A floresta dos cantos 3 escrita por black cat


Capítulo 1
nova geração


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa história não ficou tão boa quanto as anteriores, mas foi o que deu pra fazer. espero que gostem e boa leitura.



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Dei dois passos para trás ao ouvir o som das risadas altas. Minhas mãos tremeram. Mas não de medo ou nervosismos e sim de euforia. Uma euforia gelada, porém forte o bastante para me deixar impaciente. Queria começar logo.

Ao longo dos anos cresci ouvindo os risos que se transformavam em gritos pelas mãos de meu pai. Este homem que tanto me ensinou foi-se há alguns meses vítima de um acidente fatal ao cair do décimo segundo andar do castelo. Não posso afirmar com certeza se ele sabia ou não, mas lá do alto eu observava meu quase mentor cair. Já era hora de um novo rei. De um novo ceifeiro dos perdidos.

Seu pai, como ele havia me dito quando eu era criança, também morreu tragicamente, porém não acidentalmente assim como sua morte. De uma forma ou de outra, ele provavelmente sabia que seu fim viria pelas mãos daquele que ensinará a matar.

E agora eu estava ali, em meio a seu território de caça observado uma família. Normalmente são adolescentes tentando provar uma falsa coragem que são atraídos para essa armadilha de perdidos. Mas dessa vez minhas presas eram os cinco membros daquela família.

Olhei mais uma vez para eles que comiam tranquilamente ao lado do pequeno córrego que por ali passava. Essa era a hora.

Não me contive em elogiá-los enquanto se amarravam lentamente em minha teia bem planejada. Olhavam curiosos para os lados enquanto andávamos para o castelo que prometi lhes mostrar. Pareciam turistas. Era uma pena para eles não perceberem antes que não passavam de coelhos rumando em direção à morte.

Mal perceberam quando os separei. Um a um eu cacei enquanto ouvia os gritos desesperados e as rezas em nome de suas crenças. Não adiantaria nada.

Como de costume, os ventos sentiram o peso dos lamentos daquelas pessoas que jamais veriam a luz do sol novamente. E então, em sua misericórdia, sobravam os cabelos dos quase mortos segundos antes departirem. Talvez se compadecessem com a dor daqueles atraídos para a armadilha.

A garota loira e baixa eu estuprei e as duas crianças estrangulei sem pensar em nada mais criativo. O casal, por outro lado, foi devidamente enforcado e, após matar todos os membros, inclusive a garota que morreu em meio as facadas, deixei novamente o castelo levando os corpos ao cemitério improvisado atrás das ruinas.

Não havia lápides ou flores, mas os corpos estavam bem alinhados debaixo da terra. Até porque, não seria agradável ter de enterrá-los novamente caso desenterrasse um por engano ao tentar enterrar outros.

Voltei ao meu quarto sujo com a lama e a terra. Meu corpo emanava o típico cheiro de sangue e carne podre enquanto tentava inutilmente me esfregar. De certa forma eu gostava daquele aroma.

E depois de olhar mais uma vez pela janela em direção ao cemitério tão vasto coberto pela névoa e enfeitado com os escombros desci as escadas devidamente vestido e fui até o vilarejo próximo aos limites da floresta dos cantos. Precisava comprar leite.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?