Hidden In The Forest escrita por Noel Em Fevereiro


Capítulo 4
Capítulo 4: A garota.


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys.

Por favor, comentem! É o único jeito que consegui obter para saber que vocês estão mesmo acompanhando e gostando da fic!



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POV. PERCY

Acordei olhando para um teto de madeira.

Minha cabeça doía. De repente, as lembranças daquela noite vieram a tona. Sentei-me na cama, e reparei que havia uma tipoia que prendia meu braço esquerdo ao meu pescoço. Percebi que eu estava com o peitoral exposto, provavelmente porque minhas costas estavam enfaixadas.

Me sentei. Eu estava em uma cama de madeira escura, dentro de um quarto amplo. Ao lado da cama havia uma mesinha de cabeceira de madeira polida. Nela havia um bilhete escrito a mão:

“Você baba enquanto dorme. Vá lá para baixo. Se eu não estiver lá, é porque fui caçar. Se for esse o caso, espere-me.

Ass: Annabeth.”

Tudo o que eu poderia fazer era supor que Annabeth era a garota que me roubou e que também me salvou. No bilhete dizia para eu descer. Então é o que vou fazer!

Pus meus pés no assoalho. Caminhei lentamente até a porta, ignorando a dor de minhas costas. Eu a abri, e vi que em frente a porta do meu quarto, havia outra porta. Achei melhor não abrir. Se aquele for o quarto de Annabeth, eu poderia estar encrencado. Tinha o pressentimento de que de que o cervo na estrada fora morto por ela. (N/Noel: Ah, você acha?) (N/Percy: Você quer que eu conte a história ou não?) (N/Noel: ‘dá língua’) (N/Percy: Quem dá língua pede beijo!) (N/Noel: O que acha de continuar contando a história?) (N/Percy: Tudo bem, papai noel.) (N/Noel: ‘olhar mortal’) (N/Percy: Tudo bem, vamos continuar a história!).

Olhei para o lado e vi que tinha uma escada. Desci-a com muito esforço (e barulho). Quando finalmente cheguei ao último degrau, pude ver uma cozinha pequena, com uma mesa perto a alguns metros da porta. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi uma garota loura, que deduzi ser Annabeth, virada de costas mexendo em alguma coisa na pia da cozinha. Ela usava a mesma jaqueta de couro da mesma cor que a pele de um cervo (sem as manchas) que usara na noite em que me salvara. Tive a impressão de que ela quase nunca a tirava. Ela também continuava de calça e botas. Os cabelos caiam em cachos sobre os ombros. Ela suspirou, ainda virada para a pia.

–Como está se sentindo?- tentei não ficar surpreso com o fato de ela nem se virar para saber que eu estava ali. Mas então me lembrei que desci as escadas fazendo muito barulho.

–Estou bem, apesar da dor nas minhas costas.- respondi.

Ela se virou pra mim. Seus olhos tinham um tom incrívelmente cinza, como nuvens antes de uma tempestade. Eu tinha de admitir: Ela era a garota mais bonita que eu já tinha visto em toda a minha vida.

–Aquele galho grosso caiu bem nas suas costas, e você caiu em cima de seu braço. – disse a garota.- Acho que ainda não fomos apresentados. Sou Annabeth Chase.- ela estendeu a mão.

–Percy Jackson.- disse eu, apertando a mão da mesma. Suas mãos eram quentes e fortes.- Obrigado por me salvar.

Annabeth sorriu.

–Quando vi que o senhor príncipe não estava mais atrás de mim, estranhei. Ele parecia muito determinado a pegar isto.- ela soltou a minha mão e tirou do bolso da jaqueta o colar de prata com pingente de coruja.

–Ei! Isso é meu!- falei. Ela olhou para o colar e ergueu uma sobrancelha.

–Não acho que combine muito com você!- respondeu Annabeth.

–Não foi isso que eu quis dizer! Meu pai me deu isso e disse a mim para dar a...-a frase foi morrendo. Eu mal conhecia a garota, por que eu diria a ela algo tão particular relacionado a minha vida amorosa? (N/Noel:Que vida amorosa?) (N/Percy: Vou ignorar isso.)

–Dar a...?-perguntou a loira.

–Olha, não importa. Só quero o colar de volta.-disse eu. Estendi a mão para o colar.

–Humm... Não. Vou ficar com ele por enquanto. Além do mais, não vai fazer falta. Você terá que ficar hospedado aqui na minha casa por um bom tempo.

–O QUÊ? Por quê?

