I Will Revenge You escrita por Bradfork


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

One Shot para vocês, espero que gostem.
Boa leitura!



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“Se eu não posso salva-la, juro que irei vinga-la. ”

Mesmo depois de anos essas palavras ainda ecoavam na cabeça de Emma Swan. A promessa feita a tanto tempo continuava a assombra-la, mas ela não desistiria. Era essa sombra de dor, angustia e perda que a mantinha viva.

Viva para vingar sua esposa.

Para vingar Regina.

A anos atrás quando as duas voltavam de um jantar romântico que comemorava seu aniversário de casamento, foram atingidas por um carro em alta velocidade. O motorista, que estava alcoolizado, não se deu ao trabalho de prestar socorro. E Emma por ter sofrido apenas pequenos ferimentos, conseguiu se manter acordada e sair do carro. Regina parecia muito ferida, a morena respirava com dificuldade e tinha sangue saindo de seu abdômen.

– Emma... – Ela sussurrou quando a loira se arrastou em meios as ferragens e segurou sua mão.

– Meu amor, vai ficar tudo bem. – Emma tentou dizer, mas estava obvio que nada ficaria bem.

– Saia daqui.... Você está no meio da estrada.... Algum carro pode... – Ela falava com dificuldade, mas mal podia completar as frases.

– Não, Regina. Eu não vou te deixar morrer. – Disse com lágrimas já nos olhos.

– Não tem nada que você possa fazer... – Sussurrou. A morena se agarrava a mão de Emma, tentando ter um último toque de sua esposa para se lembrar na pós vida.

– Regina, amor? Regina, acorda! – Emma gritou em desespero quando os olhos de sua mulher perderam o brilho e se fecharam lentamente. Sacudiu seu corpo com força, mas foi em vão. Qualquer resquício de vida que tinha Regina Mills, se havia ido embora. – Por favor, não me deixa.

Ela agarrou o rosto da esposa, lhe dando um beijo desesperado, mas que não adiantou de nada além de aumentar sua tristeza.

– Se eu não posso salva-la, juro que irei vinga-la. – Disse para o corpo inerte de Regina.

Emma balançou o rosto, tentando afastar aquela lembrança. Nesse momento estava parada em frente a um prédio de luxo, onde abrigava vários escritórios de executivos importantes de Nova York. Olhou mais uma vez para o cartão em suas mãos. Robin Hood. Era esse o nome do assassino.

Um ricasso importante que se achava acima da lei. Dirigindo bêbado pela cidade, brincando de Deus com as vidas das pessoas. Não mais. Emma pensou.

Não foi fácil conseguir a informação que precisava para ir atrás daquele homem. Foram anos de espera, favores trocados na secretária de vigilância da cidade até conseguir um vídeo do acidente e o número da placa, depois disso conseguiu conectar ao comprador do veículo que a tinha levado até aquele endereço.

Ajeitou a jaqueta vermelha em seu corpo, sentindo o pedaço de metal escondido por baixo incomodar sua cintura. Andou até a recepção e sorriu simpática para a recepcionista. Ruby Lucas. Leu no crachá da menina.

– Olá, Ruby. – Sorriu para a mulher, que a olhou com curiosidade, mas logo abriu um sorriso para ela. – Tudo bom?

– Sim, posso lhe ajudar em alguma coisa? – A mulher continuava a sorrir, não era sempre que alguém tão simpática como a loira aparecia naquele local.

– Acredito que sim. Meu nome é Emma Swan, sou irmã de Robin e acabei de voltar de viagem. – Emma começou a contar a mentira que tinha ensaiado, com sorte daria certo. – Queria fazer uma surpresa para ele, será que você não poderia liberar a minha entrada sem ninguém saber? – Cochichou aquela última parte.

– Eu não sei se poderia, senhorita Swan... Doutor Robin não gosto muito de surpresas. – Ruby mordeu o lábio inferior nervosamente, como se medisse os prós e contras daquela ação.

– Por favor, me chame de Emma. Ao contrário do meu irmão, não tenho tantas formalidades. – Sorriu novamente. – Só me ajude nessa, garanto que não vou te arranjar problemas. E afinal, que mal poderia acontecer?

– Hum... – Ruby olhou para os lados, verificando que estava vindo alguém. – Tudo bem, Emma. Vou liberar a sua entrada.

– Obrigada. – A loira disse depois eu a recepcionista lhe entregou um cartão de visitante e lhe informou que Robin estava em sua sala no décimo quarto andar.

Emma passou a recepção feliz que sua mentira tinha dado certo, entrou no elevador, pressionou o botão do andar indicado e deixou seus músculos relaxarem.

Deveria estar nervosa, como qualquer pessoa normal estaria, mas não era o caso. Se sentia estranhamente calma, como se estivesse chegando no fim de uma longa jornada. A porta do elevador se abriu, e dali não foi difícil achar a sala de seu alvo. Seu nome estava escrito em letras garrafais, logo acima do cargo que ocupava.

Entrou sem bater e trancou a porta atrás de si. O homem sentado atrás da mesa de vidro deu um pulo de susto com a invasão. Emma o olhou bem. Olhos esverdeados, cabelos loiros e espessos, terno caro.

Ele esbanjava luxuria.

– Quem é você? O que significa isso? – Ele exclamou.

– Robin Hood? – Emma perguntou, um pequeno sorriso começando a se formar em seu rosto.

– Sim, e você quem é?

– Sofreu um acidente de carro anos atrás, senhor? – Perguntou com um tom de ironia.

– Como sabe disso? – Seu rosto embranqueceu, os olhos esbugalharam em medo e a boca se abriu diante daquela pergunta.

– Não grite. – Emma avisou. Colocou a mão dentro da jaqueta e tirou de lá uma pequena pistola prateada, apontando para Robin em seguida. – Agora responda à pergunta. Se envolveu em um acidente de carro anos atrás, por que estava bêbado e nem se deu ao trabalho de parar para prestar socorro?

– Por favor, não faça nada? – Ele tinha erguido os braços em rendição. – Você quer dinheiro? Eu lhe dou a quantia que quiser.

– Dinheiro? Acha que pode destruir a vida das pessoas e resolver tudo com dinheiro? – Sussurrou, dando a volta na mesa e ficando de frente para o homem. – Fique de joelhos, quero você aos meus pés quando morrer.

– Por que está fazendo isso? – Começou a chorar. – Por favor, não me mate.

– Sabia que matou uma mulher naquela noite? Isso mesmo, minha esposa. Regina Mills. – Emma apertou os olhos, tentando manter as emoções sob controle. – Era nosso aniversário de casamento, e estávamos comemorando uma novidade. Mas você a tirou de mim. – Encostou o cano da arma na cabeça de Robin.

– Eu tenho um filho! – Robin gritou, um último apelo desesperado para fazer a loira ter pena dele. Mas Emma apenas gargalhou.

– Um filho? Você tem um filho. – Continuou a gargalhar. – Eu deveria ter um filho! – Gritou. – Regina estava grávida, iriamos formar uma família.

– Por favor... eu... eu não sabia... – Fechou os olhos, pouco a pouco aceitando seu destino.

Emma não deve piedade, disparou a arma e viu o sangue se espelhar pelo carpete. O corpo de Robin tombou para o lado já sem vida.

A loira suspirou aliviada, finalmente tinha cumprido sua promessa e agora poderia descansar. Andou até um sofá que tinha ali no escritório e se sentou, lembrando-se uma última vez do sorriso de sua amada esposa.

– Regina... – Tombou a cabeça no estofado e se deixou tomar pelas lembranças felizes que tinha dela. – Eu te vinguei, meu amor. E agora estou indo te encontrar.

Sussurrou essa última frase e virou a arma em direção a sua cabeça, disparando uma única vez.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharão, beijos.