Lovely Skye. escrita por wonderland


Capítulo 3
Três.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que deveria ter postado dia 3, mas fiquei presa com vários assuntos na faculdade. Peço perdão e já estou concluindo o quarto capitulo e postarei assim que terminar.
Boa leitura, espero que gostem ♥



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Depois de Fitz falar que Ward tinha sido sequestrado por uma asgardiana, tudo aconteceu muito rápido. Jemma colocou seu colete a prova de balas e me ajudou ao colocar o meu, por que eu não conseguia fazer. Minhas mãos estavam tremendo.

Antes que o avião pudesse pousar, sentamos nas cadeiras e colocamos os nossos cintos. Fitz estava preocupado, por que Ward era seu único amigo desde sempre, fora Jemma. Jemma estava preocupada por que Ward tinha pulado de um avião para salva-la e ela tinha como obrigação salva-lo também. Coulson passava calma para nós, ou tentava passar. Era sempre muito difícil perder um membro de uma equipe.

May estava pilotando e eu não queria pensar muito em como ela se sentia. Provavelmente, queria quebrar a cara dessa asgardiana que sequestrou o Ward. Eu também queria quebrar a cara dela, mas seria mais fácil ser quebrada, do jeito que estou.

Eu estava a beira de um colapso nervoso ou um ataque de pânico. Minhas mãos estavam tremendo e eu estava com medo de não chegarmos a tempo. Jemma colocou suas mãos nas minhas, tentando me deixar melhor, mas não estava adiantando.

Eu não conseguiria superar se ele estivesse morto. Não depois de tudo que ele tinha me falado ontem. Balancei a cabeça negativamente. Ele não está morto. Era muito complicado focar a mente em pensamentos bons quando estou tendo um ataque de pânico.

Sinto medo de tudo. Sinto medo de perde-lo, de perder a equipe, sinto medo até de morrer. É como sempre estar em perigo. O perigo sempre me atraiu muito, por que sempre foi uma coisa individual minha. Eu sempre estive sozinha e correr para o perigo era uma perfeita adrenalina. Hackear a S.H.I.E.L.D era a minha diversão preferida. Até eu entrar na corporação e ter uma equipe.

E então veio o pior: a dificuldade de respirar e os batimentos cardíacos acelerados. Eu estava sufocando e não poderia ser ajudada. Coulson gritava alguma coisa para Fitz que soltou o sinto e correu para algum lugar e Jemma me chamava. Mas parecia ser uma outra realidade.

Eu estava me perdendo. Era como cair em um buraco negro e eu sempre estava caindo. Não tinha uma saída e eu não queria voltar se ele estivesse morto. Não fazia sentido voltar se ele estivesse morto. Então, desmaiei.

 

Meu corpo doía, por que eu tinha dormido em uma péssima posição. Estávamos em um carro, indo em direção a Asgardiana que iriamos encontrar. Eu não sabia se estávamos nos Estados Unidos. E se estivesse, aquele lugar onde só tinha areia, não era conhecido, não para mim.

May usava sua farda preta e em seus braços tinha a aguia da S.H.I.E.L.D. Seu mexilar estava travado e ela parecia mais estressada do que nunca. Ela estava estressada por que seu namorado tinha sido sequestrado e por que ela não podia ter feito nada sobre isso. Eu sempre tentava não pensar no relacionamento dos dois, mas sempre os via juntos na minha memória e isso me deixava irritada.

Era por isso que eu não posso amada. Por que eu não sou uma pessoa boa. Eu estou pensando em um homem que namora com uma integrante da minha equipe. Ela esta na minha frente e eu só consigo pensar em alguma forma de salva-lo.

Tudo isso me deixava confusa. Pensar no relacionamento deles me fazia pensar no que Ward tinha me dito ontem a noite. Ele sentia minha falta. Ele tinha me ligado por que Jemma tinha dito que eu estava mal. Será que ele também tinha ligado para May para saber como foi o dia dela? Ou para informar sobre sua missão?

— Skye, você está bem? – Fitz perguntou e eu percebi que ele estava ao meu lado direto e Jemma ao meu lado esquerdo.

