Ah, o Natal!
Data tão linda, famílias se reunindo, parentes que não se viam à tempos se reencontrando, todos alegres, trocando presentes.
Mas para as crianças tem algo mais especial ainda, que eles aguardam o ano inteiro, se comportando apenas para receber a sua visita: o Papai Noel.
Porém para duas crianças em especial, nem Papai Noel salva.
Annabeth Chase e Percy Jackson.
Os coitados ao invés de passar o Natal com apenas sua pequena família, foram obrigados à ir em uma festa com toda a família, mas o problema maior é: eles eram as únicas crianças.
Parentes mesmo eles não eram, mas o pai de Percy sempre foi muito amigo do pai de Annabeth, então convidou o amigo para passar o Natal com sua grande família, a qual sempre adorou Poseidon, pai de Percy.
Os pais de Percy chegam à casa, toda iluminada, cheia de enfeites de Natal, e tocam a campainha. Frederick, pai de Annabeth, os atende:
- Poseidon! Entre!
- Este é meu filho Percy.
- Já está grande em garotão. Quantos anos?
- Quato. - responde Percy.
- Entre, Annabeth está lá na sala brincando. E você está mais bonita a cada dia em Sally.
- Obrigada. Onde está Athena?
- Com Annabeth, venham que eu os levo lá.
Esta sem dúvida era a casa mais grande e mais bem enfeitada que Percy já havia visto em todos os seus quatro anos de idade.
Ao chegar na sala se deparou com uma mulher alta, de cabelos castanhos claríssimos e olhos cinzas, e ao seu lado no tapete brincando de montar coisas com lego uma menina pequena, cabelos loiros e olhos também cinzas.
- Sally! Quanto tempo. - exclamou Athena se levantando e arrumando o vestido.
- Digo o mesmo.
- Annabeth venha cumprimentar as pessoas.
- Pela mamãe. To acabando.
Ela se levantou e deu 'Oie' para as pessoas até então desconhecidas.
- Você está grande, quantos anos tem?
- Assim ôh. - disse mostrando 4 dedos.
- Igual o Percy.
- Quem é Percy?
- Meu filho. Vem cá Percy, conhecer Annabeth.
- Oie. - disse o menino saindo de perto do pai e indo com muita vergonha até a mmamãe e a menina dos olhos cinzas.
- Por que vocês não brincam juntos? Já voltamos.
Os adultos saíram deixando apenas as duas crianças.
- Ocê sabe monta lego? - perguntou a menina timidamente.
- Sei um poco.
Então juntos se sentaram no chão e começaram a montar uma cidade.
- Não. É assim. Aqui. Aí não. - reclamava a menina deixando o menino confuso.
- MAMÃE! - gritou Annabeth.
- O que foi filha? - perguntou Athena, indo rapidamente até a cozinha com todos os outros a seguindo.
- Ele nun sabe binca. Faz tudo errado. - disse com um bico, e cruzando os braços.
- Ocê que num sabe. Fica quelendo faze tudo errado.
- Eu não. - falou ela colocando as mãos na cintura.
-Ocê sim.
- Por que vocês não assistem um filme? - perguntou Frederick se divertindo com tudo isso, mas querendo fazer as pazes das crianças.
Cada um havia virado de um lado com um bico enorme e igualmente gostoso (n/a: É lindo bico de criança, minha sobrinha é prova disso.), e os braços cruzados.
-Venham. Vamos ver Bob Esponja. Que tal? - propôs Sally.
Todos se sentaram na sala, até mesmo os adultos. Qual é? Bob esponja é legal.
"Vocês estão prontas crianças?" - começaram a cantar junto com o desenho.
"Estamos Capitão
Ooooohhhhhh

Vive num abacaxi e mora no mar?
Bob Esponja Calça Quadrada
Tem a cor amarela e espirra água?
Bob Esponja calça Quadrada
Se nenhuma bobagem é o que você quer?
Bob Esponja Calça Quadrada
Diabruras à bordo e problemas com peixe?
Bob Esponja Calça Quadrada

Bob Esponja Calça Quadrada
Bob esponja Calça Quadrada
Bob esponja Calça Quadrda
Bob Esponjaaa Calllça Quadradaaaaa"
E então desabaram em rir.
Nesta altura as verdadeiras crianças já haviam esquecido o desentendimento e apenas riam dos adultos e do desenho.
Tiveram a ceia, divertida apesar de tudo. Trocaram presentes. Riram. E então chegou o momento de se despedir.
- Até que ocê é legal. - disse ele.
- Ocê também. - disse ela.
