Champions escrita por Muller13


Capítulo 18
Capítulo 17 - Corrompido, Arco Chama Milenar (parte final)


Notas iniciais do capítulo

Aeiou
Aeiou
Consegui terminar esse capitulo bem cedo '3' deve estar curto...
Mas garanto que está legal o/
Boa leitura o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/668512/chapter/18

Explosões consecutivas bombardeavam o corpo de Anninka de um lado para o outro. As queimaduras eram realmente visíveis, assim como a dor estampada em seus olhos. Aquele ataque parecia não cessar, até que algo aconteceu para amenizar sua dor: Eric conseguiu se levantar outra vez para atirar um rápido jato de água em Mykolas, que se distraiu de seu alvo principal.

– Você é duro na queda hein rapaz?

– ...nunca mais...

– O que?

– E o corvo disse: "nunca mais".

Eric arremessou duas esferas elétricas na direção do adversário. Ambas se dividiram, e essas tambem se dividiram, totalizando oito esferas que orbitavam seu adversário. Pareciam orbitar de um modo aleatório, mas não era totalmente assim: elas seguiam um padrão que cobria todos os pontos vitais no corpo de Mykolas.

– Uma pergunta, Verfluster. Por que citou Allan Poe em um momento como este?

– E por que não citar? - uma tensão se formou neste instante. - Sua alma está prestes a se separar de seu corpo para permanecer neste local, de onde não sairá nunca mais.

As esferas se expandiram em lâminas, que cortariam o corpo do homem, não fosse uma faca acertar o joelho do rapaz que ameaçava o mesmo. As lâminas se desfizeram no ar, e o outro atendente surgiu.

– Nunca subestimem a habilidade dos Liepa.

– Obrigado, Saule.

O dono da faca a retirou do joelho de Eric, fazendo o rapaz gemer de dor. A lâmina escorregava em sua carne como gelo sobre o mármore. A dor o atordoava, latejava em sua pele. Mas ele estava sozinho. Apenas ele estava consciente naquele momento, então tinha que ser forte. Se levantou uma vez mais, quase cambaleando.

– Voce não morre não, cacete?! - Saule disse ja irritado.

Uma grande massa de ar se movimentou, criando uma espécie de onda que arrastou os Liepa por alguns centímetros. Eric emanava uma energia absurda, sentida por ambos os adversários. O vento ao seu redor também começou a se portar de uma maneira estranha. O olhar do rapaz tinha ferocidade, frieza e ira, totalmente diferente do Eric de antes. Era realmente como um animal selvagem.

– Laceratis. - disse baixo, quase como um sussurro.

O braço direito dos dois irmãos foi amputado por duas lâminas de ar simultâneas, fazendo muito sangue espirrar no processo. Em seguida foi a vez de seus braços esquerdos, tambem dilacerados. Mykolas ficou totalmente emudecido e sem reação, apenas observando o adversário o destruindo. Saule por outro lado, gritava agoniado pela dor de ter ambos os braços cortados.

– A... Acabe com isso... Logo... Por favor! - Saule implorava.

– Me desculpe - Eric respondeu - , mas a pressa é inimiga da perfeição.

Novamente os membros dos Liepa foram cortados, no entanto, desta vez as duas pernas de cada foram cortadas ao mesmo tempo. Eric então desferiu o golpe de misericórdia, amputando a cabeça de Mykolas e Saule. Após isso, Eric caiu no chão em desmaio, exausto pela quantidade de energia que gastara nestes últimos momentos.

* * *

Escuro. Silêncio. Luz. Turbinas. Eric acordou do lado de uma janela de avião. Albert e Anninka estavam do seu lado. As queimaduras da garota pareciam reduzidas, quase inexistentes. Seu irmão dormia tranquilamente, apenas com algumas marcas em seu corpo, provenientes dos ataques elétricos de Mykolas Liepa.

– Aon...

– Avião para a Rússia. - Anninka cortou Eric antes que terminasse a pergunta - Ja tínhamos as passagens, não poderíamos desperdiçá-las.

Recostou no banco novamente. Observou do lado de fora da janela, as nuvens se movendo para o lado oposto do avião. O pôr-do-sol era simplesmente esplêndido àquela altura, e tonalizava o céu numa cor alaranjada um tanto psicadélica, pois misturava-se com o branco das nuvens e o verde-folha das plantações em terra. De longe era possível observar uma nuvem chuvosa sobre alguma cidade qualquer.

– Como explicaram o que houve no aeroporto?

– Mesma desculpa do ataque terrorista. Dissemos que Mykolas e o outro cara foram vítimas de um terrorista qualquer, dilacerados por discordarem com os quesitos dele.

– E nós?

– Nos poupou por que fizemos um pedido ao deus dele, e ele nos perdoou.

– Entendo. Tudo certo então.

– Nem tudo. Albert está com a pressão cardíaca muito alta, provavelmente por causa da condução elétrica dos ataques.

– Sua magia não pode resolver isso?

– Infelizmente ela não serve para reduzir os batimentos a um nivel seguro. No máximo cura ferimentos artificiais.

– Então precisamos dar um jeito de diminuir a pressão dele ao mesmo tempo que evitamos que ela aumente?

– Sim, e se ele permanecer com um batimento cardíaco tão alto por muito tempo, ele pode contrair algum problema grave.

Eric suspirou, massageou as têmporas, recostou-se no banco. A situação já não lhes era favorável, e ainda ter de enfrentar um problema desses, seu ânimo já se esgotara. Seria uma longa viagem até Moscou.

– Você quer desistir não é? - Anninka questionou.

– Bem...

– Não desista Eric. - cortou - Seu irmão pode estar correndo um certo risco, mas eu estou com você. E te ajudarei a salvar o mundo se for preciso.

Eric corou. Um instante depois, Anninka o puxou para beijá-lo, fazendo o rapaz corar mais ainda. O tom enrubescido do rosto do garoto combinava com seus cabelos negros levemente bagunçados.

Ao separar seus lábios, Anninka soltou um risinho, vendo o quanto Eric corou.

– Paga de mestre mago assassino quando luta, mas fica tímido com um beijinho assim? - a garota provocou. - Parece uma criança.

– Voce também parece, provocando uma "criança" desse jeito.

Os dois riram com a resposta. Eric olhou para as próprias mãos por alguns momentos, como se estudasse os segredos que aquelas linhas continham.

– Obrigado, Anny.

– Pelo quê?

– Por não me deixar desistir.

A unica resposta que ele obteve fora um sorriso simples, cativante e belo.

– E então, vamos parar com essa viadagem? - Albert se manifestara. - Eu estou acordado desde que essa conversa começou. E estou tentando dormir, mas a falação não deixa.

Os mais velhos trocaram olhares, rindo novamente. Então responderam em coro:

– Tudo bem Albert, nós vamos parar com essa viadagem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem aí o que acharam, esse fanfiqueiro aqui gosta de comentarios ;u;
Até o próximo o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Champions" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.