Presente de natal escrita por Christina


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Oioioi,
Espero que gostem!
Embora a sinopse insinue, não terá lemon!
Beijos :D



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Era tanta coisa espalhada pela sala, que Christian nem sabia por onde começar a arrumação. Se fosse um dia comum, teria escondido alguns itens, entulhado poeira embaixo do tapete, e finalmente se sentado no sofá e comido a pizza que acabara de chegar... Porém, hoje é natal! Mesmo que seus país não estivessem em casa, e sim trabalhando do outro lado do mundo, sabia que teria que organizar todo o espaço. Era o primeiro natal que passava sem a presença física deles, e estranhamente se sentia bastante triste... Ok, passar uma semana em casa sozinho é o sonho de qualquer jovem aos 18 anos, e sim, era o sonho de Christian... Porém, não no natal!

Desde que fora adotado pelos pais, sempre teve grande natais; a casa toda arrumada, comidas típicas, presentes... Contudo por conta de negócios, os país tiveram que viajar! Deixaram dinheiro para ele comprar uma ceia pronta, arrumaram toda a casa, e deixaram presentes na árvore. Porém, Christian dormiu demais! Sendo assim, quando chegou na padaria para comprar a ceia... Já tinham vendido tudo! Teve que se contentar com uma boa pizza...

Ajeitou rapidamente toda a bagunça, e ligou o rádio, colocando numa estação qualquer. O jovem esticou os braços, os pondo sobre os olhos, e escutou os primeiros acordes de Linger, do The Cranberries. Um sorriso melancólico brotou nos lábios do moreno, enquanto pensava o quanto aquela música o remetia a uma formatura, ok, não fazia o menor sentido, mas desde que ouvira a música na formatura de sua prima, quis se formar ouvindo ela. Olhou para o Dvd e viu que não era uma rádio – isso explicava a falta de chiado–, e sim o pendrive de um dos seus pais. Por ser uma música mais antiga e com dor de corno, provavelmente seria de Joseph, já que seu pai George nunca ouviria tais músicas, ouviria coisas mais animadas... Aqueles dois... Sorriu triste, lembrando das brigas dos pais quando o tema era música.

De repente a campainha tocou, e logo levantou–se animado, será que eram seus pais?

—Céus, eu sabia que vocês apareceriam, não poderiam deixar-me sozinho no nata... – Falara tudo antes mesmo de abrir a porta, e agora estava com a cara de completa decepção. Não eram seus pais, e sim Pietro... —O que você esta fazendo aqui?

—SURPRESAAAA!! — E sem nem dar chances do outro pensar, Pietro se lançou em cima de Christian. O maior–que nem teve tempo para pensar-, acabou caindo. Para sorte de Pietro, havia caído por cima de Christian. O menor agradecia silenciosamente, Christian por sempre fazer lutas, acabara ganhando um grande físico, que com certeza o esmagaria.

Neste mesmo momento a música acabou, começando em seguida It's Raining Men do The Weather Girls. Pietro gargalhou da infeliz coincidência, enquanto Christian apenas rolava os olhos.

— It's rainin' men, Hallelujah! — Pietro sussurrou, enquanto continuava a rir.

—Eu que deveria dizer isso, não? Afinal, você choveu em cima de mim! — Mesmo rolando os olhos, um pequeno sorriso apareceu nos lábios de Christian.

—Ai Meu Deus, eu vou quebrar os potes da minha mãe! — Rapidamente Pietro saiu de cima de mim, abrindo a mochila, como se para checar se tudo estava ok.

—Bem que você poderia oferecer ajuda né? — Christian esticou a mão para o menor, e ele simplesmente passou direto. Christian abriu a boca surpreso, mas logo balançou a cabeça. Pietro sempre seria Pietro!

Christian o seguiu até a cozinha, já preparado para perguntar o que outro fazia em sua casa em plenas 20 horas de uma quinta de natal!

—Nossa você não vai acreditar no que passei até chegar aqui! Céus, foi um inferno lá em casa! A minha mãe encheu taaanto o meu saco, ela não queria que eu viesse, dá pra acreditar? Poxa, eu tenho quase 17 anos! Porém, assim que falei com meu pai ele deixou, parecia até que já sabia que eu iria pedir isso... Ele até tirou o carro da garagem, para transportar– me até aqui... Sabe, você mora muito longe de mim, o trânsito é um...

—Respira Chris, respira! Ok que seu pai deixou, mas sua mãe que manda na sua casa, como conseguiram convencer ela? — Puxei uma das cadeiras da mesa, e enquanto ele abria várias sacolas, tentei assimilar que não passaria o natal sozinho.

—Ahh... — Pareceu um pouco envergonhado, mas logo começou a sorrir novamente. — Eu disse que você era órfão, e que passava o final de ano chorando por não ter ninguém! Ai ela ficou extremamente comovida, disse para eu ligar para ela 00hs, e depois começou a xingar o Claudio e o Felipe! “Já que seu irmão vai sair, terminem tudo logo, pois terão que fazer as tarefas dele”.

—Por que será que eu tenho a impressão de que a sua mãe vai bater na minha porta cheia de pena? — Gargalhei. — Espero que ela não faça isso semana que vêm, pois meus pais já estarão por aqui!

—Ué, eu não menti, você não é órfão?

—Não! Órfão é aquele que não têm os país, e eu tenho os meus Joseph e George!

—Ain que fofinho! — E de repente saiu do seu antigo posto – do outro lado da mesa– , e se jogou nos meus braços, apertando minhas bochechas.

—Você têm que parar de fazer isso, porra! Isso dói muito! — Xinguei–o, já ficando irritado.

—Nossa, que belo tratamento eu ganho né? Saio da minha casa, venho te ver, trago comida, te encho de carinho... E você faz isso? – Fez um pequeno biquinho, enquanto soltava minhas bochechas. Enlacei sua cintura, e o puxei para mim, já ficando arrependido de brigar com ele.

—Desulpa... — E beijei–lhe as bochechas, que já estavam ganhando uma linda coloração rosada.

—Não desculpo!

—Por favor! — Salpiquei beijos pela sua bochecha, e sem conseguir aguentar, deixei um selinho em seus lábios.

—Até que enfim ganhei um beijo, né? Claro que te perdoou, seu manezão! — Pietro se mostrou ainda mais decidido, dando uma leve mordida em meus lábios, e logo beijando–me. Puxei-o mais para perto, logo o pondo entre minhas pernas, fechando meus braços em volta de sua cintura.

—Senti sua falta... — Murmurou numa das pausas de nosso beijo.

—Também senti... Cinco dias é muito tempo! — Reclamei.

—Culpa sua que deixou a porra de um chupão no meu pescoço! — Pietro pareceu com raiva, e deu-me um tapa no ombro.

—Minha? Eles nem encrencaram muito com o chupão... O negócio foi a sua mentira! Você sabia que eles te deixariam dormir fora de casa, e não contou... Quando eles viram o chupão, entenderam que você novamente fugiu de casa! — Rebati.

—Ahh tem certeza? E quem foi que mandou a mensagem “Amor eu tô gripado, vem cuidar de mim” para mim? E responde também quem MENTIU uma gripe! — Acertou mais um tapa em mim.

—Ai... Isso dói! Estamos bem masoquistas hem? — Respondi enquanto acariciava meu ombro. — Olha, eu estava carente poxa...

—Carente? Eu te ligo todo dia! — Exclamou indignado.

—Não queria, e nem quero, apenas as suas ligações... Quero algo mais! — Sorri safado para ele, vendo novamente suas bochechas ganharem um tom rosado. Desviou os olhos de mim, e já ia saindo. — Ei, calma! Não estou te cobrando nada... Relaxa!

