Capitulo 3: Promessas.

 

 

POV Edward.

 

 

          Vi dona Marie olhar para a porta mas não fiz questão de olhar.

 

            - Minha querida estava falando de você com para o Duque de

Essex.

 

            - Ola. Perdoe-me se interrompi.- ouvi uma voz doce atrás de mim.

 

            - Não há o que perdoar querida, venha quero que ousa o que ele

tem a dizer.

 

            Enquanto ela se sentava pude ver a bela moça a minha frente,

cabelos castanhos e olhos chocolates, pele alva e graciosidade em seus

movimentos, me admira que não esteja casada e com filhos ainda.

 

            - Então querida estava aqui dizendo que é nova na vila e que

estava a procura de um trabalho.

 

            - Oh sim preciso muito arranjar algo.- pude notar esperança em

sua voz talvez ela realmente precise.

 

           - Então senhorita, o que sabe fazer?- disse com a voz meio

rouca. 

 

            - Bom eu sempre ajudei minha mãe em tudo em casa desde

pequena e cuidei de meus irmãos mais novos quando minha mãe estava

cuidando de meu pai que havia caído doente na cama, foi por mais ou

menos um ano eu acho.

 

            - Quantos anos tinham seus irmão na época?- se ela havia

cuidado de seus irmãos poderia cuidar de meus filhos.

 

            - Doze anos, mas desde que eles tinham 3 anos que eu cuido

deles para que minha mãe pudesse fazer os enxovais que lhe eram

encomendados.

 

            - Então sabe lidar com crianças?- tinha que ter plena certeza.

 

            - Sei sim.

 

            - E com trabalhos domésticos também?

 

            - Claro desde menina sou treinada para ser uma boa dona de

casa.- sim era assim que as mulheres eram criadas, para seres perfeitas

donas de casa.

 

            - Compreendo.- fechei meus olhos e comecei a pensar que seria

uma boa idéia.

 

            - Então senhor Cullen o que acha dela?- dona Marie interrompeu.

 

            Abri meus olhos e a olhei, como é que ainda não estava casada

com toda essa experiência os pais já deviam ter arrumado algo.

 

            - Bom acho que podemos tentar fazer alguma coisa, mas quero

deixar claro que na verdade meus filhos é que iram decidir.

 

            - Tudo bem senhor Cullen.

 

            - Faça suas malas senhorita...?

 

            - Swan, Isabella Swan.

 

            - Ok então senhorita Swan, faça as malas que após o almoço

mandarei um carro para que alguém venha pega-la.

 

            - Ok.

 

            Sai da pensão e fui para o hospital. Trabalhei por toda a manha e

quando deu a hora do almoço fui para casa conversar com Julie.

 

Chegando em casa meu anjo veio logo correndo para mim, a peguei nos

braços depositando um beijo em seu rosto.

 

            - Papai que bom que veio almoçar hoje com agente.

 

            - Claro meu anjo, preciso conversar com você.

 

            - Sobre o que papai?   

 

            - Que tal se formos para a sala?

 

            - Claro.

 

            Nos sentamos e a olhei nos olhos.

 

            - Agora que mamãe er...viajou precisamos de alguém que possa

ficar com você aqui enquanto ou estou trabalhando.

 

            - Por que não posso ir com você no trabalho.- soltei uma

risadinha baixa.

 

            - Meu anjo papai não pode fazer isso.

 

            - Entao vai por alguém para cuidar de mim?

 

            - Sim meu anjo e eu já encontrei uma moça para fazer isso.

 

            - E como ela é?

 

            - Bom...ela é muito meiga e gentil pelo que me pareceu ser

competente.

 

            - Ela é bonita papai?

 

            - Er... querida eu não posso reparar nessas coisas tendo sua

mãe.- sim eu queria dizer ela é muito bonita mas não podia dizer isso

fazendo minha filha suspeitar de algo.

 

            - Claro papai.

 

            - Então o que você me diz sobre isso?

 

            - Papai se isso for ajudar.

 

            - Eu sabia que compreenderia, e a cada dia que passa eu vejo

que você esta ficando mais esperta.

 

            - Eu quero que você tenha orgulho de mim papai.

