Reaprendendo a amar escrita por keemi_w


Capítulo 2
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, amores!!
Estou muito feliz e com muitaaaaaaa saudade de postar fanfics! ♥ e ainda por cima o meu casal favorito vai aparecer (Jorge e Lívia!). Espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrever! UM HIPER BEIJO E ABRAÇOOOOO! ♥

Boa leitura!



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– Papai? – Yasmin o chamou entrando na casa aconchegante que passou toda a sua infância e adolescência.

Jorge espiou a porta pela cozinha e logo abriu um sorriso ao ver quem era.

– Meu amor! – ele exclamou indo abraça-la.

Os dois se sentaram para colocar os assuntos em dia. Desde que Yasmin fora morar sozinha Jorge acostumara a se sentir impotente. Como se o mundo fosse ataca-la a qualquer momento e ele não pudesse fazer nada. Por isso, momentos como aquele eram aproveitados ao máximo.

Yasmin colocou uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha e começou a contar a seu pai sobre o semestre que passou no curso para bruxos ingressarem na educação infantil. Todos que vinham de família bruxa matriculavam seus filhos em uma escola de educação infantil para crescerem sabendo ler, escrever e um pouco da cultura local antes de serem selecionados para Hogwarts, Durmstrang ou Beauxbatons. E Yasmin queria ser professora desse tipo de escola que existia em Londres.

Sua mãe, Lívia, ficara exultante já que também era professora e apaixonada por sua profissão, assim como seu pai, porém Jorge ainda a via como uma garotinha e era estranho para ele ver sua menina crescer e virar professora de outros garotinhos e garotinhas.

– Então, papai, eu queria que você fosse o primeiro a saber... – Yasmin fez um suspense e Jorge se acomodou melhor no assento esperando a revelação. – Eu consegui ser aceita na Escola Primária de Jovens Bruxos aqui em Londres!

Jorge soltou uma exclamação feliz.

– Parabéns, Yas! Você merece muito isso! Principalmente ao se dedicar tanto aos cursos e também ao N.I.E.M. Méritos todos seus, querida!

Yasmin sorriu satisfeita. Ela realmente tinha se doado para chegar até lá. Deixara de dormir várias noites para estudar e sempre procurava entender mais sobre a educação, não só a bruxa quanto a trouxa também.

– Onde está a mamãe? – Yasmin perguntou.

– Ela foi à academia fechá-la e já deve estar voltando, Yas – Jorge respondeu.

Lívia, após se formar no ballet e receber várias aulas, tinha ministrado aulas de ballet durante 15 anos até que decidiu abrir a sua própria academia de Ballet. Chamava-se: Escola de Ballet Collins. Foi uma conquista enorme para ela que nunca conseguira se ver fora das sapatilhas.

Já Jorge tinha aberto uma franquia das Gemialidades Weasley na maioria das cidades da Inglaterra e tinha até entrega a partir de pedidos virtuais, os quais os bruxos tinham começado a aderir juntamente aos trouxas.

– E como está se virando sozinha nessa rotina desenfreada? – Jorge perguntou.

– Hum... Tem sido difícil cozinhar todos os dias. – Os dois riram. – Mas acho que estou conseguindo lidar com isso. Que a mamãe nunca ouça isso, ok? Mas vou te contar um segredinho: eu faço comida de fim de semana e vou descongelando aos poucos a cada dia.

Jorge riu abertamente e não pôde deixar de notar as semelhanças entre Lívia e Yasmin. Além delas serem muito parecidas fisicamente, a personalidade também era. Ambas eram calmas, pacíficas, tinham um jeito próprio de brincar. Além das duas se parecerem como princesas.

– Realmente é melhor isso ser um segredo estritamente nosso, querida – o ruivo piscou.

No mesmo instante a porta se abriu e uma loira adentrou o local já conversando:

– Jorge! Você não tem ideia do que aconteceu hoje com uma das minhas melhores bailarinas... Ela quebrou a perna e vai ter que ficar fora do recital de final de ano e... – Liv se virou e deu de cara com sua filha. – Yas! Meu amorzinho!

As duas se abraçaram e Yasmin contou a novidade. Lívia sorriu e a abraçou novamente.

