As Aventuras Bizarras de Beta Fisk escrita por Gapashi


Capítulo 10
Eu sou a Luz


Notas iniciais do capítulo

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Alice estava totalmente agarrada à Beta quando este acordou. Noite passada a humana dormiu encarando-o e enrolando seu cabelo, o que o fez se apaixonar ainda mais. Sentia o cansaço dela em seus ossos e decidiu que ela precisava descansar em um lugar apropriado. Levou-a para seu quarto, onde ela poderia descansar e ele poderia sentir-se aliviado por vê-la em segurança. Adormeceu pouco tempo depois de deitar.

Entretanto, Beta precisava acordá-la para não se atrasarem. Mas, sentir o calor e o molde daquele corpo feminino em suas costas fazia a aula ser tão chata... Porém, Beta não deveria pensar em si mesmo. Com indicador ele cutucou a coxa macia da menina. Esta se mexeu e emitiu um ruído de irritação.

– Sei que você quer dormir mais, mas não pode. Vai se atrasar para a aula. Nós vamos.

Devagar, Alice desvencilhou-se de Beta e virou para o outro lado, determinada a continuar dormindo. Ele a cutucou de novo. Nenhuma resposta.

– Você está vulnerável assim, Alice. - Beta sussurrou em seu ouvido. Abrindo os olhos cor de mel arregalados, Alice deu um pulo da cama, despertando de imediato.

– Vou me arrumar. - disse saindo do quarto com pressa. Beta riu e se esparramou na cama branca e circular. Deixou a preguiça de lado e foi tomar um banho. Entrou no banheiro da suíte e tirou o pijama. A água quente contra sua cabeça era um dos melhores sentimentos que Beta já teve. Adorava sentir a água descendo pela raiz de seu cabelo azul. Encarou as fases da lua em seu braço. Como todo banho era reflexivo, Beta seguiu a regra. Entretanto, era diferente. Ele não pensava na vida, até porque não faria sentido pensar no que ele era. Beta pensava no futuro, em como não ia suportar ver a humanidade, sua criação mais perfeita, chegar ao seu fim e começar tudo desde o início. Era dolorido. Enquanto a água corria, seus pensamentos iam junto. Pensava em como desacelerar ao máximo a evolução dos seres humanos para que o fim demorasse a chegar. Não considerava a possibilidade do "nunca", pois o fim chega para tudo no universo. Estrelas, galáxias, planetas...todos eles terão seu fim, não importa como. Abriu os olhos enquanto ensaboava o cabelo e deparou-se com a porta sendo aberta bruscamente e Alice entrando, ofegante. De novo?!

– Alice, qual é?! Segunda vez que me pega em flagrante no banheiro! - disse tapando as partes íntimas de novo. Alice fechou e apertou os olhos sem sair da porta.

– Desculpa! Desculpa! Desculpa! Eu não sabia que você estava aqui. É que...tem alguém na casa.

– Gente em casa? É a Elimona? - Alice negou com a cabeça - Leonard? - ela negou novamente. - Então, quem se... - Beta sentiu uma grande presença em seu radar. Aquilo não era bom. Desligou o chuveiro, secou-se e colocou sua roupa limpa (calça jeans larga, camiseta do Hollywood Vampires e um casaco de moletom preto). Segurou nos ombros de Alice.

– Abra os olhos. Me leve até onde você viu a pessoa.

Alice assentiu e saiu da porta. Beta segurava em sua mão enquanto ela mostrava o caminho. Saindo na sala, a lareira estava acesa. Foi acesa há pouco tempo. Sigma teve a cara de pau de voltar? Desta vez vou predê-lo em um buraco negro. Alice nem poderá defendê-lo. Beta abriu um sorrisinho.

– Sumiu. - sussurrou Alice. - Estava no sofá, encarando as chamas da lareira.

– Ainda estou aqui. - uma voz infantil ecoou pela sala. Alice e Beta se soltaram, o que foi a brecha para o estranho agir. Uma mão agarrou o braço de Alice e os dois sumiram da sala. A garota fechou os olhos com força, sentindo o medo correr pelo seu sangue. - Abra os olhos. - a voz não ecoava mais. Devagar, ela abriu os olhos, mas não viu ninguém. - Aqui em cima. - olhando para cima, Alice viu uma criança de cabelos brancos e olhos verde-água a encarando. Usava um jaleco que lhe servia de sobretudo e botas brancas para combinar com a camisa branca dentro do macacão jeans. Ele sorria como se o que havia feito era uma brincadeira de criança. Ele desceu do galho em que estava e Alice ficou impressionada por não ter quebrado as pernas. - Quem é você, moça?

– É... Eu sou... Espera, essa pergunta eu devia fazer pra você! Você pertence à família do Beta?

– Conhece nossa família? - ele arregalou os olhos.

– Só um pouco. Conheço apenas Sigma.

– Ele tentou...? - ele fez círculos entre as mãos. - Você sabe. - Alice apenas assentiu com a cabeça. - Então, isso quer dizer que você é o sol de Beta? - ele sorriu - Seja bem-vinda à família problemática, moça!

– Obrigada... Ômega? - ela arriscou.

– Errou. Sou Gama, o terceiro mais velho. Eu sou a Luz.


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Notas finais do capítulo

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