Assim que acordou Alexis sabia que estava atrasada. Seria seu sexto na escola e ela nunca conseguiu ter um café da manhã digno. Se arrumou o mais rápido possível e invadiu a cozinha, onde um dos elfos domésticos já segurava seu pequeno café da manhã, fazendo-a sorrir em agradecimento. A morena sabia que Delayla, Felicity e Peter, elas da casa dos leões e ele das águias, reclamariam de seu não-surpreendente atraso.

A morena entrou mais uma vez no Salão Comunal da Lufa-Lufa para pegar sua mochila e disparou nos corredores para o exterior, onde teriam Trato de Criaturas Mágicas. Ela não era a maior fã da matéria pelo simples fato de que para obter “Excede Expectativas” nos N.O.M.’s e N.I.E.M.’s você precisava ser ótimo, não só teoricamente.

_Per Dio, achei que nunca iria chegar! – Delayla sussurrou enquanto a morena entrava discretamente no fundo da multidão.

_Eu sempre chego a tempo! – Ela respondeu para a corvina de cabelos pretos no mesmo tom.

_Agora que a Srta. Kraskov chegou podemos começar, certo? – Hagrid brincou – Hoje teremos a aula dividida em duas partes. A parte teórica, vocês vão escrever tudo o que sabem sobre dragões. Generalizando, sem dar ênfase a uma espécie, ok? A segunda parte faremos de noite, junto com os alunos da Grifinória e Sonserina. Ah, Srta. Kraskov, modere no tamanho de pergaminho, ok?

Após receber um aceno positivo de toda a turma, ele exclamou “Vamos ao trabalho! ”. Os alunos se espalharam pela clareira em frente a modesta casa do meio-gigante e pôs se trabalhar, conversando e tentando adivinhar o tipo de dragão que Rúbeo os mostraria durante a noite.

_ Ele vai realmente nos arrastar para o meio do mato por causa de um dragão? – Elize perguntou a ninguém em especial – Não é como se ninguém daqui nunca viu um dragão.

_ Alguns de nós são nascidos-trouxas, Ackles, não temos dragões como pets. – Felicity respondeu, tentando controlar seu tom de voz para não chamar a atenção de Hagrid.

_Oh, eu preciso me acostumar com essa parte do mundo bruxo nas mesmas aulas que eu. – A loira resmungou.

Sabendo que não faltava muito para que a metamorfomaga jogasse uma maldição na loira, Avery achou melhor interromper o início da discussão antes que todas ficassem de detenção na primeira aula.

_Vocês duas, se quiser discutir sugiro que façam isso no Clube de Duelos, onde ninguém vai pegar uma detenção, ok? – Ela brigou – Se quiserem ficar esfregando troféus sem magia esperem pelo menos vinte e quatro horas de estadia, pelo amor de Merlin!

Após se encararem por alguns segundos ponderando se valeria a pena, as duas corvinas voltaram a seus afazeres, clarameramente desgostosas de sua situação. Felicity pensava em que maldições iria lançar em Elize na primeira oportunidade enquanto a loira pensava em quais ia lançar em todos naquela maldita escola com sangues-ruins.

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Quando Lyra acordou ela esperava tudo, exceto um dormitório vazio. Por quantas malditas horas ela havia dormido e o motivo de Kate não a ter acordado foram as únicas coisas que ela pensava enquanto se arrumava rapidamente naquela manhã.

A morena agradecia mentalmente pela Sala de Transfiguração ser no primeiro andar enquanto subia os degraus de dois em dois. A Professora McGonagall não estava em lugar algum da sala, então ela se limitou a entrar e sentar ao lado de Kate, no fundo.

_Bem-vindos a mais um ano de Transfiguração! – Disse Minerva, assim que entrou na sala – As taças a sua frente são, na verdade, ratos. Vocês vão destranfigurá-los para sua forma original. Para executar o feitiço, vocês precisam girar e sacudir, e então dizer “Revertus Transfiguratio”. Lembrem-se de dizer claramente.

Após se pequeno discurso ela mudou para sua forma animaga, já familiar a todos, e ficou sobre a mesa, onde conseguia ver todos. Todos os sonserinos e grifinórios começaram suas tentativas de execução de seus feitiços.

_Revertos Transfiguratio! – Murmurava Peter, tentando falhamente executar o feitiço.

_Você está dizendo errado. – A garota loira ao seu lado falou – É Revertus, não Revertos.

_Oh, obrigado! Meu nome é Pete. Peter Burkhardt. – Ele se apresentou.

_ Black, Samantha Black – Ela apertou brevemente a mão dele.

_ Você estudava em Beauxbatons antes? Ou Durmstrang, talvez?

_ Salem. Meus pais queriam me tirar da Europa. – Ela respondeu

_ Eu não acredito que temos menos de uma hora de aula e ele já arrumou alguém. – Daeron comentou com Ty e Thomas, sentados em uma mesa diferente.

_Ele não é o único, certo Hunith? – Ty piscou para a loira, fazendo-a revirar os olhos e o moreno a bufar irritado.

_ Vocês podem se provocar no intervalo, pelo meu de Merlin! Quando conseguirmos as três vezes McGongall vai nos liberar. – Thomas resmungou, completamente focado em suas tentativas.

Todos, sem exceções, ficaram conversando após conseguirem executar o feitiço perfeitamente três vezes. Como a mais nova proposta de interação entre as casas, Minerva McGonagall fez com que todos trocassem de lugar. Kate agora dividia a mesa com Samantha, Lyra com Thomas, Hunith com Ty e Daeron com Peter, ficariam assim pelo resto do mês, o que deixou todos extremamente irritados.

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O sino ecoou nos corredores dos castelos, que logo estavam apinhados de alunos correndo para suas aulas. Naquele momento, Kate esperava Avery, capitã do time de quadribol da Lufa-Lufa pendurar o aviso sobre os testes para o time, enquanto Lyra não se deu o trabalho. Todos os alunos sabias que os testes da Sonserina ocorriam após as aulas do primeiro dia.

Todos, ou quase todos – no caso de Elize, estavam ansiosos para a noite, quando Hagrid exibiria o dragão que ele arrumara para a primeira aula prática do ano. Assim que as últimas aulas acabaram, todos os sextanistas correram para seus dormitórios para pegar agasalhos e encontrar o meio-gigante.

Ele os conduziu até o meio da Floresta Proibida, onde quatro enormes jaulas estavam. Há alguns metros de onde estavam, Charlie Weasley sorriu e se aproximou deles.

_Não são uma beleza? – O ruivo falou entusiasmado – São os mesmos dragões do Torneio Tribruxo! O rabo-córneo húngaro, verde galês, meteoro chinês e o focinho-curto sueco. Podem chegar mais perto, pessoal!

Lentamente, todos foram se aproximando e tomando notas sore os dragões. Elize, após tomar rápidas notas sobre cada um deles, se afastou um pouco do grande grupo, até tropeçar em algo grande.

_ Você acha que isso ocorre com frequência por aqui? – Ela perguntou a Samantha, que não estava muito longe, indicando que o que a tinha feito tropeçar era um centauro morto.