“Uma garota com personalidade forte e que tem uma teimosia assustadora, por mais que seja um tanto divertida por suas piadas. É uma vítima do mundo, tem medo de permanecer em locais fechados devido a uma cena aterrorizante em sua vida. Às vezes, as pessoas mais divertidas são as que mais desconfiam.”

Terça-feira, cinco e cinquenta e sete da tarde.
Japão, Inazuma.

Sam não conseguia colocar o vestido preto com detalhes brancos e longo que Yerik tinha a dado. Nem ela queria o usar, e nem ele queria entrar.

Elas estavam no quarto de Irene se arrumando. Estavam todas bonitas bem mais adiantadas que Sam, na qual já tinha arrumado o cabelo e passado uma maquiagem básica, mas o vestido não cabia. As tentativas passaram de difícil para impossível, e ela sentia que arranhava um pouco a sua pele a cada puxão. Samantha respirou fundo, cansada e desistiu de colocar o vestido, pegando um roupão e o colocando pensando em alguma solução.

As meninas em sua volta estavam uma mais bonita que a outra, com um vestido mais bonito que o outro. Talvez Yerik tivesse um grande gosto de roupa que pudesse ser bonita e que conseguisse esconder as armas.

Giulia, na qual estava sempre com roupas muito masculinas e pouco arrumadas, estava com um belo vestido vermelho tomara que caia, com uma máscara preta que combinava muito bem. Se a Santiago se cuidasse mais, Samantha saberia há muito tempo que ela não era uma menina magrela que usa roupas pretas e largas para as pessoas creem que ela tem corpo.

Fuyuka estava com um vestido preto no busto e justo, mas a saia era solta e rosa, que ia até o final de suas pernas. De algum modo, Fuyuka combinava com rosa e ela era bonita, talvez Benjamin vá ficar surpreso ao vê-la, se ele não tiver ocupado sendo lerdo. Todos sabem que a garota gosta dele, menos o próprio Ben.

Rosmery estava com um vestido tomara que caia preto que ia até o meio das coxas. Ele era atraente e valorizava o corpo da menina, deixando-a bem bonita por mais que ela fosse mesmo sem estar com uma roupa daquele jeito. Ela também tinha amarrado o cabelo em um rabo de cavalo e colocado à máscara, que também era preta e idêntica a da Giulia, por mais que a de Giulia aparenta ser um pouco mais brilhante.

Mey Yuri estava com um vestido que combinava com ela. Era um vestido também tomara que caia longo com detalhes brilhantes. Sua máscara era prata, mas a mesma estava colocando o rímel, e devido a isso ela não estava usando.

Ally e sua cabeleira rebelde laranja que estava solta a conselho de Irene, que deu um jeito do cabelo ficar bem atraente solto. Usava um vestido rosa claro com detalhes em prata que ia até dois dedos depois do meio de sua coxa, com um decote nas costas. Por conta da aparência de Ally, o vestido ficou muito bom nela, assim como ficou bom nas outras.

— Vai ficar encarando todas se arrumando? — perguntou Irene entrando no quarto a ela e Sam coçou a nuca. Irene pegou o vestido e olhou, depois encarando o corpo de Samantha. — Isso daqui cabe na Vanilla, que é muito mais baixa que você e raquítica.

Irene não usava um vestido, mas poderia ser considerado um. A parte de cima era uma pequena blusa justa que ia até três dedos abaixo do busto e era bege com detalhes brilhantes de vários formatos. Deixando um pouco do físico de Irene aparecer, a saia era da cintura para baixo, numa cor entre branco e um bege bem claro. Ela estava de cabelo solto e a sua máscara na qual usava era prata com detalhes em ouro, e o sapato branco de salto a deixava mais alta do que era. Como sempre, Irene parecia em corpo e estilo com uma modelo russa.

