Dear Hogwarts - Interativa escrita por Harleen Quinzel
Notas iniciais do capítulo
Amorxs da minha vidinha, primeiramente acho que preciso inventar uma nova palavra porque desculpas não se aplicam mais, né (mas vocês entenderam o recado). Depois, que eu tive uns problemas pessoais que me impediram, mas que já tudo melhorzinho e vou voltar pro meu intervalo normal de postagem, ou seja, a fic está oficialmente fora de hiatus.
Anyway, eu tô muito feliz com esse capítulo que fluiu muito naturalmente E se vocês clicarem nos links tem o rostinhos lindíssimo dos personagens pra refrescar a memória!
XOXXO,
HQ
PS.: Já sabem, né, qualquer errinho é só avisar! ♥
Katherine sentia que estava a ponto de escalar as paredes do salão comunal. Duas de suas amigas ainda não haviam chegado, estava preocupada com Elize e seu real posicionamento a respeito de tudo, sua família fazia parte dos Puristas, estava, de fato, considerando responder as investidas de Ty e sequer sabia a posição real de Cora Crawley no jogo. A ruiva sentia que sua cabeça estava a ponto de explodir.
— Se você andar mais vai fazer um buraco nas masmorras e eu, francamente, acho que não mais espaço para esse castelo ir para baixo. – Thomas debochou, fazendo Daeron e Lyra rirem.
— Elas não estão aqui! – Kate explodiu, fuzilando os outros sonserinos com o olhar.
Naquele momento, as duas loiras atravessaram a porta do salão conversando descontraidamente sobre alguma coisa e a ruiva as encarou irada e com suas orbes verdes semicerradas.
— Onde sete infernos que Merlin mora vocês estavam?
- Huh, desculpa. – Samantha balbuciou.
— Ficamos em Hogsmade um pouco e quando voltamos Crawley quis ter uma palavrinha. – Hunith explicou, fazendo Kate erguer a sobrancelha direita.
— Ela só quis ter certeza de que estava tudo ok. – A outra loira garantiu – Aparentemente ela me procurou depois do banquete e não encontrou. Eu vou para a cama, até amanhã.
— Sam! – A ruiva chamou, fazendo-a virar – Você está realmente ok?
— Não tem porquê se preocupar, Kate. – A loira sorriu tranquilizadoramente, apesar disso, o sorriso não atingiu seus olhos.
Katherine assistiu a amiga entrar no dormitório feminino e retornou com um olhar inquirindo Hunith, que já reconhecia o olhar que se tornara familiar para ela e Samantha nos últimos quatro meses.
— Ela só precisava de uma distração. – A loira explicou – Aparentemente ela tem pensado naquilo o dia todo desde o Natal.
— Você perguntou o motivo dela não ter respondido nenhuma carta? – Lyra indagou.
— Se você pressionar ela por informação que ela não está disposta a dar livremente, ela vai se afastar.
— Nós precisamos falar sobre isso propriamente com todos, gostando ou não. – Daeron falou – E sobre a Crawley também. Quero dizer, ela está do nosso lado? Contra?
— Não deveríamos fazer Sam falar sobre. – Lyra advogou.
— Eu não quero, mas ela é a única que realmente sabe. – Daeron rebateu – Pelo menos mais que sabemos.
Samantha sabia que teria muito trabalho ao voltar para Hogwarts. Seu tio esperava que ela comparecesse ao máximo de reuniões Puristas, contanto que não afetasse o comportamento acadêmico dela, além de Cora Crawley ter se tornado sua tutora. A loira não sabia o que pensar sobre a auror, se ela estava a favor de seus tios, do Ministério e o mais importante, por que a morena passou o feriado cuidando dela após os treinos e punições de seu tio.
A loira olhava o professor Longbottom discorrer sobre alguma planta, mas não conseguia prestar atenção. Ela sabia que seus amigos estavam preocupados, provavelmente hesitantes após sua explosão e confissão sobre a Maldição Imperdoável, e sabia que o mais seguro para eles seria que ela se afastasse, e era exatamente o que planejava fazer, principalmente ao ver pessoas não muito distantes dos amigos nas reuniões que participara.