–Seus ferimentos são muito sérios. Aquela árvore que caiu em cima de você tinha uma seiva venenosa. E um pouco dessa seiva caiu nos arranhões do seu rosto. A poção que detém esse veneno é muito complicada, e as ervas medicinais com que é feita são raramente encontradas. – seus olhos assumiram um tom mais escuro de cinza – Pra sua sorte, sou amiga de algumas bruxas da região. Elas tem as ervas certas, e sabem fazer a poção. Mas terá que ficar aqui, na floresta. A poção deve ser tomada assim que os sintomas do veneno começarem a aparecer.

– Que... sintomas?- perguntei. Não estava gostando do rumo dessa conversa.

– É melhor se sentar. Será uma longa conversa. – disse Annabeth. A loira puxou uma cadeira e fez um gesto indicando para me sentar. E foi o que fiz. Ela se sentou em uma cadeira ao meu lado e suspirou. - Os sintomas são tontura, dor constante, e coisas do tipo. Mas presumo que queira saber o que aconteceu ontem a noite, depois que você apagou. – assenti.

Annabeth começou a contar que ela me viu caído no chão. “Por mais que estivesse me perseguindo, eu não poderia deixá-lo para morrer devorado por um lobo, esmagado pelo tronco ou coisa do tipo. Posso ter te roubado, mas não sou um monstro.” Segundo o que disse, ela tirou o tronco de cima de mim, e me carregou até a casa. “Você dormiu por três dias.”, foram essas as palavras dela.

–Obrigado.-eu disse, depois que ela terminou. – Eu poderia estar morto se não tivesse me ajudado.

Ela sorriu. Um sorriso mínimo, mas um sorriso. Percebi que Annabeth não fazia isso com muita frequencia.

–Posso não ser a maior fã da família real, mas não sou o tipo de pessoa que deixa o outro morrer só por causa da família.

Eu não sabia o que responder. Tudo o que fiz foi olhar o rosto de Annabeth, tentando gravar cada detalhe. Ela era realmente muito bonita. Seu olhar era profundo e intimidador, mas ao mesmo tempo transmitia confiança. Eu teria ficado encarando-a, mas de repente senti tontura. Annabeth percebeu, pois se levantou rapidamente e pegou um frasquinho com um líquido dourado dentro.

–Aqui, beba tudo.- disse me dando o frasco. Fiz o que ela pediu. A poção tinha gosto de mel. Aos poucos, a tontura foi passando.

–Não sei quantas vezes já lhe disse isso hoje, mas obrigado. – falei.

–Esse era meu último frasco. Terei de buscar mais. – disse Annabeth. – Sairei daqui a algumas horas. – ela me olhou. – Descanse, Cabeça de Alga. Você ficará com frio se não vestir algo. Tenho uma camisa e uma jaqueta lá em cima. Se quiser...

–Quero sim, obrigado. Pode me dizer quando, exatamente, sairemos? – perguntei.

A loira me olhou como se eu tivesse acabado de cair da lua.

–Nós? – perguntou – Você não está em condições de sair! Tem seiva venenosa correndo nas veias, não vou deixar que se arrisque!

–Também não deixarei você ir sozinha! – eu disse, me levantando.

–Eu posso me cuidar sozinha! Sei o caminho! Mas suponho que você nunca tenha estado na floresta! – retrucou Annabeth, cruzando os braços.

–Há uma primeira vez pra tudo! – argumentei.

–Fora de questão! Além do mais, eu te conheci hoje! Como saberei se posso confiar em você?! – aquilo me atingiu em cheio. Tentei não parecer magoado.

–Eu confio em você! E eu estou com um braço quebrado! O que eu poderia fazer? – perguntei. Seus olhos ficaram mais escuros, mas ainda assim continuavam cinzas.

Ela bufou.

– Não. De jeito nenhum. Você vai ficar aqui! – Ela bateu na mesa como se desse a discussão por encerrado.

Bufei.

– Você é impossível. – resmunguei.

– Eu sei. Agora... descanse. Você precisa. – Annabeth me disse. – Se precisar de alguma coisa, estarei lá fora. A camisa e a jaqueta estão na primeira gaveta da mesa de cabeceira, ao lado da cama que você ficou. Aquele será seu quarto até termos certeza de que está completamente curado. – ela se virou e saiu.

Subi as escadas e fui até o quarto em que acordei. Abri a primeira gaveta e lá estavam uma camisa branca e uma jaqueta de couro um pouco mais escura que a de Annabeth. As vesti. Couberam perfeitamente.

Deitei-me na cama. Quase que instantâneamente, eu dormi.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, please!



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