Como era final do dia todos estavam morrendo de fome, por isso as duas foram servir o jantar.

– Yas, conta para sua mãe como você se dá bem na cozinha.

Ela olhou furtivamente para seu pai que sorria travesso. Yasmin não era um completo desastre ao preparar comidas, pelo contrário, se saía muito bem. O problema era a preguiça e a rotina estressante que vivia. Estágio sem remuneração numa escolinha bem pequena de manhã e curso de pedagogia bruxa a tarde. Quando chegava em casa ela só queria tomar banho e descansar para o dia seguinte, logo achou uma saída rápida para não morrer de fome.

– Ah sim! – Yas exclamou. – Claro que me dou. Um dia quero vocês lá jantando no meu apartamento. Aposto como vão amar a comidinha caseira da Yas aqui!

Os pais riram.

– Por falar nisso, você vem recebendo visitas? – sua mãe perguntou.

– Claro, mamãe – ela respondeu distraída em por os pratos na mesa. – Vários amigos aparecem lá em casa depois do curso e tudo mais, sabe? Mas é bem rapidinho porque no dia seguinte temos que acordar cedo.

Seu pai pigarreou.

– Amigos? – ele questionou.

Yasmin corou furiosamente ao entender o que seu pai queria perguntar.

– Sim, papai – ela respondeu com toda a doçura presente em seu ser. Lívia deixou escapar um riso por entre os lábios. – Tem a Aninha, a Laura...

– E os seus amiguinhos do sexo masculino, Yasmin? – Jorge interrogou com as sobrancelhas arqueadas.

Yasmin quis enfiar sua cabeça debaixo da terra após essa pergunta. Lívia explodiu em uma gargalhada sonora. Já Jorge ficou da cor de seus cabelos só em pensar na possibilidade de ter um garoto frequentando a casa de sua menininha.

– Ah... O Ethan e o Adam também vão lá junto com as meninas – Yasmin respondeu tentando soar displicente.

– Sim, eu conheço esses daí – Jorge observou coçando o queixo. – Gosto do Adam, mas o Ethan... nesse eu não boto confiança. Aliás, e aquele tal de Scott?

Yasmin abaixou o olhar.

– Ele é legal... Mas somos só amigos...

Lívia percebeu que havia algo naquela frase que Yasmin não queria completar, por isso decidiu trocar de assunto.

– Pare com isso, Jorge. Yasmin já tem idade para decidir quem entra em seu apartamento. Agora deixe de bobeira vamos saborear a incrível comida da Lívia Collins, modéstia a parte.

Yasmin sorriu para sua mãe em um gesto de agradecimento que Jorge não percebeu.

A realidade era que Yasmin e Scott tiveram uma história juntos. E uma história muito dolorosa para Yasmin, por isso não queria comentar sobre isso. Na verdade, queria esquecer tudo que dissesse a respeito de Scott. Tanto que até de sala do curso mudara para ficar bem longe do menino. E toda essa história ela guardava apenas para ela. Nem seus pais, seu irmão e suas amigas sabiam.

O jantar se passou normalmente. Os três riram e contaram amenidades do dia a dia.

Bem quando Yasmin estava indo embora a campainha tocou novamente e ela foi atender. Quando abriu a porta se deparou com Philipe todo suado e com uma bolsa em seu ombro.

– Lipe! – Yasmin abraçou o irmão com força.

– Yas! Como você está, pirralha? – o irmão perguntou bagunçando o cabelo dela.

– Ela está ótima! – Jorge respondeu fingindo estar bravo e apareceu atrás da loira. – Ótima recebendo visitinhas de meninos mal intencionados. O que acha de matarmos todos eles, filhão?

Lipe sorriu.

– Ainda bem que trouxe meu arsenal de armas aqui dentro – Philipe apontou para a bolsa que carregava em seu ombro.

Todos riram.

Philipe, ao contrário de Yasmin, já puxara totalmente o pai. Tinha cabelos ruivos e os traços do rosto eram o Jorge em pessoa.