—Então você deveria parar de falar merdas! Poxa, não é só de gols que se joga um jogo! — Murmurou, encostando a testa na minha. Vendo o pouco de espaço que tinha entre ele e a mesa o puxei para meu colo.

—Ér... Eu não entendi... — Ri um pouco da minha burrice, e Pietro recostou sua cabeça em meu ombro.

—‘Qualé, todas às vezes que vamos praticar qualquer exercício... O que fazemos primeiro? O aquecimento né? Entãooo... — Rolou os olhos.

—Pietro você esta cada vez mais maluco... Se for assim, já estamos prontos para o jogo...não? — Arqueei uma sobrancelha, vendo ele bufando.

—Quem sabe? — Piscou para mim, em seguida dando uma pequena mordida em meu pescoço. — Agora, leve-me até o seu quarto!

Olhei para ele assustado, ao perceber a frase que o mesmo ditou. Pietro olhou-me estranho, vendo minha expressão paralisada, pareceu raciocinar um pouco, e...

—Porra Christian, deixa de ser pervertido! Preciso ir no seu quarto para guardar meu piercing, tá incomodando! — Falou, e em seguida levantou do meu colo.

—Isso não é um piercing, é apenas um furo na orelha! — Rolei os olhos.

—Poxa não deixa de ser, tu sabe muito bem como eu chorei igual a um garotinho na hora de furar! — Balançou a cabeça de um lado a outro, e eu apenas ri.

—Lerdo! Tu errou a frase! — Cutuquei-o abaixo da axila, sabia que ele odiava, e que também o fazia ter cocegas.

—Ai.. Para... Porra... Filho da mãe... Para menino! — Parei de fazer cosquinhas nele, já prevendo o tapa que iria ganhar. — Eu acertei o ditado! Não posso querer comparar a minha prima de três anos que furou a orelha, e não fez escândalo, a mim, que faltou pouco mandar o moço parar de tanto choro!

—Claro né, tu vai furar na farmácia com pistola, ao invés de ir num estúdio!

—Poxa, olha a vergonha “Ei moço tatuado e cheio de piercings, tu cobra quanto pra furar minha orelha?” seria vergonhoso! — Reclamou.

—Claro que não idiota! Eu furei a minha num estúdio e... Ai cara, para de me bater!

—Para de ficar me chamando de idiota! Não quero ouvir isso novamente, eu já furei num estúdio, e doeu a mesma porra! — Disse já se virando em direção a sala, provavelmente indo pro meu quarto.

—Claro, você furou o mamilo, queria que não doesse? — Só de pensar naquele piercing, já senti um arrepio na nuca... Saudades ver aquele piercing, saudades...

—Sei exatamente o que você esta pensando — Começou a gargalhar, mesmo de costas para mim. — E não, você não o verá tão cedo! Daquela vez faltou pouco levar meu mamilo, e por num quadro, tudo por culpa de um piercing!

—Ahhh... Você sabe que eu adoro esse seu piercing... — Falei aproximando-me dele pelas costas, e o puxando para mim.

—Sai seu safado, sai! Ainda iremos jantar, e depois tenho algo para você!

—Algo é? — Sussurrei em seu ouvido, já muito animado para meu presente.

—Não é nada... ai para... poxa Chris... Não é nada disso! — E novamente me bateu, correndo para o meu quarto.

—Você não pode tirar o brinco da orelha, não têm dois meses! — Gritei correndo atrás dele.

—Se você guardar a sua língua na boca, e parar de praguejar, não dará nada de errado com meu piercing!

—Fazer o que né? Já que não posso guarda–lá em outro lugar, a manterei na boca... — Disse quando quase o alcancei.

OoO

—Para de ficar perturbando, e come logo garoto! — Pietro resmungava em minha frente, enquanto comia animadamente sua comida. Além de proibir que eu assistisse TV enquanto comíamos, ele ainda proibiu que eu ficasse no sofá “é tradição do natal comer a mesa”.