Sam não entendia o motivo de a Irene estar falando com ela depois de somente falar umas quatro frases com há mesmas o dia todo, mas logo reparou na garota mexendo no armário e retirando uma bolsa de papelão uma loja russa na qual ela não conseguiu ler, mas parecia ser de uma loja um tanto boa.

Mas o que a chamou atenção foi quando Irene a entregou o vestido.

— Não alarga esse vestido, eu o ganhei de Natal e mal o usei. — disse Irene com o rosto normal de sempre, olhando-a até o momento que Samantha colocou as mãos na bolsa, soltando a bolsa e se virando para as meninas. — E eu estou descendo primeiro.

— Me deixa ir com você, Irei! — disse Ally terminando de se arrumar e saindo correndo e ficando ao lado de Irene, que apenas a deu uma olhada como se quisesse que ela se afastasse, fazendo Ally se afastar com um sorriso nervoso e colocando uma mexa do cabelo atrás da orelha, olhando-a com os olhos brilhantes.

— Eu sou irmã do Pavel, não caio nesse olhar desde que deixei de ser a mais nova. — disse Irene. — E não me chama de Irei, Laranja Irritante.

Ally fez um bico vendo Irene andar na frente e abrir a porta do quarto e a fechar.

— Não me chama de Laranja Irritante! — disse Ally, dando uma breve corrida com os saltos e quase caindo, portanto se equilibrou e foi atrás de Irene, fechando a porta atrás de si.

Fuyuka deu um riso e Sam começou a trocar de roupa, rindo da cena que tinha acabado de acontecer. A menina mais séria que não parece estar feliz com nada e a garota alegre e positiva de cabelos rebeldes talvez fosse algo muito engraçado de se ver.

— Irene vai mata-la algum dia. — disse Fuyuka sorridente, se levantando e se olhando no espelho.

O vestido caiu bem em Samantha, sem falar que combinou com o sapato e a máscara que ia usar. Era um vestido branco que ia até o meio da coxa, com uma pequena manga e detalhes em um preto que poderia ser confundido com azul escuro. Ela estava realmente muito bonita, tanto que se assustou a se ver no espelho. Estava diferente do que usaria caso fosse realmente um baile.

Deu uma rodada e ajeitou as armas no esconderijo que tinha no vestido e sorriu, acenando as outras que apenas ajeitavam o quarto e saiu do quarto de Irene e fechando a porta. Logo que se virou, logo sentiu alguém esbarrando nela.

— Desculpe. — disse o garoto. — Kariya mandou chamar a Irene, ele quer falar com ela.

Ela fitou o garoto. Ele tinha cabelos brancos e a pele bronzeada, com os olhos em um vermelho bem escuro. Usava um terno simples, portanto com a gravata na mão e parecia que não iria colocar tão cedo. Ela viu que o mesmo olhou a garota de cima para baixo, se afastando um pouco da mesma ao ver que estavam um pouco próximos demais.

— Ah… — foi à única coisa que a garota falou quando abriu a boca enquanto o analisava. — Não sei quem é Kariya, mas a Irene acabou de sair.

O garoto fez como se tivesse entendido e soltou um rápido palavrão, por mais que Sam não conseguiu decifrar direito qual era, mas dava para perceber que era um. Ele acenou a mesma e saiu andando, esbarrando rapidamente em Souji e quase provocando um beijo, fazendo o garoto o olhar estranho.

— Desculpe. Não conte para o seu namorado o que quase acidentalmente rolou, eu não quero morrer cedo. — disse.

— Mas sou eu que sou o namorado ciumento, ele é o namorado inteligente. — disse Souji sorrindo e se afastando dele.

Sam caiu na risada ao ver a cena e se virou indo na direção da escada. Logo sentiu alguém puxando de leve a sua mão e a fazendo parar e se virar rapidamente como se fosse automático. Ela viu o mesmo garoto novamente.

— Desculpa, mas antes de eu caçar a Irene que vai ser difícil, poderia dar um nó na gravata? — Sam olhou a gravata que o menino mostrava com a mão. — Se você souber.