— Sabe a resposta, srta. Black? – O professor indagou, não tardando a perceber a falta de atenção da aluna – Discorra sobre o aconitum napellus.
— É uma planta venenosa comumente usada em fármacos homeopáticos e conhecida como mata-lobos. – Ela respondeu hesitante.
— Algo mais para acrescentar? – Ele insistiu, franzindo o cenho. A loira havia se demonstrado uma excelente aluna nos últimos meses, e agora sequer parecia se importar. Ele iria levar o assunto a diretora, procurar saber se era apenas em sua aula – Mais atenção, Black.
Antes que o jovem professor pudesse retomar a aula, uma batida na porta o interrompeu. A chefe dos aurores entrou na estufa sem titubear e trocou algumas palavras com o professor, antes de voltar seu olhar para a classe.
— Srta. Black, preciso que me acompanhe por alguns minutos. – A voz aveludada da bruxa ecoou na estufa, que se encontrava emudecida desde sua entrada.
Sam removeu os equipamentos de segurança e seguiu a outra por alguns minutos adentro da Floresta até que pararam. A loira analisava o chão ferrenhamente, ainda não tendo decidido sua cabeça sobre a auror.
— Você parece horrivelmente hesitante, querida. – A morena comentou, com uma expressão surpresa.
Cora gostava de pensar que havia tornando-se razoavelmente próximo a jovem bruxa desde o Yule Ball, entretanto, desde a chegada Hogwarts, a loira parecia ter repelido todas as tentativas que qualquer um fazia de se aproximar.
— Eu preciso que você fale comigo. – Ela falou, segurando suavemente o rosto da mais nova para que essa olhasse para ela
— Eu estou bem, Cora, apenas me ajustando. – A estudante respondeu, dando ombros de maneira despreocupada.
— Você sabe que se precisar, pode falar comigo, certo? – A auror indagou, recebendo um aceno positivo da mais nova – Ótimo, vamos recomeçar suas lições hoje às onze e meia nos meus aposentos, sem atrasos.
Elize estava muito preocupada. Primeiramente, seu avô estava pressionando a ela e Kate mais do que nunca e, por mais eu odiasse, sabia que ela e a prima precisavam permanecer juntas se quisessem se manter. Além disso, o aviso que sua mãe e tia deram quando encontraram Samantha no Beco Diagonal não deixara a cabeça da loira. Samantha era a “menina Pendragon”? Elize tinha absoluta certeza de que a amiga saberia quem era.
Do seu lugar na mesa sonserina meio-veela percebeu a loira entrar no Salão sozinha e sentar-se em uma das extremidades da mesma mesa, não sentando junto a eles, fazendo-a ficar ainda mais preocupada com a amiga.
— Hey, alguém viu a Sam? Precisamos avisar a ela que vamos nos encontrar na Passagem da Gárgula assim que terminarmos de comer. – Tiberius perguntou, passando os olhos pelas outras mesas.
— Eu falo com ela. – Elize ofereceu.
— É claro que você vai. –Ronan resmungou, fazendo Katherine, Daeron, Mary e Elize o fuzilarem com o olhar.
— Você deveria falar com ela agora, para não chegarem muito tarde. –Delayla interviu, antes de um possível conflito ser iniciado.
A ex-estudante francesa ergueu-se orgulhosa do banco e se dirigiu para o local que avistara a loira se sentando. Quando estava a poucos assentos da loira, seu caminho foi interceptado por Delphine Pontmercy, sua antiga melhor amiga, que lhe direcionava o sorriso falso que usava para falar com as pessoas que odiava.
— Elize, mon cher (minha querida), estava morta de saudades! – A francesa manteve seu sorriso e sussurrou as próximas palavras – Não pude deixar de reparar na quantidade... ou melhor, na decadência de suas amizades. Pelo que soube a maior parte deles não é puro sangue!
