O Curioso Caso de Daniel Boone escrita por Lola Cricket, Heitor Lobo


Capítulo 2
Here We Go Again


Notas iniciais do capítulo

A ESPERA ACABOU! Depois de um mês inteiro gerando buzz no Twitter, matando os leitores com fotos e spoilers, falando da tão aguardada estreia por aí, ela finalmente está aqui!
Obrigado por todos os comentários no prólogo, vocês realmente nos fizeram muito felizes e assim estamos ao postar o capítulo "Here We Go Again". Sintetizando em um período o que vocês verão hoje: Daniel Boone chegando à escola nova e figuras do passado desse menino reaparecem nesse lugar, trazendo pensamentos à tona e dramas que serão desenvolvidos nos próximos capítulos.
Como todos os capítulos têm músicas no título, preciso avisar que "Here We Go Again" é uma canção da Demi Lovato (LINDA, FLAWLESS) e se quiserem ouvi-la enquanto leem, é uma opção de vocês. Relaxem, prestem atenção nas notas finais e boa leitura! ;)



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Washington, D.C.

03 de Fevereiro de 2015

438 dias antes da facada que pode ter me matado, ou não ter me matado

Quando se entra na adolescência, toda aquela felicidade que você tinha na infância reduz drasticamente porque você nota os problemas que sempre estiveram ali e você nunca percebeu. Por exemplo, peguemos o meu caso: só agora tenho notado o quão antissocial sou, porque tenho poucas pessoas com quem conversar na escola; só recentemente notei que nunca andei com garotos da minha idade – exceto meu amigo dos cultos de domingo, Victor, mas nunca fomos muito próximos mesmo – mas sempre fui a companhia de meninas; sempre tive uma massa corporal (não se fala peso e isso eu aprendi nas aulas de Física) baixa para os padrões da minha idade, tanto que certos ossos do meu corpo aparecem lindamente; nunca percebi que sempre isolei meus sentimentos de tudo e de todos e também nunca quis saber o porquê.

Comecei a descobrir essas coisas no ano passado – 2014, especificamente – e desde então tenho me preocupado com isso. Não que eu queira ser o cara mais social do colégio, andar com meninos, ser valentão, ser mais gordo ou expressar mais o que sinto sobre as coisas da vida. Mas me preocupo porque não quero que os outros liguem para essas minhas características e tentem “me consertar”. Até porque o termo “consertar” não é válido para seres humanos.

Justamente quando eu estava melhorando minha vida aos poucos – conhecendo pessoas novas, séries novas, livros novos, passando de ano sem notas baixas no currículo – meus pais me tiraram do colégio particular que julguei ser o melhor da minha carreira até aqui. É verdade que sempre estudei em escolas pagas, mas quase nunca mudei – só lembro de tê-lo feito em 2012, quando mudei para essa instituição que mudou meus conceitos sobre estudos – e, honestamente, senti bastante medo do que viria a seguir. Novo colégio em pleno começo de Ensino Médio, onde os rótulos definem fortemente o que uma pessoa fará pelo resto do ano letivo, e eu nem sei exatamente quem sou ou o que farei na universidade aos 18 anos. Se é que terei terminado os estudos secundários aos 18, vai que eu reprove no meio dessa jornada...

Por isso, quase dei pra trás naquele ensolarado dia de 3 de fevereiro de 2015, quando meu pai me deixou na nova escola cujo nome nem merece citações pra vocês não incendiarem depois que eu contar os grandes acontecimentos de lá. Aaron Boone nunca foi de abraçar os filhos na entrada da nova escola e desejar boa sorte nos estudos e nas novas interações sociais, por isso não dei muita atenção quando ele apenas pôs as mãos em meu ombro esquerdo e me entregou na porta do prédio. Com Aaron Boone, um único olhar dizia várias coisas e eu soube disso quando o encarei uma última vez naquela manhã – ele me desejou um bom dia, pediu para que eu não incendiasse os livros (piada interna), me lembrou de procurar a diretora para explicar a camisa que não era do uniforme escolar e ainda me recordou dos 10 dólares – que no Brasil devem valer uns 40 reais por ora – que estavam em meu bolso para comprar o lanche. [E se você for lerdo assim como eu, Aaron Boone é o nome do meu pai. Eu sou o Daniel lá do título dessa história, sacou? Ah, tá. Pensei que você achava que eu era o Shawn Mendes. Bem, tem um Shawn nesse relato, mas não é o Mendes. Chora aqui na minha mão, chora]