— Não tem outra pessoa não? Você passou pelo o Souji. — ela reclamou brincando. — Mas sim, eu faço isso. — Sam aceitou.

Ela sorriu e pegou a gravata, colocando no pescoço dele e dando um nó. Sam olhou para ele rapidamente, que olhava o nada e logo a sua expressão passou como se ele tivesse visto um fantasma, mas logo voltou ao normal.

— Estranho. — sussurrou o mesmo. Sam se afastou dele ao terminar de botar a gravata. — Ah, meu nome é Ibuki. Ibuki Munemasa.

— Samantha White, mas pode me chamar de Sam. — ela falou e olhou para trás. — O que tem de estranho?

— Eu tinha visto alguém na janela. — disse apontando a janela do final do corredor. — Deve ser coisa minha.

Samantha ia dizer alguma coisa ao se virar para o olhar, mas no momento Ibuki deu um rápido grito.

— Irene Morozov! — ele gritou a de cabelos brancos no fim do corredor ao lado do irmão mais novo, Pavel. —Fica ai, paradinha.

— Você é a minha mãe? Ou o meu irmão mais velho? — Irene perguntou e Ibuki negou. — Então você não manda em mim. — ela falou seriamente e saiu andando. Ibuki contou até dez e olhou Sam.

— Obrigada por ter dado o nó na minha gravata. Eu tenho que correr. — o garoto disse saindo correndo. — E além do mais, você está linda.

Sam congelou com aquele comentário e principalmente quando viu o irmão mais novo no corredor dando um sorriso malicioso para a mesma. Ela revirou os olhos e foi para as escadas, descendo-as.

Agora era ir para a missão e torcer pelo irmão mais novo não a irritar sobre o comentário de Ibuki durante e depois dela.

***

Terça-feira, seis e vinte.
Japão, Inazuma.

— Porque uma festa de formatura está acontecendo em Janeiro¹? — perguntou Ally e Sam parou e refletiu, era realmente estranho uma festa de formatura ser em janeiro. Ela se lembrava de que era durante uma das últimas semanas de aula.

— Não escutou o Yerik falando enquanto nós íamos para a limusine? — disse Rosmery, ajeitando o cabelo. — A Raimon ficou em obra em Dezembro, então eles fizeram as provas em Novembro, mas o baile foi para Janeiro.

Ally fez bico e olhou o ginásio e com várias meninas usando vestidos ais chamativos que o outro. Elas se desencostaram da limusine ao ver as outras duas, onde tinha o Harlequin e o Colombine, chegarem uma atrás da outra. De algum modo, ela ia andar na direção dos meninos quando viu Rosmery ia ficar sozinha, piscando e fechando os olhos toda hora. Benjamin estava com ela do lado, mas a curiosidade de Sam acabou a fazendo ficar.

A boliviana estava com as bochechas um pouco rosadas, por mais que não fosse perceber ao menos que chegue perto. Ela olhou para todos e viu um menino a olhar com um jeito sério, rindo de canto e como se não gostasse da ideia de ter visto Rosmery. Ela se soltou da garota e ficou na frente dela, cruzando os braços.

— O que aconteceu entre você e aquele garoto? — perguntou Sam apontando e disfarçando para o mesmo. —O nome dele, pelo o que eu me lembro, é...

— Kageyama Hikaru. — disse Benjamin. Sam o olhou e acenou, e o Salazar fez o mesmo gesto.

—Eu não o conheço. Nunca o vi na vida. — ela falou um pouco assustada. — Sério, ele deve estar desse jeito porque sou estrangeira. Existem japoneses que não gostam de estrangeiros.

O Salazar deu de ombros.

— Mas eu sou estrangeiro e ele fala comigo a mil sorrisos. — disse Bem e Rosmery o olhou com reprovação. Ele fez sinal que ia se calar e colocou a mão no bolso.