A família Weasley estava bem grande naquela altura do campeonato. Todos os filhos da vovó Weasley já tinham filhos, tornando-a a bisa Molly. Harry e Gina tinham três (James, Alvo e Lily), Rony e Hermione tinham dois (Rose e Hugo), Daniel e Karen (amigos de Liv e Jorge a longa data) tinham dois também (Paul e Lisa). Isso sem contar a infinidade de outros irmãos de Jorge que também tinham começado uma família. Porém esses eram os que mais tinham contato entre si.

Yasmin já ia dizendo que tinha que ir embora, mas Lívia a chamou no quarto. Ela já sabia que deveria dar uma explicação para sua mãe já que ela tinha um sexto sentido e desconfiava de algo que ela estava escondendo.

Sentou-se na cama de frente para sua mãe e perguntou:

– O que foi, mamãe?

– O que o Scott fez, querida? – ela perguntou calmamente.

Yasmin desviou o olhar de sua mãe, que mesmo com a idade continuava linda.

– Ah, mamãe... – a loira mais jovem reclamou e abaixou a cabeça. – Eu não quero falar sobre ele, por favor.

– Meu amor, eu sei que você não quer. Mas eu queria te ajudar – Liv sorriu compreensiva.

– Mamãe, por favor! – Yasmin exclamou tentando reprimir algumas memórias de sua mente.

– Tudo bem, tudo bem! – Liv colocou as mãos para cima em sinal de rendição. – Quando você estiver preparada você me conta, tudo bem?

Yas suspirou com a doçura de sua mãe e assentiu. Para mostrar gratidão lhe deu um abraço apertado, mas falou que realmente precisava ir embora.

Ela se despediu de todos. Philipe disse que passaria em seu apartamento no dia seguinte para eles conseguirem conversar melhor já que tinha chegado já no final do encontro familiar. Então Yasmin saiu da casa de seus pais e procurou um lugar bom para aparatar.

Chegando em casa ela tomou um banho demorado e secou seus cabelos loiros. Ela se olhou no espelho e percebeu o quanto havia mudado. E apesar de ter apenas vinte anos já tinha se transformado. Seu corpo, sua mente, suas vontades.

Ela tinha grandes marcas carregadas consigo. Guardadas, trancadas e escondidas.

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Atrasada de novo.

Faltavam exatamente trinta minutos para ela ter que estar em seu primeiro dia no trabalho na nova escola. Ela se trocou rapidamente, comeu uma maçã rapidamente e saiu pegando suas cartolinas, seus adesivos, suas pastas de atividades, suas apostilas, suas folhas coloridas, seu semanário, suas canetas e tudo que precisava para se estabelecer no novo armário e na nova classe.

Yasmin colocou os óculos de grau rapidamente, vestiu seu avental de classe e pegou sua bolsa e suas duas sacolas para sair de casa.

Fechou a porta do seu apartamento de maneira atrapalhada e desajeitada e saiu correndo do prédio a procura de um lugar para se aparatar em segurança.

As ruas estavam bem movimentadas e ela esbarrou em vários executivos sem querer. Muitos a olhavam feio por estar carregando tantas bagagens, ela pedia desculpas, mas a pressa com que estavam muitos não escutavam.

Conseguiu achar um beco escuro e não frequentado. Desaparatou e apareceu em outro beco com outra avenida bruxa movimentada. Ela saiu correndo em direção a sua escola. Olhou no relógio: quinze minutos.

Yasmin decidiu que não seria preciso correr, mas precisava ir rápido. Começou a procurar a escola pela longa avenida. Estava virando a esquina quando alguém esbarrou nela e ambos caíram no chão. Folhas de papel coloridas, adesivos de desenhos animados e até uma flor de papel estavam caídos no chão.

Ela olhou para quem tinha cometido o acidente e se deparou com um garoto alto, de cabelos castanhos, vestindo jaleco e com uma pasta de documentos também aberta no chão. Ele parecia atrasado também.

– Nossa, me desculpa! – Yasmin tratou de utilizar de sua boa educação para não deixa-lo irritado.

Ele olhou em sua direção com a expressão mais suave.

– Não se preocupe... Eu estou atrasado e estava correndo... Sabia que isso poderia acontecer.

Yasmin sorriu gentilmente.