Entrei e dei de cara com dezenas de alunos conversando entre si, ansiosos para a abertura do portão que dava para a rampa que dava para todas as salas de aula. Eu não tinha com quem conversar, então apenas me sentei num banco de madeira ao lado de algum desconhecido e esperei a hora certa para subir e me deparar com a rotina dos próximos 200 dias letivos. Pensei em como agir para passar despercebido pelos meus novos colegas de sala, em como não chamar a atenção dos professores para que eles não peguem no meu pé pelo resto do ano, em como comprar meu lanche sem dirigir muitos olhares, em todos os detalhes de como deveria ser aquela manhã. Infelizmente, todos os detalhes se esvaíram da minha mente quando uma figura conhecida passou pelo portão principal.

Não brinque com minha sanidade, universo.

Não brinque.

Não pode ser ele.

Simplesmente não pode.

Deixei bem claro para mim mesmo que o esqueceria nos dois meses de férias que tive e achei ter tido sucesso, mas claramente estou surtando apenas pela simples aparição da criatura em meio a tantas outras pessoas tapadas e estúpidas que só se importam com as fotos que postam ou com o dinheiro dos outros. Ele era uma dessas pessoas e eu precisava esquecê-lo.

Mas puta que pariu, por que o destino nos meteu na mesma escola de novo?

Pai, volta aqui. Leve-me pra casa, ou então pra uma clínica psiquiátrica mesmo. Leve-me para um lugar longe dele, por favor, por favor. Volta aqui, trabalhe depois. Sua vidinha pode esperar, eu sou seu filho, volta. Ai, esquece. O senhor não sabe de nada. Ninguém sabe de nada. Fica na sua, vai trabalhar mesmo, pai.

Porra.

Merda.

Ele viu que eu estava lá. Ele agora sabia que teria de me aturar pelo resto do ano. Ou pior. Sabia que eu teria de aturá-lo por todo o 2015 e muito provavelmente por 2016 e 2017 inteirinhos.

Cadê a amiga coincidência pra eu bater nela até seu absorvente sair voando?

[…]

Controlei dentro de mim qualquer impulso que saísse para fora (não, Daniel Arthur Boone, o termo correto é claramente “sair pra dentro”, deixa de ser burro), porque se eu cometesse alguma loucura no momento do “reencontro”, não estaria aqui pra contar essa história – isso porque minha mãe já teria me matado antes. Apenas continuei sentado no meu canto, esperando todos os alunos serem liberados para se dirigirem a suas salas, escolherem seus lugares, fazerem suas panelinhas e me deixarem de lado porque eu tenho uma óbvia cara de “nerd desajeitado que só sabe estudar” - o que não é bem verdade e poderia começar minha justificativa pelo fato de que assisto a Teen Wolf, Pretty Little Liars e algumas modinhas juvenis (se bem que “Glee” deixou de contar há muito tempo).

Antes de chegar à sala, lembrei do meu plano de procurar um lugar afastado da muvuca, a fim de focar apenas em analisar bem o que enfrentaria pelo resto de 2015 e não me desviar dessa avaliação preliminar. Sabendo disso, parei em frente a porta que poderia mudar minha vida pra melhor ou pior – mesmo sabendo também que o portão principal já mudara meu universo pra pior ao enfiar aquele garoto de novo no meu radar – e notei a lista de alunos que estudariam comigo. Não fazia mal ler os nomes, então li de cima para baixo e me deparei com um nome bastante familiar...

Raven Fields.

Tentei procurar no emaranhado da minha mente de onde diabos eu conhecia aquele nome, até me lembrar de uma das melhores pessoas que já passaram pela minha vida.

A mesma Raven Fields.

