Love me escrita por StellaM


Capítulo 10
Só pode ser TPM




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Acordo com dor de cabeça, Nem lembro que horas fui dormir, só lembro que foi tarde, olho pelo quarto, Rosa não está aqui. E eu desço as escadas de pijama mesmo porquê estou morrendo de sede. Desço as escadas e dou de cara com UMA CAMBADA DE GENTE NA MINHA CASA. Debrah estava lá num sofá com Castiel, sorte deles que não era o meu. Rosa e Alexy em outro conversando animadamente, e Nathaniel lá no meu sofá, estavam vendo uma série ou sei lá, quis me enfiar num buraco. Mas qual é? Quem vem pra minha casa de manhã cedo? Tá, OMG já são 12:38.
Tento passar por ali despercebida mas não deu muito certo. COMO SEMPRE.
–Resolveu acordar Bela adormecida? - Rosa diz fazendo to eles me olharem.
–Yuna Nakamura! Você vêm receber seus amigos de pijama? - Minha mãe aparece e me olha com reprovação.
–E como eu ia saber que ia ter gente aqui essa hora? Está fazendo caridade demais!
–Ah onde foi que eu errei com você? - ela diz e pega as chaves do carro dela - Vou sair com a mãe do Nathaniel, Vá se trocar! - ela grita e vai embora.
Vou para a cozinha, pegando um pacote de biscoitos, não estou nem aí, vou comer mesmo. Tina só vinha daqui a pouco então eu me virei sozinha.
–Oi - sento-me ao lado do Nath e lhe ofereço os biscoitos.
–Então pretende ficar assim? - Alexy aponta para meu pijama. UÉ, QUAL O PROBLEMA?
Reviro os olhos e subo as escadas, lavo o rosto, escovo os dentes, faço um coque e coloco uma roupa qualquer.
Desço as escadas e estão todos jogando "verdade ou desafio". Demorei '-' ?
–Olha quem chegou. - Rosa disse
–Sério mesmo? Não jogo isso desde o fundamental.
–Se eu fosse você não contaria segredos para o Alexy, ele falou sobre suas tatuagens.
–Oi? - Digam adeus ao Alexy.
–Ah, eles me perguntaram, e quando disse que escolhi desafio, eles me desafiaram a responder a pergunta - Ele diz choramingando.
–Então tem uma tatuagem no pei... - Castiel começa mas Debrah o cutuca com raiva e ele se cala. Rio com a situação.
–Nem imagino quem foi que perguntou. - Lanço um olhar para Castiel e ele sorri de banda.
–Por que um coração? - Nath pergunta. Pronto. Alexy e Rosa tudo bem, e até Castiel porque ele é tarado e eu meio que me acostumei, mas Nathaniel? Ai que vergonha.
–Nath, nath, sou como a viúva negra, você se apaixona, e eu tiro seu coração usando-o como minha segunda vida enquanto você....morre.
Falei tão sério que eu quis rir, mas me segurei enquanto o silêncio reinava na sala. Sim eu tenho um coração tatuado no meu peito, qual o problema?
.................
Já estava de tarde quase noite, alexy fez um longo discurso sobre eu não confiar nele, dei todas as justificativas que tinha e acha que ele se convenceu? NÃO!
–Então vocês estão se pegando?
–Não não é bem assim, a gente nem se beijou, só não te contei porque não foi nada de importante, ao menos não para mim...fora que você sempre me apoiou com Armin...
–Isso é outra coisa! Está dizendo que o que aconteceu com Castiel não importou?
–Não.
– Não?
–Não... - mordo o lábio inferior, não gosto dos interrogatórios de Alexy.
–Por que ta nervosa?
–N-não estou.
–Parece que está.
–M-mas não estou.
–Então aquele beijo não te causou impacto nenhum?
–Não teve beijo.
–E se tivesse?
–Se tivesse, o que não teve, seria estranho porque somos muito... - ai merd*
–É o bastante para você Rosa?
–É sim Alexy.
–Parem de me confundir! Parece que até Armin aceitou que eu vou morrer sozinha, menos os dois. Eu não quero ninguém é tão difícil assim entender?
