O País das Maravilhas escrita por sky0moon, Just Another Dreamer, Just Another Dreamer


Capítulo 5
Uma nova dimensão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, pessoal! Iremos postar um capítulo bônus hoje.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/668587/chapter/5

POV’S Beatriz

Pietra sumiu, Celine também e agora não consigo falar com Maria, o que vou fazer? Ainda está nevando muito lá fora, estou aqui sozinha em casa e ainda há aquela carta estranha. O que está acontecendo? Acho que terei que esperar aqui dentro até parar de nevar.

...

Checo o meu celular na esperança que tudo não passava de um exagero meu, mas assim que olho as minhas mensagens, fico extremamente preocupada com o que achei nele, absolutamente nada. Agora terei que procurar por elas, primeiro por Celine que está mais ao meu alcance. Vou andando rapidamente pela cidade. Bato na porta de um amigo de meus pais e pergunto se ele pode me dar uma carona até a casa de campo da minha família, era o lugar mais próximo de Brighton que eu conseguiria chegar, e ele concordou.

Chegando lá tenho um momento nostálgico. Quando eu tinha uns 11 anos sempre chamava Pietra, Celine e Maria para virem passar as férias. Nós quatro ficávamos brincando o dia inteiro. Uma vez, estávamos brincando de pique-esconde em duplas, eu e Celine nos escondíamos e Pietra e Maria procuravam. Eu e Celine havíamos encontrado um coelho, que coincidentemente era igual à aquele que eu havia visto na minha casa, e eu comecei a implorar para ela para que pegássemos o coelho para nós:

— Vamos, Celi (eu a chamava dessa maneira na época). Qual o problema da gente pegar o coelhinho para nós?

— O problema é que a Maria e a Pietra vão nos encontrar!

— Mas você sabe como elas duas são, a Maria deve ter pedido para ir para um lado e Pietra quer ir no oposto.

— Mas ainda sim, alguma hora elas vão vir nos procurar.

—Então eu vou sozinha!

E eu comecei a correr feito doida atrás do coelho, e Celine logo atrás. Havíamos chegado à toca do coelho, e rapidamente ele correu direto para dentro dela e vimos que o coelhinho havia dado a luz a uma ninhada de sete filhotinhos, dos quais seis eram mesclados de branco e preto e somente um era completamente preto. Tentei convencer Celine a ficarmos com ao menos dois:

— Vai, por favor?

— Não, agora vamos nos preocupar em manter esse nosso esconderijo em sigilo.

— Tudo bem, mas o que vamos fazer por enquanto?

— Você trouxe o baralho que sua mãe lhe deu?

— Sim, estou sempre com ele.

Então começamos a fazer de tudo com o baralho. Até que uma hora chegaram Pietra e Maria:

— Ha ha, pegamos vocês. - disse Maria.

— Você não percebeu Maria, obviamente elas nem estão mais brincando. - acrescentou Pietra.

— Pietra está certa, mas já que acabamos o esconde-esconde, querem brincar com a gente? - agora foi a minha vez de acrescentar algo.

— Mas isso quer disser que eu e Pietra perdemos?

— Não significa que o jogo acabou. - comentou Celine.

Então começamos a conversar sobre a nossa casa, escola e blá blá blá. Até que Celine contou que havia ido a um circo e que vira um atirador de facas e para demonstrar como ele o havia feito, ela pegou um "as" de espadas e jogou-o contra a parede:

— E foi assim que ele fez! - disse se virando para nós com uma cara triunfante.

— Aaaa... - começou Maria a gaguejar.

— Uma porta atrás de você. - consegui comentar.

Passamos pela porta e nos deparamos com um enorme salão, com somente uma fonte d' água bem no centro. Lentamente, caminhamos até ela:

— Como pode? - questionou Pietra.

— Não faço a mínima ideia. - sussurrei no ouvido dela.

— Olhem. - disse Celine apontando para a fonte.

A água possuía uma coloração única, pura e indescritível. Nunca havia visto algo como aquilo.

— Digam para onde querem ir. - uma voz sussurrou.

— Quem disse isso? - Maria perguntou.

— O vento. - respondeu Pietra com um olhar sonhador.

— Fazemos o que ele mandou? - indagou Celine.

— Por que não? - acrescentei.

Então Celine avançou para a fonte e exclamou:

— Queremos ir para a casa de campo de Beatriz.

Espontaneamente um arco surgiu do outro lado do salão, o atravessamos e nos deparamos com a casa de campo de minha família.

(Narrado no presente a partir deste ponto)

É isso! Já sei como achar Celine. Corri pelo bosque atrás da casa até que achei a velha toca. Isso, ainda estou com a carta do baralho. Joguei a carta contra a parede, passei pela porta, me dirigi para a fonte e disse:

— Quero ir onde está Celine!

...

Após desejar ir até Celine, me senti como se estivesse flutuando, mas porém essa sensação logo acabou, e meus pés descalços tocaram o liso piso de mármore. Me deparo com três figuras indistinguíveis pela penumbra, que pareciam não ter notado a minha presença na extensa sala em que me encontrava.

Pigarreei, fazendo com que o rosto das três figuras se virassem para mim. Uma delas era Celine, como eu imaginava, já que havia pedido para ir até ela. A outra era uma garotinha com longos e descabelados cabelos loiros, olhos azuis brilhantes e um vestido bufante azul.

—Oh meu deus. - Eu disse ao arregalar os olhos um pouco antes de desmaiar e ouvir meu corpo bater contra o chão em um baque surdo.

...

A primeira coisa que senti após acordar de um sonho muito estranho foi um colchão bastante mole e confortável, envolta por vários cobertores. Ainda com os olhos fechados, senti um aroma de chocolate quente “flutuar” pelo quarto e chegar até as minhas narinas.

Abri meus olhos e encontrei Celine sentada em um sofá que estava encostado na parede, logo em frente a minha cama. Ela estava adormecida, com um livro no colo. Seus cabelos ruivos alaranjados estavam presos em um coque e sua cabeça estava baixa. Ela estava, assim como eu, envolta em vários cobertores grossos.

Comecei a me debater para me livrar dos cobertores pesados que me envolviam até o queixo. Me debati tanto que acabei acordando Celine e caindo de bunda no chão.

—Beatriz!- Exclamou Celine, vindo em minha direção para me dar um abraço.

—O que aconteceu?- balbuciei debilmente.

—Hum...- Observei os olhos cinzentos de Celine- Posso falar apenas que estamos em uma nova dimensão. Iremos nos reunir e todos irão entender, mas antes temos que esperar Maria.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lembrem-se de comentar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O País das Maravilhas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.