Cem Anos Depois escrita por Adson Kamps


Capítulo 17
XVII - Sonhos de Menina (Halloween - I)


Notas iniciais do capítulo

Foi fora do horário prometido para postagem e com um tamanho não muito agradável para mim, mas acabei por posta-lo mesmo assim pois além de mata-los de curiosidade posso faze-los pensar mais sobre alguns personagens x3
Boa leitura.



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Londres, 31 de Outubro. Um tempo antes de toda a história acontecer.

— Wendy? Vamos logo querida! Seus irmãos a estão esperando para sair. – chamou minha mãe na porta do quarto.

— Já vou mamãe, só aguarde mais um pouquinho! – pedi ajeitando um pequeno coque louro na cabeça. Alisei rapidamente meu vestido verde que lembrava folhas de árvores costuradas e dei uns tampinhas nos pompons colados sobre as sapatilhas também verdes.

  Ali estava eu, perante o espelho, fantasiada de Sininho enquanto a própria me olhava ao longe com olhos de aprovação. A fada nunca fora muito com a minha cara, mas conforme fui envelhecendo até passar a idade de Peter nos tornamos boas amigas.

— O que achou Dilim-Dim? – perguntei virando-me para ela e a chamando pelo antigo apelido – Estou bem? Seja sincera, pois mamãe falou que este é o último Halloween que participo. Como ano que vem fasso meus 15 já vou ser mocinha demais para brincar disso.

  A fada voou ao meu redor com suas asinhas tilintando quando batiam. Despejou um pouco de pó mágico sobre alguns lugares para que estes ficassem um pouco mais levantados e dessem uma melhor impressão na fantasia.

  Parou flutuando a minha frente e fez um joia com o dedão para cima, mas logo o abaixou e arregalou os olhos – O que? – ela se aproximou de mim e virou de costas, apontando para suas asas. Naquele momento foi como se tudo tivesse desabado para mim.

— Como eu pude esquecer? Como?! – questionei desesperada caindo sobre a cama – Estive tão concentrada em ajudar minha mãe com a fantasia de João e Miguel que me esqueci das asas da minha! Uma fada não é uma fada sem asas, não é?

  Sininho parou com o indicador sobre a boca pensando e logo balançou a cabeça negativamente. Sentei na ponta da cama e apoiei os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos – Não acredito – praguejei.

  Levantei os olhos e vasculhar o quarto a procura de qualquer coisa que eu pudesse ajeitar rapidamente para o formato de borboletas, mas somente o que eu via eram os lençóis da minha cama.

  De repente Sininho tilintou algo e rapidamente voou para baixo da minha cama e de lá retirou uma camisola branca antiga que eu tinha. Fui até a fadinha e a ajudei com o tecido que devia ser muito pesado para si.

  Observei o pano e o estiquei com as mãos. Ele ficava um pouco transparente, mas não ao ponto de rasgar – É perfeito – murmurei correndo em direção a alguns arames e logo comecei a cortar o tecido e molda-lo nos arames para o que eu queria.

— Obrigada Sininho – agradeci correndo de um lado para o outro – Por isso e por todo o resto. Você é tipo minha fada madrinha – a pequena apenas inclinou a cabeça e sorriu ficando um pouco vermelha. Se foi de vergonha ou raiva por não gostar da comparação é difícil dizer.

— Terminei! – anunciei colocando as asas com uma faixa de tecido verde que ficou quase camuflada no vestido. Rodopiei alegre e contente na frente do espelho com as minha asas que mesmo confeccionadas rapidamente estavam perfeitas! Isso se não fosse pela...

  Sininho tilintou do meu lado apontando para baixo, onde um monte de tecido e arame retorcido jazia caído. Antes que eu pudesse me desesperar ela fez um gesto de espere e desceu. Tocou na peça e instantaneamente veias de brilho dourado percorreram o tecido fazendo com que ele levantasse do chão e flutuasse no ar como se não tivesse peso algum.

  As veias douradas sumiram deixando leves brilhos para trás – Oh Sininho! Obrigada mil vezes!

— Wendy? Esta pronta agora? – a fada rapidamente voou para trás de mim, se escondendo debaixo da cama.

— Agora sim mamãe. O que acha? – dei uma voltinha na sua frente fazendo com que várias partículas brilhantes caíssem no chão.

— Uau, minha filha! Esta... maravilhoso! – disse tocando as asas – E esta peça foi um segredo muito bem guardado por você! Arrumei seu quarto todo e não a encontrei. Onde a escondeu?

— Bem... – disse vermelha – Se eu contar deixa de ser segredo, né? – Por favor diga que sim e não me faça mais perguntas.

— Claro, claro. Venha que seu Peter Pan e Capitão Gancho a estão esperando – me pegou pela mão.

— Só espero que as pessoas não pensem que somos uma duende com seu filhote e um pirata bêbado – a história de Peter Pan não era conhecida muito além da minha família.

— Ah, Wendy – disse mamãe rindo.

  Wendy deu a mão à sua mãe e foram até a porta. Wendy olhou para trás, e sem conseguir achar a fada acabou por ter seu sorriso apagado. Onde e estaria ido Sininho, afinal de contas? Seguiu a mulher mais velha para fora do cômodo.

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Notas finais do capítulo

E então? Curiosos para o que vem a acontecer com Wendy? Próximo capítulo que continuará esse sai no final de novembro, mas a fanfic segue normalmente durante esse período. Reviews? :3



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