In my place escrita por Maria Walburga Heeten
O pai de Natasha leva ela e Maria na aula no dia seguinte. Haviam alugado uma cadeira de rodas para o mês que Maria passaria com a perna praticamente inteira imobilizada. Maria ia rodando a cadeira até a sala de aula. Quando chega na mesma, Howard a ajuda com relação à mesa, retirando mesa e cadeira de onde ela se sentava normalmente. Ele havia trazido uma prancha de madeira adaptada para ela prender na cadeira para poder copiar a matéria.
— Como passou a noite, amor? - pergunta o moreno de forma carinhosa
Maria dá um sorriso carinhoso a ele.
— Bem! E você? - pergunta a loira
Howard dá um beijo carinhoso na loira, que é retribuído na hora. O moreno senta-se em sua cadeira e eles se dão a mão. Howard sorria meio sem graça, verifica o relógio e vê que ainda faltavam 5 minutos para o docente entrar. Ele enfia a mão direita embaixo da carteira e retira uma rosa vermelha. Entrega para Maria.
— Almoça comigo? - pergunta Howard
A loira concorda com a cabeça. Pega a flor e a cheira.
— Foi... a primeira vez que eu... fiz... o que fizemos ontem. - fala Howard
— Também. Foi tão... bom. E romântico. - fala Maria
O rapaz sorri feliz com o que ela fala.
— Será que seus tios... se importariam se... eu fosse na sua casa de novo esse final de semana? Mesmo que a gente não faça nada de novo, só quero... poder te sentir tão perto de novo. - fala Howard
Maria puxa-o para perto de si e dá nele um beijo carinhoso.
— Foi tão gostoso... dormir abraçada em você. - fala Maria
— Por que nossos pais sempre falam pra esperar casarmos para podermos fazer isso? - pergunta Howard
— Não sei. - fala Maria
— Já viu as faculdades que você vai tentar? - perguntou Howard
— Comecei a olhar algumas. - falou Maria
— Por que não tentamos as mesmas ou pelo menos próximas? Assim poderemos... quem sabe... morar juntos durante a faculdade. - fala Howard
Maria sorri a ele.
— É uma boa ideia! - fala a loira animada
Maria estava usando um vestido preto com sapatilhas de mesma cor. A loira tinha o cabelo preso numa enorme trança. Howard usava uma camisa social branca com calça jeans azul escura. O docente chega nessa hora em sala de aula.
— Bom dia, turma! Senhorita Deriglasov, se precisar de alguma coisa, como tomar seu remédio, basta falar. - fala o docente.
Maria concorda com a cabeça. Eles estavam estudando química orgânica naquele ano. A química das moléculas de carbono e a loira adorava essa parte da matéria. Assim como Howard.
— Peguei um livro cheio de exercícios na biblioteca, quer fazê-los comigo esse sábado? - pergunta Howard
— Quero! - responde Maria
— Eu vou na sua casa então. - fala o moreno
— Almoça lá comigo. Meus tios vão fazer um churrasco para o aniversário da Natasha. - fala Maria
— Combinado. Que horas eu posso ir pra lá? - fala Howard
— Pode ser no mesmo horário de sábado. - fala Maria
— Dez horas? Combinado. - fala Howard
A aula passava e logo mudam novamente de sala. E de novo... até a chegada do intervalo de almoço. Maria e Howard resolvem almoçar com Natasha e Steve.
Howard havia pego alguns panfletos de universidades para ele e Maria olharem enquanto comiam e acaba por mostrar para todos.
