I Bet My Soul escrita por QueenOfVampires


Capítulo 9
IX


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Trouxe mais um capítulo para vocês! O bloqueio continua mas EU NÃO DESISTO! Sem mais delongas, boa leitura!
PS: LEIAM AS NOTAS FINAIS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667946/chapter/9

Eu já estava prestes a sair do bunker quando Castiel e Dean chegaram. O anjo praticamente o arrastava escada abaixo e a cara do loiro era a de mais insatisfeito e contrariado possível.

— O que eu perdi? – perguntei indo até eles.

— Sei que você não se importa – o anjo me encarou -, mas poderia ter dito à ele que viajar no tempo sozinho é uma péssima ideia. Principalmente porque se trata apenas de uma hipótese.

— Por que eu diria? Eu achei uma boa ideia, ainda mais considerando que o anjo que deveria nos ajudar tinha sumido. – sorri para provocá-lo.

— Eu fui procurar a informação que você queria!

— Custava avisar? – Dean questionou em tom grosseiro, puxando seu braço das mãos de Castiel.

— Desculpem. – ele falou e depois se voltou para mim – Eu já sei como você pode chantagear o Crowley.

— Nossa, que eficiente. – cruzei os braços e o encarei – Fala aí.

— Nós temos ouvido boatos de que ele anda viciado em beber sangue humano e isso o deixa mais... Sentimental.

Troquei um olhar confuso e surpreso com o loiro antes que o anjo voltasse a falar.

— E também soube que ele teve um filho quando estava vivo...

— Que o odiava, nós sabemos disso. – Dean o interrompeu.

— Eu entendi o ponto do anjo. Ele está mais sentimental, talvez o filho possa atingi-lo de alguma forma. – falei e Castiel assentiu.

— Tá, mas vamos resolver logo o que interessa, meu irmão! – o loiro insistiu e eu revirei os olhos.

— Ele está bem, se conheço bem Abaddon, deve estar aproveitando o corpinho maravilhoso dele.

Dean me encarou descrente e balançou a cabeça negativamente.

— Dean, pode deixar que eu vou atrás do Sam. – Castiel o prometeu – Enquanto isso eu tenho outra informação mais importante, eu sei onde a bruxa que ajudou o Crowley pode estar, mas não posso chegar perto porque está coberto de sigilos e feitiços...

Bom, por aquela informação eu não esperava, talvez a visita à casa do tio Luci pudesse esperar. O anjo disse que existia uma construção aparentemente abandonada no meio da Floresta Estadual de Freetown-Fall River em Massachusetts, famosa por ser assombrada e ainda por cima receber visitas de OVNIS, onde poderia ter um clã de antigas bruxas vivendo.

— Certo... Eu vou com a Ravenna desde que você me prometa que meu irmão estará aqui quando eu voltar. – o loiro encarou Castiel.

— Vou fazer o possível. – e dizendo isso, sumiu no ar.

— Então, vamos para a excursão?

Não era que eu estivesse ficando molenga demais... Mas como é que essas pessoas acham que eu teria disposição para sair no meio da noite com intenção de invadir um lugar cheio de bruxas? Tudo bem, eu sei, a informação era importante para mim... Mas poderia ter deixado para o dia seguinte, depois do café da manhã.

Só que não, né? Com Dean Winchester era 4 horas de sono e nada mais! Pegamos um dos carros bonitões da garagem e caímos na estrada. Ele parecia bem, mas com certeza estava se corroendo por dentro querendo saber o que aconteceu com seu irmão. Pessoas normais dariam um apoio moral, diriam que tudo ia terminar bem, mas eu não acredito nisso. Abaddon iria estripa-lo lindamente, eu tinha certeza que ela só estava esperando ter alguma notícia minha, mas quando notasse que realmente não conseguiria meu apoio iria quebrar o Alce ao meio como um palito de dentes.

Não sei bem em que momento das minhas reflexões acabei adormecendo, mas fui acordada por um Dean nem um pouco delicado quase arrancando meu braço fora ao me balançar.

— Qual o seu problema? – dei um tapa na mão dele.

— Chegamos. – ele apontou a entrada da floresta.

Não parecia tão ameaçadora, na verdade era muito bonita, mesmo estando escuro dava para ver que existiam árvores de diversas cores que faziam um belo contraste com o chão de pedras claras.

— Certo, qual o seu plano? – questionei saindo do carro.

— Chegar lá, atirar em quem estiver na frente e depois perguntar pela capanga do Crowley. – ele engatilhou carregou uma arma e a jogou para mim.

— Exatamente nessa ordem? Vai dar certo? – tentei não rir na cara dele.

— Dando certo ou não, é o que faremos. Não podemos dar a elas tempo de nos amaldiçoarem. – ele revirou os olhos, falando daquele jeito que o faz sentir como se fosse o dono da razão.

— Querido, eu chego lá e paraliso todo mundo, não precisa dessa agressão toda. – virei de costas para ele e entrei na floresta.