Coulson olhou para trás, deixando o tablet que usava em seu colo e May me olhou pelo retrovisor. Eu não conseguia encara-la. Não depois de tudo que tinha pensado e do que ainda penso.

— Você teve um ataque de pânico. Isso é frequente? – Jemma perguntou e olhou para as minhas mãos que não tremiam mais.

— Estou bem, Fitz – respondi sorindo pra ele que sorriu de volta.

Fitz era como um anjo com aqueles seus cabelos dourados e cacheados. E quando ele sorria pra mim desse jeito, como se eu fosse uma das coisas mais importantes da vida dele, eu tinha vontade de abraça-lo e de protegê-lo de tudo.

— A ultima vez que eu tive, eu tinha doze anos – respondi a Simmons.

Meu ultimo ataque de pânico tinha sido horrível. Milles tinha acabado de completar dezoito anos e estava se preparando para sair do orfanato. Eu só conseguia pensar no quanto eu ficaria sozinha sem ele e como ninguém ia me proteger das outras crianças. As freiras não se importaram quando as outras crianças riam de mim e não me deixava passar horas na frente do computador.

— Skye, você deveria ter nos avisado pra colocarmos na sua ficha médica – Coulson disse e sorriu como um pai.

— Na verdade, Agente Colson, não temos uma ficha médica para Skye – Fitz informou. – Tecnicamente, Skye não é uma agente da S.H.I.E.L.D – concluiu.

Fitz não tinha falado isso pra me magoar, mas tinha magoado. Eu não era uma agente da S.H.I.E.L.D, eu sabia disso, mas ouvir isso na voz de outra pessoa, tinha feito meu coração quebrar em mil pedaços.

Na maioria das vezes, eu me perguntava o que estava fazendo ali. Eu era uma hacker melhor que todos os hackers da S.H.I.E.L.D sim, mas existiam outros melhores que eu. Milles me ensinou tudo o que eu sei e o que eu sei, não chega nem perto do que ele sabe. Ele poderia estar em meu lugar e provavelmente, não teria se envolvido emocionalmente com um dos agentes da corporação.

— E tecnicamente, Skye não se chama Skye – Jemma disse. – Qual seu verdadeiro nome, Skye?

— Tecnicamente, eu não existo mais – e ri – mas se eu existisse, me chamaria de – revirei os olhos – Mary Sue Potts.

Até May que estava concentrada dirigindo, riu. Mas tudo voltou a ficar "escuro" de novo, quando chegamos ao local onde deveríamos estar. Havia vários carros da S.H.I.E.L.D e a frente, havia uma mulher de cabelos enormes e pretos. Eu não conseguia ver mais nada.

Coulson e May saíram do carro e logo depois, saímos também. Fitz me segurava, por que eu estava tonta, provavelmente por causa da medicação que Jemma tinha me dado – medicação qual não sabia o nome. Meu coração disparou ao ver Garret encostado em um dos carros pretos, com a boca e o nariz com sangue seco. Quis correr até ele pra saber o que sabia sobre Ward e sobre essa mulher que havia o sequestrado.

Mas todas as preocupações estavam voltadas para a mulher, que usava roupa de guerreira, com um escudo prata e uma enorme espada. Todos os agentes apontavam uma arma para estranha, que encarava os agentes de igual para igual.

— Abaixem as armas – Agente Coulson gritou e todos abaixaram as armas. – Esta é Lady Sif, de Argard.

— Filho de Coul – Lady Sif fez uma reverência. – Soube que um dos seus foi sequestrado por um dos meus. Estou aqui para pega-la, Filho de Coul.

Fitz estava boquiaberto encarando Lady Sif como se ela fosse uma Deusa. Tecnicamente, ela era. Eu não sabia muito sobre mitologia nórdica, mas sabia que existiam Deuses como Thor, Odin e Loki.

Coulson foi até ela para conversarem sobre alguma coisa e Fitz foi atrás dele, totalmente encantado por Lady Sif. Quase cai quando percebi que estava só, mas também fiquei satisfeita. Aquele era o momento que eu precisava pra saber qualquer coisa sobre o Ward com o Agente Garret.

