A Different Person escrita por Clah Cristina


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom, meu amigo secreto é a Sil!!
Sil amor de minha vidaaaa ♥
Fiz com muito carinho pra vc viu? Tem uns errinhos mas eu espero que você goste e não ache tão entediante kkkk Love u ♥



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23 de dezembro, 07hrs

Michigan City

O dia amanheceu mais nublado que nunca, e eu nunca estive mais feliz com isso. Pulei da cama, e me assustei com um dos meus bichos de pelúcias antigos em baixo dela. Tropecei e tentei o meu máximo para não cair. Não foi o bastante.

– Lizzie? Está acordada? – disse minha mãe andando nos corredores em direção ao meu quarto. Para encontrar uma “Lizzie” descabelada e com o pouco de corpo que tinha no chão. – Lizzie! Ainda está assim? Pare de beijar o chão e arrume as suas malas.

Murmurei, merda ainda iriamos para esse lugar de quinta categoria?!

– Espero que soframos um acidente nessa estrada para eu lhe dizer QUE AVISEI! – eu gritei, não creio que vou ter que sair da minha casa nesse frio onde eu poderia passar o dia comendo nutella e assistindo Netflix. Ou na festa dos meus sonhos na casa da minha melhor amiga.

Esse era o pior natal da minha vida.

• •

Acabei de arrumar minhas malas - ainda resmungando – um pouco depois das 10h e fui tomar uma ducha quente. Quando saí do banho exatamente quinze minutos depois, a casa estava em silêncio.

– Mãe? – gritei, com esperança que ela não respondesse.

– Desça Lizzie, o carro já está arrumado! – gritou minha mãe da frente de casa, já dentro do carro.

– É Elizabeth, porra! – gritei, diminuindo o volume ao fim da frase, não queria passar meu natal com um bando de velhos e uma marca de tapa na cara.

Eu podia sentir o meu sangue pulsando nas veias de tanta raiva e desgosto, me fazia sentir mais saudade do papai. Desci as escadas com somente uma mochila nas costas, saí pela porta da frente querendo me prender com mil pregos aquela casa. Que na maior parte do tempo eu odiava. Mas eu preferia passar o natal naquela casa.

– Você vai mesmo nesse frio com esse shortinho curto e essa camisa preta parecendo uma doida? – perguntou ela.

Ignorei suas palavras e entrei no carro.

Fiz a viagem de 12 horas na maioria do tempo calada, e me sentindo levemente enjoada.

A quatro anos atrás o natal era a época mais feliz do ano, mas tudo mudou com a morte do meu pai de e minha irmã mais nova, Margareth em um acidente de carro, eu e minha mãe arrumávamos a ceia de natal enquanto os dois compravam uma nova árvore de natal. Era tradição montarmos a árvore na noite de natal. Desde aquele dia nunca tivemos outra árvore de natal. E minha vida se tornou um completo inferno. Parece que sou a menina mais mimada e idiota do mundo mas eu nem sempre fui assim.

Ter duas pessoas tão importantes tiradas de você, em um dia que você deveria passar unido a elas é muito difícil. E o pior é que eu deveria estar naquele carro, não Margareth, e eu sei que seria melhor se fosse eu. Margareth tinha seis anos, lembro-me que naquele dia trágico ela me disse que seria o melhor natal de nossas vidas e que a nossa árvore iria ficar incrível, ela insistia que eu fosse comprar a nova árvore com o papai mas eu insisti em ajudar minha mãe na ceia, por um motivo que eu nem me lembro mais.

Eu deveria ter morrido junto ao meu pai naquela noite, e seria melhor para todo mundo.

Depois de meses de luto, eu simplesmente desliguei e acabei fazendo muita merda nessa minha vida, às vezes eu me arrependo de causar tanto desgosto para minha mãe. Mas é o meu jeito de esquecer do que aconteceu de alguma forma.

23 de dezembro, 16hrs

Minnesota, Wayzata

– Chegamos querida! – disse minha mãe enquanto eu dormia, acordei querendo que tudo aquilo fosse um enorme pesadelo. Era um pesadelo, mas era real.

Ela já estava fora do carro segurando minha mochila, eu abri a porta do carro e um vento gelado bateu no meu rosto, hoje estava frio demais. Saí do carro tremendo de frio e rangendo os dentes de raiva.

– Eu disse que estava frio de mais para usar essas roupas de...

– De?

– Rampeira! Isso aí, eu já disse que odeio quando usa essas roupas curtas. - bufei de deboche enquanto ouvia suas palavras, afinal o que era uma rampeira? Prefiro não saber.

Eu estava prestes a lhe dar uma resposta bem malcriada quando a porta da enorme casa de madeira ao nosso lado se abriu. Revelando uma mulher idosa, com tantas blusas de frio que não dava para saber como ela colocou tudo aquilo em menos de uma semana.

– Quem é? – ela dizia forçando a vista. Minha mãe me entregou a mochila e andou até a porta dizendo:

– Sou eu sogrinha, Jane. Vim trazer Elizabeth para passar o natal com você se lembra? Disse que não tinha problema.

– Jane? – dizia a moça ainda sem reconhecê-la muito bem. – Jane! Como você engordou!

Não aguentei e soltei uma gargalhada ao ouvir as palavras da moça que aparentemente era minha vó, a qual eu não via a pouco mais de cinco anos. As duas olharam para mim, minha mãe com uma expressão de raiva, já minha vó, ainda com os olhos cerrados disse:

– Minha querida! Como está linda! – disse abrindo um grande sorriso quede algum modo aqueceu meu coração e o frio tinha ido embora.

Andei um em direção a ela e a cumprimentei com um abraço, assustando minha mãe. Eu não era de abraços, mas a minha vó realmente merecia um. Seu cheiro de flores misturado com tabaco me fazia lembrar de meu pai, era um cheiro desagradável mas que me trazia boas lembranças.

– Olá, vovó. – eu disse com um grande sorriso, talvez não tão bonito assim já que eu estava parecendo uma maluca, meus cabelos que batiam um pouco abaixo do ombro como uma mulher das cavernas ou minha maquiagem preta um pouco exagerada para uma manhã fria daquela. Mas era um sorriso sincero, isso garanto.

Talvez aquele natal não fosse tão ruim assim.

• •

Me instalei no quarto de hóspedes pouco depois de me despedir da minha mãe que voltaria dia 25 pela manhã para me buscar, eu realmente iria preferir ficar aqui do visitar meu avô que mal fala em Londres.

– Fique a vontade querida, qualquer coisa é só me chamar, viu? – disse vovó antes de fechar a porta.

Nunca consegui entender como minha vó mantem essa casa enorme sempre limpa morando sozinha.

Agora eu estava sentada na ao lado da janela do quarto de hóspedes que eu e minha irmã dormíamos quando nós passávamos o natal aqui. O desenhos de giz de cera feitos por mim e Margareth que coloriam as paredes do quarto ainda estavam ali. E uma foto de nossa família também em uma típica ceia de natal.

Já estava escurecendo e a vila que nessa época do ano costumava estar coberta de enfeites de natal e pessoas passeando pelas ruas agora estava vazia, sem luz e sem um sinal de um ser humano andando pelas calçadas. Me sentei na pequena cama de solteiro para falar com alguns amigos no celular e que surpresa. Sem sinal e sem wi-fi, coloquei meu fone de ouvido e caí no sono escutando Ed Sheraan.

24 de dezembro, 13:30

Minnesota, Wayzata

O lado direito do meu rosto esmagado contra o meu Iphone, meus cabelos castanhos estavam espalhados gentilmente pelo travesseiro delicado de penas que me fez permanecer dormindo profundamente a noite toda, virei o rosto esbarrando gentilmente no celular que deveria ter despertado às 09hrs, Que não resistiu à queda e trincou a tela no chão, o barulho do objeto delicado sendo destruído foi o que me fez acordar assustada. Mas de qualquer jeito o meu desespero não foi o celular com a tela que já estava um pouco quebrada antes da queda quebrar ainda mais, mas foi ter acordado tão tarde em uma casa que não era minha e minha aparência deplorável.