E se abraçaram
No Ano Novo
Viajara à praia, o lugar favorito de Percy.
- Papai, quando eu vo ve a minha amiga outa vez? - perguntou pela milionésima vez o garoto.
- Já já ela chega. Que tal brincarmos na areia enquanto esperamos?
- SIM! - gritou o menino animado.
Poucos minutos depois a família Chase chega.
Poseidon volta para cumprimentá-los.
- Tio cade o Pecy?
- Lá na areia meu amor, vai lá.
- Eles seram grandes amigos. - disse Sally os observando.
- Vão sim. E briguentos também. - disse Athena vendo eles discutirem novamente.
- Cabeça de Algas. Seu apelido. - diz ela rindo, ao vê-lo voltando com o baldinho cheio de água e na cabeça algas.
Dois meses depois
- Mamãe, chego um carro grande.
- Um caminhão na casa ao lado?
- Ca-mi-nhão. Isso.
- Venha Annabeth, vamos ver os vizinhos.
Ao vê-los, a menina teve uma grande surpresa, era seu amigo e sua família.
- Mamãe, eles vão mora aqui?
- Na casa ao lado da nossa amor. Vá lá.
Anos depois de muitas brigas
Estudam na mesma escola.
Ele o capitão de futebol americano, cobiçado por todas as meninas, namorado da chefe de líderes de torcida, e secretamente melhor amigo apenas de uma pessoa: ela.
Ela a mais nerd, andava com o grupo mais diversificado, uma patricinha, dois punks, dois humoristas e um jogador de futebol americano. Mais conhecida pelos amigos de Annabeth ou Annie, e pelos outros de Nerbeth.
Na escola, nunca trocavam palavras, apenas quando discutiam, que estava mais para palavrões da parte dele e insultos disconhecidos pelos leigos da parte dela.
Mas em compensação, nunca deixaram de passar uma tarde juntos, ele não marcava programas e cancelava quase tudo, apenas não os treinos, para ficar com ela.
Fins de semana, nada de festa, um acampava literalmente na casa do outro desde os 6 anos. Faziam maratonas de filmes e séries.
Certo dia, caíram, e quase se beijaram, havia um novo sentimento entre eles que há muito tempo vinha crescendo, afinal com 16 anos, ninguém largava tudo para ficar com a melhor amiga nerd.
Mas continuavam brigando sempre, e outra, ele tinha uma "namorada" de escola, pois sempre deixava de sair com ela para ficar com Annabeth.
Tudo era estranho e novo para eles, mas estranho.a amiga de Annabeth queria saber porque ela não dava bola para ninguem que queria ficar com ela, já que apesar de nerd ela era bonita e tinha um corpo esbelto.
Sempre respondia a mesma coisa, que estava aguardando a pessoa certa - sim, nunca havia beijado.
O pai dele morre, infelizmente no último trimestre do ano, ele a procura e bem, eles quase ficam, mas apenas quase.
Depois de dois meses sem se falar nem ao menos brigar, eles acabam viajando no ano novo novamente, as mães preocupadas, decidem juntar os melhores amigos briguentos.
Viajam para o mesmo lugar sem informá-los.
O irmão dele passa mal, e eles viajam para o ano novo apenas e não natal como haviam combinado.
Ano Novo
Ao chegar encontram todos na praia, com os pés na areia esperando a chegada de um novo ano.
Ela linda, e simples. Com uma blusa branca de renda nas costas e short branco com as pontas desfiadas e seu costumeiro all star preto, mas contava.
Não era igual as outras, ela é simples.
Ele então finalmente entende o que era aquele sentimento que durante o ano todo estava desperto nele, que ele sentia apenas com ela.
Ele vai ate ela, pede desculpas por se afastar tanto tempo, mas precisava descobrir o que era aquilo que estava sentindo, se declara e diz que se ela não corresponder esta tudo bem, serão apenas amigos.
Ela pergunta porque ele é tão lerdo. Afinal, estava o esperando a vida inteira. Um cabeça de Algas mesmo.
Assim, ao badalar da meia-noite em um relógio perto, se beijam.
Fogos de artifício são lançados, não eram para eles, mas quem liga?
As mães ficam orgulhosas.
- Um beijo à meia-noite do Ano Novo. Traz sorte? - pergunta ele.
- Não sei. Mas você sabe que eu considero o Ano Novo apenas às 6 da manhã, e em anos de 366 dias, 24 horas antes, e às 6 da manhã.
- Mas quem liga?
Se beijam novamente
E assim, ao badalar dos sinos à meia-noite, um novo amor é descoberto.
Feliz Ano Novo!!!