Aurora Goldwin and The Rise of Night escrita por Nightshade


Capítulo 12
Nós Salvamos A Garota Peixe


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!!!!!!!!



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A viagem de ônibus foi longa e um pouco entediante. Ariana e eu conversamos um pouco, e eu acabei descobrindo que ela tinha dezessete anos e que ela não costumava lutar com lanças como seus outros irmãos. E que também gostava de rock e amava Evanescence.

Nico estudava o mapa com nossa rota a cada minuto.

Então eu comecei a notar que algo estava errado quando atravessamos a avenida 81, que, de acordo com o mapa, era distante de onde deveríamos passar, mas achei que o motorista sabia aonde estava indo e que talvez aquele fosse um caminho alternativo... onde o transito fosse melhor. O ônibus fez uma parada próxima a uma lanchonete, o que foi bom. Nós três estávamos famintos.

Todos nós devíamos estar realmente distraídos, porque não vimos nenhuma placa de 'Bem-Vindo à Williamsport'. Ariana, depois de um tempo, não conseguiu ficar sentada no lugar e começou a andar pelo ônibus. Hiperatividade. Nico tomou o lugar dela ao meu lado; não me importei, gostava dele. Ariana se jogou no antigo lugar de Nico e se ocupou em polir seu bracelete de bronze - que eu sabia que se transformava em um escudo.

Lá pelas três da tarde, Nico adormeceu, com a cabeça tombando em meu ombro. Não me incomodei.

Quando o sol se pôs, o motorista anunciou:

"Ok, pessoal, estamos chegando em Corning, e o meu parceiro Rick irá assumir a direção pela noite. Isso é tudo, obrigada."

— Corning? - Ariana franziu as sobrancelhas - Isso é no estado de Nova York.

— Eu vou falar com o motorista. - falei, me levantando.

Eu andei até a frente do ônibus, o novo motorista estava encarando a estrada intensamente.

— Com licença, senhor. Você disse que nós estamos indo para Corning... isso não está meio fora da rota? - perguntei.

— Não, pequena senhorita, - ele respondeu, sem tirar os olhos da estrada - estamos na rota certa, sempre pegamos o caminho mais rápido e conveniente que podemos quando vamos para Buffalo. O transito é horrível.

Buffalo? — minha voz se esganiçou - Eu pensei que esse era o ônibus para D.C.

— D.C.? Não, pequena senhorita, nós estamos indo para Buffalo, a grande cidade próxima de Niagara Falls, D.C. é na direção oposta. Esse ônibus sai ás nove. Nós saímos ás dez.

E foi apenas aí que eu percebi que estávamos no ônibus errado.

Praguejei em grego antigo sem notar e voltei para meu lugar.

Nico olhou para meu rosto e notou que algo estava errado.

— O que houve, Aurora? - ele perguntou.

Respirei fundo.

— Nós estamos no ônibus errado. - falei calma.

— O que? - Ariana apoiou os joelhos em seu assento banco e se virou para nos olhar.

— Estamos indo para Buffalo, não D.C. Estávamos  com tanta pressa que pegamos o ônibus errado. - expliquei.

— Não se martirize, Rory, minha primeira missão não foi um mar de rosas. E nós ainda temos nove dias até o solstício. - disse Ariana.

— Queria que pudéssemos viajar nas sombras. - falei, e Ariana me encarou como se eu estivesse maluca - Sim, estou começando a me sentir desesperada a esse nível.

— Nico, por que não podemos viajar nas sombras? - perguntou Ariana.

— Isso seria muito perigoso. Os domínios de Nix também são nas sombras. - ele explicou - Estaríamos mais vulneráveis a ela.

Suspirei, me inclinando em meu assento.

— O ônibus não fará mais paradas até chegarmos em Buffalo. Vamos tentar dormir um pouco.

Nico e Ariana adormeceram antes de mim. Acabei adormecendo ao som dos carros passando do lado de fora.

Eu estava outra vez na escuridão. No topo da colina. Nix estava de pé elegantemente, com os braços abertos me convidando a um abraço letal.

Aurora, minha pequena meio-sangue, você sabe tão pouco sobre essa missão, mas seu amigo foi sábio em não viajar nas estradas da escuridão. Elas são minhas agora.

Quando ela falava, suas palavras ecoavam no ar.

Você nunca conseguirá, meus servos estão indo atrás de você nesse momento. Nem os deuses podem ajudar você. Bons sonhos.

Ela se fundiu na escuridão, sua risada ecoando enquanto ela desaparecia. Eu sabia que ainda teria alguns segundos naquele sonho, então olhei ao redor, tentando memorizar o lugar aonde estava. Algo era vagamente familiar nas montanhas com neve. Eu não gostei disso.

Quando acordei, ainda estava escuro, mas eu poderia dizer que haviam se passado pelo menos oito horas, porque quando olhei pela janela os primeiros raios de sol estavam surgindo no horizonte. Me ajeitei no assento e tentei me lembrar o que havia visto no sonho. Aquela era a maior montanha em que já estive. A terra ao redor era meio seca, mas a certa distancia havia um bosque verde. Mas eu não conseguia dizer de onde me lembrava, talvez de um filme...

