Las Vegas escrita por My Wonderland
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem :)
LAS
–Meu Deus! Pra que tanta coisa? – Meu pai já dizia quando passara em meu quarto enquanto minha mãe montava umas 4 malas para minha viagem. Por mais que eu já tivesse montado a minha pequena e simples mala.
– Pergunta pra sua esposa. – Eu falei, rindo e pegando um dos meus travesseiros prediletos pra dormir no avião.
Ela mostrou a língua e foi em direção à garagem. Com as 234 malas gigantes.
– Filha... - Meu pai falou, se sentando em minha cama e me olhando. - Toma juízo e...
–Pai! Confia em mim?- Eu disse o interrompendo e arqueando uma sobrancelha.
–Claro que sim, filha! – Ele disse, me abraçando. Fechei os olhos e sussurrei em seu ouvido:
– Obrigado.
E antes de ele mesmo responder, minha mãe já gritava da garagem:
– PAMELA! VOCÊ VAI PERDER O VOO!!
Ri e fui para meu carro com minha simples mala.
Vai ser uma longa viagem.
Chegamos no aeroporto Internacional de Guarulhos 10:20 mais ou menos e a primeira coisa que minha mãe fez foi chorar.
Eu não sabia o que fazer a não ser abraça-la e perguntar o motivo do choro.
Depois de 10 minutos de choro, um café e duas garrafas de água, minha mãe se acalmou e Mari chegou. A abracei e a agradeci muito mesmo. Era a viagem dos meus sonhos, e ela havia conseguido.
Logo depois Meg chegou a abracei e tiramos umas fotos antes da viagem.
Faltando 10 minutos para a viagem, Leo não tinha chegado. Começamos a ligar para ele desesperadamente e a peste não atendia.
O Leo chegou depois de uns 5 minutos, e sim, ele levou muitos tapas.
Fizemos o check-in e entramos correndo no avião.
Fiquei do lado de Meggie e Cupcake com Leo.
Leo era tipo nosso amigo gay. Menos a parte de “gay”. Nós achávamos.
Depois de 6 horas lendo livros, assistindo séries e filmes no avião, eu fiquei entediada. E precisava usar o banheiro.
Eu estava no banco do corredor, então simplesmente me levantei e saí.
Tinha um ser no banheiro, e outro na espera. Revirei os olhos e pensei em voltar para meu lugar. Só pensei mesmo, porque no momento em que me virei para voltar, senti alguém segurar meu braço, me fazendo virar. O olhei e vi que ele estava prestes a me devorar, parecia.
E então me segurou com mais força, foi até meu ouvido e disse:
– Daqui a quinze minutos, no banheiro. – Me largou, deu um tapa em minha bunda e voltou-se para a fila. Corri para meu banco e fiz questão de acordar Meggie.
– QUE? –Ela quase gritou assim que contei o que havia acontecido. – Isso é abuso! Você tem que falar com alguém! Uma aeromoça, sei lá!
– Meggie, eu quero saber o que esse cretino quer! – Eu falei, com certeza.
– Pam! Não faz isso! Sabe, você é linda, e tal... Vai que ele quer...? – Ela disse, fechando os olhos. Parecia ter medo de suas próprias palavras.
– Hey! Meg... – Apertei suas mãos com as minhas. - Não vou deixar que ele faça isso.- Ela abriu os olhos e suspirou.
Quinze minutos depois me levantei e fui em direção ao banheiro. Entrei, fechei a porta e ele já começara a me beijar. O empurrei e cuspi nele.
– Olha, se você pensa que eu sou uma das suas vadias, para por aí. O que você quer, idiota?
– Uau! Gosto disso!- Ele me jogou contra a parede e voltou a me beijar.
Tá. Admito. Não resisti. Retribuí.
Depois de uns minutos nos beijando (ele tentou várias vezes tirar minha camisa, por sinal.), separei o beijo e saí do banheiro sem nem saber seu nome.
– E aí?- Meg me perguntou antes mesmo de eu ter me sentado.
– Ficamos.
–Que? – Ela arregalou os olhos.
– Temos que nos acostumar ao espírito de Las Vegas, bae. – Eu disse, rindo e provocando o riso de Maggie também.
Chegamos em MIA 20:30, fizemos a conexão de quatro minutos (que foi tempo o suficiente para contar para Mari e Leo sobre o banheiro.) e voltamos para o avião. Dessa vez, Mari e Meg ficaram juntas e eu fiquei com Leo.
– Sortuda!- Ele começou falando.
Franzi a testa.
–Por que sou sortuda?
– Aquele menino que você ficou...
O.o
– Leo...
– Tá, eu sou bi, falei.
– Por que você não contou pra gente antes?- Eu bati nele, sorridente.
– Eu não tinha certeza. Quer dizer, nunca fiquei com um menino até agora, mas pretendo ficar em Vegas.
– Arrasa, viado! – Falei rindo e beijando sua bochecha.
– Sou bi, não completamente gay. – Ele riu.
Dormi, assisti Modern Family, li um pouco “A Rainha Vermelha”, e escutei minhas 3 playlists inteiras do Spotify.
Senti alguém cutucar meu braço. Quando abri os olhos, ainda sonolenta, percebi que era Leo, que aparentemente tentara me acordar a um tempo.
– Que? – Falei, sentindo meu bafo horrível.
–Chegamos. – Ele disse se levantando do assento.
Levantei-me, peguei minhas coisas e esperei ao lado de uma menina ruiva.
– Sozinha? – Ela me perguntou.
– Não, mais três amigos. E você?
– Estou com você. – Ela disse naturalmente.
A olhei.
– Olha, nem te conhecer eu te conheço, então pode parar por aí, ok?
– Jéssica. E você é Pamela. Eu sei.
Me assustei um pouco.
– Quem é você?
– Sua guia, bobinha! – Ela riu.- Você falou comigo virtualmente semana passada no chat da TAM.
– Você deve ter uns 17 anos e trabalha na TAM?
– 21, na verdade. E obrigada.
O que estava acontecendo?
Aquele cara que eu tinha ficado apareceu do lado dela e a beijou sem a menor cerimônia. Logo depois, Jéssica separou o beijo e envergonhada disse:
– Pam, esse é Carl, meu namorado.
OMFG.
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;; gabs