As luzes da arvore de natal piscavam em azul, vermelho, amarelo e verde e Temari encostou no batente que ia da cozinha para sala para admira-las por um momento. Sentiu o bebê mexer em seu ventre e levou a mão até ele. Suspirou cansada. A gravidez já estava no fim e sua paciência também: Não via a hora de ter Shikadai nos braços, sentir seu cheiro e ver seu rostinho. E não via a hora de poder ver os próprios pés novamente e não andar como se fosse uma pata.

Sentou-se na poltrona, de frente para a arvore. Shikadai fora um grande susto num primeiro momento. Não tinham se casado a nem três meses. Ela estava se adequando a vida fora de Suna, em não ter os irmãos por perto e em ter Shikamaru ao seu lado a maior parte do tempo quando descobriu que um pedaço dele crescia dentro de si. Se assustou, sentiu todo o medo de uma infância sem pais significou, chorou a tarde toda dentro do quarto dos dois e quando Shikamaru chegou e viu o exame em cima da mesa... Ela nunca viu os olhos dele brilharem tanto. Ela o chamou de Bebê Chorão em meio as próprias lagrimas e riu junto com ele. Ele segurou suas mãos e as beijou, a abraçando logo em seguida. Não houveram palavras, mas ela sentiu toda sua angustia se dissipar.

Shikamaru estava em missão agora. Era o primeiro natal que passariam como uma família, mas ele não chegaria a tempo. Se sentiu triste e algumas lagrimas escorreram, culpando os hormônios da gravidez por aquele choro repentino.

-Eu acho que não sou mais o único Chorão dessa família –escutou a voz familiar atrás de si, levando um susto.

-Shikamaru?! –exclamou, se levantando e o encarando.

Seu marido sorriu.

-Hey, problemática –ele abriu os braços e ela correu para eles. –Feliz Natal

Se sentia uma boba nessas horas, mas mais uma vez culpava os hormônios da gravidez. Ele a abraçou e Shikadai chutou.

-Hey pequeno problemático –Shikamaru riu, colocando a mão em sua barriga –Eu sei que você está ai.

Temari sorriu. Ter uma família era o melhor presente de natal que poderia querer.