Borderline escrita por Thais LeFey


Capítulo 2
Concernes


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal, feliz ano novo, como fiquei extremamente feliz com os comentários e o retorno de vocês com a fic, decidi postar mais um para vocês e lá vem a piadinha de ano novo que todo mundo ri forçado. Esse é o último capítulo do ano agora só no ano que vem. Enfim, deixar de balela, e vamos ao que interessa, enjoy!



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–Sany, querida, hora de acordar – Senti um beijo no rosto e uma leve carícia nos cabelos. Abri os olhos pesadamente, me espreguicei e abri um sorriso preguiçoso. Primeira noite sem pesadelos, isso é um milagre. – Buenos dias, mi amor.

–Buenos dias! – Minha boca estava doendo pelo tempo que fiquei sem falar.

–Te sientes mejor? – Perguntou.

–¡Si, muy mejor, gracias! Desculpa-me por ayer.

–No, está todo bien te entiendo. Agora levanta, toma uma ducha, te veste enquanto eu termino de preparar o nosso café da manhã, certo?

–Eu sempre fico impressionada com a facilidade com que você troca do espanhol para o inglês, às vezes ate fala os dois na mesma frase.

–Ah sei lá, costume! Somos bilíngues. – Deu de ombros.

Fui para o banho, não demorei muito para não atrasar.

–Eu posso ficar aqui hoje? – perguntei sentando na bancada da cozinha.

–Não sei Sany, tenho que falar com a minha advogada e ainda ir atrás de uma assistente social aqui em Lima, preciso trabalhar. Acredite, eu quero tanto quanto você que este inferno termine logo, mas não sabe o quanto isso é complicado.

–Sabe? Eu não vejo a hora de sair daqui Rae, de Lima.

–Você vai amar NY.

–Eu imagino, soube que se mudou para um triplex.

–Sim você vai adorar , eu construí uma sala de dança e canto no andar de cima onde eu dou aulas e ainda tem a cobertura com piscina você vai simplesmente amar o lugar, fiz esta sala mais por você, sei o quanto ama dançar, eu contratei um professor que me ajuda com as aulas, dou a aula de canto e ele de dança, você vai amar o Juan, ele é mais gay que o Kurt, embora isso seja quase impossível . –Rimos – Não vejo a hora de você se formar.

–Nem, eu. – Terminamos de comer e fomos para a escola. – Você almoça comigo? – Perguntei ao chegarmos e Rachel estacionar a moto no estacionamento.

–Sim, eu almoço com você e depois vou atrás da Danielle.

–Quem?

–A minha advogada.

–Ah, certo. – Fechei acara.

–Sem ciúmes, eu venho te buscar no final das aulas.

–Você não vai ao glee hoje?

–No mi amor, não terei tempo, desculpa. – Me abraçou carinhosa. – Mas seus amigos estarão lá por você, então não precisa ficar preocupada, certo? Qualquer coisa é só me ligar.

–Tudo bem.

Entramos na escola fui recebida com a raspadinha de sempre.

–O que você pensa que está fazendo? – Ouvi a voz de Quinn. – Já disse que Santana Lopes não é um alvo, quando vocês vão entender isso?

–Ela é uma perdedora e perdedores são alvos. – Azimio deu de ombros, Rachel me arrastou de lá.

–Trouxe roupa extra? – Perguntou quando entramos no banheiro dos professores.

–Aham.

–Certo. – Começou a limpar meu rosto e cabelos. – Troca essa blusa molhada por uma seca para não pegar uma gripe, certo? – Beijou minha testa.

Depois que troquei minha roupa saímos do banheiro, fui ao meu armário onde encontrei Quinn e Kurt.

–Bom dia! – Os dois vieram nos abraçar. – Ficamos sabendo que dormiu na Rae essa noite. – Kurt comentou.

–Notícias se espalham rápido.

–Não, é só que a Mercedes é vizinha da sua avó e ela ouviu a gritaria.

–Claro que ouviu. – Soltei um muxoxo alto.

–E aí Lopez, você está bem? – Mercedes perguntou visivelmente preocupada fiquei surpresa, contudo não demonstrei.

–Sim, estou, por quê? – Perguntei fria.

–Ouvi a gritaria ontem à noite, fiquei preocupada que sua avó tivesse feito alguma coisa.

–Não dessa vez. – Procurei Rach com os olhos, ela falava com o Sr Shue e a treinadora Beist.

–Santana, pode vir aqui um minuto? – A treinadora me chamou, parecia sério.

–Aconteceu alguma coisa?

–Sim, vamos ao meu escritório, assim podemos conversar melhor longe de abelhudos.

Segui com eles, não sabia qual era o assunto, provavelmente o que ocorrera ontem à noite, mas não fora nada demais, certo?

Chegamos ao escritório da Emma Pilsburry, eu estava ficando incomodada com aquela situação.

–Afinal o que está acontecendo.

–Calma mi amor, você já vai entender.

–Queremos conversar algo importante com você.

–Estou encrencada?

–Não, você não está encrencada! – Will avisou com um sorriso carinhoso.

