Ansioso, Félix respirou fundo de novo e de novo, tentando acalmar o coração que batia selvagemente dentro do peito. Encarou a janela branca de Marinette, protegendo o quarto escuro do frio parisiense do início do inverno. Ainda não se acostumara com a roupa de vinil, muito menos com a flexibilidade aumentada que o kwami lhe oferecia. Sentia-se inteiramente desconfortável, longe de seu nicho e seu ambiente ideal.

Mesmo assim, pulou do telhado no qual se empoleirara para a janela dela.

Destrancada.

Adentrou o quarto com passos silenciosos, subitamente se perguntando se ela ao menos estava lá. Olhou ao redor, agradecendo à visão noturna que Plagg lhe oferecia, e a encontrou. Marinette estava deitada em sua cama, de costas. Mal tirara o vestido preto que vestira para o enterro de Adrien, que havia acontecido durante a tarde.

O coração de Félix afundou no peito.

Avançou, prendendo sua respiração, parecendo temer que qualquer som tirasse Marinette de seu estado de letargia melancólica. Doía tanto vê-la desse jeito, e ele mal conseguia começar a entender de onde vinha tanta angústia. Tocou seu ombro com a ponta dos dedos, hesitante, as batidas de seu coração sobrepondo-se em som ao tecido do vestido raspando contra o edredom que a cobria, quando ela se virou para encará-lo.

“My lady?” Chat Noir sorriu, percorrendo suas mãos enluvadas pelo cabelo escuro dela. 

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“Mas, sabe... Está tudo bem” Ela murmurou, fechando os olhos e mais uma vez afogando o rosto na curva de seu pescoço. Os braços de Félix a envolveram, e os dois ficaram em silêncio, sozinhos no quarto escuro.