Estudamos juntos durante quase todo o Ensino Fundamental, e ela era minha amiga de coração. Não compartilhávamos muitos segredos porque não havia o que compartilhar aos dez anos de idade, e com o tempo – e a minha mudança de escola – acabamos não nos falando mais. Se realmente a mesma Raven viria a estudar comigo, não seria tão ruim viver naquela escola. Poderia refazer os laços de amizade com ela por sermos ambos novatos, e tudo ficaria muito bem, obrigado.

Sentei-me logo em meu lugar, peguei meus fones de ouvido, meu celular – um iPhone 4 que precisa urgente de aposentadoria – e dediquei os 15 minutos seguintes a ouvir algumas canções da única série musical que eu assistia (a mesma Glee de antes, que se encerrou em março, mas isso não vem ao caso). Nunca foram muito com a minha cara justamente pelo meu gosto musical se resumir ao que vinha desse show, mas eu não reclamava das ótimas músicas que surgiam de lá. Enfim, fui observando a sala se encher de pessoas e agradecendo a Deus umas dez vezes pelo garoto de antes ter reprovado duas vezes na sexta série e por isso só ter entrado na oitava agora em 2015. Parece um ato maléfico? Parece, mas eu pareço me preocupar com o tamanho da maldade? Claramente não.

Quase tive uma taquicardia enquanto ouvia “Problem” (Naya Rivera, sua linda, vem fazer rap nos meus ouvidos) e o primeiro toque para a subida dos professores para as aulas soou nos alto-falantes da sala. A trivialidade está no fato de que não era um sino normal, mas o hino da escola tocou quase que completamente – se fosse completo, ainda estaria tocando até hoje – e essa era uma coisa com a qual nunca me acostumaria. Felizmente, todos os meus pensamentos traumáticos sobre o que eu faria da vida com meu passado estudando a três salas de distância da minha foram encerrados com esse toque, e me forcei a abrir um sorriso quando Raven Fields adentrou a sala e coincidentemente sentou atrás de mim.

— Daniel? — Ela me cutucou assim que reconheceu o colega da cadeira à frente.

— Eu mesmo. — Dei uma de desavisado e me virei, encarando uma jovem de 15 anos ainda não completados – ela só os teria em maio – bem diferente da garota de 11 que eu conhecia em 2011.

— Sou a Raven, lembra de mim? — “Claro que lembro, sua estúpida, só não quero dar bandeira porque tô com problemas maiores pra pensar”, pensei em responder, mas seria grosseria demais para um reencontro de amigos; então apenas fingi surpresa e sorri abertamente.

Aliás, acostume-se com meus pensamentos sarcásticos, caro leitor. Tenho-os sempre.

— Lembro, sim! Nossa, o que faz por aqui?

“Alô, burro! O que uma garota de 14 anos faz numa escola? Tá vadiando, procurando pelo bofe escândalo pra desejar boa aula, obviamente! Poxa, como não havia pensado nisso antes?”

— Daqui a alguns meses vou me mudar pra essa região e já estou estudando aqui. Longa história.

— Ainda temos cinco minutos até o primeiro professor entrar, dona Fields. Dá tempo.

— Bom, pra ser mais específica, em três anos desde que estudamos juntos pela última vez — “ialá ela ainda sabe contar, Dan, fica tranquilex” — eu continuei naquela mesma escola, vivi aventuras épicas, quase reprovei no ano passado, continuei amiga da nossa amiga de sempre, a Amanda — “EITA, PORRA, AMANDA, MELHOR PESSOA” — e não passei por muita coisa que valha a pena contar em cinco minutos. Ah, e só estou vindo para cá porque minha mãe arranjou um emprego por aqui e vai ser permanente, daí já viu... — “A linguagem dessa menina está totalmente afetada pelas gírias dos pintas que giram pela cidade, não mereço isso pro meu convívio social, não mereço.”

— Ah, sei — fingi interesse, porque aquele modo de falar já estava me deixando nervoso — olha, o professor já está na sala. Melhor eu calar a minha boca antes de levar advertência logo no primeiro horário.

— Certas coisas nunca mudam, não é mesmo, Daniel?

“É… certas coisas nunca mudam ou apenas insistem em não querer mudar.”

 

[...]