– Eu também.

O garoto observou os papeis dela caídos no chão e franziu o cenho.

– Você é dona de uma papelaria? – ele perguntou recolhendo seus próprios papeis.

Yasmin riu.

– Não, sou professora do Jardim de Infância – ela respondeu. – Mas pode considerar que sou uma cliente assídua da papelaria porque coisas coloridas, fofas e caprichosas captam a atenção das crianças.

Ele sorriu e se levantou, sendo seguido por Yasmin.

– Bom, me desculpa pelo transtorno – ele disse novamente e ajeitou o jaleco em seu corpo.

– Imagine – ela sorriu. – Desculpe também.

– Imagine – ele repetiu sorrindo também.

Yasmin reparou na beleza dele e ficou encantada. Ele era charmoso, jovem, medibruxo e ainda muito educado.

E aquele sorriso...

Yasmin e o garoto se cruzaram e continuaram seus caminhos, porém ela ouviu alguém gritar:

– Ei!

Ela se virou institivamente e ele acenava para ela.

– Oi? – Yasmin perguntou confusa.

– Sou Leonardo!

Ela riu verdadeiramente.

– Yasmin! – a loira respondeu.

Ambos sorriam um para o outro e cada um seguiu seu percurso.

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O primeiro dia sempre é estranho. Sempre é diferente. O primeiro dia sempre pode nos surpreender.

Nele você tem que se adaptar a novas pessoas, a um novo ambiente, às novas regras. É uma série de novidades das quais é necessário captar e absorver cada detalhe, pois pode ser cobrado futuramente.

Yasmin teve que conhecer os novos colegas de profissão, os novos alunos, os novos hábitos da escola. Ela enfrentou algumas dificuldades com uma professora do Pré que parecia simpática, mas ficava monitorando o que ela fazia ou deixava de fazer com os alunos, e também teve dificuldade de lidar com alguns alunos que insistiam que queriam a outra professora de volta.

Porém, ela contornou as situações de maneira confortável. Ignorou momentaneamente a professora (que mais tarde ela descobriu que se chamava Marianne) e disse aos alunos que ela seria a nova professora e que poderia ser muito legal a convivência deles. Como prova disso distribuiu alguns adesivos a eles.

No final do dia ela saiu com saldo positivo. Tinha sido incrível conhecer novas crianças e aprender com elas. O diretor do colégio também foi super gentil e a recebeu de braços abertos.

Já os professores...

Quando Yasmin foi guardar seus pertences diários no armário que ficava na sala dos professores, ouviu duas professoras conversando do lado de fora da sala.

– Ela é bem permissiva mesmo, não vai aguentar nem uma semana com a sala do jardim.

– Realmente, só ser legal não adianta. Tem que ter pulso firme. Criança testa muito. Acho que vou dar um toque para o Rogério conversar com ela. Ele é o diretor, tem que dar umas dicas para ela...

Yasmin sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Mas não ia sair por baixo da situação, não.

Olhou no relógio e viu que seu expediente tinha terminado. Ela fechou o armário, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo alto, pegou sua bolsa e saiu da sala dos professores. Infelizmente, Yasmin não era igual a sua mãe nesse aspecto. Ela não iria ignorar essa fofoca.

– Boa tarde, meninas – ela cumprimentou e assustou as outras duas professoras. – O diretor disse que eu tinha que apresentar meu semanário junto com uns relatórios hoje... Vocês sabem onde ele se encontra?

Elas se entreolharam com as sobrancelhas arqueadas.

– Relatórios? – uma delas perguntou. Ela tinha o cabelo curto e era morena.

– Sim, relatório – Yasmin afirmou. – Vocês não fazem?

A outra, que era alta e tinha o cabelo pintado de ruivo vibrante, franziu o cenho.

– Não. Que tipo de relatório?

Yasmin fingiu estar desconcertada.

– Ah, desculpa, meninas! Pensei que vocês também fizessem... Bom descanso.

