O Primeiro Natal e Aquelas "3 Palavras" escrita por Grasi Andrade


Capítulo 1
O Primeiro Natal e Aquelas "3 Palavras"


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, desculpem pelo título. Sou péssima com eles. -_-'

Resolvi descrever aqui o natal como ocorre no Japão, que é como um “Dia dos Namorados” fora de época, onde muitos casais costumam sair juntos. Eles também costumam trocar presentes, mas em vez de ceia eles comem bolo de creme com morangos.

E terceiro, mas não menos importante, sei que a fic é para o Desafio de Natal, mas gostaria de dedicá-la para a Hikari Mondo, que esta fez aniversário este mês (parabéns!), e que é uma escritora que gosto muuito. :3



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Era véspera de natal e este seria o primeiro em que Shikamaru e Temari passariam juntos. Já havia alguns meses que eles estavam saindo juntos, e mesmo tendo tido contatos muito íntimos, ele ainda não tinha dito a ela como se sentia, aquelas “três palavras”. Não que ele fosse uma pessoa particularmente romântica, mas já estava notando a necessidade de se expressar. E tinha que ser naquela noite.

Na hora marcada ele chegou ao apartamento de Temari, aonde iriam depois para o restaurante que ele havia feito a reserva por ter um delicioso bolo de creme com morangos. Quando ela abriu a porta, ele precisou de um momento para se recuperar. Ela trajava um vestido de lã vermelho, com um sobretudo preto por cima, uma meia-calça e bota, também pretas, e os cabelos estavam soltos. A loira por sua vez não deixou de achá-lo bonito no seu sweater gola alta preto.

— Chegou na hora, isso é novidade. – Ela disse, provocando-o.

— Tsc. Temos que chegar na hora para não perdermos a reserva, problemática. Vamos lá.

No caminho para o restaurante, eles encontraram vários dos seus amigos, também em encontros, afinal era véspera de natal. Naruto e Hinata, que já eram um casal consolidado, Sasuke e Sakura, que haviam assumido seu relacionamento há pouco tempo, e Ino e Sai, que estavam finalmente tendo seu primeiro encontro. Shikamaru achava que deveria ser o homem a convidar a mulher para sair, mas dado que este homem era Sai, ele concordou que se não fosse ela a tomar a iniciativa eles nunca sairiam juntos.

Os planos do Nara de se declarar para Temari durante o jantar se mostraram totalmente frustrados, visto que vários conhecidos estavam naquele mesmo restaurante. E para piorar, sua mesa era do lado do Uzumaki, que fazia questão de conversar com eles durante todo o tempo.

Após comerem a sobremesa, se despediram de Naruto e Hinata e foram passear pelas ruas iluminadas de Konoha, que estava coberta de uma fina camada de neve.

— Então, o que está achando do natal em Konoha? É muito diferente do de Suna? – O ninja das sombras perguntou.

— Com certeza! Pra começar, lá é tão quente quanto todo o resto do ano, então, nada de neve. Também não decoramos a vila com luzes e árvores. Lá se costuma ter um jantar com carne de cordeiro entre familiares.

— Huum... E seus irmãos não acharam ruim você vir para cá?

— Bem, na nossa casa nunca tivemos um natal assim. Mesmo depois do Gaara conhecer o Naruto. Simplesmente é algo que nem sabemos como se faz.

— Sinto muito. – Shikamaru falou, sentindo-se péssimo por ter tocado nesse assunto.

— Não sinta. Apesar disso, hoje em dia nós estamos numa situação tão boa como nunca antes. – Ela disse, soltando um sorriso que aqueceu seu peito.

Ambos continuaram a conversar e a apreciar as decorações da vila enquanto o moreno os guiava para uma área mais afastada do centro. Ele decidiu parar num parque que estava desabitado, onde sentaram num dos bancos.

— Para finalizar as tradições de natal de Konoha, temos a troca de presentes. Claro que não estou esperando nada seu, já que você não é daqui, mas mesmo assim eu quis lhe dar algo. – Ele falou, tirando uma caixinha do bolso e mostrando para a loira na sua frente.

Temari encarou o pequeno objeto por um momento e depois voltou-se para o moreno.

— Então temos uma semelhança em nossas tradições. – Ela riu, tirando um embrulho de sua bolsa e pondo em seu colo – Também tenho algo pra você.

— Realmente não precisava.

— Aah, pare de reclamar e me dê logo o meu presente. – Temari disse, tomando a caixinha da mão de Shikamaru.

Ao abrir a pequena tampa ela não pode deixar de se surpreender. Dentro havia um colar prata com um pingente no perfeito formato do leque de guerra dela.

Vendo que ela estava quieta há muito tempo, o ninja, inquieto, acabou por chamar sua atenção.

— Então... Se não gostou, posso trocar por algo do seu agrado na loja.

— O que? Não gostar? – Ela falou perplexa – É belíssimo! Até fiquei sem vontade de entregar o seu presente.

— Mulher problemática, me passe logo ele.

Temari revirou os olhos, mas entregou o embrulho mesmo assim.

Ele desembalou-o e notou que era um cachecol. Mas quando o olhou por inteiro percebeu que tinha algo de especial nele. O símbolo do clã Nara bordado em uma das extremidades.

— Foi você que o fez? – Ele preguntou admirado.

— Bom, não exatamente. – Ela parecia meio desconcertada – Eu tentei costurá-lo no início, o que se mostrou uma tarefa muito mais complicada do que eu imaginava. Depois de algumas tentativas frustradas, resolvi comprar um e apenas bordar o símbolo do seu clã. Ao menos isso eu pude fazer. Humph! – Ela finalizou, bufando.

Shikamaru ficou impressionado com todo o trabalho que ela teve para lhe dar aquele presente. E ela estava realmente achando que o seu presente era melhor? Até parece.

Ele não pode evitar rir de sua atitude. Até beicinho ela estava fazendo! E com essa descontração ele acabou soltando o que até agora ele tentava falar com tanto cuidado.

— Eu realmente te amo!

Mas o sorriso de Shikamaru logo sumiu de sua face ao ver a reação da kunoichi que se encontrava estarrecida e de olhos arregalados.

— O que você disse?

— Nada!

— Não. Você disse sim!

— Bem, foi o que você ouviu mesmo. – Ele falou, coçando o pescoço e desviando o olhar.

Sentindo um puxão pela gola do sweater e uma pressão em seus lábios, agora foi a vez de Shikamaru olhar surpreso para Temari.

— O que foi isso?

— Huum... Um “eu também”. – A loira falou, corando.

— Então isso significa que estamos namorando?

— Eu pensei que já estivéssemos. – Ela disse o provocando.

Com isso o sorriso voltou aos lábios do moreno, que pegou a face de sua amada, puxando-a para um beijo terno.

Por mais que ele soubesse que o relacionamento seria bem problemático por conta da distância que os separava (bem, não tinha sido fácil até agora mesmo), mas, com a certeza que a princesa de Suna também se sentia da mesma forma que ele, o alívio e a felicidade do Nara eram inevitáveis. E isso bastava.

Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da história! :D Comentários me ajudam a saber o que vocês acharam, o que precisa ser melhorado, então são muito bem vindos. Além disso, só posso desejar a todos que lerem a tempo um feliz ano novo! o/



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