Saí do quarto sem fazer muita bagunça, arrumando a camisa preta pelo meu shortinho que sim, talvez estivesse curto demais. Fui procurando pelos cômodos do segundo andar da casa rústica o banheiro com a minha mochila nas costas e tentando descontroladamente arrumar o meu cabelo que estava uma bagunça como se um boi tivesse mastigado e cuspido na minha cabeça. Ouvi alguns passos na escada de madeira que fazia um som absurdamente perturbador, e me escondi na quina da porta de um dos quartos que mais parecia uma dispensa.

Os passos pararam e depois de alguns segundos saí de dentro do quarto que cheirava a amaciante e cloro, continuei buscando o banheiro e olhei para os meus pés. Porcaria, eu estava com um tênis e o outro pé descalço, tirei o sapato e o enfiei na minha mochila e levantei o olhar. Um garoto olhava fixamente para mim.

Eu tinha quase certeza que não conhecia aquele cara, mas talvez os olhos azuis não me fossem tão estranhos. Alto e musculoso, não como um fisiculturista, mas musculoso. Cabelo loiro escuro, liso e com aparência de recentemente cortados. Parecia ter a minha idade, talvez uns três anos mais velho, e segurava coisas que pareciam ser itens de cozinha. Desviei o olhar, ele estava longe, talvez não fosse falar comigo. Eu nem preciso imaginar o quanto estou feia e como deve achar que sou maluca. O cara sorriu e desceu as escadas ao seu lado, sem dizer uma palavra.

Finalmente achei o banheiro e tomei um banho quente, e nossa. Eu só tenho roupas curtas. Encontrei um vestido florido que minha mãe de algum jeito havia enfiado na minha mochila e coloquei, eu não quero parecer uma piranha, pensei. Não hoje pelo menos.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e coloquei umas sandálias de dedo. Joguei minha mochila na cama do quarto e desci as escadas, torcendo para não encontrar o homem novamente. Mas encontrei. Ele estava ajudando minha vó com alguma receita maluca na cozinha.

– Boa tarde. – dei envergonhada. – Me desculpem por ter acordado tão tarde.

O homem me encarava com uma expressão gentil, mas ainda como quisesse rir da minha cara. Minha vó olhou para mim com um sorriso e disse:

– Tudo bem querida, James me ajudou com tudo! Pode descansar, deve estar exausta da viajem.

Eu soltei um risinho e disse:

– Acho que dez horas de sono já são o bastante.

O homem, James riu. E minha vó disse:

– Se você acha querida, pode comer alguma coisa, se quiser faço um almoço para você já que acabou a carne que tinha feito.

– Tudo bem vó, eu não como carne. – ela me olhou com uma expressão confusa – Eu queria comer alguma fruta. Tem?

– Tem algumas na cesta na mesa.

Peguei uma maçã e disse:

– Eu não quero atrapalhar vocês. – disse me retirando do local.

Mas minha vó me parou e disse:

– Bom, que tal você e James forem dar uma caminhada pelo lago? – ela disse com um tom malicioso demais para mim – Vocês não se veem a algum tempo, ponham os papos em dia. Vá James, eu dou conta da ceia sozinha.

– Por mim tudo bem. – ele respondeu me deixando sem palavras. – Tudo em pra você, Elizabeth?

Eu deu um sorrisinho de lado e concordei com a cabeça. Porcaria, o que eu podia dizer com aqueles olhos azuis me encarando com um sorriso tão convidativo?

• •

Caminhamos pouco até o lago sem dizer muitas palavras. O lago era lindo, me trazia boa lembranças . O mais estranho é que até agora eu ainda não tinha me lembrado de quem era aquele sujeito que parecia me conhecer tão bem. Até que resolvi perguntar.

Ele andava na minha frente, seu andar era tão intimidador quanto seus olhos. Ele se sentou em um dos bancos de vista para o lago e olhou para mim, fazendo um gesto para que eu sentasse ao seu lado.

Me sentei e disse:

– Desculpa ser tão rude mas, eu não faço a mínima ideia de quem você seja e como sabe o meu nome. – ele pareceu surpreso e soltou uma risada irônica.

– Você costumava ser mais meiga quando brincávamos ao redor desse lago, Beth.