Dava para ver que acontecia algo ali de anormal, o lugar era tão silencioso que parecia até que não passava uma só corrente de ar. Dean me alcançou com a arma em uma mão e a lanterna na outra, todo o clima da floresta era tenso como se a gravidade tivesse o dobro do peso e fosse nos sufocar a qualquer instante.

— Bizarro... – ele comentou olhando ao redor.

— É, como vamos fazer para encontrar a casa das bruxas?

— O Cass disse que era uma construção abandonada, a floresta não é tão grande assim, vamos conseguir.

Nós andamos o suficiente para pensarmos que estávamos perdidos, mas com um pouquinho mais de inteligência notei que as bruxas tinham jogado um feitiço de ocultamento e tentei enxergar através dele.

— Estou quase conseguindo... – falei de olhos fechados, estava tentando localizar o ponto exato da floresta, mas quando chegava perto tinha a sensação de entrar em um tornado e ser levada para longe.

— Ravenna... – Dean me chamou e tocou no meu braço.

— Espere! – pedi e me esforcei mais, dessa vez sentindo uma leve pressão na minha cabeça quando cheguei perto.

— Ravenna.

Consegui ver um tipo de castelo pequeno de pedras, janelas quebradas, porta caída e musgo crescendo nas paredes externas.

A pressão aumentou.

— RAVENNA! – ele balançou meu braço.

— ESPERE!

— Você está sangrando pelo nariz! – o senti me segurar pelos ombros e abri os olhos.

Levei minha mão até o nariz e realmente tinha sangue lá, não notei que estava fazendo muito esforço para chegar até a casa das bruxas. O Winchester rasgou um pedaço da própria camisa e me entregou.

— É um feitiço muito forte, mas eu consegui ver a cabana. – peguei o tecido – Obrigada.

— Não tem de quê. – ele me encarou, parecia nervoso – Só não faça isso de novo.

— Preocupado, Winchester? – sorri para provocá-lo.

— C-Claro... – ele parecia incerto – Vai que as bruxas farejem o sangue.

Dean me deu às costas e foi andando na frente, tentei não rir mas era impossível! Esse ser humano era tão cuidadoso e piedoso que se tornava hilário! Quer dizer, ele tinha total consciência de que eu poderia acabar com ele num piscar de olhos e por isso me tratava como se eu fosse a pessoa mais preciosa de todas.

Expliquei para ele o caminho que vi e nós seguimos, acabamos em uma parte da floresta que não notamos antes por causa do feitiço e seguimos uma trilha que tinha lá até chegar na cabana destruída.

— É aqui. – falei indo até a porta que tinha vários sigilos desenhados – Bem guardado... Quantas bruxas você acha que tem aí dentro?

— Mais do que eu gostaria. – Dean estava enojado, engatilhou a arma e passou na minha frente para abrir caminho entre as pedras caídas depois da porta.

Certo, o lado de fora definitivamente era um disfarce. Assim que entramos notamos duas coisas: A decoração que mais parecia saltar de uma revista de decoração fina para grandes espaços de casas da realeza e cinco bruxas nos olhando ameaçadoramente.

Son of a bitch... — Dean murmurou apontando a arma de uma para a outra.

Todas focaram os olhares nele, mas antes que fizessem algo, fiquei entre eles e encarei as bruxas, nenhuma delas parecia a que vimos com o feitiço.

— Com licença. – acenei para elas e não obtive respostas, por algum motivo elas mantinham o olhar fixo no caçador.

— Que bizarro. – ele sussurrou para mim.

— WINCHESTER! – uma delas, que parecia uma louca com o cabeço grisalho arrepiado e seco, olhos escuros e estático, gritou e vários objetos ao seu redor se ergueram no ar e foram lançados contra nós dois.

Eu arregalei os olhos com o susto mas consegui pará-los antes que nos atingissem, tinha cinzeiros, castiçais, pedras aparentemente místicas de várias cores, algumas bandejas de prata e pequenas estatuetas, todos flutuando diante dos meus olhos.

Quando notaram o que eu estava fazendo, deram um passo para trás e pareciam ter a intenção de fugir, então deixei que as coisas caíssem no chão e se espatifassem e as imobilizei.

— É o seguinte, minhas queridas... – andei ao redor delas – Estou procurando uma bruxa que andava de cumplicidade com um demônio chamado Crowley há alguns anos atrás, loirinha, sinistra...

— Maya! – a doida que atirou as coisas em nós gritou – MAYA!

— Maya é o nome dela? – Dean se aproximou e as bruxas sibilaram como cobras para ele – Credo...

— Certo, onde eu encontro essa tal de Maya? – perguntei.

— Quem está gastando meu nome por aí? – a tal bruxa que vimos no feitiço apareceu amarrando um roupão em volta do corpo, ela não parecia ter envelhecido um segundo sequer. Jogou os cabelos claríssimos para o lado e me encarou – Ah, é você, já esperava te encontrar.

— Ótimo, então você sabe porque eu vim.

— Sim, mas não devemos conversar aqui... Solte minhas irmãs e vamos para outro lugar, seu namoradinho está deixando todas muito agitadas. – ela apontou para o loiro.