Olhei para o mapa, nenhuma cidade grande pelas próximas trezentas milhas. Columbus, Ohio, seria nossa melhor opção para um trem, mas chegar lá iria ser complicado.

Ariana acordou primeiro e eu entreguei a ela o mapa, ficamos em silencio até Nico acordar. O relógio de pulso de Ari indicava que eram sete horas.

Nós perguntamos ao motorista aonde era a estação nacional de trem e ele disse que seria em Columbus.

Nós traçamos uma rota de Buffalo até Cleveland, e então Columbus.

Esperamos três horas até chegarmos em Buffalo. O motorista anunciou que em meia hora sairia um ônibus para Niágara Falls.

— Vamos ver. - disse Ariana - Quem sabe, talvez encontremos nosso caminho para o oeste.

Buffalo era grande, não tão grande comparado a Nova York, mas eu esperava uma cidade pequena. Pegamos o primeiro ônibus e eu conferi que era o correto.

A viagem foi entediante, mas quando tivemos a vista das cataratas, valeu a pena. Eu já havia visto cataratas bonitas antes, mas essa era extraordinária. Como se o Oceano Atlântico estivesse se jogando dali. O ônibus havia nos deixado perto do rio que desaguava nas grandes cachoeiras, com uma bela vista das cataratas.

Nós caminhávamos perto do turistas, em uma espécie de parque feito de cimento, e estávamos próximos de um píer. Havia apenas alguns turistas ali, já que havíamos saído de perto das cataratas. Aquele lado do lago era calmo, apenas alguns barcos estavam por ali.

Então foi aí que eu vi a sereia.

Na verdade, primeiro achei que era uma garota loira presa na rede do barco, mas depois vi que ela tinha uma cauda com escamas de um azul brilhante e profundo.

Mostrei para Nico e Ariana.

— Eu vou ajuda-la. - disse a filha de Ares - Vocês ficam aqui. Vou solta-la, quando eu ver que ela não é inimiga chamo vocês.

Ela correu até o fim do píer, onde o barco estava ancorado e vazio. Nico e eu assistíamos enquanto Ariana trocava algumas palavras com a sereia e depois fazia surgir sua espada e cortava a rede. A sereia loira pareceu aliviada; ela e Ariana apertaram as mãos e Ariana nos chamou com gesto.

Nico e eu corremos lado a lado até lá.

— Rory, Nico, conheçam Mea, a sereia. Ela havia ficado presa. - disse Ariana - Talvez ela possa nos ajudar.

— Olá! - ela sorriu, apoiando o cotovelo no píer e balançou a cauda de escamas azuis.

Ela era bonita, com cabelos loiros claros e olhos verdes claros.

— Com licença, um minuto. - ela disse e mergulhou na agua.

Depois de alguns minutos, ela voltou com algo na mão.

— Aqui é o endereço de um lugar onde estavam dando um barco a motor. - ela entregou a Ariana - Talvez ajude na missão de vocês. Encontrarei vocês depois. - ela sorriu, e como um golfinho pulou na água e desapareceu.

— Acho que encontramos as 'escamas azuis'. - disse Nico.

****

Agora nós estávamos correndo nas águas com o barco a motor. Era bom sentir o vento bater em meu rosto e bagunçar meu rabo de cavalo. Eu sentava na frente, Nico no meio e Ariana atrás. Mea nos seguia, nadando e saltando na água... sereias nadavam rápido.

Quando o sol se pôs, Mea pediu que Ariana desligasse o motor.

— Não viajaremos a noite. Ela apenas pode ver vocês quando se movem. E a noite é quando ela é mais forte. - disse a sereia.

— Você contou a ela sobre a missão? - perguntei a filha de Ares.

— Não. - Ariana respondeu.

— O peixes sabem muitas coisas, Aurora. E o mundo marinho adora novidades. - disse Mea.

— Então... um peixe te contou?

— Sim. - ela sorriu - Mas não importa agora. Descansem suas mentes e durmam um pouco.

Nos deitamos no barco. Fui para o lado de Nico e me deitei.

Eu estava olhando para as estrelas, que pareciam tão brilhantes... Ouvia a respiração lenta de Ariana e de Nico, mas então me lembrei de meu sonho.

— Nico? - sussurrei.

— Hum? - ele abriu os olhos e se virou para mim.

— Eu tive outro sonho noite passada.

— O que ela disse? - ele me olhou intensamente.

— Não muito, só que os servos dela estavam atrás de nós e que nem os deuses podiam nos ajudar. - suspirei - Mas não foi isso que me deixa confusa. O Monte Tam não é em São Francisco?

— Sim.

— Bem, eu não vi a cidade.

— Talvez isso seja normal. - ele franziu as sobrancelhas.

— Tinha uma floresta verde a distancia... - falei.

— O que?

E então me toquei... Eu sabia que conhecia aquelas montanhas... Eu já havia ido lá nas férias!

— A Serra Nevada.


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Notas finais do capítulo

Por favor, pessoal, comentem!!!!



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