Dear Hogwarts - Interativa escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 17
Capítulo 17 – Verdades


Notas iniciais do capítulo

Amorxs da minha vidinha, primeiramente acho que preciso inventar uma nova palavra porque desculpas não se aplicam mais, né (mas vocês entenderam o recado). Depois, que eu tive uns problemas pessoais que me impediram, mas que já tudo melhorzinho e vou voltar pro meu intervalo normal de postagem, ou seja, a fic está oficialmente fora de hiatus.
Anyway, eu tô muito feliz com esse capítulo que fluiu muito naturalmente E se vocês clicarem nos links tem o rostinhos lindíssimo dos personagens pra refrescar a memória!
XOXXO,
HQ

PS.: Já sabem, né, qualquer errinho é só avisar! ♥



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Katherine sentia que estava a ponto de escalar as paredes do salão comunal. Duas de suas amigas ainda não haviam chegado, estava preocupada com Elize e seu real posicionamento a respeito de tudo, sua família fazia parte dos Puristas, estava, de fato, considerando responder as investidas de Ty e sequer sabia a posição real de Cora Crawley no jogo. A ruiva sentia que sua cabeça estava a ponto de explodir.

— Se você andar mais vai fazer um buraco nas masmorras e eu, francamente, acho que não mais espaço para esse castelo ir para baixo. – Thomas debochou, fazendo Daeron e Lyra rirem.

— Elas não estão aqui! – Kate explodiu, fuzilando os outros sonserinos com o olhar.

Naquele momento, as duas loiras atravessaram a porta do salão conversando descontraidamente sobre alguma coisa e a ruiva as encarou irada e com suas orbes verdes semicerradas.

— Onde sete infernos que Merlin mora vocês estavam?

 - Huh, desculpa. – Samantha balbuciou.

— Ficamos em Hogsmade um pouco e quando voltamos Crawley quis ter uma palavrinha. – Hunith explicou, fazendo Kate erguer a sobrancelha direita.

— Ela só quis ter certeza de que estava tudo ok. – A outra loira garantiu – Aparentemente ela me procurou depois do banquete e não encontrou. Eu vou para a cama, até amanhã.

— Sam! – A ruiva chamou, fazendo-a virar – Você está realmente ok?

— Não tem porquê se preocupar, Kate. – A loira sorriu tranquilizadoramente, apesar disso, o sorriso não atingiu seus olhos.

Katherine assistiu a amiga entrar no dormitório feminino e retornou com um olhar inquirindo Hunith, que já reconhecia o olhar que se tornara familiar para ela e Samantha nos últimos quatro meses.

— Ela só precisava de uma distração. – A loira explicou – Aparentemente ela tem pensado naquilo o dia todo desde o Natal.

— Você perguntou o motivo dela não ter respondido nenhuma carta? – Lyra indagou.

— Se você pressionar ela por informação que ela não está disposta a dar livremente, ela vai se afastar.

— Nós precisamos falar sobre isso propriamente com todos, gostando ou não. – Daeron falou – E sobre a Crawley também. Quero dizer, ela está do nosso lado? Contra?

— Não deveríamos fazer Sam falar sobre. – Lyra advogou.

— Eu não quero, mas ela é a única que realmente sabe. – Daeron rebateu – Pelo menos mais que sabemos.

Samantha sabia que teria muito trabalho ao voltar para Hogwarts. Seu tio esperava que ela comparecesse ao máximo de reuniões Puristas, contanto que não afetasse o comportamento acadêmico dela, além de Cora Crawley ter se tornado sua tutora. A loira não sabia o que pensar sobre a auror, se ela estava a favor de seus tios, do Ministério e o mais importante, por que a morena passou o feriado cuidando dela após os treinos e punições de seu tio.

A loira olhava o professor Longbottom discorrer sobre alguma planta, mas não conseguia prestar atenção. Ela sabia que seus amigos estavam preocupados, provavelmente hesitantes após sua explosão e confissão sobre a Maldição Imperdoável, e sabia que o mais seguro para eles seria que ela se afastasse, e era exatamente o que planejava fazer, principalmente ao ver pessoas não muito distantes dos amigos nas reuniões que participara.