O jeito que ele disse “Beth” foi como se um botão na minha memória fosse apertado, James Michael? Seria possível?

– Mike? – Eu disse acanhada.

Ele arqueou a sobrancelha como dissesse:

Claro que sou eu.

– Puta merda Mike! – eu praticamente pulei em seus ombros, lhe dando um abraço apertado.

Até que pensei, nossa acho que me empolguei e o soltei constrangida. E me devolveu um grande sorriso e uma batidinha no ombro que me fez de algum modo relaxar.

Mike era meu melhor amigo nas épocas que passávamos as férias aqui em Wayzata, ele era vizinho de minha vó e seu pai era um grande amigo do meu pai. Nós éramos umas pestes, não acredito como o esqueci. Ele estava bem mais bonito agora.

– O que você tomou?! Super anabolizantes? Você era uma tampinha!

– E você tomou um chá de rebeldia foi? – ele disse – Você era bem calma a oito anos atrás.

– Cale a boca! – eu bati no seu ombro, ele gargalhou;

Eu realmente nunca tinha visto olhos mais bonitos.

Passamos aquela tarde, rindo e implicando um com o outro. Como costumávamos fazer é claro, me fez sentir aquela garotinha meiga de 12 anos novamente. Me fez lembrar meu pai.

Era quase noite quando resolvemos voltar para casa.

– Espera. – eu disse, segurando o seu ombro que ia andando em direção a saída do lago.

– O que foi? – ele se virou.

– Michael, o que você acha de mim? – eu perguntei séria. – Eu queria tua opinião.

– Por que isso agora? – ele se aproximou de mim, eu podia sentir o vapor de sua respiração a medida que as palavras saiam de sua boca.

– Eu tinha certeza que nunca mais seria a mesma depois do acidente mas, eu cheguei aqui e... – as palavras pulavam de minha boca - ... ver você, e, minha vó, parece que eu sempre fui a mesma.

– E porque, no fundo, você sempre foi.

Um alívio tomou conta o meu corpo, fazendo eu expirar de alívio. Mike sorriu , pegou minha mão me puxando e disse:

– Vamos não quero me atrasar para ceia. – ele me puxou, correndo.

– Calma, seu esfomeado! – corri junto com ele chegando exausta a varanda da casa de minha vó.

– Bom, - ele disse igualmente exausto – nos vemos logo, okay?

– Okay.

Entrei na casa com um sorriso bobo no rosto, a casa cheirava a rabanada e agora estava toda decorada de vermelho e verde. Minha vó arrumava a mesa da ceia de natal, virando-se para mim assustada.

– A farra foi boa em pestinhas? – ela disse arrumando seus cabelos grisalhos com os dedos – Vá se arrumar querida.

Sorri já indo subir as escadas, me virei e disse:

– Vó, como fez isso tudo sozinha?

– Segredo de estado. – ela deu uma piscadela e sorriu.

Melhor não saber, pensei. E subi as escadas, imaginando como eu poderia odiar esse lugar.

• •

Novamente, eu não tinha o que usar. E agora? Peguei a única calça jeans que eu tinha toda rasgada e larga, uma regata branca e uma camisa xadrez. Eu parecia um menino. Mas fazer o quê né? Tentei ficar mais feminina arrumando meus cabelos numa trança, não ficou muito bom. Então os deixei soltos, eles estavam mais ondulados que normal hoje. Não está tão ruim afinal de contas.

Desci as escadas pouco mais de dez horas, me surpreendendo com a quantidade de pessoas que haviam na sala. Rostos antigos, não na idade mas sim na minha memória. Mike estava lá é claro, e foi o único que me viu descendo sorrateiramente as escadas. E soltou uma leve gargalhada. Eu fiz uma careta para ele, fazendo-o arquear as sobrancelhas.

Cumprimentei algumas pessoas, uma moça me apertou tão forte que eu quase fiquei sem ar. Teve a típica pergunta sobre namorados, me fazendo corar as bochechas enquanto Mike ria da minha cara. Alguns eu nem lembrava o nome, alguns disseram que fizeram questão de vir só por para me ver novamente. Ninguém me tratou mal, ninguém me julgou. Me fizeram me sentir amada mais naquela noite do que nos últimos cinco anos da minha vida.

