decepção não mata...” – Freddie completou

—“E que a vida sempre, sempre continua.” – Terminamos juntos.

—Isso. Sabe o que isso significou pra mim? Eu não preciso ser o que esperam ou não que eu seja, eu posso fazer o que eu quiser, e se eu tiver que ser chamada de vadia por me divertir, eu serei. Se eu tiver que ser definida pela sociedade como uma qualquer, que seja! Não sou eu que estou errada, é o pensamento dos outros, uma roupa não me define e a sociedade não me limita. A vida é curta, mas a brevidade do tempo se desenvolve de acordo a minha determinação. Da pra entender?

—Da sim, e me desculpa mesmo, pelo que eu te disse uma vez.

—Tudo bem, você se redimiu direitinho. E você o que me conta? Onde estudou francês?

—Na verdade a minha família em parte é francesa.

—Jura? – confirmação número 2.

—Juro, eu cresci longe dos meus pais, ia pra França de ano em ano e olhe lá.

—É por isso que você é assim? Faz as vias de calhorda.

—Não. Na verdade não é nada tão forte. Antes de vir pra cá, eu morava em Seattle com meus tios. E eu era um nerd desengonçado, que amava uma menina bonita e popular pra quem dava aula de matemática e física. Então, eu acreditava no amor, de uma forma estupidamente exagerada, eu achava que ela me amava só porque sorria pra mim. E ai um dia, eu resolvi sabe, arriscar, depois de ter assistido um comédia romântica.

—Ah, não...

—Sim, eu simplesmente comprei um coração enorme, de vidro e dei pra ela no meio do colégio, ela jogou no chão e riu de mim enquanto eu catava os cacos chorando, depois disso, ela saiu com o atacante do time e eu fiquei lá como a piada da escola.

—E porque você não ficou na França?

—Meus pais acharam melhor crescer por aqui, pra ser uma pessoa melhor, cheia de virtudes e consideravelmente mais humilde.

—Interessante.

—É, e eu fiz o contrário, eu mudei minha essência e me tornei o tipo de pessoa que eu achava desprezível. É aquilo sobre se orgulhar de quem você é...

—Você pode mudar, arrependimento é um bom começo. Sabe o que passou...

—Passou.

—Ai isso aqui tá muito melancólico.

—Não ta? – Freddie riu.

—Eu tive uma ideia. Seguinte vamos falar sobre coisas estranhas que fazemos micos da vida, sem lições de moral.

—Se eu te falar sobre as minhas loucuras, você vai se apaixonar por mim. – Freddie disse se aproximando de mim.

—Não, você é que vai ficar louco atrás de mim, não vai dormir, vai sonhar comigo, vai tomar cuidado ao chamar o nome da sua noiva pra não chamá-la de Sam.

Freddie parou os olhos em mim, por bons segundos, com um ar de riso.

—Freddie?

—Oi.

—Ta tudo bem?

—Ta, não foi nada.

—Ta bem. Escuta essa. Eu não consigo passar por prédios altos sem contar todas as janelas.

—Eu somo as placas dos carros.

—E no final todas tem que resultar em uma unidade?

—Isso! Eu tomo café com chocolate, açúcar e leite, e whisky com água.

—Eu molho os biscoitos no café.

—E eu o pão, e o bolo.

—Mentira! – eu praticamente gritei.

—Ta, essa é muito boa. Quando eu era menor, eu prendi a mochila na porta do metrô.

—Haha venci. Semana passada eu prendi a bolsa na cadeira do ônibus, e ela abriu.

—Eu prendi a calça no táxi.

—A calça?

—É, eu estava indo pra uma reunião em Wall Street. E infelizmente me helicóptero estava na oficina.

—Você não odeia quando isso acontece? Quando mais precisamos os helicópteros estão na oficina.

—É terrível. Enfim, eu fiquei com a bunda de fora no meio de Wall Street. E sabe o que é pior? Eu tinha uma calça reserva, o cara o taxi voltou e eu me vesti.

—Eu to tentando imaginar, como essa imagem não vazou. Suborno?

—Não é necessário quando se conhece as pessoas certas.

—Tem toda razão.

—Essa é pesada. Uma vontade, muito grande. – Freddie tinha mudado de posição e estava com o queixo apoiado em uma mão.

—De agora?

—Não sei. Me diz você.

—Você não vai gostar da resposta.

—Então você não devia ter perguntado.

—Eu queria te beijar, mas sem sacanagem, sem pressa.

—E porque?

—Por que, de certo modo, você se tornou encantadora. Ou sempre foi.

Tudo ficou extremamente silencioso. Não faz isso Samantha, algo martelava na minha mente. Mas Freddie me olhava de um modo tão...

—Tudo bem, mas só um beijo, de forma respeitosa, para minha segurança, eu vou colocar alguns travesseiros por aqui.

Freddie riu e me encarou, eu devolvi seu olhar com um erguer de sobrancelhas desafiador, e ele simplesmente agarrou meu rosto e me beijou minhas bochechas.

—Quem é você Freddie Benson?

—Ninguém importante. E você quem é Samantha Puckett?

—Agora? Quem você quiser que eu seja.

—Você pode ser minha.

—Se você quiser.

—Eu preciso.


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Notas finais do capítulo

uouuuuuuuuuuuuuuuuuu
e ai?



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