— Ok, então — disse Samantha nada convencida, mas não ia a forçar a contar. — Mas porque você parece tão assustada?

— Ei, vocês! — elas escutaram Giulia chamar. — Vamos.

Samantha mordeu o lábio e começou a andar junto a Benjamin e Rosmery, que colocaram as máscaras na hora. Benjamin usava uma máscara como a do fantasma da ópera, enquanto a de Mary era a preta e parecida com de Giulia. A australiana viu um aluno do lado dela sorrir e acenar para ela, o que fez a garota reagir como se não tivesse visto.

Fuyuka sussurrou algo no ouvido de quem cuidava dos convites e entregou a eles alguns, com um sorriso doce e gentil no rosto. Ela olhou Benjamin, pensando que talvez ele tenha notado a garota de cabelos roxos com aquele vestido, mas o garoto estava ajeitando o rabo de cavalo.

— Ben! — Sam o chamou baixo e sorrindo, fazendo o garoto a olhar.

— O que foi Sammy? — disse Benjamin, fazendo Sam dar certa careta com o apelido. De longe ela preferia “Sam” a “Sammy”.

— Não reparou como a Fuyuka está bonita hoje? — disse entre os dentes. Benjamin olhou Fuyuka de longe e sorriu.

— Ela está bonita, todas estão. — ele disse. — O Yerik tem um bom gosto.

Samantha e Rosmery se entreolharam e mexeram a cabeça em reprovação, depois o olhando de baixo para cima.

— Homens. — disse ela e Rosmery ao mesmo tempo e continuaram a andar, deixando um Ben confuso para trás, por mais que ele as alcançou.

Eles subiram os dois degraus que tinha na frente do ginásio e entraram, vendo um baile enorme com decorações chamativas e luzes para todos os lados. Tinha uma banda cantando, uma pista de dança com várias pessoas dançando sincronizado como se fosse tudo ensaiado. Todos usavam as suas máscaras, não as do dia a dia, mas máscaras de baile.

Olhou Benjamin.

— Como iremos saber quem é e quem não é vampiro? — perguntou Samantha ao garoto. — Como iremos lutar com essas roupas?

— Lutando. — disse o líder. — As que têm vestido longo podem rasgar a saia, tirem os sapatos se vocês quiserem e é só lutar. — disse cruzando os braços.

— É que você não está usando vestido. — resmungou Rosmery.

— Não sou Yerik. — disse Bem baixinho.

— O que isso quer dizer? — perguntou Sam.

O Salazar apenas riu de canto e disse para ela esquecer. Olhou todos se juntando disfarçadamente.

— Se misturem. — disse Benjamin e Giulia fez bico.

— Era o que eu ia falar Salazar maldito. — disse a Santiago, fazendo todos rirem. — Precisamos olhar a pista de dança.

Todos olharam Irene e Pavel ao mesmo tempo, que estavam um do lado do outro. Irene olhou o irmão mais novo, que apenas sorriu e acenou.

— Isso sempre funciona, porque não funciona agora? — disse o albino entre os dentes.

— Depois discordam quando eu falo que sou a mais prestativa. — Irene comentou pegando a mão do garoto ao seu lado, um menino mais baixo que ela de olhos amarelos e cabelos verdes que iam até o início das costas, e sair andando.

— Kariya vai morrer. Depois do que ele fez, ela apenas o puxou para a pista de dança para matá-lo com estilo Morozov. — comentou o garoto de anteriormente, Ibuki. Sam teve que rir de leve da piada dele, provavelmente seria bem normal para os Morozov matarem enquanto dançam algo.

Pavel passou a mão na nuca e Niko deu um empurrão nele.

— Vamos, Pav. Você é o melhor dançarino dos Morozov. — disse Nikolai com um sorriso gentil no rosto.