Depois de cumprimentar mais de meia dúzia de pessoas, parei ao lado de Mike, a única pessoa que eu mais me lembrava. E descansei minha cabeça no seu ombro.

– Viu? Se não ficasse mais de cinco anos longe não teria que cumprimentar todas essas pessoas em uma só noite. – ele disse rindo.

Eu iria xingá-lo até que minha vó nos interrompeu:

– Crianças, olhem para cima. – ela disse no mesmo tom malicioso.

Eu olhei para cima, me deparando em um monte de folhas presas em um laço de cetim vermelho. Um visco de natal. Minhas bochechas ardiam de tanto corarem. E James, num tom mais malicioso ainda disse:

– E aí, já é ou já era?

Eu não consegui segurar e dei uma gargalhada, minha vó nos olhava como se esperasse ansiosamente algo. Até que todos os convidados olharam para nós e até James corou. E a torcida da minha vó contagiou todos eles em um só coro:

– Beija! Beija!

Parecia um estádio de futebol inteiro gritando para nós. E bom eu precisava fazer algo não precisava? Mike me olhava com uma expressão que dizia: O que eu faço? E eu arqueava as sobrancelhas como: faz alguma coisa! E ele estava imóvel, então eu fiz.

Sem pensar duas vezes, joguei meus braços enlaçando seu pescoço e lhe dei um beijo. Para isso, precisei ficar na ponta dos pés. James rodeou-me com seus braços fortes, e eu sentia suas mãos fazendo um leve carinho na minha nuca. O perfume que ele usava não era o mesmo que ele tinha quando éramos crianças, ele tinha cheiro de grama molhada. Ali, eu não conseguia pensar em nada, só em quão estranho e bom era beijar James, e as palmas dos convidados ecoavam em minha cabeça mais altos que meus pensamentos. Segundos depois, e sei que não foram poucos, afrouxei meu aperto e ele fez o mesmo. Soltei-o lentamente e sorri olhando para baixo, ele segurou meu queixo e me deu um beijo na minha bochecha corada. Eu estava nervosa demais com a situação, mas aquele singelo beijo na minha bochecha me fez me sentir “normal” novamente.

Passei toda festa ao lado de James, minhas mãos entrelaçadas com a dele. Antigamente, James e eu vivíamos de mãos dadas, havia um tipo maior de significado para nós, mais do que um abraço. Nossas mãos entrelaçadas era o nosso jeito de dizer o quanto nos importávamos um com o outro sem palavras ou gestos exagerados.

Deu meia noite, era Natal, e como um cronômetro ativado começou a nevar. Dei feliz natal para todos, abraçando e desejando coisas boas. Até que me dei conta que não tinha dado feliz natal para James nem trocado uma palavra com ele depois de nos beijarmos no visco. Andei um pouco espremida e o cutuquei, já que estava de costas para mim. Sorri e lhe desejei um feliz natal. Ele me agarrou pela cintura e me levantou num apertado abraço, não consegui pensar ou falar nada a não ser rir. Era como se ele abraçasse meu coração junto ao seu corpo. Quando ele me soltou e me colocou no chão, fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijinho na bochecha. Fiquei feliz por aquilo não ter mudado nossa amizade.

A noite passou e como um flash eu estava dormindo, cheia de tanto comer, e feliz por ter passado lá esse natal. E talvez com uma pequena saudade de minha mãe.

25 de dezembro, 09:30

Minnesota, Wayzata

O dia amanheceu e era hora de ir. Não queria ir, queria ficar com toda certeza eu queria ficar para sempre. Já estava abraçando minha vó e indo até o carro quando James apareceu correndo, parou ao meu lado e disse bufando:

– Você não quer vir passar o Ano Novo aqui?

Sorri, meu coração que já estava com saudade. Agora estava ansioso para voltar naquele lugar, e eu iria.

Fim


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Notas finais do capítulo

É isso, bem clichê né?? kkkk Mas eu espero que quem esteja lendo goste kkk



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