Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 11
Cadeia de acontecimentos


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
tô dentro do prazooo
vamos pular de alegria? Vamos!
Galera, eu estava um pouco receosa com esse capitulo, mas vamos lá, acabei de escrever, então sintam-se livre pra sinalizar qualquer erro. Bjo



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SAM

—Ai meu Deus! Eu devo chamar a ambulância?

—Isso é impossível. – Chuck usou seu tom de voz introspectivo.

—Não é não. Sua mão ta sangrando, vai que você cortou uma veia ou sei lá...

Chuck pegou uma toalha e enrolou a mão.

—É impossível a Blair ser a noiva desse tal de Freddie.

—O que? Chuck eu sei o que eu ouvi!

—Sim, você ouviu alguém chamada Blair falar com esse Freddie, e dizer que era noiva dele, mas Blair Waldorf não casaria com alguém que ela não amasse, muito menos com alguém que fosse mediamente influente.

—Bom, nós não sabemos muito sobre ele, vai que...

—Não! Samatha, só não. – Chuck esbravejou.

—Hey se acalme. Não é culpa minha se sua Julieta baixou o nível pra fugir de você.

—Desculpa, não foi minha intenção ser tão grosseiro. Eu não posso crer nisso, é absurdo.

—Nós podemos tomar café com a Carly amanhã, ela disse que ia fazer umas pesquisas sobre o Freddie Benson.

—Ótima ideia. Você vai dormir aqui?

—Vou, e vou pegar umas gases pra fazer um curativo nisso ai. E chamar um terapeuta pra o seu controle de raiva, ou um canil é melhor?

Chuck riu, e apesar de saber que ele estava borbulhando de raiva, medo, insegurança e principalmente tristeza, ainda era bom ouvi-lo dar uma risada forçada de cafajeste.

FREDDIE.

Fui dormir pensando em como sai daquele hotel com a raiva e a frustração tomando conta de mim, por um motivo evidente a culpa não me abandonava. Mas que diabos eu estava fazendo? Traindo minha noiva a torto e a direito. Bom, uma vez Nathaniel me disse, que tudo sem sentimento era mais fácil e perdoável, sexo por necessidade, ele disse, somos animais movidos pelo prazer, o amor só nos completa, ele disse, e além do mais, você não vai se envolver serio com nenhuma dessas mulheres, não passe de uma transa , nada de muito papo e você se sairá bem, apenas não deixem laços para serem cortados. Ele disse e eu ouvi e segui todos os conselhos do Nate.

Me perguntei como cheguei nesse desastre de situação, aparentemente Samantha conhecia a Blair. Como ela sabia que minha noiva se chamava Blair?

Quando me mudei temporariamente para Nova York, eu esperava passar 6 tranquilos meses fechando negócios, assinando contratos milionário e me preparando para desfrutar da minha vida monárquica ao lado de Blair. Ah Blair... Eu a amo, isso é inquestionável. Fidelidade é uma escolha, eu só não disse quando e como eu a escolheria.

Nos primeiros meses eu vive fiel, saia com Nate, o via levar uma mulher diferente a cada dia para casa e convivia muito bem com isso, falava com a Blair todos os dias, dormíamos ao telefone... Até que um belo dia, Nathaniel, o advogado do diabo, meu primo querido e melhor amigo, resolveu me introduzir a sociedade nova-iorquina, e deu uma festa em casa, onde eu conheci, Sabrina, Sarah e Savoia, as irmãs holandesas. Foi um retorno e tanto. Segundo, ele Blair havia me transformado e eu seria um ótimo marido, mas devia aproveitar meus anos de anonimato e liberdade como na faculdade, de volta a caçada ele disse.

Não posso culpar Nate, ele me mostrou o fruto proibido e eu escolhi prová-lo. No dia que eu conheci Blair, eu estava passando pelo Louvre para curar minha ressaca, sim obras-primas misteriosamente curam minha ressaca. E a Blair, ela foi um suspiro, linda, discreta, exuberante, tudo foi tão leve e fácil, que nos deixou na porta do altar.

O irônico é que aos 16 anos, em Seattle, eu não era um cafajeste, eu reconhecia o amor. Carlotta Shay, me apresentou o amor, eu lhe dei um coração de vidro de um vermelho intenso como a paixão que sentia por ela e ela simplesmente olhou para minha cara, riu e o jogou no chão, depois gargalhou quando viu minha cara de choro tentando catar os menores pedaços. A partir daí não foi muito difícil, esquecer os sentimentos nos prazeres da carne.

Eu vivia em Seattle com meus tios, minha mãe achou melhor que eu tivesse uma vida longe da realeza. Ela e meu pai por outro lado, precisavam manter as aparências reais, pra todas as informações, eu passaria muito tempo num colégio interno até o dia do meu casamento e da coroação.