Tá, para mim, os homens são uma raça não humana, incompetente e inútil que não facilita em nada minha vida. Eu vou explicar melhor, eu não era uma garota atraente e desejável, na verdade isso sempre foi um impecilio para mim, eu nunca precisei de garotos, muito menos aqueles que fazem questão de esfregar na sua cara que você não é nada e não vale a pena, como uns e outros fizeram, ok eu não devo comparar todo mundo com algumas pessoas mas essa realidade é bem presente na minha vida, ao menos na minha cabeça, sweet amoris não era diferente, eram os mesmos comentários, as mesmas gozações, e tudo isso me incomodava muito.
Mas agora eu que mando naquele colégio e se alguém fizer algo que eu não goste, eu ligo para meu tio e tiro essa pessoa do mapa, aliás era pra eu ter feito com muita gente...enfim, não preciso de homens, estou bem sozinha, e meu coração tatuado no peito além de me lembrar da idiotice que é o sexo masculino, me lembra de me amar acima de qualquer coisa, ou qualquer homem, o que estava em falta na velha Yuna.
Velha Yuna, uma garota tímida, calada, insegura e sonhadora que se transformou numa garota forte, decidida e que não precisa de Ninguém para se sentir bonita. Castiel está sendo uma pedra no meu salto alto desde que chegou, e eu estou com medo disso tudo.
–Yuna? - Rosa chama minha atenção .
–Desculpe. - digo me distanciando dos pensamentos. Talvez eles estejam certos, Talvez eu devesse parar de andar na defensiva, ou talvez veja minha TPM.
.................................
Já devia ser uma da manhã, Rosa foi embora cedo porque ia sair com o Leigh e eu nem desci para o jantar, não queria ouvir minha mãe falando que estou comendo demais ou que estou gorda, ela vive falando que na minha idade era leve como uma pena e por eu não ser tão parecida com ela, no jeito, na altura e nem no peso, ela fica pegando no meu pé, ainda fico me perguntando o porquê disso...
Mas enfim , eu não desci para comer e agora estou morrendo de fome, TPM COM CERTEZA! já sei, lanche da madrugada. Desço as escadas de vagar, dane-se os quilos a mais eu vou comer e pronto, eu compenso os quilos durante a semana cortando os carboidratos, desço vejo o ruivo deitado no MEU sofá resmungando algo
–Falando sozinho - rio e vou para a cozinha.
–Você não deveria estar dormindo?
–Sim mas estou com fome e essa é a hora livre.
Pego alguns biscoitos e como, junto com um copo de leite com chocolate, olho para Castiel e está abatido.
–Você ta bem?
– Me perguntando quando meus pais vão voltar de viagem.
–Você sente muita falta deles não é? - pego um pedaço de bolo.
–Sinto.
–Eles parecem ser ocupados, como minha mãe, mas eu já me acostumei.
–Mas a sua mãe sempre volta - ele coloca as mãos no rosto. Me aproximo com uma colher de doce de leite na boca e me sento ao seu lado.-Está chorando?
–Não, eu não choro. Não em público...
–Você não está em público, está comigo, e você pode chorar se quiser.
Ele me encara por um tempo, deixo a colher na mesa e me aproximo abraçando-o. Bem forte.
Noto minha blusa molhada, sinto-me abraçada também. Passo as mãos no seu cabelo mexendo em alguns fios da Nuca e beijo sua bochecha.
–Sente-se melhor? - ele não responde, apenas sorri, o que me faz sorrir junto.
Levanto, pego o pote de doce de leite e outra colher, e a dou para ele.
–Doce de leite?
–Ajuda muito - sorrio e ele come. Deito a cabeça sobre seu ombro e sinto sua mão sobre meu cabelo.
–Por que é assim? Quer dizer, age tão na defensiva as vezes, e as vezes é tão amável.
– Eu uso sarcasmo para afastar as pessoas.
–E por quê?
– Não gosto de pessoas - rio - sei como é se sentir sozinho. Ninguém deveria se sentir assim.
Digo levantando, dou um beijo em sua testa e subo as escadas e caio na minha cama, o que foi que aconteceu? Wol, com certeza é TPM.


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