Cidade das Sombras escrita por Cris Herondale Cipriano


Capítulo 8
Olhos Azuis . . . Dor e saudade!


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaa
Gente antes de mais nada, O QUE FOI AQUELE PRIMEIRO CAPITULO DE SHADOWHUNTERS??
Nossa estou aérea até agora!!!! rsrsrsrsrsrs
boa leitura!



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Londres - 1878.

Magnus estava confortavelmente sentado na poltrona favorita de Camille, quando ouviu vozes alteradas, Will, pensou sorrindo enquanto virava mais uma pagina do livro que Camille mais gostava. Somente Will para chegar discutindo com o criado, quando ele havia dado ordens para a dizer a todos que ele não estava em casa.

Will havia se tornado uma pessoa importante em sua vida, quase um parente chato, mas do qual não conseguia ficar longe. Will não sabia, mas Magnus sentia não só afeição por ele, mas também gratidão, o jovem rapaz foi o primeiro caçador de sombras a trata-lo com uma pessoa, com um ser humano, alguém que se pudesse sentar e conversar e não apenas pedir favores e depois virar as costas como se nem o conhecesse.

A porta da sala se abriu e Will entrou ressabiado, com Archer o " criado " de Camille logo atras com uma carranca, mas essa cara já era normal para ele, então Magnus não deu importância.

– Magnus diga a ele que você quer me ver! Preciso falar com você, é importante!

– Talvez eu não queira falar com você Will, não agora pelo menos. - Disse cansado, estava deprimido, havia semanas que Camille partira e não havia dado nem uma pista de onde estaria.

– Magnus, por favor é importante!

– Archer, pode ir. - Disse com suspiro exausto.

O criado saiu, mas não sem antes lançar um olhar reprovador em direção a ambos.

– O que quer Will? E não venha me dizer que quer que eu invoque um demônio a essa hora!

– Não, não quero isso é outra coisa.

– Diga de uma vez, estou cansado, irritado e deprimido, então diga logo o que quer!

– O que você tem? Posso fazer algo? - Perguntou o rapaz curioso.

Magnus não conseguiu deixar de sorrir, era isso o que mais gostava em Will, embora seja completamente quebrado por dentro e mostrar uma fachada de sarcasmo e crueldade que nada tinha a ver com ele, por dentro Will era apenas uma criança ingênua e que queria ajudar a todos, sem importar se é caçador ou um bruxo. Will não fazia distinção, para ele eram todos iguais.

– A menos que você saiba onde Camille se encontra, não vejo como pode me ajudar.

Will fez um bico emburrado, ele não acreditava que o bruxo estava deprimido por Camille, era óbvio que a vampira estava por ai se divertindo e matando pessoas inocentes. Will nunca admitiria em voz alta, mas o bruxo se tornara uma pessoa importante para ele, se tornara um amigo, se tornara uma esperança no meio de toda a escuridão que o cercava. E vê-lo deprimido por causa de uma mulher que não o merecia era enervante.

– Magnus até quando vai continuar ai sentado chorando por ela? Sinceramente Magnus, com a sua idade você deveria ser um pouco mais maduro! - Disse o garoto cismado.

– Não sou tão velho assim Will! Tenho pouco mais de duzentos anos! Diga logo o que quer!

– Preciso de ajuda, houve uma batalha hoje no instituto, muitos ficaram feridos, alguns mais que outros, mas tem um caso em especial que os irmãos do silêncio não conseguem curar.

– Will, sabe que não tenho yin fen, não posso fazer muita coisa por James. - Disse Magnus pesaroso, achando que se tratava do parabatai de Will.

– Não é Jem, ele esta bem, na medida do possível, já tomou o yin fen, o problema é com outro caçador de sombras, ele se feriu durante a batalha, o irmão Enoch disse que havia veneno de origem demoníaca nas garras das criaturas de Mortmain, e o rapaz está agora à beira da morte. - Disse Will preocupado.