–Então, porque toda a cúpula está reunida.

–Estamos preocupados Santana.Preocupados pelo fato de você estar sofrendo cada vez mais bullying e não fazer nada para se defender. – Emma comentou, eu não dava crédito a ela, ela é tão perdedora quanto eu, ou mais,

–Se eu me defendo vocês já acham que eu estou tendo uma crise.

–Ok, Santana, não estamos falando em se defender usando violência, estamos falando em se defender com palavras. – Will cortou.

–Rachel fazia isso, Kurt faz isso, quando foi que funcionou? – Perguntei.

–As raspadinhas pararam para nós dois Sany, você precisa se impor, assim como precisa se impor com sua avó! – Rachel falou carinhosa. – Não pode depender de nós para isso mi amor.

–Eu não consigo, ela me intimida, eu não consigo se quer falar com ela, imagina me impor.

–O que a sua psicóloga fala sobre isso?

–Minha psicóloga é uma piada de mal gosto, ela apenas sorri e acena.

–Acho então que está na hora de trocarmos a tua psicóloga.

–Porque você não pode fazer o tratamento psicológico comigo? – Perguntei para Rachel

–Porque não seria ético, tem envolvimento pessoal demais entre nós duas tem que ser um profissional imparcial eu não sou, você sabe disso.

–Eu odeio essa coisa de ética profissional, para que isso mesmo?

–Para o bem estar do paciente. Já falamos sobre isso também. Sany, você sabe que não pode ficar o tempo todo comigo, não é saudável.

–Por isso não me levou para New York con usted? – Colquei a mão na boca e comecei a sugar com força, meus professores ficaram tensos, sabiam que poderia ser um sinal.

–Sany, eu não tinha como te levar, eu tinha duas faculdades, estágios, mal conseguia me sustentar com o dinheiro que meus pais mandavam, precisei arrumar um emprego, eu não teria como cuidar de ti, não teria como te dar atenção necessária. – Rachel suspirou, eu sabia disso, mas a mágoa que sentia, era muito maior. – Nós conversamos tantas vezes sobre isso Sany, eu te expliquei tantas vezes porque eu não te levava. Ainda assim, mesmo com a falta de tempo, sempre que você me chamava eu vinha despencando para cá, lembra disso?Vinha todos os finais de semana, te levo sempre nas férias. – Assenti. – Então Sany. Agora, solta a mãosinha, por favor, não precisa ficar ansiosa. – Segurou minha mão delicadamente e tirou da minha boca.

–Desculpa! Eu estou agindo como uma criança mimada.

–Culpa minha, eu te mimei a vida toda. – Senti seus braços em torno do meu corpo. – Eu estou correndo feito uma desesperada para ter a tua guarda. Acredite, eu não pararei ate conseguir te tirar da casa de Alma Lopez.

–Eu sei Rae. Desculpa!

–Claro que sim cariño.

–Bom, tem outro assunto. Soubemos que você é a última a tomar banho sempre depois do treino assim chega atrasada em suas aulas. – Assenti. – E os alunos reclamam pelo uso do banheiro. – Assenti novamente. – Bom, encontramos uma solução, o banheiro dos professores e o meu banheiro vão ficar disponíveis para você. – Técnica Beist avisou. – Sei que não é a melhor opção mas é o que podemos oferecer, assim você se sentirá mais confortável e os colegas não reclamarão o tempo todo.

–Obrigada, sério, assim a minha vida vai ficar mais fácil.

–Tem mais alguma coisa que te incomoda aqui na escola?

–O bullying e as raspadinhas, é uma tortura emocional diária e eu não suporto mais, tem dias que eu não quero vir para a escola por causa disso.

–Correto, vamos falar com o diretor e resolveremos esta situação.

–Estou estranhando a falta da Sue nesta reunião.

–Oh, ela queria estar aqui mas parece que a irmã dela não está se sentindo bem.

–Ah, certo, entendi.

–Bom, acho que é isso, se quiser, pode ficar aqui ate a próxima aula, visto que perdeu a primeira. – Emma avisou.

–Não, eu acho que vou para o auditório, Rach, vem comigo?

–Claro, vamos!

No final das aulas do dia Rachel veio me buscar, não sei ao certo o que aconteceu na conversa com a advogada, ela disse que as coisas estavam se encaminhando. Eu sinceramente esperava que sim.

–Eu vou ter que te deixar na sua avó, sinto muito Sany.

–Tudo bem, eu entendo.

Entrei em casa depois de me despedir da Rachel e vi que abuela estava a minha espera.

–Pensei que havia cambiado para lá casa de tu hermana.

–No, pero Rachel está trabajando para esto.

–Bom, enquanto isto não acontece temos um assunto para pendiente, cierto?

Depois de passar a noite na Rae ate havia esquecido que ela estava me devendo uma surra, só não esperava que esta seria a pior que já levara na vida.


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Notas finais do capítulo

E era isso, feliz ano novo para vocês, paz, saúde, esperança, e tudo de melhor nas suas vidas, agradeço pelos primeiros comentários, acompanhamentos e favoritações, quinta que vem tem mais!



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