Caminhei lentamente até Garret, ainda tonta e ainda com dor na barriga. Eu não sabia muito bem como começar, eu não sabia nem se ele se lembraria de mim. Mas ele parecia amar Ward como um filho, ou o máximo que um agente da S.H.I.E.L.D pode sentir por alguém.

Garret estava conversando com uma agente e eu me escondi atrás do carro para escutar sem que nenhum dos dois me vissem.

— O desgraçado quebrou o meu nariz – ele disse a agente na sua frente. – Simplesmente não sei como ela faz isso. Ela mandou o Ward me bater e ele bateu. Ela o tem sob controle, Hill – Garret encostou a cabeça no carro, como se estivesse lamentando. – Ward não é mais um agente da S.H.I.E.L.D.

Aquilo foi o bastante pra que meu coração desparrasse e que eu saísse dali o mais rápido que eu conseguia. Entrei no carro da "minha" equipe e tentei controlar meus batimentos cardíacos e a minha respiração. Eu não poderia ter outro ataque de pânico. Não ali.

O que ele queria dizer com "Ward não é mais um agente da S.H.I.E.L.D"? Ele, simplesmente não poderia ter obedecido a ela. Não. Ward não é assim. Ward não é o tipo de cara que obedece uma mulher só por que a acha bonita. Ele é um super espião, foi treinando para não ser fraco. 

May entrou no carro, junto com Simmons e disse que já estávamos voltando para o "bus". Ela conversava algo sobre Lady Sif e sobre como Fitz ficou parecendo um idiota ao vê-la, mas eu não queria participar da conversa. E nem sabia como May conseguia se distrair enquanto Ward poderia estar sendo torturado.

Depois do que eu ouvi, eu sabia que ele não estava sendo torturado, mas eu também não queria aceitar que ele estivesse obedecendo todas as ordens dessa mulher.

 

— Ela se chama Lorelei – Lady Sif disse, quando todos estavam sentados no sofá do "bus". – Ela controla os homens com a sua voz. O que ela fala, eles obedecem.

— Mas como fazê-la calar a boca? – May perguntou.

Tive a impressão que May adoraria calar a boca de Lorelei, socando-a, até que desmaiasse. Mas essa também era minha vontade. E talvez de todos que estavam naquela sala.

— Esse colar – ela mostrou um colar prateado, que mais parecia uma coleira – faz ela se calar. Era o que usava na prisão em Argard.

Lorelei tinha fugido de Asgard para "Midgard", que é a Terra, para conseguir um exército. Lady Sif disse que, assim como Loki, ela queria nos governar e por isso estava aqui.

— Vocês precisam saber de uma coisa – Lady Sif disse, andando de um lado para o outro. – O seu não é exatamente ele mesmo, ele só obedece ordens, não podemos mata-lo.

Respirei aliviada. Apesar de, aparentemente, Ward não ser mais o mesmo, ele ainda era. Ele estava sendo controlado por uma feiticeira, deusa, o qualquer coisa que essa mulher fosse. Mas não hesitaria em matar um de nós.

Apesar de, querer encontrar Ward mais do que tudo, eu não queria encontra-lo enquanto estava sendo controlado por ela. Eu não queria que a imagem que eu tenho dele virasse uma como essa. Ele odiaria saber que eu lembraria dele como uma pessoa controlada.

E também odiaria saber que foi "fraco" ao ser controlado novamente.

Lorelei teve sorte em achar o Ward. Ele era um agente de uma empresa secreta, que protegia o mundo. Se ela queria um exercito, ele sabia onde conseguir.

Antes que eu continuasse a minha linha de raciocínio, o tablet vibrou e desbloqueei a tela. A tela me informava que o cartão de Grant Douglas Ward tinha sido usado há duas horas em um hotel em Paris.

— Coloquem os cintos – May disse e correu para a cabine. 

 

Uma equipe tinha saído para investigar o paradeiro de Ward, mas não tinham permitido que eu saísse do "bus". Eu estava trancada no meu pequeno compartimento na área hospitalar há duas horas, ouvindo Fitz falar sobre como seria devoto aos deuses de Asgard.