—Eu não tô com fome! Eu só consigo comer vendo Tv, nem que seja vendo o Roberto Carlos! — Exclamei emburrado, vendo que ele pouco se importou.

—Não tá com fome, mas ia comer pizza? Olha só Christian, se você não comer, você não ganhará seu presente! — Nem mesmo olhou para mim, apenas continuou a saborear sua refeição.

—O que é meu presente? É algo de comer? — Perguntei rindo por dentro, prevendo a vermelhidão nele.

—A gente tá namorando a 5 meses, e você não deixa de ser bobão.. Puta merda!

—Ahh... Não fala assim de mim! Na verdade eu quis descontrair, pois ainda não comprei seu presente! — Estava tão sem graça, que se não fosse por minha pele escura, teria corado.

—Você acha que eu não sei? Esquecido do jeito que é... — Continuou comendo.

—Poxa, me dá atenção! Eu não esqueci do natal... Só não comprei, pois achei que só te veria na semana que vêm, e a preguiça me impediu de enfrentar fila!

—Toda a minha atenção é sua agora — Percebi que ele havia acabado de comer, é, meu namorado me troca por comida. — E você acha que eu não tive preguiça? Mas entrei em fila, por você!

—Me desculpa? — Perguntei fazendo carinha de cão pidão.

—Já é a segunda vez que me pede isso hem... —Desta vez quem se aproximou fui eu, o puxando para ficar de pé em minha frente.

—Por favor amor... — Rodeei sua cintura, e beijei sua bochecha, sabendo que logo ele amoleceria.

—Perdoar o que? Quando acabar este período natalino, eu quero aquele CD que nos vimos no shopping, e eu fiquei namorando... — Disse risonho, com um sorriso vitorioso.

—Não acredito que você já estava premeditando isso! — Comentei chocado.

—Eu planejei não só isso... Planejei algo mais... — Pietro umedeceu os lábios, enquanto olhava para mim. Céus, eu conheço esse olhar!

—Eu quero o meu presente! — Exclamei hipnotizado com o movimento de sua língua entre os lábios. Eu preciso beijar ele.

—Só depois do banho garotão! — E piscou, logo se desvencilhando dos meus braços.

E novamente começou nossa corrida de gato e rato pela casa!

OoO

Depois da nossa corridinha pela casa, Pietro mandou-me tomar banho, e esperar ele. Sendo o hiperativo de sempre, acabei ficando impaciente com a demora do outro. Já que ele demorará, acabei indo organizar nossa pequena bagunça. Pelo menos assim salvei minha mente de enlouquecer de ansiedade. Quando terminei voltei para o meu quarto, concentrando-me em esperar.

—Sério, se você rir, eu baterei muito em você! — Escutei sua voz vindo do banheiro.

—Eu não vou rir de você, relaxa.. — Mordi o lábio nervoso, meu riso era sempre frouxo. Suspirei ainda mais ansioso.

—Ok... — E então ele saiu do banheiro.

De primeiro momento não consegui controlar o riso. Ele estava extremamente corado, vestindo um casaquinho vermelho e branco – aberto– , um gorro vermelho, e uma... uma cueca vermelha apertada. Ao reparar melhor, acabei perdendo o riso. Aquela cueca vermelha em contrate com sua pele branca o deixava extremamente gostoso, e para aniquilar minha sanidade, o casaquinho estava aberto, mostrando-me aquele piercing. Sem conseguir me conter, mordei os meus lábios.

—Você disse que não iria rir! Eu devo estar muito ridículo com isso! — Apontou para si mesmo, começando a tirar o gorro. Rapidamente levantei da cama, pondo-me em frente a ele.

—O presente é meu... Quem vai desembrulhar, brincar, e ser feliz... Sou eu! — Sorri malicioso para ele.

—Sim, o presente é todo seu... — Murmurou abaixando a cabeça.

—E eu sou todo dele... — O puxei para mais um beijo. — Feliz natal, amor.

—Feliz natal, presente! — Como sempre, ganhei um tapa.


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