 

Como todo primeiro dia de aula que se preze - ainda mais estando no Ensino Médio - os professores apenas se apresentaram por 30 segundos e alguns nem se deram ao luxo de perguntar o nome dos alunos um a um (“com o tempo eu vou aprendendo os nomes de quem sai de sala”, palavras do professor de Física), já começando a dar os conteúdos do trimestre em seguida. Particularmente eu pensei “não sou obrigado a isso, ainda é o primeiro dia”, mas quando lembrei da surra que eu teria de sofrer se não estudasse direito, foquei todos os meus pensamentos no quão prazeroso é saber das funções de uma célula eucariótica. Fiz meu lanche sozinho mesmo porque não sou obrigado a sair catando amigos já no primeiro dia; não tenho essa facilidade em me socializar com as pessoas.

Pelo contrário, foi até melhor comer meu biscoito Club Social sozinho naquele momento, porque assim pude racionalizar minha situação: aceitei trocar de escola numa boa a fim de esquecer o que vivi e senti no ano passado, e daí infelizmente o universo resolveu dar uma de “criancinha de cinco anos que não aceita o fim da brincadeira” e resolve me arrastar para aquele funil de emoções por mais um ano garantidíssimo.

Quem quer que esteja lendo isso, deve estar perdidinho da Silva e se perguntando “do que diabos esse débil mental tá falando? Alguém manda ele explicar, por favor”. E nem tente fingir que não, porque eu sei que sim.

Basicamente, aquele garoto que apareceu no início do meu primeiro dia de aula é o grande responsável pela revolução de sentimentos que tive no ano passado.

“Tá bom, Daniel, chega de metáforas, esse povo não aguenta mais você personificando as porras todas.”

“NÃO DISCUTE COMIGO, CONSCIÊNCIA!”

“Discuto sim, porque se não for por mim, você não faz as coisas do jeito certo, senhor Boone. Agora me ouve e corrige esse problema.”

Não liga, não, meu caro amigo… eu discuto com minha própria consciência às vezes. Tem dias que ajuda, tem dias que só atrapalha, mas vamos ao fato que eu tenho pensado em falar desde o início dessa droga: sabe o garoto que falei? Então… eu meio que gosto dele desde 7 de março de 2014. Tá, pode parecer algo meio psicopata, mas eu lembro mesmo a data em que falei com ele pela primeira vez. Lembro vagamente dos detalhes, mas o que em suma aconteceu foi: garoto (eu) conhece o outro garoto (ele) quando entra num transporte escolar pela primeira vez - nunca fizera isso até então, logo, só faltei gritar de felicidade quando fiz mais um passo rumo à independência dos meus pais. Garoto (eu) aperta a mão do outro garoto, que diz ter como nome Shawn. Shawn Hans. Sua aparência me intrigou naquele momento; não por ser estranho ou ter uma espinha absurda na testa (e não, ele não tinha)... mas porque, pela primeira vez, eu estava notando a beleza de outro cara que não era eu nem meu pai - e acreditem, meu pai, o Aaron, é bonito pra caralho - e justamente por isso fiquei intrigado. Olhei-o durante toda a viagem do transporte discretamente. Sim, discretamente, porque eu devo ser uma das únicas pessoas no mundo a lançar olhares verdadeiramente discretos, tanto que talvez até hoje ele nunca me falou nada sobre isso, o que me faz deduzir que sou bom no que faço.

Shawn Hans tinha 14 anos na época. Eu também tinha. Shawn Hans tinha - e ainda tem - os tão invejados olhos verdes que me fizeram mergulhar no profundo universo de tentar vê-lo mais e mais a cada dia. Eu só tenho meus olhos castanho-escuros mesmo, os mais comuns da vida. E eu tinha vários outros motivos para considerar que essa situação estava fadada ao fracasso desde o momento em que trocamos um simples “oi, meu nome é tal, como vai na escola?” naquela van escolar. Sabe aquela famosa frase “desculpa, mas o problema não é você, sou eu”? Me resume claramente.

E de jeito nenhum eu podia continuar fissurado naquele menino. Mas não deu.

[...]

 

Ao fim daquela manhã, nem me incomodei em sair primeiro que os outros alunos… esperei a maioria sair pela porta para só então pegar minhas coisas e ir embora daquele lugar. Mal prestei atenção no que os professores disseram, o que deixou o primeiro dia de aula mais fadado ainda à destruição total dos meus forninhos.