 

            - Eu já tenho amor.

 

            Ela me sorriu lindamente e me abraçou. Como eu precisava disso.

 

            Almoçamos e então fomos para a porta receber senhorita Swan.

 

           Vi James se aproximando e quando chegou acompanhei seus

movimentos ao abrir a porta e ao pegar as coisas de senhorita Swan vi

seu o olhar que ele lançava a ela e isso me incomodava não sei por que

mais incomodava.

 

            - Senhorita Swan.

 

            - Duque.- ela disse formalmente fazendo uma reverencia.

 

            - Esses são meus filhos Julie, ela tem cinco anos.- disse

apontando para minha garotinha

 

            - Seja bem vinda senhorita.- ela disse formalmente.

 

            - E esse é Thomas, meu mais novo tem apenas um ano.

 

            - Ola, é uma honra poder estar aqui.

 

            - Antes que me esqueça, esta é Louise, ela esta encarregada

pela limpeza dos cômodos da casa, e esta é Brieta, ela cuida da cozinha.

 

            - Muito prazer senhorita.- Louise disse.

 

            - Prazer senhorita.- Brieta disse e sorriu.

 

            - O prazer é todo meu.

 

            - Bem você estará encarregada de cuidar de meus filhos e

também de manter a casa em ordem, será como uma governanta.- desde

que senhora Mins se foi esse posto ficou em aberto.

 

            - Claro.

 

            - E espero que a senhorita goste de regras pois aqui nos

teremos algumas.

 

            - Tudo que for dito.- não sei mas notei certo desconforto quando

o disse.

 

            - Então pode começar por agora, tenho que ir para o consultório

meus pacientes me esperam.

 

            - Sim duque.

 

            - Não precisa dessa formalidade toda, apenas senhor Cullen.

 

            - Esta certo.

 

            - Ate a noite.

 

            - Ate a noite.

 

            Fui atender meus pacientes mas minha cabeça não deixava

senhorita Swan então decidi ir para casa um pouco mais cedo do que de

costume.

 

            Vi que não estavam em parte alguma quando cheguei então

imaginei que estivessem no quarto abri lentamente a porta e ouvi minha

filha aos prantos.

 

            - E-eu sonhei com a ma-mamãe.- disse chorando.

 

            - Oh minha querida, quer falar sobre isso?

 

            - Ela havia ido embora, pra sempre e não iria mais voltar e

também disse que nunca me amou.- não ela não podia ter escutado

nossa conversa.

 

            - Querida por favor não chore, foi apenas um sonho.

 

            Vi ela se jogar nos braços de senhorita Swan e chorar.

 

            - Mas foi tão real.

 

            - Shiii não meu bem não chore.

 

            Percebi que senhorita Swan percebeu minha presença e entao fui

ate elas me sentando em seu lado sendo atingido pelo cheiro de

morangos que vinha de Isabella.

 

            - Filha?

 

            - Ah papai.

 

            - Não chore meu anjo.

 

            - Ela foi embora não é?

 

            - Do que esta falando?

 

            - Mamãe.

 

            - Claro que não querida.- por favor não insista.

 

            - Papai esta mentindo.

 

            - Minha querida não diga isso.- senhorita swan tentou acalma-la.

 

            - Ela esta certa, estou mentindo.

 

            - Papai o que aconteceu?      

  

           - Eu lhe prometi que nunca mentiria.

 

            - Me diga.

 

            - Não foi um sonho, você apenas se recordou de uma coisa que

presenciou estando dormindo.

 

            - Papai me explique.

 

            - Eu e sua mãe brigamos enquanto dormia e foram essas as

palavras que ela usou as mesmas do seu sonho.

 

            - Mas...

 

            - Eu sinto querida.

 

            Vi ela se apertar no colo de Isabella e chorar.

 

            - Por que? Por que ela fez isso?

 

            - Ela nunca me amou anjo.

 

            - Mas o senhor sempre foi tão bom pra ela.

 

            - As coisas nem sempre são o que parece.

 

            - Ela não me amava.

 

            Congelei, o que diria agora? Não podia mentir para meu anjo,

não para ela.

 

            - Não ela nunca nos amou, disse que apenas teve filhos para que

não parece que era um casamento de fachada.