Magnus achou estranho, geralmente a preocupação de Will era sempre para Jem e Tessa, quem seria essa pessoa e o que teria de tão especial a ponto de conquistar a afeição de Will?

– Quem é esse caçador Will?

– Seu nome é Jace, ou Jonatahan eu acho, ele chegou hoje junto com mais duas garotas e dois garotos, dizem ser de Nova York, mas duvido, eles são estranhos, usam roupas estranhas e tem um palavreado muito diferente do de Tessa.

Magnus achou mais estranho ainda, Will parecia preocupado com o tal Jace, mas também parecia não conhecer o rapaz, o que voltava a duvida, como se afeiçoara ao garoto tão rápido, logo Will que sempre afastava a todos de sua vida?

– Você parece muito preocupado com ele, mas nem ao menos o conhece.

Will sentiu seu rosto esquentar, sim Jace sem sobrenome o havia impressionado, sentia uma ligação estranha com o rapaz, como se o conhecesse a vida toda, como se visse um irmão que a muito não via, ou não soubesse que existia, Jace era arrogante, alto-confiante, mas também se preocupava com seus amigos, assim como o próprio Will, embora todos achassem que o tal Alec era a cópia dele, quem mais se parecia com ele era Jace, era como ver seu reflexo num espelho, o reflexo de sua personalidade. Não sabia explicar como, mas sentia uma certa simpatia pelo garoto, se não fosse sua maldição, sentia que poderiam ser grandes amigos. Mas nunca admitiria isso a Jace ou qualquer outra pessoa.

– Bom, o cara precisa de ajuda, não posso simplesmente deixa-lo lá para morrer, vou ouvir lamentos da namorada dele pelo resto da vida. - Disse simplesmente.

Porém Magnus não era bobo, Will não admitia, mas se importava com o garoto sim.

– Tudo bem Will, vamos ver seu amigo. - Disse com um suspiro, precisava dar um jeito em seu coração mole e no impulso irritante de auxiliar os mais desesperados. Tudo isso era culpa de sua maldita fraqueza por olhos azuis!

Quando chegaram ao instituto, deram de cara com Charlotte que abria a porta apressada e se assustou ao ver os dois ali parados e Will com a mão erguida como se fosse abri-la.

– Pelo Anjo vocês chegaram! - Disse aliviada.

– Aconteceu alguma coisa Charlotte? Jem ele está bem? - Perguntou Will preocupado com a afobação da líder do instituto.

– Jem está bem, até já acordou, eu estava indo ver se vocês estavam chegando, Jace não está bem, está piorando a cada hora que passa.

– Muito bem leve-me a ele. - Disse Magnus apressado.

Pela afobação da mulher o caso era grave.

– Claro, por aqui Magnus.

Magnus e Will seguiram a mulher até a enfermaria, quando chegaram Magnus observou o local curioso, nunca havia estado lá, a enfermaria era grande, tinha pelo menos uns vinte leitos lado a lado, todos com lençóis brancos, o local cheirava a álcool e ervas, notava-se que os irmãos do silêncio havia passado por lá, o cheiro de ervas medicinais era muito forte no local. Apesar de haver muitas camas, apenas duas estavam ocupadas, em uma encontrava-se Jem, encostado em uma montanha de travesseiros, obra de Tessa apostava Magnus. Jem estava pálido, segurava a mão de Tessa e ambos olhavam com preocupação para o leito ao lado. O garoto prateado parecia bem, ao olhar para Will pode ver o alívio no rosto do rapaz ao ver o parabatai bem.

Voltou sua atenção para o outro leito, não conseguia ver quem se encontrava deitado, pois uma roda com quatro adolescentes que nunca tinha visto na vida obstruía sua visão.

– Bom chegamos, eu trouxe Magnus como prometi.