— Sabe a resposta, srta. Black? – O professor indagou, não tardando a perceber a falta de atenção da aluna – Discorra sobre o aconitum napellus.

— É uma planta venenosa comumente usada em fármacos homeopáticos e conhecida como mata-lobos. – Ela respondeu hesitante.

— Algo mais para acrescentar? – Ele insistiu, franzindo o cenho. A loira havia se demonstrado uma excelente aluna nos últimos meses, e agora sequer parecia se importar. Ele iria levar o assunto a diretora, procurar saber se era apenas em sua aula – Mais atenção, Black.

Antes que o jovem professor pudesse retomar a aula, uma batida na porta o interrompeu. A chefe dos aurores entrou na estufa sem titubear e trocou algumas palavras com o professor, antes de voltar seu olhar para a classe.

— Srta. Black, preciso que me acompanhe por alguns minutos. – A voz aveludada da bruxa ecoou na estufa, que se encontrava emudecida desde sua entrada.

Sam removeu os equipamentos de segurança e seguiu a outra por alguns minutos adentro da Floresta até que pararam. A loira analisava o chão ferrenhamente, ainda não tendo decidido sua cabeça sobre a auror.

— Você parece horrivelmente hesitante, querida. – A morena comentou, com uma expressão surpresa.

Cora gostava de pensar que havia tornando-se razoavelmente próximo a jovem bruxa desde o Yule Ball, entretanto, desde a chegada Hogwarts, a loira parecia ter repelido todas as tentativas que qualquer um fazia de se aproximar.

— Eu preciso que você fale comigo. – Ela falou, segurando suavemente o rosto da mais nova para que essa olhasse para ela

— Eu estou bem, Cora, apenas me ajustando. – A estudante respondeu, dando ombros de maneira despreocupada.

— Você sabe que se precisar, pode falar comigo, certo? – A auror indagou, recebendo um aceno positivo da mais nova – Ótimo, vamos recomeçar suas lições hoje às onze e meia nos meus aposentos, sem atrasos.

Elize estava muito preocupada. Primeiramente, seu avô estava pressionando a ela e Kate mais do que nunca e, por mais eu odiasse, sabia que ela e a prima precisavam permanecer juntas se quisessem se manter. Além disso, o aviso que sua mãe e tia deram quando encontraram Samantha no Beco Diagonal não deixara a cabeça da loira. Samantha era a “menina Pendragon”? Elize tinha absoluta certeza de que a amiga saberia quem era.

Do seu lugar na mesa sonserina meio-veela percebeu a loira entrar no Salão sozinha e sentar-se em uma das extremidades da mesma mesa, não sentando junto a eles, fazendo-a ficar ainda mais preocupada com a amiga.

— Hey, alguém viu a Sam? Precisamos avisar a ela que vamos nos encontrar na Passagem da Gárgula assim que terminarmos de comer. – Tiberius perguntou, passando os olhos pelas outras mesas.

— Eu falo com ela. – Elize ofereceu.

— É claro que você vai. –Ronan resmungou, fazendo Katherine, Daeron, Mary e Elize o fuzilarem com o olhar.

— Você deveria falar com ela agora, para não chegarem muito tarde. –Delayla interviu, antes de um possível conflito ser iniciado.

A ex-estudante francesa ergueu-se orgulhosa do banco e se dirigiu para o local que avistara a loira se sentando. Quando estava a poucos assentos da loira, seu caminho foi interceptado por Delphine Pontmercy, sua antiga melhor amiga, que lhe direcionava o sorriso falso que usava para falar com as pessoas que odiava.

— Elize, mon cher (minha querida), estava morta de saudades! – A francesa manteve seu sorriso e sussurrou as próximas palavras – Não pude deixar de reparar na quantidade... ou melhor, na decadência de suas amizades. Pelo que soube a maior parte deles não é puro sangue!