Qualquer outro dia, eu ficaria animada em prestar atenção em uma discussão de FitzSimmons, mas hoje eu só conseguia pensar em como não ter um ataque de pânico. E além disso, eu estava exausta.

O dia tinha sido longo. Eu estava acostumada com a rotina que tínhamos criado no "bus" e mesmo que o dia tenha "durado" menos que esses dias de rotina, eu estava totalmente exausta. Cansada psicologicamente e fisicamente.

O ataque de pânico, o remédio sedativo e andar atrás do agente Garret tinha tirado todas as minhas forças. No início, recusei voltar para o compartimento hospitalar, mas agora eu estava querendo agradecê-los por me obrigar a voltar.

— Talvez você deva dormir, Skye – Fitz disse enquanto enfiava a agulha na minha veia, para que eu recebesse o soro – ou devo chama-la de Mary Sue?

Os dois riram e eu revirei os olhos.

— Maldita hora que revelei meu – fiz aspas com os dedos – nome "legal".

Fitz alisou meu rosto e esqueci que ele tinha me irritado me chamando de Mary Sue.

— Você está um pouco pálida, Skye – Jemma disse e olhou para o monitor que informava meus batimentos cardíacos e a minha pressão. – Fitz está certo. Você deve descansar.

E então houve um barulho de embarque no avião.

— Oh, graças a Deus que eles voltaram – Jemma disse e saiu com Fitz do compartimento.

O compartimento estava escuro e eu estava sonolenta. Não demorou muito para que eu dormisse.

 

Acordei por causa do calor que fazia no "bus". A luz do meu quarto estava acesa e eu lembrava que Simmons tinha deixado apagada antes de sair. Não sabia quantas horas tinha dormido, mas estava mais cansada do que quando fui dormir.

Tudo estava em silêncio e por algum motivo me assustei. O "bus" nunca estava em silêncio, mesmo a noite, quanto todos estavam, aparentemente dormindo. Sentei-me na cama e senti algo puxando meu braço. A agulha ainda estava ali.

Eu queria sair do compartimento para procurar pelo A.C, pra saber se eles tinham conseguido alguma informação útil sobre o Ward. Respirei fundo e me senti nauseada. Se eu quisesse saber algo sobre ele, teria que tirar aquela maldita agulha da minha veia.

— Vamos, Skye, você consegue – disse em voz alta para me encorajar.

E então eu puxei com força, fazendo com que sangrasse. Fechei os olhos para evitar ver que tudo estava girando. Era como estar em um desses brinquedos de parques de diversões. Tudo girava. E eu estava enjoada. Muito enjoada.

Quando me senti melhor, levantei-me e fui até o pequeno banheiro. Coloquei água no rosto e passei a mão no cabelo. Eu estava doente e ninguém se importaria com o estado do meu cabelo ou das minhas roupas amassadas.

Sai do compartimento, me apoiando nas paredes do "bus", por que apesar de ser difícil me mexer, estava tudo escuro e eu não queria bater em nada. Fitz e Simmons não estavam no laboratório, May não estava treinando Hate-Fu e Coulson não estava em seu escritório. Eu já estava cansada de tanto andar e não achar ninguém.

Me arrependi de ter saído do compartimento quando encontrei May, Ward e uma mulher ruiva, que parecia uma deusa, na sala.

— O que porra você está fazendo aqui, Skye? – May perguntou, quase gritando.

Arregalei os olhos. May nunca tinha falado assim comigo. Eu estava totalmente assustada por estar ali.

— Essa é a guerreira de coração gelado que você falou, baby? – Lorelei apontou para May.

Meu coração disparou e minhas mãos começaram a tremer. Não era um ataque de pânico, mas eu estava com muito medo. Ward tinha falado de May para Lorelei e pode ter falado a fraqueza de qualquer um da equipe. Ele nem olhava para mim e nem para May.

— Mas ela não é a mulher que você ama, não é? – ela perguntou e ele assentiu. – É ela, não é? – ele assentiu novamente.

Ward me amava. Meu coração estava disparado. Eu não conseguia pensar no que May estava achando disso e nem lembrei que ele estava hipnotizado por essa mulher. Só conseguia repetir mentalmente várias vezes que ele me amava.

