Everything Is Alright. - Interativa. escrita por Hailey


Capítulo 2
1. Maria-Fumaça 9/34


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, primeiro capítulo! Mais um filler do que qualquer coisa, mas apesar de eu já ter recebido algumas fichas ótimas (que aparecem aqui), ainda são poucas.
Então aqui estão as personagens já aceitas, espero que gostem delas!



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Delayla Alae Cerasis não podia acreditar no que seus olhos violetas viam no momento.

Não que a pequena já não soubesse o que a esperava, mas saber é uma coisa, e ver, experiênciar aquilo, ali, agora, era algo... issureal. Não se lembra desde quando esperava por esse momento. Talvez desde que nasceu, Layla não tem certeza; a única certeza era que a garotinha foi feita, sim, para aquele mundo, e quem quer que fosse que achasse o contrário, iria meter os pés para com os ombros.

"O que acha?" Delayla olha para cima, para o homem grande e de feições duras sorrindo para ela, cheio de amor.

"É lindo, pai."

Os olhos azuis do homem, cheios de amor, brilham tristemente. Sorri com gentileza para a filha.

"Sua mãe sempre achou aqui bonito, também. Eu nunca pude ver a beleza, e sempre corria pra dentro do trem, tossindo dessa bendita fumaça." Suspira e, apoiando uma mão grande no ombro delicado da filha, aumenta o sorriso e espanta a tristeza, "Bem, você é sua mãe todinha, sempre foi," os dedos grossos apertam o queixo fino com carinho, "minha pequena Unicórnio."

Laya sorri contido para o pai, as bochechas finas se rosando. Empurra levemente a cabeça para fora do aperto e caminha com o pai em seu encalço por entre os bruxos diversos, malas, animais e por entre a densa fumaça. Ouve o pai tossindo ao longe, mas seus olhos violetas, amêndoados, estão vidrados na enorme maria-fumaça vermelha e preta. Vira para o pai quando sobe no primeiro degrau de uma porta aberta, e o homem sorri abertamente, orgulho brilhando nas orbes azuis escuras e felicidade nas rugas em volta dos olhos cansados.

Com dificuldade, Layla empurra o malão corredor à dentro. O som estridente de risos e gritos de estudantes se conhecendo invadem seus tímpanos, e a garotinha se pega sorrindo a todo o barulho. Balançando a cabeça cheia de cabelos pretos e longos, puxa com toda a sua força a bagagem pesada para dentro de um compartimento quase vazio. Grunhindo, Layla olha para a única criança lá dentro, a procura de ajuda: a menina loura sequer olha para ela, mantendo os olhos na cópia d'O Profeta Diário. Suspirando, Layla puxa sozinha o malão para dentro da cabine.

Ofegando, olha para o compartimento aonde a bagagem era suposta a ser posta e grunhiu. Nem a pau a garotinha conseguiria levantar aquele peso todo lá em cima. Suspira e se joga no estofado.

Sabia que o pai já deveria ter partido. Vince Cerasis nunca foi um homem emocional, nem Delayla muito delicada, e ambos não eram confortáveis com assuntos emocionais. A conversa há alguns minutos atrás fora tão embaraçosa tanto para Delayla quanto para Vince.

Encara a garota. A menina lia o jornal, os lábios levemente carnudos franzidos em concentração, as orbes castanhas pulando de uma linha para outra. Layla ouve um murmúrio da menina quando ela vira a página. Layla levanta as sobrancelhas quando percebe que o murmúrio era para um gato grande e com uma pelagem extremamente encaracolada e amarela. O gato mia e se estica, rolando de umbigo para cima e a menina coça sua barriga peluda distraidamente enquanto murmura as palavras do artigo. Layla não é a pessoabmais religiosa, mas ela agradece quem quer que esteja lá em cima por Cain, sua Coruja das Torres, estar em um profundo sono com a cabeça creme e branca embaixo da asa.

Suspira e, entediada, bate os calcanhares no chão de madeira. A garota levanta os olhos para ela, sobrancelhas e lábios franzidos em aborrecimento. Delayla cruza os braços e desvia o olhar.

Não demora muito para alguém meter a cabeça dentro da cabine. A garota aparentava ser mais velha, alta e com cabelos pretos, cachos grandes nas pontas. Olhos verdes escuros e penetrantes passam rapidamente por ela junto com uma sobrancelha levantada e logo se fixam na menina lendo.

"Lexi."

A loura levanta a cabeça com rapidez. Um sorriso grande abre seus lábios, e um de canto, malicioso, graceja os lábios rosados da garota alta. Rapidamente, a garota dobra o jornal e se levanta, balançando o cabelo louro escuro para longe da face redonda. Layla repara que Lexi é alguns centímetros mais baixa que a garota de olhos verdes assim que o corpo cheio a abraça.

A menina alta descansa um braço nos ombros da amiga loura e ambas andam corredor à dentro. Layla bufa e deita no estofado, quase tendo um caso sério de tédio.

Pensa em como será assim que chegar em Hogwarts. Ouvira o pai falar tanto na escola e quanto inferno ele causou nos corredores, que antes que conhecer o castelo ela já se encantava. Um sorriso aparece nos lábios rosados e o tédio se dissolve.

Não vê a hora de chegar em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado das personagens e que suas criadoras do jeito que eu as tenho escrevido.
Qualquer crítica construtiva, sugestão ou dúvidas, podem escrever!
E eu tenho uma outra fanfic interativa, porém original. Se vocês se interessaram, só irem no meu perfil e a ler (: