Acordo em uma cama de hospital, a cabeça ainda dói. Christian está sentado em uma poltrona dormindo e percebo que sua mão está sobre a minha. Lembro-me do que ocorreu e penso no meu bebê, puxo minhas mãos para o peito e Christian acorda. Com um olhar preocupado ele pergunta:

—Como está se sentindo Ana? Antes que possa responder um médico entra no quarto.

—Stra.Steele que bom que acordou, se recorda do acidente ? Ele pergunta enquanto começa a me avaliar.

—Sim, me lembro mas em primeiro lugar qual o seu nome doutor ? Ele pisca algumas vezes, sorri e diz:

—Perdão, sou o Dr. House. A senhorita perdeu muito sangue e infelizmente o feto não sobreviveu. 

—O Deus não... Diz Christian colocando as mãos no rosto.

—O meu bebê ? Morreu ? Pergunto ainda em choque pela noticia. Sinto os olhos cheios de lágrimas e meu coração apertado.

—Eu sinto muito. Diz Dr. House. Algo se quebro dentro de mim...

 Christian chega bem perto e segura minha mão, e tudo o quero é manda-lo para o inferno mas nos abraçamos e choramos. 

Taylor leva Christian para comer algo e fico só no quarto com minha dor. A pequenas batidas na porta e quando ela se abre vejo William, e recomeço a chorar. Ele se senta de frente para mim na cama e me abraça.

Em pouco tempo Dr.House volta e me examina novamente e diz que posso ir para casa ainda hoje. Christian voltar ao quarto, vê William e se descontrola.

—MAS O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI ? PELO AMOR DE DEUS. Ele grita.

—Estou aqui por ela Grey, por Anastasia. Diz William.

—Se você vai gritar peço que saia Christian. Digo com as poucas força que me mantém acordada.

—Mas Ana... Ele começa.

—Não Christian, CHEGA. ACABEI DE PERDER O MEU FILHO E VOCÊ SENDO UM IDIOTA. 

—Também era meu filho Ana, estou sofrendo tanto quanto você. Ele rebate.

—Jura, mas não parece já que você preferi ficar gritando por causa da minha companhia em vez de... 

—Você não tem o direito de dizer que não estou sofrendo por você ter perdido esse bebê.

—Christian, por favor, sai quero descansar. Ele deixa o quarto e William me dá um beijo na bochecha e também se retira.

Durmo um pouco, mas muito mal. O Dr.House volta e diz que serei liberta em poucos minutos.

—Dr. o meu bebê o que era ? Ele me olha, dá um pequeno sorriso de lado e diz.

—Era um menino Stra.Steele. Uma lágrima escorre pelo meu rosto.

—Obrigada por me contar Dr.House.

—Não foi nada Stra.Steele era seu direito saber.

—Mesmo assim. 

Saio do quarto,  e me esperam Christian  e William passa a mão pela minha cintura e seguro em seu ombro e me acompanha até o carro. Taylor coloca Christian sentado ao meu lado, não trocamos uma palavra e seguimos no silêncio para casa.

Passo a semana em casa, liguei para Hannah resolver os compromissos na editora na minha ausência. Sonho com o rostinho de meu menininho, ando de um dado para o outro da casa e entro em uma dos quarto que estava planejando ser o quarto dele, as paredes já estavam pintadas, eram inúmeros arco-íris ja que não sabíamos o sexo do bebê. Queria algo diferente mas agora voltará ao branco.

 Sou tirada de meus pensamento pela campainha, e é William, vamos até a sala de TV, me deito no sofá e ele também e se vira e se apoia no braço esquerdo.

—Comprei isso no dia do acidente, antes de... Olho para ele sem entender e me entrega uma sacola de papel marrons. Abro e vejo que a um par de sapatinhos de bebê metade rosa e azul. Fico olhando para aquele presente que meu pequeno nunca usuária.

—Obrigada, são lindos. Ele me beija e diz:

—De nada, Ana. 

Ficamos deitados, abraçados e tenho uma ideia. Me levanto rapidamente coloco meus chineles e vou até o jardim, e começo a vasculhar o pequeno quarto onde ficam os matérias de jardinagem.

—O que está procurando ? Pergunta William sem entende nada.

—As sementes Will. Digo sem desviar o olhar.

—Quer plantar agora ?

—Achei. Digo com o pacotinho em minha mão. 

Vou ao jardim, me ajoelho, preparo a terra, coloco as sementes e rego. 

—Ana, por que resolver planta-las ? 

—Essas rosas brancas iram desabrochar e viveram como o meu amor por esse bebê.

Ele me olha como se eu fosse algo muito raro e sussurra no meu ouvido:

—A cada dia que passa me apaixono ainda mais por você. 

—Obrigada...

—Pelo que ? Ele pergunta levantando uma sobrancelha.

—Por estar aqui.

—Não é necessário me agradecer, vou sempre estar ao seu lado.

 Uma tempestade esteve presente por toda a noite e desisti de tentar dormir, fui até a cozinha pegar doce para comer, ao ir ao armário  a um relâmpago e em seguida o trovão levo um susto e vejo Christian.

—Mas que droga, Christian você quase me matou de susto.

—Desculpe, também não consegue dormir ?

—Não, e parece que fica pior sem as crianças aqui. (Teddy e Pheoby estão na casa dos avós passando o final de semana)

—É realmente estranho a casa sem eles. 

—Vou tentar dormir. Digo pegando um pedaço de chocolate e indo em direção à saída.

—Ja que não conseguimos dormir, vamos conversar.

—Não realmente quero tentar dormir. Volto ao meu quarto tranco a porta, deito na cama e ao olha para a mesinha de cabeceira vejo os sapatinhos que Will me deu. Os pego e sou vencida pelo sono.

A um bebê sentado na ponta da cama ele brinca com alguns brinquedos e olha para mim e ao fazer isso começa a sangrar e chorar, vou até ele mas quando o pego nos braços e ele para de chorar minhas mãos ficam cheias de sangue e o bebê não está mais comigo olho para a cama em sua procura e a sangue por todo lado. Ouso seu choro alto mas não o encontro. 

Acordo e vejo que já é dia... E que tudo era apenas um pesadelo.