Confia em Mim? escrita por bi4, Gom


Capítulo 20
Finalmente Namoradinhos


Notas iniciais do capítulo

Então cambada, aqui está o último capítulo!

Ficou pequeno e sem muitos detalhes, além de eu achar uma bosta, mas tá aí pra vocês darem suas opniões! (:

Boa leitura!



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Bill, mais nervoso do que nunca, andou um pouco mais nos corredores, tentando encontrar o quarto do seu irmão.

O coração batia sem ritmo, ora batendo rápido, ora devagar. Espasmos de insegurança percorriam sua coluna vertebral até o seu último fio de cabelo. Sentiu-se “a menininha no primeiro encontro”.

Apesar de seu irmão ter lutado para salvar sua pele, quase morrer por causa dele, declarar o seu amor na sua frente, Bill não estava tão seguro de si ainda. Ele tinha um pressentimento de que tudo podia ser só uma brincadeirinha do Tom com ele, para ver sua reação abobalhada.

Tentava dizer para si mesmo que aquilo era real e estava acontecendo quando chegou à porta do quarto. Olhou para os números pintados de preto e respirou fundo, automaticamente, ajeitando os cabelos para ver se estava tudo em ordem.

Afinal, querendo ou não, era seu primeiro encontro com o irmão depois da... Declaração conturbada.

Decidiu abrir a porta de uma vez só e entrar rapidamente e assim fez. Quando entrou, encontrou Tom deitado na cama. Parecia adormecido enquanto os únicos barulhos do quarto eram de seus batimentos cardíacos.

Bill ficou um pouco aliviado com aquilo e deslizou para perto do irmão, pegando uma cadeira de uma mesinha ao lado de um sofá azul e colocando perto da cama onde jazia seu irmão. Sentou-se e ficou observando o irmão de perto.

Sempre fizera isso quando era pequeno e nem tinha ideia de como aquilo tinha um significado maior. Sabia que sua insegurança, querendo ou não, foi nutrida pelo irmão.

Enquanto Tom tinha toda a atenção para si por ser o mais criativo, curioso, perguntador, ativo [n/a: Pensei besteira hehe], Bill fazia parte das pessoas que o admiravam intensamente.

Mas, existia a diferença entre Bill e as outras pessoas. O garoto mais novo colocava o irmão em um pedestal, enquanto se achava a pior das piores criaturas por não conseguir fazer nada, mesmo Tom lhe dizendo que ele era especial e que tinha muitas outras qualidades.

Apenas anos depois Bill fora melhorando seu pensamento sobre o irmão. Primeiro, ele passou a imitar Tom em tudo que ele fazia, a fim de ser que nem ele. Depois tentou o superar, arranjando mais namoradas que ele por seus poderes fofinhos, o que sabia que deixava o irmão morrendo de raiva, já que ele sempre saía como o chato e brigão da história, já que Bill era o “meigo”.

Bill ria daquilo alto, enquanto segurava a mão do irmão, deslizando os dedos pelos dedos de seu semelhante. Naquele momento, ele sabia que não precisava imitar o irmão para conseguir a atenção das pessoas. O próprio Tom o ensinara a ser ele mesmo.

-Hey Bius. – A voz de Tom pairou pelo quarto, tirando-lhe novamente de seus pensamentos. Levantou os olhos e fitou o rosto empalidecido do irmão, que pendia nos lábios um simples sorriso intenso, demonstrando o quanto estava satisfeito em vê-lo ali.

-Seu idiota, eu fiquei preocupado com você. – As palavras saíram da boca de Bill como sua respiração. Seus sentimentos estavam tão à flor da pele que ele não conseguia medir as palavras. Nem os atos.

Rodeou o pescoço do irmão com um abraço simples e rápido, antes de voltar para a sua cadeira, ainda com o semblante preocupado.

-Eu também fiquei... – Tom falou baixo, entrelaçando mais suas mãos com a do menor. – Eu não consigo nem lembrar direito de como eu...


-Eu realmente não quero mais falar sobre isso. – Bill cortou ao sentir seu peito ficar pesado e a cabeça doer em náuseas. – Estou farto dessa conversa.


-Desculpa, então. – Falou Tom em um tom brincalhão, abrindo outro sorriso confortável para o irmão.

-Acho que sua alta pode sair hoje. Mamãe está conversando com o médico. – Bill fitou o irmão com intensidade, feliz por finalmente ver-se longe daquele hospital, mesmo gostando do ar aconchegante que ele o trazia. – As provas finais estão chegando, precisamos estudar alemão...


-E quanto a nós? – Tom interrompeu, entrando logo no assunto que pairava insistentemente no ar daquele quarto. Seus olhos escureceram ao fitar o rosto de Bill tornar-se uma coloração avermelhada.

-O que... quer dizer com isso? – Bill falou, hesitante, observando de soslaio o irmão. Ainda não estava pronto para aquela conversa, mas sabia que não podia ser mais adiada.

Afinal, ele lutou muito para que aquele dia chegasse, não?