— Nós não... – ele foi tentar se explicar mas o interrompi.

— Certo. – liberei as bruxas e fui logo empurrando o Dean para fora da cabana antes que elas o mordessem.

Quando saímos do lugar, Maya já estava usando outra roupa, era um vestido preto comprido e justo de mangas compridas.

— Pois bem, você quer saber o que eu e o Crowley conversamos? – ela cruzou os braços e riu – Eu disse à ele que isso aconteceria.

— Sim.

— Bem, eu estava explicando para ele sobre tudo que poderia dar errado no plano, mas ele não escutou, jurava que era à prova de falhas. – a bruxa sentou elegantemente em um dos degraus na frente da construção – Veja só, ele queria que eu modificasse suas memórias mas não pude colocar nenhuma trava ou muro que a impedisse de sequer questioná-las porque não sou poderosa o suficiente para isso, creio que só bruxas naturais sejam.

— Naturais são aquelas que nascem com a bruxaria no sangue? – perguntei.

— Exato, eu sou o que chamam de “estudante”, eu aprendi a fazer bruxaria. O caso é que estava na cara que um dia a verdade viria à tona e então eu perguntei se ele queria um feitiço preventivo, para que te impedisse de se virar contra ele mesmo depois de descobrir tudo.

— Mas eu já...

— Não! – ela me interrompeu sorrindo – Você sabe lá no fundo que sempre foi, é e será leal à ele.

E era verdade. A minha existência inteira dediquei ao Inferno e sempre fui cegamente fiel à ele sem motivo nenhum, por isso nunca questionei, nunca pesei a possibilidade de me aliar à Abaddon e nunca seria capaz de machucá-lo.

— E o que exatamente você fez? – Dean perguntou à ela.

— Eu o fiz tocar em sua alma.

— Hã? – pendi a cabeça de lado porque fiquei muito confusa com aquela afirmação.

— Eu fiz um feitiço para permitir que o Crowley deixasse um pedaço dele na sua alma, assim você sempre estaria ligada à ele de alguma maneira sendo incapaz de atacá-lo seriamente.

— E como eu me livro disso? Você pode tirar para mim? – indaguei já ficando nervosa.

— Eu não posso, bruxa nenhuma pode reverter o toque da alma, só a pessoa que tocou é capaz ou um arcanjo.

— ONDE RAIOS VAMOS ACHAR UM ARCANJO? – Dean rosnou para ela – Gabriel e Rafael estão mortos! Lúcifer e Miguel trancados numa jaula no Inferno, mesmo assim duvido muito que queiram ajudar.

— Miguel sim, mas não é Lúcifer que tem problemas com o Crowley? – ela ergueu uma sobrancelha e me encarou – Você já planejava visitá-lo, não é mesmo?

O Winchester virou a cabeça na minha direção lentamente com um olhar mortífero, afinal eu tinha prometido que não iria atrás do titio Lúcifer, porém, lá estava uma bruxa muito intrometida falando o que eu realmente pretendia.

— Sim. – assenti e ela se levantou.

— Eu posso levá-los lá.

— O QUÊ? NÃO! – o loiro a olhou como se ela fosse louca – Não vamos atrás dele, quase perdi meu irmão jogando aquela coisa dentro do buraco e não vou tirar de lá só...

— Ninguém vai tirá-lo. – ela falou tranquilamente.

— E você não precisa ir. – eu cruzei os braços e o encarei – Pode ficar aqui e ir procurar o seu irmão, eu encontro vocês quando voltar.

— Ravenna... – ele se aproximou de mim e olhou dentro dos meus olhos como se me implorasse para não fazer aquilo, patético.

— Desculpe, Dean, mas você sabe lá no fundo que é o melhor a se fazer. – sorri e dei um selinho nele – Até mais, Winchester.

Fui até a bruxa, a toquei no ombro e nos teletransportei para fora da floresta. Ela me disse tudo que precisaria para realizar o feitiço que nos levaria até a jaula e onde deveríamos ir. Não precisei de mais do que 10 minutos para conseguir tudo e me preparar psicologicamente para o que estava por vir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gente, como todo mundo sabe, eu estou passando por esse maldito bloqueio que infelizmente não está afetando apenas a Bet, tá complicado para escrever de TUDO. Por isso eu vou deixar já avisado aqui:
Essa fanfic só terá 12 capítulos que já estão programados e sendo escritos com MUITO esforço e dedicação porque EU ME RECUSO A DEIXÁ-LOS SEM UM FINAL DECENTE.
Então se segurem aí, eu não vou abandonar essa fanfic e só vou parar quando acabar do jeito que eu planejei desde o princípio: COM UM FIGHT E UMA TRETA BEM LOUCA.
É isso aí... Ah e no próximo capítulo tem o titio Lúcifer tá?
Me avisem se encontrarem um erro por aí, aguardo comentários, beijos e até o próximo!
PS2: Alguém viu as novidades de Supernatural da Comic Con?
PS3: Só sinto que a próxima temporada será A TEMPORADA.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Bet My Soul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.