E assim Yasmin saiu deixando as duas com uma pulga atrás da orelha. Segundo sua intuição, as duas provavelmente pensaram que era algum tipo de relatório sobre funcionários da escola. Porém, o diretor tinha pedido apenas um relatório de primeiras impressões sobre os alunos. Mas tinha funcionado... Yasmin duvidava que elas fariam algum tipo de fofoca sabendo que ela seria uma “olheira” do diretor.

A loira riu consigo mesma e foi entregar seu relatório sobre alunos para o diretor.

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– Eu não acredito que estava há tanto tempo sem te ver, Yas – Philipe exclamou entrando no apartamento da irmã.

– Ah, Lipe, nem eu! Eu sinto muito a sua falta! – ela fez bico e os dois riram.

Yasmin estava terminando de por a mesa quando uma coruja pousou sob sua janela. Estranhando, ela foi ver o que a coruja tinha nas patinhas.

Era uma carta.

“Olá, Yasmin. Tudo bem?

Eu sou o Leonardo, o desastrado que esbarrou em você hoje de manhã. Desculpe-me se eu estiver sendo invasivo, mas achei que ia gostar de saber que estou com a sua pasta de atividades da semana letiva inteira.

Eu descobri seu endereço porque na pasta também havia alguns documentos seus.

Se quiser se encontrar comigo amanhã é só me avisar que devolverei os papéis coloridos e a pasta cheia de adesivos. :)

Tenha uma boa noite.”

Yasmin nem podia acreditar no que lia.

Ela nem notara a ausência dessa pasta o dia inteiro, como poderia ser tão distraída?

Só por garantia foi verificar em seus pertences, mas a pasta roxa cheia de adesivos realmente não estava lá.

Ao mesmo tempo que se culpava por ser tão desatenta ficou feliz em constatar que se encontraria com o medibruxo charmoso novamente. E aquela era uma ótima desculpa para vê-lo novamente.

“Boa noite, Leonardo!

Eu que devo me desculpar! Sou muito distraída mesmo!

Se não tiver problemas eu iria querer me encontrar com você amanhã para recuperar a minha pasta que mostra como sou uma pessoa séria e madura. :P

Como eu não sei seu endereço, só mandei a coruja voltar para o remetente. Desculpe-me novamente pelo transtorno!

Amanhã na esquina que nos esbarramos, pode ser? 7 a.m.

Beijos.”

– Ei, Yasmin, eu estou morrendo de fome! – Lipe reclamou da sala enquanto via a irmã escrever uma carta. – Espera aí, moça, com quem você está se correspondendo?

– Ah... – Yasmin coçou a cabeça pensando num modo de explicar a situação de uma forma que não fosse muito esquisita. – É um cara que conheci hoje.

Ele estreitou os olhos para a irmã.

– Como assim?

Ela balançou os ombros.

– Ué, a gente se conheceu hoje e estamos nos correspondendo. Ele se chama Leonardo e sem querer ficou com uma pasta minha. Só isso, Lipe.

– Quero só ver se o papai fica sabendo de uma dessas, Yas – ele comentou se sentando à mesa.

A loira levitou as panelas, pratos e copos até a mesa e se sentou logo em seguida, soltando um longo suspiro.

Realmente seu pai era bem ciumento com ela. Na época de Hogwarts em que teve seu primeiro namorado ele logo alertou o Philipe para não deixa-los sozinhos nem um minuto sequer.

– Ah, Lipe, eu não tenho mais dez aninhos...

– Nosso pai só quer ter certeza de que você está segura, Yas. Você é a caçulinha, o xodó dele.

Yasmin sorriu lembrando-se de seu pai que era muito mais coruja do que sua própria mãe. Todas as coisas que ele já havia feito para dar o melhor a ela e a seu irmão passaram pela cabeça dela naquele momento.

– É verdade, Lipe... – ela comentou olhando profundamente nos olhos castanhos do irmão.

Então outra coruja chegou ao seu apartamento.

“Não precisa se desculpar, Yasmin.

E, sim, sua pasta demonstrou uma grande seriedade e maturidade. Risos.

Combinado então! Amanhã no lugar que você esbarrou em mim propositalmente! 7 a.m.

Beijos,

Leo :)”.


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram da Yasmin?
Acham que o Jorge vai aprontar muito com a filhinha mais nova? :3 façam suas apostas!!



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