 

            Me destruía ver que meu bebe sofria não queria que isso

estivesse acontecendo, preferiria que essa dor estivesse em mim mil

vezes mais forte do que nela.

 

            - Se acalme querida, não fique assim, sei que é difícil, mas vai

passar.- Isabella tentou acalma-la.

 

            - Senhorita Swan prometa que sempre estará comigo? Prometa?

 

            Ela olhou para mim interrogativa como se pedisse ajuda, apenas

assenti.

 

            - Eu prometo querida, sempre estarei com você.- ela disse por fim

e a abraçou.

 

            Fiquei ali olhando para as duas abraçadas e um sentimento me

atingiu, era... conforto algo que eu não sentia a um bom tempo.

 

            - Querida quer que eu fique aqui com você?

 

            - Não, mas eu queria dormir com você papai.

 

            - Claro meu anjo, claro.

 

            - Eu só vou me trocar.

 

            - Ok vou lhe esperar em meu quarto.

 

            - Você vai comigo ate lá senhorita Swan?

 

            - Claro querida.

 

            As deixei no quarto e me dirigi ao meu, tirei aquela roupa de

hospital e tomei um banho quente colocando apenas uma calça de

moletom[N/a: imaginem a cena].

 

            Deitei na cama e fiquei pensando em como seria de agora pra

frente e de repente senti a cama tão vazia, tão... desconfortável como se

faltasse algo ali. Eu não queria sentir isso e não senti a única coisa que

sentia era ódio. Ouvi duas batidas na porta.

 

            - Entre.

 

            Vi a porta se abrir e Isabella entrar por ela com minha filha em

seus braços. Ao me ver notei sua face corar por eu estar apenas com

uma calça de moletom. Sorri torto por isso.

 

            - Pronto querida já chegamos ao quarto de seu pai.

 

            Vi que Julie apenas assentiu.

 

            Isabella veio meio acanhada ate a cama e colocou minha filha lá.

 

            - Não. Fique comigo também senhorita Swan.- Julie disse

segurando a mão de Isabella.

 

            - Querida não posso ficar aqui no quarto de seu pai.

 

            - Por favor.

 

            - Não acho seja certo querida.

 

            - Se ela quer que fique pode ficar eu durmo no sofá que tem aqui

mesmo.- disse.

 

            - Acho que...

 

            - Por favor.- Julie disse novamente.

 

            Acho que isso bastou para que Isabella ficasse.

 

            - Tudo bem.

 

            Ela disse e já ia se deitando ao lado de minha filha.

 

            - Não vai se trocar?

 

            - Não acho conveniente ficar apenas de roupas de dormir na

presença de um homem casado.- ela disse.

 

            - Não sou mais casado e não mordo senhorita.

 

            - Mesmo assim acho melhor ficar como estou.

 

            - Se assim deseja.

 

            - Sim.

 

            - Boa noite senhorita Swan.

 

            - Boa noite Julie.

 

            - Boa noite papai.

 

            - Boa noite princesa.

 

            A noite se passou assim, eu não dormi nada por estar no sofá

desconfortável. Entao fiquei a observar minha filha e Isabella dormirem.

Incrível como as duas pareciam anjos e como minha filha já havia se

adaptado a nova baba.

 

 

 

POV Bella.

 

 

           

 

            Não estava conseguindo dormir nem um pouco, primeiro por estar

com um vestido e não com roupas de dormir e segundo por estar no

quarto do duque.

 

            Sentia o pequeno corpinho de Julie em baixo de mim ressonando

calmamente e isso me trousse paz, será que seria assim quando me

casasse e tivesse filhos?

 

            Não sei quando, mas dorme por meio desses pensamentos,

acordei com o sol em minha face e notei que Julie ainda dormia e ao olhar

no sofá notei que senhor Cullen também dormia ainda sem camisa o que

me fez sentir minha face quente.

 

            Me levantei devagar mas quando me puis de pé vi um movimento

no sofá e então os olhos verdes penetrantes do duque se abriram

olhando diretamente para mim.

 

            - Desculpe-me por te acordar eu não queria.

 

           - Não tem problema só não faça novamente.