Retornei dos meus devaneios quando Nate, empurrou a cadeira para se sentar na cafeteria.

—Hmmm, Benson. Catalogando as merdas que você fez?

—E as que você me apresentou.

—Vem cá Frederico, como a loirinha sabia da Blair? Elas se conhecem, quer dizer, sua noiva tem problemas com Nova York, e de repente ela conhece a única das trezentas mulheres que você pegou nesses meses e ela é justamente a loirinha que te tira do serio?

—Primeiro, ela não me tira do serio. Segundo, eu não sei, a Blair pode ter dito o nome antes.

—Você acha que a... Como é o nome mesmo? Samantha? Que seja, você acha que ela te investigou priminho? Imagina se ela sabe o seu casamento real e resolve passar por lá com fotos comprometedoras, exigindo duzentos mil dólares.

—Ela não faria isso, aparentemente é tão discreta quanto eu. E não ganha mal.

—Ah, então você a investigou.

—Não, eu deduzi. Além do mais, não há motivo pra isso, graças ao seu apartamento ela acha que eu sou um João-niguém. Aliás, eu devo te agradecer por muita coisa não é mesmo, priminho.

—O que? Vai dizer que a culpa de você trair sua noiva é minha?

—Não, você não tem culpa de ter me apresentado aquelas três holandesas.

—Ah cara, você sabe é só uma válvula, você se sentiria melhor se fossem prostitutas? Porque, eu também posso providenciar isso.

—Você é um filho da puta.

—Então você é o sobrinho de uma.

—Idiota.

Nate e eu estávamos rindo quando um casal passou por nós e eu, de forma totalmente instintiva virei ao reconhecer aquele perfume.  E lá estava ela, Samantha, sentada á duas mesas de diferença com a roupa de ontem, mas a cara mais limpa do mundo, trocando olhares divertidos com um homem, o que estava fazendo meu sangue ferver.

—Freddie, eu achei que você ia parar de trair a Blair, mas pelo visto você tem fraco por loiras. E eu devo dizer que essa loira merece os fracos, os fortes, o mundo inteiro.

—O que você disse? Nathaniel, aquela ali é a Sam.

—A Sam? Uh, Freddie, meu priminho querido, você já não a quer mais não é? Vai escolher a fidelidade ao lado da sua bela esposa.

—Onde você quer chegar? – Temi que meu tom de voz não parecesse divertido e indiferente.

—Esta com ciúmes? – Nate tinha um tom divertido e serio na voz.

—Não primo. Eu só duvido que você seja capaz de ficar com ela.

—Qual é Freddie? Você acha que ela se apaixonou por você? E que desde aquela noite você foi o único homem que ela dormiu?

Não respondi, simplesmente fechei os olhos ao ouvir a gargalhada de Samantha. Nate estava mais atendo o que nunca, dividindo sua atençao entre mim e a mesa à diagonal.

—Ah cara, você achou. Eu não acredito que você não cortou os laços, você deveria ter me ouvido direito. Se você ta na boate e a garota te hipnotiza você corre, medusa nunca foi de deixar sobreviventes.

—Eu amo a Blair e vou me casar com ela. Se você quer tentar a sorte com essa loirinha, fique a vontade, uma vadia a mais uma menos. – senti a raiva queimando minha garganta e um leve arrependimento por tê-la chamado de vadia.

—Você vai enlouquecer, se eu me deitar com ela.

—Não vou, mas duvido que você consiga.

—Apostamos então? – Nate sugeriu.

—Feito.

Nate me incomodava, mas não me preocupava. Sam, estava na mesa com um homem com o qual parecia ter muita intimidade, ela ria, parecia relaxada. Senti uma pontada e ciúmes e inveja, eu nunca faria aquela loira sorrir daquele jeito. Em compensação eu a faria gritar meu nome a cada orgasmo, o que ainda não era suficiente, pois quando o sol raiasse, ela iria embora, e nunca tomaria café comigo.

Sam.

Acordei no Empire com Chuck, e fomos esperar Carly numa cafeteria próxima. Ainda estava com a roupa de ontem, porque não tive a menor disposição para trocar de roupa. 

Estavamos sentados esperando Carly, rindo das cantadas péssimas que Chuck passava para a garçonete, quando notei dois pares de olhos castanhos incrivelmente atentos a mim.

—Acho que você tem um fã. – Chuck comentou ao perceber a situação.

—Eu acho que são dois.

—Ah, o loiro e o moreno. Samantha, que devassa. Será que eu posso participar da festa?

—Oh querido, mil perdões, mas não faço orgias apenas trincas.

—Sabe que uma vez, eu conheci umas irmãs holandesas que se recusaram a dormir juntas?

—Serio?

—Serio, mas eu sou Chuck Bass, baby. E você obviamente as introduziu no mundo das orgias trincadas.

