POV Percy

Acordo com o maldito celular tocando, ainda eram 6:30, porque colocar o celular para despertar as seis e meia? Olho para a cama de Thalia.

– Vamos está na hora de acordar dorminhoca- digo me levantando, vou até sua cama, tiro o cobertor de cima do travesseiro, o que encontro, um monte de almofadas. Onde foi que ela...A lembrei, o desafio de pichar a escola. Ela foi retardada o bastante para fazer isso.

Escuto a porta bater, vou ver quem é.

– Onde você estava?- pergunto.

– Agora virou meu pai, pelo o que sei não tenho que ficar dizendo a você onde vou- essa patada doeu, ela vai até o banheiro para lavar as mãos com tinta preta, estava ainda de pijama. Deito de novo na minha cama, esse dia vai ser longo.

– Jackson, pode me dar licença, vou me trocar- ela diz saindo do banheiro, eu bufo, coloco o travesseiro no rosto- Você não entendeu? Entra no banheiro que vou me trocar!

Eu tinha uma patada na ponta da língua, mas decidi não ficar discutindo com minha colega de quarto, não seria nada legal ter as sobrancelhas depiladas de noite ou acordar careca de um lado da cabeça. Pego a fantasia de superman vou tomar um banho.

Assim que acabo, coloco a fantasia, uma calça e...droga esqueci de pegar uma camisa.

– Posso sair?- pergunto a Thalia, ouso ela gritar um "sim", assim que saiu, seus olhos grudam na roupa que estava usando.

– Você está ridículo- ela diz rindo da fantasia.

– Você está parecendo uma garota- digo, ela me olha feio, mas serio, estava usando um vestido rosa tomara que caia, rodado, um salto prata gigante, tipo muito grande mesmo, era alto como uma régua e fino como um lápis, maquiagem de garota e batom vermelho, o cabelo com uma flor rosa do lado esquerdo, pulseiras e colares, Estava diferente, um diferente bom, ta admito, ela estava gata.

– Não faço a menor ideia de como se anda nisso- ela diz terminado de colocar o salto.

Olho para o relojo, logo tocaria o sinal, visto uma camisa jeans com botoes e coloco os tenes.

– Anda, vamos, logo é o sinal de entrada- digo me levantado na cama e puxando Thalia pelo braço.

– Calma o animação- a arrasto para fora do quarto- eu já disse que não sei como se anda nisso- ela começa a se apoiar na parede, passa um grupo de garotos e assovia.

Pov Thalia

Como as garotas conseguem andar nessas especies de instrumentos de tortura? Começo a me apoiar na parede, passa um grupo de garotos e assovia, estava um pouco preocupada em me equilibrar, não tinha muito tempo para arrumar brigas, meu Deus, Thalia Grace não querendo arrumar briga, nossa essa não sou eu. Como é estranho usar vestidos, parece que estou sem roupa. Depois que quase cair duas vezes da escada, finalmente chego ao meu armário, Pego o livro de matemática e biologia, encontro o sobretudo que tinha deixado, não lembro quando, lá dentro, luto contra a vontade de coloca-lo.

– Vamos Thalia- diz Percy e me puxa, me desequilibro e caiu no chão- Oh meu Deus, quer ajuda?

– Não, deixe que eu me viro- estava morrendo de vergonha, nunca me imaginei numa situação dessas, depois de quase cair de novo, consigo ficar de pé, me apoio no armário que ainda estava aberto, o sinal toca e todos saem correndo, como um tipo de manada de adolescentes indo para suas salas. Tento correr mas tropeço, de novo, caiu em cima de Percy, mas já me levanto rápido, espero que ninguém tenha visto isso.

– Você está bem?- pergunto a ele.

– Sim, tira esses saltos, só coloca depois, vai acabar torcendo o pé- ele se levanta, começo a andar deixando Percy para trás.

– Não, eu vou provar para a tal da Annabeth que não sou uma covarde e posso muito bem...- cai de novo, dessa vez doeu- Ai!- grito, Percy vem correndo para me ajudar.

– O que foi?- ele pergunta, se agachando no chão.

– Meu tornozelo, está doendo muito- digo tentando segurar lágrimas, eu não vou chorar, sou uma pessoa forte, eu não vou chorar.

Ele começa a tirar os saltos dos meus pés, acho que desloquei, quebrei ou torci, nunca havia quebrado nenhum osso do meu corpo, sempre quis quebrar o braço, para saber qual a sensação de estar com um osso quebrado, achei que seria legal, mas não, não é legal. Ele me ajuda a levantar, passo a mão pelo seu ombro para me apoiar, fico gemendo um pouco- para os mentes poluídas, parem de pensar nessa merda que estão pensando agora.

– Quer que eu te leve no colo?- Percy pergunta, olho com uma cara de ponto de interrogação para ele.

– Não, só de apoio já está bom- começamos a andar, quer dizer, ele começa a andar, eu fico mais é pulando de um pé só pela escola.

– Vou te levar na enfermaria, de novo.

– Não, jura, jurava que você me levaria para o quarto- digo com ironia, mas logo me dou conta na merda que falei, e tento arrumar, o que acaba ficando pior- Não, não foi isso que eu quis dizer, eu quis dizer que...

– Vou fingir que não escutei- ele responde, bem isso foi um alivio, quer dizer mais ou menos.