 

            - Ok.

 

            - Minha filha já vai acordar acho melhor que você vá se trocar.

 

            - Sim, senhor Cullen.

 

            Fui caminhando quando me senti tropeçar em algo e logo perdi o

equilíbrio.

 

            Senti dois braços fortes me segurarem, percebi ser o duque e

quando abri meus olhos novamente vi os olhos verdes a centímetros de

mim.

 

            Percebi que com o choque havia espalmado minhas mãos em seu

peito e percebi a textura macia e firme, bem, delineada de seu peito

forte. Senti minhas bochechas corarem e então ouvi sua voz a

centímetros de mim.

 

            - Devia tomar mais cuidado em onde pisa.- disse sussurrando.

 

            - Des-desculpe-me por isso.

 

            - Tome cuidado não quero que a baba de meus filhos sofra um

acidente logo no segundo dia de trabalho.

 

            - Sim, é claro.

 

            Ele me soltou e senti um vazio, sai as pressas indo ao meu

quarto me trocar para começar mais um dia. Tomei um banho quente

para tirar todos os pensamentos de minha cabeça, para tentar esquecer

a aproximação do duque.

 

            Me vesti e logo desci para ver se o café já havia sido

providenciado.

 

            Na sala de refeições vi uma linda mesa de café posta e notei que

senhor Cullen e ambos os filhos já estavam lá.

 

            Sentei-me na cadeira ao lado de Thomas e comecei a lhe dar o

mingau.

 

            - Que perfume a senhorita usa?- me surpreendi com a pergunta

de Julie.

 

            - Eu não uso perfume querida.

 

            Vi sua pequena boquinha abrir em um “o” e então ela disse.

 

            - Mas a senhorita cheira tão bem. Cheira morangos.

 

            Corei com o comentário e então vi que o duque me olhava. Me

virei para ele e recebi com toda intensidade seu olhar penetrante.

 

            - Então Julie o que vai querer fazer hoje?- perguntei querendo

desviar d seu olhar.

 

            - Por que não vamos dar uma volta na cidade e tomar um

sorvete, o Thomas pode ir junto.

 

            - É uma ótima idéia querida.

 

            - Posso deixar vocês na praça da sorveteria quando for subir

para trabalhar após o almoço.

 

            - Ah papai o senhor podia ir junto.

 

            - Querida não posso deixar os pacientes.

 

            - E no Domingo??

 

            - Claro querida, no domingo prometo que passo o dia com você.

 

            - Ebaa.

 

            - Agora eu vou embora, ate o almoço.

 

            - Ate papai.

 

            Ele deu um singelo beijo na testa de Julie e em Thomas e se foi.

 

            A manha se passou assim, eu levei as crianças para tomar um

banho de sol no grande quintal da residência e eu e Julie colhemos flores

para enfeitar a casa.

 

            - Senhorita Swan papai disse que seu nome é Isabella posso te

chamar de Isabella ou de Isa ou de... Bella sim, sim esse seria perfeito já

que a senhorita é tão bonita, posso chamá-la assim?

 

            - Claro Julie.

 

            - Sabe você me lembra a senhora Mins ela era a governanta ela

era tão boa comigo sempre foi tão carinhosa.

 

            - Quem não é capaz de gostar de uma garotinha como você, tão

linda e especial.

 

            - Mamãe não gostava de mim.- ela disse já com lagrimas nos

olhos.

 

            Vendo isso a puxei para meus braços e a abracei afagando seus

cabelos.

 

            - Não chore querida, não pense nisso mais ok estou aqui.

 

            - Bella nunca mais saía do meu lado, nunca se um dia precisar ir

embora quero que me leve junto com você, eu nunca tive uma mãe de

verdade eu sempre fui cuidada pela senhora Mins mamãe fica sempre na

cidade e só voltava a noite e agora que você esta aqui me sinto tão bem

e protegida. Por favor não saia mais de perto de mim nunca.

 

            Foi impossível conter as lagrimas naquele momento, a abracei

mais forte e disse.

 

            - Sempre estarei a seu lado mesmo que longe sempre vou esta

com você.

           

           - Eu vou esperar por você, sempre senhorita Swan.