Desci a rampa que levava direto ao portão principal e fiquei do lado de fora da nova escola, somente esperando minha mãe vir me buscar, esperando chegar em casa para jogar meu corpo na cama e me fingir de morto por uma hora até criar forças e ir almoçar. Desde o ano passado era assim, e eu nunca percebera o quanto era desgastante para meus neurônios sofrer na cama até que as férias de novembro chegassem e eu não fizesse isso mais.

Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a famosa buzina estranha que emanava do carro de minha mãe, Ellis Marin-Boone.

— Ei, Daniel, dá pra ser ou tá difícil? — Ela gritou, me tirando do transe.

Saí correndo rumo ao carro antes que levasse outro provável grito no meio de uma escola inteira que me conheceria nos próximos dias como “o carinha que levou grito da mãe”; entrei no banco de trás do veículo sem cerimônia e dei de cara com meu irmão de quatro anos e meio, Justin Boone - ou, como eu gosto de chamar, Justin Pestinha-Boone, de tanto que ele apronta comigo E SÓ comigo, mas isso não vem ao caso - com o uniforme da escolinha dele e sorrindo maliciosamente, como se planejasse algo épico para fazer comigo antes de ser deixado no próprio colégio. Queria agradecer a Deus e ao meu pai por fazerem dona Ellis não nos colocar no mesmo prédio todo dia, porque seria um inferninho esperar o carro da minha mãe ao lado daquela pequena criatura.

— Fiquei te esperando por dois minutos enquanto você viajava com a mente naquele banco, menino! Tem noção do quanto seu irmão vai se atrasar agora por sua causa?

— Mãe, relaxa — respondi com preguiça na voz — foram somente dois minutos, e ainda estamos adiantados para deixá-lo no colégio.

— Não sei onde eu estava com a cabeça quando coloquei vocês em escolas diferentes, simplesmente não sei.

— Foi uma atitude bem sensata, se pensarmos positivamente. Agora, se a senhora não se incomoda, quero ir pra casa logo.

— Primeiro: olha os modos como fala comigo — virou para trás a fim de me encarar — segundo: tudo tem seu tempo, nós já estamos indo.

— Mãe, vamo pa escola logo! — Justin exclamou, provando claramente que ele ainda está aprendendo a lidar com as palavras faladas.

Recostei minha cabeça na janela do carro e voltei a viajar com minha mente.

Passei os dois meses de férias inteirinhos tentando esquecer tudo o que vivi em 2014 por causa de Shawn Hans. Foi bem trabalhoso fazer isso, mas no final das contas, dei uma de Let It Go e abracei o futuro que estava por vir. Infelizmente abracei o futuro errado, porque agora ele está de volta, eu não consegui fazer amizades no primeiro dia e ainda tenho de lidar com meus problemas em casa. Mas do jeito que o universo é, eu teria de me acostumar com isso. E se os sentimentos voltarem, estarei pronto para me defender de um machucado provável.

Lá vamos nós de novo.

“Eu joguei todas as suas coisas fora, tirei-o da minha cabeça, o arranquei de meu coração. Como você conseguiu entrar debaixo da minha pele? Jurei que nunca o deixaria entrar de novo. Por mais que eu tente, sei que não posso desistir. Algo em você é tão viciante… e aqui vamos nós de novo.”

Here We Go Again (Demi Lovato)


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse começo? Daniel nem falou tanto sobre Shawn, exatamente porque ele não quer falar sobre isso, mas logo saberemos mais sobre essa história do shipp que eu e a Luceana resolvemos chamar de #Shawniel. JÁ PODEM SHIPPAR!
Sim, teremos capítulos inéditos toda quarta-feira - pelo menos nessa primeira parte da fic. O próximo será postado pela Luce (Lacradora!), e garanto que vocês vão gostar ainda mais... e não é só porque o título será "Style", com base na música da Taylor Swift. Não mesmo! Hahahahaha :)

Deixem seus comentários, por favor. Me alegram bastante! E falem da fic pros seus amigos, parentes [talvez], animais de estimação, desconhecidos na rua... toda ajuda é bem-vinda!
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