— Delphine, querida, acredito que minhas amizades são meus problemas. – Elize respondeu falsamente educada, e retornando seu foco a Samantha, que parecia pronta a fugir do Salão Principal agora que a atenção do local estava perto dela.
— Eu teria cuidado, querida, o Lorde não é muito tolerante como sua amiga faz transparecer. – A francesa sussurrou em seu ouvido, antes de soltá-la – Você está optando por ser ignorante se acha que a Maldição Cruciatus foi a pior que aconteceu com ela no feriado.
A meio-veela seguiu a amiga para fora do Salão, conseguindo finalmente alcança-la quando ela parou nas margens do Lago Negro. Sentou-se ao lado da outra loira, sob uma árvore e esperou que a outra começasse a conversa.
— Você não precisa ficar. – Ela murmurou – Eu consigo tirar vocês dessa bagunça.
— Querendo ou não, Sam, somos seus amigos. – Elize replicou – Estamos nessa bagunça com você.
— Eles precisam saber mais, não precisam? Sobre o que eu fiz no feriado. – A loira indagou, não parecendo animada com a possibilidade.
— Eles acham que é justo saber mais. – Elize respondeu, neutra.
— Então não deveríamos nos atrasar.
Mary esperava ansiosamente a chegada das duas loiras. Ela sabia que essa reunião seria particularmente desconfortável ainda mais com as opiniões tão opostas sobre o acontecido. A morena só esperava que nenhuma briga acontecesse naquela noite, ou então teriam muitas explicações a dar no dia seguinte.
Elize entrou primeira pela passagem proporcionada pela gárgula, seguida de perto por Samantha. Contrário ao que se esperava, a sonserina não parecia hesitante e olhava firmemente para aqueles que a olhavam nos olhos, como se estivesse fazendo uma declaração.
— Desculpem pelo atraso. – Elize tentou quebrar a atmosfera extremamente tensa que se instalara.
— Deveríamos começar. – Alexis disse.
— Não tenho nada a acrescentar. – Sam deu ombros.
— E o que você disse no trem? Sobre a punição. – Kate indagou.
— Não mais nada além daquilo. Eu tentei, ele sabia, me puniu e aprendi a lição. – Ela manteve o tom de indiferença.
— E a Crawley? – Peter perguntou, tentando encobrir seu tom de irritação, mas soube que a loira havia percebido.
— Ela ficou lá o feriado inteiro. Participou de uma reunião, mas saiu na metade.
— E? – Felicity insistiu.
— Sentou no sofá contrário ao meu na biblioteca e começou a fazer relatórios.
— Hoje, quando Delphine falou comigo, ela sugeriu que seu tio não estava muito feliz. – Elize sugeriu.
— Pontmercy não sabe de nada. – Ela replicou irritada.
Samantha repassou as reuniões diárias que atendera e sabia que estava fazendo a coisa certa ao protege-los daquela realidade. Naquele momento, ela decidiu que faria seu melhor para manter o pequeno grupo a salvo do que estava por vir, nem que precisasse continuar a marcar presença nas reuniões e, consequentemente, matar e torturar pessoas semanalmente.
Quando Cora fora deixada esperando, mesmo que, até o momento, houvessem se passado apenas dois minutos do horário marcado, ela soube que Samantha talvez estivesse expondo todos os segredos que aprendera no feriado para os adolescentes.
A auror sentia-se levemente culpada por não ter sido uma presença constante na vida da garota, principalmente quando essa descobrisse que são primas. A morena apagou seu cigarro no mesmo momento que uma batida na porta ocorreu.
— Pode entrar, querida.
— Desculpe-me pelo atraso. – A loira murmurou – Vamos começar?
— Claro.
A morena dirigiu-se para o baú e abriu-o, capturando um dos ratos e o transfigurando novamente para a forma humana. O nascido-trouxa claramente maltrato, espancado e torturado sequer tinha forças olhar para a dupla.
— Muffliato. – A mais velha enfeitiçou a porta, para que não fossem ouvidas, e em seguida a trancou. – Colloportus.
— Crucio. – A jovem iniciou o que estava fadado a ser uma longa noite.
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