Assim como eu o amava.

— Mate as duas. – Lorelei ordenou e me despertou dos meus pensamentos.

Não importa o que Ward sentia por May ou por mim, ele iria nos matar. Eu não conseguiria fugir, não dele. Ele era o especialista. Ward e May avançaram em uma briga que muitas vezes nos treinos, mas dessa vez era diferente.

Lorelei me observava e eu sabia o quanto ela me avaliava. Eu tinha medo de que Ward matasse May e não conseguia pensar em como arranjar uma solução para isso. A asgardiana estava observando a luta concentrada. Era como se ela soubesse que Ward era capaz de ganhar aquilo, sem nenhum problema.

Ward poderia ter contado tudo sobre nós, mas se tinha uma coisa que era impossível de fazer era definir May. May era A Cavalaria e pra que não entendia aquele termo, não podia esperar muito dela.

Eles lutavam de igual para igual e eu não queria que eles se machucassem. Eu não queria pensar no que a May estava pensando nesse momento, por que provavelmente sua mente estava uma bagunça. Eles estavam juntos há meses e agora eram praticamente inimigos.

Lorelei á não tinha tanta certeza da vitória de Ward e saiu correndo, o que fez May levar um soco no rosto ao virar pra olhar. Ela tinha que escolher suas opções, então, como se não quisesse mais prolongar aquela luta, chutou o peito de Ward que caiu no chão, subiu em cima dele e meteu sua cabeça no chão com tanta força que ele desmaiou.

— Skye, vá encontrar a Jemma. – May ordenou antes de sair correndo atrás de Lorelei.

Mas eu não podia ir atrás da Jemma, não quando Ward estava ali caído no chão. Seria mais lógico ir atrás da Jemma, por que ele poderia ficar com algum problema depois dessa pancada que a May tinha dado nele, mas eu não conseguia pensar logicamente, eu só queria ficar perto dele.

Sentei-me ao chão, perto da cabeça dele e a levantei com cuidado, colocando-a no meu colo. Ele tinha um ferimento na sobrancelha e na boca, e sua cabeça estava sangrando onde May havia batido. Alisei seu cabelo que estava embaraçado. Até machucado e possívelmente com algum problema sério na cabeça ele ficava bonito. E parecia tão angelical quando estava inconsciente.

Então ele se mexeu um pouco e abriu os olho, fazendo uma careta de dor. Meu coração disparou e não consigo saber se foi por algo bom ou ruim. Ward levantou, como se não desse importância pra minha presença e quando estava sentado, passou a mão na cabeça e percebeu que estava sangrando.

— Ward, você esta b... - e senti suas mãos em meu pescoço.

Era óbvio que ele ainda estava sobre o poder de Lorelei e eu tinha sido estupida de chegar perto dele. Eu deveria ter obedecido a May, mas tinha sido idiota o bastante pra me preocupar com ele.

Ele fazia força no meu pescoço e eu não conseguia respirar. Era como um ataque de pânico ou como se eu tivesse me afogando. Meu corpo bateu no chão e quando percebi ele estava em cima de mim, assim como May tinha estado há pouco tempo.

— Ward – falei, mas tive certeza que ele entendeu. – Pare, por f... – Não consegui terminar a sentença.

Eu ia morrer, disso tinha certeza. Mas era tão ruim partir logo agora que sabia que ele me amava. Mas além disso, havia outra coisa que me perturbava. Ward, mesmo sem ser ele mesmo, ia me matar e ele nunca se perdoaria por isso.

Quis dizer que está tudo bem, mas as palavras não saiam. Ele não precisava carregar mais culpa, mas era inevitável. Ward carregava a culpa de ser fraco por obedecer seu irmão mais velho e não podia proteger seu irmão mais novo, e agora, que ele era "forte", estava sem poder também proteger alguém que ele gosta.

— Eu... – mas falhei.

Eu já não conseguia formular mais as frases na minha mente e meus olhos já estavam sendo obrigados a se fechar. Meu peito queimava pela falta de ar e após a ultima tentativa de buscar o ar, apaguei.


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Notas finais do capítulo

Ward badass sendo controlado pela Lorelei



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