— Imagina que legal se passássemos todos para a mesma universidade e mesmo campus? - pergunta Natasha animada
— Daria para alugar um apartamento ao invés de morarmos na moradia estudantil. - fala Steve
— Apartamento ficaria caro pra mim. - fala Howard
— Podemos fazer uma divisão mais equilibrada de valores. Ao invés de dividir igualmente por quatro, dividimos com base na renda familiar. Aí fica um valor mais em conta e justo. Além do mais, se formos morar com eles ficaremos nós dois no mesmo quarto então não é justo cobrar exatamente igual. - fala Maria
— Teu pai é deputado. Tua renda é a maior. - fala Natasha
— Que seja! - fala Maria
— Vocês vão tentar o que? - pergunta Howard
— Direito. - fala Natasha
— Educação física. - fala Steve
— Design e Artes. Tem algumas que não tem especificamente design, mas tem habilitação em design. - fala Maria
— Eu vi o sótão como está. Você tem talento. - fala Howard
— Eu vi seus projetos e seus experimentos. Acho que é questão de tempo até cair na graça de algum professor e sua carreira deslanchar. - fala Maria
— Não sei. Ainda preciso guardar 19 mil. Isso é muito dinheiro. - fala Howard
— Sabe fazer instalações elétricas? Reparos, pinturas... essas coisas, sabe?- pergunta Maria
— Sim, eu sei fazer algumas coisas. Por que? - pergunta Howard
— Bem, um vizinho nosso viu o que fiz no sótão e me pediu para fazer o mesmo na casa dele, só que estou meio impossibilitada de fazer muitas coisas. Estou com o projeto pronto e ele quer para o mês que vem tudo terminado. O projeto já foi aprovado... Você o coloca em prática e dividimos meio a meio o lucro. - fala Maria
— E quanto é o lucro? - pergunta Howard
— É um sotão inteiro... Cobrei 15 mil. Seria 7500 para cada sem descontar o material. Descontando deve dar uns 7 mil pra cada. - fala Maria
— Cobrou 15 MIL do nosso vizinho? - pergunta Natasha pasma
— Ele quer cor exclusiva, que eu faça os móveis e 4 ambientes num sótão que tem 3 vezes o tamanho do teu. A instalação elétrica tá toda comida por ratos. O arquiteto cobrou 20... - fala Maria
— Quanto gastou no nosso sótão? - pergunta Natasha
— Quase nada. Fiz cadastro para testar tinta, a madeira é de demolição... Tenho uma parceria com uma loja de materiais de construção e ganho 10% de desconto no material. - falava Maria
— Você só tem 15 anos! Volte a pensar em brincar de boneca e pegar o Howard. - fala Natasha impressionada
— Amor, preciso de um material para fazer um reator. Como fez o acordo com a loja de materiais de construção? Acha que rola negociar um acordo numa loja de peças de eletrônicos pra mim? - pergunta Howard
— Posso tentar. Qual a loja? - pergunta Maria
— É aquela que tem do lado da minha casa. - fala Howard
— Bem, só vou poder sair mesmo quando tirar o gesso. Até lá eu preparo minha argumentação. - fala Maria
— Vamos tentar as mesmas? - pergunta Steve
— Vamos. - fala Howard
— Eu só vou tentar as públicas. Nada contra particular, mas papá limitou isso. - fala Maria
— As públicas tem uma reputação melhor na Rússia, né? - pergunta Natasha
— Sim. E pode ficar mais fácil para validar o diploma. - fala Maria
— Será que é muito difícil para um americano viajar para a Rússia? Queria conhecer a cidade natal da Maria quando for possível. - fala Howard
— Tem uma forma fácil e gratuita de conhecer a cidade dela. Vá na sua geladeira, desligue a lampada dela e abra o congelador. É a cidade da Maria no inverno. Um frio do caramba e não dá pra saber a diferença entre meio dia e meia noite durante a maior parte do inverno, porque não tem luz do sol. - fala Natasha
— A cidade é linda, amor. Cheia de prédios coloridos. E tem praia! - fala Maria animada
— Só cuidado com os ursos. - fala Natasha
— E com os pinguins. Eles bicam às vezes. - fala Maria
— Sério? - pergunta Howard achando que era piada
— É zoação. É porque é muito frio, mas não tem nada disso. É uma baía no mar de Laptev. - fala Maria
— A cidade é uma gracinha. Os prédios são coloridos. - fala Natasha
E continuam a conversa com um ar mais leve e descontraído.
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