“Yuri mandou lembranças.” Foi o que Samantha pensou na fala dele, todos sabiam que Yuri tinha uma técnica de dança bem melhor que os irmãos, por mais que Pavel aprendia rápido e era bem mais flexível, talvez por fazer balé desde sempre.

— Ok, eu vou. — ele comentou meio desanimado e olhou uma menina que ia falar com ele, provavelmente ela estava flertando com ele de longe desde que o mesmo colocou os pés no baile.

Ele foi andando até ela e sussurrou algo, fazendo-a sorrir e ambos foram para a pista de dança. Sam fez como os outros e se separou, se espalhando e ficando perto da mesa de comida, pegando um copo de refrigerante quando passaram oferecendo e olhou a pista de dança com um sorriso e bem concentrada para qualquer movimento estranho.

Encarou Irene, vendo que a mesma estava se segurando para não socar o tal Kariya por estar se atrapalhando na hora da dança. Ela deu um riso da cena e olhou Pavel, conversando um sorriso gentil a garota de máscara loira e um pouco mais baixa que ele.

— Então... — ela escutou uma voz masculina e olhou para o lado. Era Jake, seu irmão mais novo. Ele ajeitou a máscara duas vezes e sorriu a ela. — E aquele garoto que falou que você era bonita?

Sam revirou os olhos.

— É um estranho. — Samantha falou sincera e Jake concordou com ela, pegando um copo de água que o ofereceram e Sam brindou com o mesmo, bebendo um pequeno gole do refrigerante. — E o Pavel?

— Aquela garota esbarrou nele na entrada e meio que pediu a ele para dançar, mas ele negou por estar com vergonha. Afinal, eles mal se conheciam. — disse Jake. — Ela disse que o nome dela é Alicia... Não, Alice Martin². — disse Jake calmamente. — É estranho ter tantos estrangeiros até nos colégios.

— Ela deve ser de uma família de caçadores, muitos veem para cá. — ela comentou mexendo o copo de refrigerante e brincando com o líquido.

— Tem certeza que ela não é estranha? Pavel parece esquisito perto dela. — Jake disse. Sam o olhou e pegou um salgadinho, colocando na boca dele.

— É que ele está tímido, daqui a pouco ele volta a ser o lesado do Pavel como sempre. — disse Sam. Jake mastigou e engoliu o salgadinho.

— É que eu estou com um mau pressentimento. — disse Jake e apontou a alguém, no qual Sam olhou e viu que era Nikolai. — Ele também parece estar.

Samantha respirou fundo. Ela olhou para a dança e viu alguém a olhando de longe, usava uma máscara preta e um terno sem gravata enquanto bebia algo. Ele ergueu o copo a ela e piscou um dos olhos.

Ok, agora ela tinha que se preocupar. Não pelo o garoto estar a cumprimentando de longe ou tentando a paquerar, mas sim pelo o fato de estar tudo muito normal.

E todos sabem que Inazuma deixou de ser normal demais há muito tempo.

***

Terça-feira, seis e quarenta da tarde.
Japão, Inazuma.

TAKUYA

Ele terminou de colocar a máscara vermelha com pequenos chifres e sentiu alguém chegando atrás dele. Virou-se sem ao menos esperar a pessoa falar algo, vendo Pride com uma máscara preta que tampava toda a parte de cima do rosto e amarrando os longos cabelos lisos.

— Você queria falar comigo. — ele disse. —Eu fiz algo errado?

—Ei, eu não o chamo apenas quando você faz algo errado. — Takuya falou. — Gostou da minha máscara?

Pride concordou e se sentou em uma cadeira que tinha no local. Takuya sorriu e olhou a porta, vendo outras pessoas chegar. Sloth, usando um terno meio desconfortável com a gravata e uma máscara de caveira, chegou ao lado de Lust, que usava um vestido preto longo com um decote enorme atrás, mostrando as costas. A sua máscara era preta com dourado.

