A Lenda dos Semi-Titãs escrita por TheGodessofElves


Capítulo 4
A cesta de palha - Capítulo Extra


Notas iniciais do capítulo

Estes capítulos extras não são em primeira pessoa. São fatos que aconteceram no decorrer da vida de cada uma das personagens. Boa leitura!



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Na parede de madeira polida, os ponteiros do relógio marcavam meia-noite. Uma xícara de café, um notebook ligado e um caderno de anotações se encontravam na mesinha de centro da pequena sala de estar. Do lado de fora, o clima estava frio e o vento uivava, anunciando os últimos dias do outono. Tudo estava calmo e silencioso.

Joshua Hawkings saiu da cozinha e voltou para o sofá a passos largos, carregando um prato com um sanduíche de peito de peru, pronto para continuar com suas investigações. O policial estava frustrado, não aguentava mais a agonia de ainda não ter tido êxito em prender o seu suspeito. Seus cabelos negros haviam crescido em centímetros consideráveis e sua barba estava começando a crescer novamente. Não se preocupava em outra coisa, a não ser prender o criminoso e cuidar de sua filhinha, sua doce menininha de um ano. Milena não era uma mortal comum, ela era fruto de seu amor com a deusa menor Nêmesis. Na qual a entregou a seus cuidados, quando a criança completou quatro meses.

Josh, apesar de estar no auge de sua carreira, não achava que a menina seria um peso em sua vida. Por outro lado. Estava feliz em poder ter alguém a quem amar e cuidar. Diferentemente de alguns que passam por isso, Josh era um ótimo pai, disso ele tinha de se orgulhar; era imperceptível ao os outros, que Milena fosse sua primeira filha, devido ao tamanho do cuidado que ele tinha para com ela. Com esses pensamentos, um desejo subitamente tomou o seu coração, Josh pensou por um momento, que gostaria de ter mais uma filha, mas uma menina. “Quem sabe daqui a algum tempo...quando eu me casar oficialmente?” Pensou. Lembrando-se da estranha noite, em que havia comprado um lindo anel e estava disposto a pedir Nêmesis em casamento, quando esta revelou sua verdadeira natureza. Seu coração ficou partido por um tempo, mas com a chegada de sua filha, toda raiva, toda angústia e todo lamento por ter sido enganado, desapareceram. Ele agitou a cabeça, voltando a se concentrar em seu trabalho.

Sua procura pelo bandido durou mais uma hora. Ele consultava as feições do perigoso traficante pelo caderno de anotações, seguindo também as instruções dos principais locais onde ele agia com seu comércio ilegal de armas e drogas. Era uma hora da manhã. Ele já recolhia seus pertences e se encaminhava ao banheiro, quando ouviu duas batidas na porta.

– Ora, quem poderia ser a essa hora?

Sussurrou para si mesmo.

Atento a todo tipo de ocasião de perigo. O policial destrancou uma das três gavetas que constituíam a mesinha de centro e tirou seu revólver, guardando-o dentro da calça.

Ele caminhou lentamente até a porta, e olhou pelo Olho Mágico que havia entre os números gravados do lado de fora. Não havia ninguém ali. Frustrado, destrancou a porta e observou a rua. Nada. Um chorinho de bebê foi ouvido por ele, e então ao olhar para baixo, se deu conta de que aos seus pés havia uma cesta de palha, coberta por um lenço rosa bordado. Josh agachou-se e tirou com cuidado o lenço bordado, revelando um rostinho rosado, que dormia inquietamente. Surpreso, ele pegou rapidamente a cesta em seus braços, trazendo para dentro e fechando a porta novamente. Depositando a cesta no sofá, ele tirou o lenço por de cima e com ele, cobriu a bonequinha que havia por baixo dele. A criança resmungava, realmente sentia que alguém havia a abandonado. Ele a embalava, fazendo com que assim aos poucos o bebê se acalmasse. “Quem em sã consciência abandonaria um bebê assim”? Pensou ele.

Olhando para o seu rostinho, ele percebeu o quão novo era o bebê, cujo aparentava ser pouco mais velho do que a sua filha.

– E agora? O que eu faço? Espero até amanhã para leva-la ao orfanato? - Perguntou-se, esperando a criança finalmente voltar a dormir. - Preciso coloca-la em um lugar aconchegante para dormir.

Acomodando-a de volta na cesta, levou-a para seu quarto e empurrou o carrinho de bebê de sua filha até ao seu lado da cama e ali a colocou.

– Não se preocupe pequena, vão cuidar muito bem de você no orfanato.

Disse-lhe baixinho.

***

Após ter certeza de que o bebê estava bem e te der arrumado sua sala, Josh encaminhou-se para o banho. Enquanto esfregava a cabeça com xampu embaixo da ducha, o jovem policial finalmente se deu conta do que acontecera: há uma hora, ele havia ter desejado mais uma filha, seria muita coincidência se a menininha tivesse sido deixada ali por acaso. Mas Josh não acreditava em coincidências ou acasos, ele acreditava em destino e principalmente em um único Deus, apesar de saber da existência do Olimpo, mas isso não o incomodava. Quem diria que aquela criança não teria vindo para completar sua vida?

Vestindo-se alegremente no banheiro depois da decisão que conscientemente havia tomado, seguiu até o carrinho que improvisara como berço e observando a criança, que dormia tranquilamente, acariciou seu rostinho ternamente, sentindo amor pela menina ao mesmo tempo em que pensava em um nome que fosse parecido com o de sua filha.

– Milena...é o diminutivo de...Maria Helena... Isso! Maria Helena! Maria Helena Hawkings, minha mais nova filha.


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Notas finais do capítulo

Música tema: https://youtu.be/td0ws4R8aXE



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