—Eu lhes fiz um favor.

—Imagino. Chuck, sempre tão generoso.

—Sam, eles estão te incomodando?

—Deixe-me te contar um segredo, na mesa a nossa diagonal, encontramos Freddie Benson, e alguém que ele parece ser bem intimo. Talvez um melhor amigo? Eu me lembro dele na boate.

—Então o suposto futuro marido da Blair, tem um fiel escudeiro. Hmm. Eu receio que fidelidade não seja bem o forte deles.

—Como?

—Olhe bem, Freddie é o moreno estou certo não é?

—Sim, e como você deduziu isso?

—É simples, ele te olha possessivamente, se contorce a cada gargalhada que você dá. Das duas uma ou ele esta com ciúmes ou ele ainda te quer e esta com ciúmes. E o outro, o loiro, ele também te quer, mas esta receoso, ele te olha com cautela, estudando a situação, o que só prova a minha ideia de que esse tal Freddie, tem serias chances de gostar de você.

—Ah é? Então vejamos. De acordo com a sua analise, Freddie está espumando de ódio e ciúmes. Ele reparou que estou com as roupas de ontem, e com outro homem, então esta com o orgulho masculino ferido.

—Sim.

—Vamos fazer uma coisa? Você se importaria de me beijar,Chuck?

—Sam... – Chuck sussurrou meu nome enquanto passava para a cadeira do meu lado. – Eu jamais me importaria de te beijar, ou de fazer qualquer outra coisa se você estiver disposta.

Eu gargalhava consequentemente, após cada beijo de Chuck, a cada mordiscada no pescoço. Estava tudo muito divertido, uma cena romântica pra quem observava. Até que uma sombra se pós sobre nós.

—E você se sentiu muito ofendida por eu ter uma noiva? – Freddie cuspiu as palavras com calma e frieza ao sentar-se à mesa.

—Como? – respondi.

—O que Sam? O seu namorado não sabe onde você passou a noite?

—Por acaso a sua noiva sabe? Aproveita que eu esta com celular de volta e avisa.

—A Blair não tem nada a ver com isso. – Quando o moreno citou a B, Chuck ficou rígido ao meu lado. Ops, Bass não estava mais se divertindo.

—E eu tenho? Queridinho, eu ainda não entendi o que você veio fazer aqui.

—Você passou a noite com ele?

—Isso não é da sua conta, queridinho. – Chuck respondeu de modo sombrio e me beijou intensamente.

—Cara, não se mete não. A sua namorada é uma vadia se eu fosse você estaria chorando.

Estranhamente aquelas palavras me atingiram, mas eu gargalhei.

—Em algum momento, entre o bar e seu apartemento eu te jurei fidelidade eterna? Observe o seguinte, se eu sou uma vadia por aproveitar a minha vida, a minha liberdade, então dane-se querido. Eu sou a maior vadia de todas. É engraçado você comentar isso, porque eu achei que você sabia, meu amor.

—Ah, é, ela é a minha vadia, a vadia que você vai cobiçar eternamente e nunca, nem em seus sonhos vai ter de novo, porque você é um babaca, deprimente.

—Eu falei pra você não se meter! Você sabe quem eu sou? – Freddie esbravejou.

—Sam, desculpa. – Chuck esperou exatos dois segundos para socar Freddie, e levaram mais cinco pra ele cair no chão e Chuck o imobilizar.

—Hm, preste atenção, garotinho. Eu não sei quem você é, e nem me interessa você pode ser a rainha da Inglaterra. A questão aqui é que você não sabe quem eu sou. E eu sei que você esta se mordendo pra saber. Eu sou Chuck Bass, o cara que vai levantar daqui e levar a garota pra casa, enquanto você, é alguém que não me interessa e que nunca mais vai por os olhos nela. Entendeu?

O loiro amigo de Freddie se aproximou e observou a cena. Eu ajoelhei ao lado Freddie e observei o sangue escorrendo do seu nariz com um leve aperto no coração.

—Oh, querido, bom parece que esqueceram de te avisar o que significa apenas uma noite não é mesmo? Por falar nisso, sabe o loirinho que esta te acompanhando e não tirou os olhos de mim? Você ainda lembra o meu número? Então, faz o favor de entregar a ele, eu esqueci a minha caneta.

Olhei para seu amigo, o loiro que tinha chegado perto e pisquei os olhos para ele antes de dar um beijo na bochecha de Freddie.

—Chuck, meu amor, me ajuda a levantar?

—Claro, querida.

—Hey, o que você ainda esta fazendo ai parado no chão? Quer um olho roxo? Circulando! – Chuck ordenou, e Freddie levantou como um lorde, com seu amigo e saiu.


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Notas finais do capítulo

E ai?



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