Atrás deles vinha Envy colocando a máscara metade preta e metade branca que tampava seu rosto inteiro e um terno com a gravata colocada de jeito errado, que foi logo ajeitado por Lust que fez a questão de ajeitar. Por fim, Greed chegou e se sentou ao lado de Pride com um sorriso, no qual se afastou um pouco.

— Ah, pequeno Takuya, eu achei que você iria querer falar as sós comigo. — disse Lust, piscando um dos olhos para ele. — Mas o que foi?

— Antes de tudo, eu não sou pequeno! — todos concordaram com sarcasmo. — Deixando isso de lado, o Sloth queria falar algo com vocês e pediu para eu os chamar, já que vocês não tem paciência para escutá-lo e iam o ignorar.

Todos pareciam querer matar Takuya, e o garoto sabia que ninguém gostava de escutar o Sloth falar por ele não falar muito rápido e muitas vezes parar no meio da frase. Ele também é de usar poucas palavras, e suas respostas eram pequenas e apenas uma palavra.

Sloth coçou a cabeça.

— Eu queria mostrar o meu rosto para vocês. — disse Sloth do jeito comum, calmo e lento. — Vocês ficavam querendo tirar a minha mascara enquanto eu tentava dormir, por isso eu irei os mostrar antes do baile.

Greed fez linguagem de sinal e sorriram, todos olharam Takuya.

— Ele disse para ir rápido porque bailes levam a meninas a se apaixonarem, e vai que isso acontece com Wrath. — disse Takuya. — Se bem que é impossível, cá entre nós. Ela é a garota mais maluca de todas, se ela amasse alguém além de você eu beijava o Envy.

— Ela gosta de você. Na realidade, ela é obcecada por você. — Lust disse.

Takuya se assustou um pouco e voltou a olhar Sloth.

— Vamos Sloth. Não podemos se atrasar o nosso “atraso”. — Takuya falou confuso com o que ele mesmo falou, fazendo alguns entender e outros, como Pride, pensar. Ele balançou a cabeça. — Wrath e Gluttony viram o rosto dele antes de saírem, disse que ele era mais bonito que galã de novela. — brincou com Sloth, que pareceu ignorar o mesmo.

Sloth balançou a cabeça e todos o olharam curioso. Ele desamarrou a máscara e a tirou, mostrando o seu rosto a todos. Lust deu um sorriso malicioso e Greed deu um sorriso gentil, falando algo em linguagem de sinal. Enquanto Envy e Pride ficaram surpresos.

Takuya deu uma olhada aos dois como se dissesse para eles não comentarem nada que não deveriam. Pride parecia mais surpreso que Envy, mas logo ele voltou ao rosto sério que tinha muitas vezes.

— Pronto. — Sloth disse, colocando a máscara de novo e a amarrando atrás da cabeça.

O vampiro da preguiça começou a sair do local, e Takuya fez o mesmo assim como os outros. Andavam em passos calmos, sem muita pressa. Pride puxou o braço de Takuya de leve e esperou os vampiros estarem mais a frente, e então o olhou.

— Takuya, você é um monstro, sabia? — disse o loiro com um sorriso de canto no rosto. — Você vai fazer muitos pirarem se virem o rosto de Sloth. — Takuya sorriu.

— Essa é a intenção, Enzo ou Pride. Qualquer um. O problema dos caçadores é que eles jogam limpos demais, apenas querem acabar conosco fisicamente... — disse Takuya a Pride.

— E não mentalmente. — Pride sorriu. — Você é a pior pessoa que eu conheci.

Takuya concordou com ele e ambos usaram a velocidade para alcançar os outros vampiros. Ele mexeu a cabeça em sinal para todos usarem a velocidade, e então começaram a se locomover rápido e sem que ninguém visse pela as ruas de Inazuma.

Até chegarem à Raimon, com um sorriso no rosto.

— Espero que eles tenham sentido falta de mim. — disse Takuya com um sorriso de ponta a ponta no rosto, indo na direção da entrada.