— Delphine, querida, acredito que minhas amizades são meus problemas. – Elize respondeu falsamente educada, e retornando seu foco a Samantha, que parecia pronta a fugir do Salão Principal agora que a atenção do local estava perto dela.

— Eu teria cuidado, querida, o Lorde não é muito tolerante como sua amiga faz transparecer. – A francesa sussurrou em seu ouvido, antes de soltá-la – Você está optando por ser ignorante se acha que a Maldição Cruciatus foi a pior que aconteceu com ela no feriado.

A meio-veela seguiu a amiga para fora do Salão, conseguindo finalmente alcança-la quando ela parou nas margens do Lago Negro. Sentou-se ao lado da outra loira, sob uma árvore e esperou que a outra começasse a conversa.

— Você não precisa ficar. – Ela murmurou – Eu consigo tirar vocês dessa bagunça.

— Querendo ou não, Sam, somos seus amigos. – Elize replicou – Estamos nessa bagunça com você.

— Eles precisam saber mais, não precisam? Sobre o que eu fiz no feriado. – A loira indagou, não parecendo animada com a possibilidade.

— Eles acham que é justo saber mais. – Elize respondeu, neutra.

— Então não deveríamos nos atrasar.

Mary esperava ansiosamente a chegada das duas loiras. Ela sabia que essa reunião seria particularmente desconfortável ainda mais com as opiniões tão opostas sobre o acontecido. A morena só esperava que nenhuma briga acontecesse naquela noite, ou então teriam muitas explicações a dar no dia seguinte.

Elize entrou primeira pela passagem proporcionada pela gárgula, seguida de perto por Samantha. Contrário ao que se esperava, a sonserina não parecia hesitante e olhava firmemente para aqueles que a olhavam nos olhos, como se estivesse fazendo uma declaração.

— Desculpem pelo atraso. – Elize tentou quebrar a atmosfera extremamente tensa que se instalara.

— Deveríamos começar. – Alexis disse.

— Não tenho nada a acrescentar. – Sam deu ombros.

— E o que você disse no trem? Sobre a punição. – Kate indagou.

— Não mais nada além daquilo. Eu tentei, ele sabia, me puniu e aprendi a lição. – Ela manteve o tom de indiferença.

— E a Crawley? – Peter perguntou, tentando encobrir seu tom de irritação, mas soube que a loira havia percebido.

— Ela ficou lá o feriado inteiro. Participou de uma reunião, mas saiu na metade.

— E? – Felicity insistiu.

— Sentou no sofá contrário ao meu na biblioteca e começou a fazer relatórios.

— Hoje, quando Delphine falou comigo, ela sugeriu que seu tio não estava muito feliz. – Elize sugeriu.

— Pontmercy não sabe de nada. – Ela replicou irritada.

Samantha repassou as reuniões diárias que atendera e sabia que estava fazendo a coisa certa ao protege-los daquela realidade. Naquele momento, ela decidiu que faria seu melhor para manter o pequeno grupo a salvo do que estava por vir, nem que precisasse continuar a marcar presença nas reuniões e, consequentemente, matar e torturar pessoas semanalmente.

Quando Cora fora deixada esperando, mesmo que, até o momento, houvessem se passado apenas dois minutos do horário marcado, ela soube que Samantha talvez estivesse expondo todos os segredos que aprendera no feriado para os adolescentes.

A auror sentia-se levemente culpada por não ter sido uma presença constante na vida da garota, principalmente quando essa descobrisse que são primas. A morena apagou seu cigarro no mesmo momento que uma batida na porta ocorreu.

— Pode entrar, querida.

— Desculpe-me pelo atraso. – A loira murmurou – Vamos começar?

— Claro.

A morena dirigiu-se para o baú e abriu-o, capturando um dos ratos e o transfigurando novamente para a forma humana. O nascido-trouxa claramente maltrato, espancado e torturado sequer tinha forças olhar para a dupla.

— Muffliato. – A mais velha enfeitiçou a porta, para que não fossem ouvidas, e em seguida a trancou. – Colloportus.

— Crucio. – A jovem iniciou o que estava fadado a ser uma longa noite.


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