Magnus ficou incomodado quando todos viraram em sua direção, não que fosse tímido, longe disso, mas ter quatro adolescentes o olhando como se ele fosse a ultima esperança da terra não era nada agradável.

Observou um por um, uma garota ruiva muito bonita o olhava com desespero e com um olhar suplicante, ele apostava que era a namorada do tal garoto que Will havia se referido. ela era baixinha, muito pequena na verdade, lembrava Charlotte, até seus cabelos vermelhos e seus lindos olhos esmeraldas eram parecidos.

A segunda garota podia muito bem ser confundida com uma irmã de Will, alta com lindos cabelos negros que caíam até a cintura, tinha olhos escuros e um ar meio arrogante. É poderia muito bem ser irmã de Will! Pensou o bruxo.

O primeiro garoto parecia um mundano, não possuía nenhuma marca visível, usava um óculos com uma armação estranha e parecia perdido, como se não soubesse o que fazia ali.

Olhou para o segundo garoto e sentiu o coração falhar uma batida, era Will! Bem era e não era Will, tinham os mesmo cabelos negros, a mesma pele clara e os mesmo olhos azuis. Ah! Ali estava a diferença, os olhos, embora fossem no mesmo tom de azul, os de Will pareciam arder, com uma luz que lhe vinha da alma, já os do garoto eram mais apagados, como se houvesse perdido toda esperança, como se soubesse que não tinha salvação.

Outra coisa que tinha em comum com Will era o desespero, era visível em seus olhos, o mesmo desespero que Will tinha quando foi a casa de Camille pedindo para que lhe ajudasse com sua maldição. O garoto parecia tão perdido e quebrado por dentro quanto Will e o olhava com tanta dor e . . . saudade?! Como era possível? Magnus sabia que nunca havia visto esse garoto na vida, porém sentia como se já o conhecesse, algo o puxava para aquele rapaz, era como se ele tivesse uma luz própria que o atraía, não como a luz de Will, que atraía a todos com sua magnitude, era uma luz mais suave, uma luz que ao que tudo indicava só Magnus percebia, era como se a luz de Will ofuscasse a do garoto para os demais.

– Magnus. - Balbuciou o rapaz em angustia.

Antes que o bruxo pudesse responder uma voz suplicante soou pela enfermaria.

– Magnus, por favor ajude-o! Eu lhe imploro, ajude o Jace! Por favor, não o deixe morrer!

Magnus com grande esforço desviou o olhar do rapaz e olhou para a dona da voz, era a garota ruiva, ela chorava desesperada, o bruxo não sabia o que responder, afinal não havia examinado o rapaz então não sabia qual o real estado dele.

– Não posso prometer nada, deixe me vê-lo. - Respondeu.

A garota se afastou um pouco dando passagem a Magnus, os demais fizeram o mesmo, então Magnus pode ver pela primeira vez quem era o tal garoto que estava, segundo Will, as portas da morte.

– Mas o que é isso?! - Espantou-se o bruxo.

Na cama encontrava-se um rapaz loiro que agonizava, porém não foi o estado do garoto que espantou Magnus, nem a beleza estonteante que nem mesmo o estado deplorável em que se encontrava conseguia esconder. O que o espantou foi o fato de que o garoto parecia brilhar e queimar ao mesmo tempo!

Magnus duvidava que pudesse fazer alguma coisa para ajuda-lo, nunca havia visto algo assim! Levantou a cabeça rapidamente e seu olhar encontrou o do jovem de olhos azuis, viu estampado neles toda a preocupação e dor que o outro sentia, nesse momento Magnus decidiu que faria o que estivesse ao seu alcance para ajudar o loiro, tudo para tirar a dor estampada naqueles lindos olhos que pareciam enxergar dentro de sua alma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, eu revisei tudo, mas sempre escapa um errinho ou outro! E eu sei ficou dramático né? Mas não consigo evitar, eu sou muito dramática! kkkkkkkk
Bjsss e até o próximo!!!



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