-O que somos agora? – Tom falou sem rodeios, fazendo com que Bill o olhasse diretamente. Sem curvas, sem evasivas. Parecia apreensivo com as reações do irmão. Não sabia se ele realmente estava pronto para ter uma relação com o próprio irmão.

Gêmeo, não vamos esquecer o detalhe para ficar mais tenso ainda.

-Eu... – Bill não sabia exatamente o que dizer. Ele queria falar a palavra namorado, mas tinha medo da reação do irmão, mesmo sabendo que não poderia ser pior do que a cara que ele estava fazendo naquele momento.

-Você quer tentar? – Tom insistiu ainda nervoso com o rosto inseguro do irmão.

O moreno apenas assentiu sem graça, não deixando de lançar-lhe um singelo sorriso tímido.

O coração de Tom encheu-se de êxtase. Respirou fundo e ficou sentado na cama, puxando seu irmão pelos braços e o fazendo chegar perto, tão perto que cada um podia sentir a respiração descompassada do outro.

-Acho que os namorados se beijam nessa hora. – Tom falou entre ofegos, fitando os lábios carnudos do gêmeo tão perto dos seus.

-Sim, sim... – Bill já estava de olhos fechados, esperando o seu tão sonhado beijo apaixonado.

Mas, infelizmente, foi nesse momento que o doutor abriu a porta com tudo, junto com uma enfermeira que vinha acompanhando Tom. Assim que viram a porta ser aberta, se separaram de imediato, Bill voltando para a cadeira e Tom deitando-se na cama.

-Tom... Kaulitz. – O médico falou, olhando a prancheta. – Está pronto para ir para casa?


-Nunca estive tão pronto. – O loiro falou rapidamente, não conseguindo reprimir o sorriso satisfatório.

O médico deu algumas risadas e, junto com a enfermeira, fez um rápido check-up em Tom, para ver se estava tudo ok. Receitou algumas atividades físicas relaxantes como ioga para que ele evitasse o stress e não tivesse algum colapse novamente.

Ao chegar a casa, Simone precisou sair para o ateliê onde trabalhava. Tom e Bill ficaram sozinhos, um olhando para a cara do outro com um sorriso idiota, sentados no sofá, fingindo ver TV.

-Por que pulamos a parte do beijo? – Bill perguntou inocentemente, sentindo-se mais à vontade com o seu novo namoradinho.

Tom apenas lhe devolveu algumas risadas antes de virar-se para ele e chegar mais perto, com um sorriso moleque. O estômago de Bill deu algumas voltas e suas mãos empurraram Tom para trás, em um gesto desconfortável.

-Vamos mesmo pular a parte do beijo? – Tom falou desapontado.

-Eu... Estou com vergonha. – Bill admitiu, olhando para baixo com sua risada nervosa. Tom deu uma gargalhada surpresa, chegando novamente mais perto e puxando Bill para que este sentasse em seu colo.

Relutante, Bill sentou, ainda olhando para baixo. O loiro levantou seu queixo, puxando seu rosto até que suas testas colassem uma na outra. Em um gesto involuntário, Tom entreabriu os lábios e cerrou os olhos, fitando seu irmão fazer um mesmo, com a mesma vontade de que eles se unissem logo, deixando a vergonha para trás.

Tom não demorou a colar os lábios com os de Bill em um selinho demorado, tímido e profundo. Separou-se depois de algum tempo apenas para colar novamente seus lábios com os dele, sentindo aquela sensação de prazer intenso. De felicidade conquistada.

Bill separou os lábios pela primeira vez, encaixando-os com os de Tom e sugando seu lábio inferior, dando uma tímida lambida em seu piercing. Mal sabia o que estava fazendo com o pobre do Tom, que sentia seu corpo todo arrepiar-se com os toques da língua acanhada de seu irmão.

O loiro puxou o irmão mais para perto de si, acariciando sua nuca gentilmente e se afastando lentamente, conseguindo ainda observar um Bill imerso no mesmo prazer que ele estava sentindo.

-Você beija bem. – Tom falou baixo, como se fosse um segredo. – Você me beija bem.


Bill ficou corado, olhando para baixo e optando por descansar a cabeça no ombro do irmão. Não queria olhar Tom ainda. Queria apenas sentir o que seu corpo e sua voz o proporcionavam. Sua vergonha não tinha ido por toda embora.


Ficaram abraçados por um longo tempo, apenas desfrutando das sensações prazerosas que passavam por todo seu corpo e a sensação de felicidade infinita que enchia o coração.

Finalmente sem Damiam, sem poderes, sem problemas.

Apenas uma confiança conquistada por meio de tantos obstáculos.

                                                                           FIM


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Notas finais do capítulo

Fim *ww*

Reviews nesse fim horrível, gente?

E já postei a nova super mini-fic como continuação dessa, hein? Quero todos meus leitores lá :D

http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?sid=114595

Beijos e obrigadas a todos que chegaram aqui! Muito obrigada a TODOS que deixaram reviews e me incentivaram a continuar (: