Minha História no Mundo Olimpiano escrita por Vencedora de Lesmas


Capítulo 8
Tudo dá Errado, menos o beijo


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito, devido a preblemas, mas tá aí!!! Está muito romântico no final, peço que ignorem!!!



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Me encostei na arvore com força, minha mão ardendo em chamas. Aquele filho da (palavrão censurado)!!!!! Afinal, o que diabos era ele? Eu nunca o vira em minha vida, e o cara chega assim, do nada, e me ataca. Ok, isso é normal, mas ele teria tentado me matar, não é? Não dar em cima de mim e me marcar á quase-ferro? Inferno! Hades que leve minha alma, eu não mereço isso, mereço? Apoiei minha palma no tronco, sujando-o de sangue. Tentei acalmar minha respiração, e sair o mais rápido dali. Os galhos e raízes se enroscando em meu corpo. Tropeçando, consegui lentamente atravessar o labirinto noturno de árvores. Por sorte, cheguei em uma clareira iluminada pela lua. Tropeçando, caminho lentamente até seu centro, pedindo em pensamento para que Odisseu aparecesse. Mas, como minha sorte não é boa, meu pé se prendeu em algo, o que me fez cair, e pior, com minha mão sobre uma pedra. Rugi de dor. Dava pra piorar? Me sentei e comecei a esfregar minha mão, passando as pontas dos dedos de leve por meu ferimento. Um pentagrama ......simbologia, certo?! E o que diabos significava isso? Apertei os olhos com força e me levantei novamente, olhei ao redor e comecei a andar em direção á praia, a lua me acompanhando. Fechei a mão direita em e comecei a morde-lo, até sangrar. Tirei a mão da boca, com a dor eu poderia me concentrar mais agora, arranquei um pedaço da minha camiseta e enrolei sobre a palma marcada.

  Cada passo, cada movimento me proporcionava dor e angústia, a praia parecia á anos de distância, minha respiração era totalmente audivel e visivel ao vento frio da noite, meu corpo fervia de ódio por dentro. Aos fins dos galhos consegui avistar a areia e quatro formas negras. Teoricamente, seria uma atitude louca, irresponsavel e blá blá blá, mas não tenho nada a perder em considerar essa possibilidade.  Me aproximei e me encontrei com Nico, Annabeth, Percy e Grove. Nico estava em pé, exaltado. Grover sentado, mastigando, engasgado, uma lata de refrigerante, Percy estava deitado de costas na areia e parecia conversar com Annabeth que estava em pé diante dele, com braços cruzados. Me aproximei e entre abri meus lábios, conseguindo pronunciar fracamente um "Hey". Os três adolescentes e meio se viraram para me encarar, tentei sorrir, o que aumentou a car de espanto deles.

  - O que aconteceu com você? - indagou Annabeth

  - Nada, Annie. Por que perguntás? - ela franziu o cenho para mim.

  - Você nunca se atrasa e- ela me examinou de cima à baixo - você está totalmente......suja, cansada, arranhada, e mal consegue respirar ou ficar de pé - é, não se consegue esconder nada de uma criança de Atena.

  - Resolvi brincar um pouco.....- incredubilidade passou por seus olhos - e acho melhor irmos amanhã, sabe.....bem cedo

  Annabeth arregalou os olhos.

  - O quê? - perguntou ela, eu não devia ter dito aquilo - Como assim você não quer ir a noite?

  - Bem - comecei - Não é que eu não queira, é que olhe para o Grover, daqui a pouco ele se asfixia com essa latinha, e ele já não queria ir agora....vamos escutar ele, uma vez. - revirei os olhos, tentando parecer o mais natural possível.

  - Sei - como eu faço pra convencer essa menina? - Vamos amanhão então......e o que é isso na sua mão?

  Ah, maldição!!!

  - Isso? - levantei minha mão direita á cima da cabeça -  Não vejo nada...

  - Não, essa! - ela agarrou minha mão esquerda e virou a palama para cima, o curativo improvisado- O que você fez?

  - Nada, por quê?

  Annabeth ergueu uma sombrancelha.

  - Certo então...vou dormir - soltou minha mão e foi em direção ao acampamente em passos pesados.

  Nico me olhava com um olhar esquisito, Percy também, só Grover que parecia querer me abraçar. Juntei meu braço ao corpor, e comecei a encara-los.

  - Não esou dormindo por causa disso? Fui! - disse Percy, sua voz carregada de sono e mau-humor.

  - Boa noite, Percy- falei sorrindo, minha voz estava mais rouca do que o normal.

  O filho de Poseidon foi no mesmo caminho de Annabeth.  Me virei para os que restavam, e tomei um susto, pois Grover se jogou em cima de mim, literalmente.

  - Valeu, valeu, valeu, valeu!!!

  Empurrei ele.

  - Ah, ta, ok, ok!

  - O que aconteceu com você, Andressa? - indagou Nico, repentinamente.

  - Hmm? Nada não, cara.

  Levantei o rosto para o céu. As estrlas brilhavam, a constelação de Orion estava sobre mim, ó que ironia!!! Abaixei-o, sorrindo para os dois.

  - Não vão dormir?

  - Sim...- falou Nico, erguendo uma sombrancelha - Boa noite

  - Durma bem - sorri mais ainda. Ele se virou e foi a caminho de seu chalé, me virei para Grover.

  - E voc...-

  - Acha que me engana?!

  - Perdão?

  - O quê aconteceu com você? - nunca vi esse sátiro tão determinado - Você nunca trocaria uma viagem onde só você consegue enxergar, por mero capricho meu!!!

  - Tá tudo bem, eu estou bem, Grover, só acabei esquecendo de uma coisa - como sou irônica! 

  - E que coisa? - ele estava me estranhando, pois enrugou a testa.

  - E tenho de te dar satisfação?! - ele sorriu.

  - É, está tudo bem com você - ele se virou, e por trás do ombro disse um "Tchau" solene.

  Agora eu estava sozinha, olhei em volta, e me encaminhei ao mar. A brisa batia em encontro ao meu rosto, o cheiro de maresia inundando minhas narinas. Arranquei minhas botas, dobrei as barras da calça e enfiei ospés na água. Entrei até o manto azul cobrir meus joelhos. Senti minha mão formigar em contato com a água salgada, e fios de dor subirem por meus braços, ignorei-os. Continuei até a água atingir minha cintura. Encarei o fundo do mar, olhando cada movimento suave das ondas, cada peixe pequeno passando, cada reflexo.

  Imagens aturdidas passavam por minha cabeça. Fechei os olhos e soltei meu corpo ao balanço do mar. Respirei fundo e me joguei. Meu peito rompeu levemente o manto liquido, a água fria tocando devagar o meu rosto. Meu corpo boiou, deixando somente minhas costas em contato com o ar frio da noite. Abri lentamente os olhos, eles arderam de ínicio, mas logo se acostumaram. Bolhas de ar rolavam da minha boca e meu nariz pelo meu rosto, subindo em direção à superfície. Eu estava totalmente distraída, até que algo, bem no fundo entre corais, chamou minha atenção. Um objeto refletindo o luar atraiu meu olhar, não consegui destinguilo da distância, a curiosidade se apossou de mim.

  Tornei a cabeça para trás, tomando folego, o choque em contato com o frio fez minha pele se arrepiar, mas nada que eu não possa lidar. Tomei folêgo uma última vez e mergulhei. Nadei, desajeitadamente, óbvio, e fui em direção à aquilo, seja lá o que fosse. Me agarrei à "parede" de corais, sentido ela rasgar minha mão e meus pés nús, soltei uma de minhas mães e a levei em direção a ele. Agarrei, senti levemente seu formato sob minha palma dilacerada. Guardei minha vontade louca de vê-lo, e tomei impulso com as pernas, voltando ao ar, o qual a falta estava me deixando tonta.

  De um jeito ridiculo, joguei minha cabeça pra fora e fui nadando até a margem, não irei descrever isso minuciosamente para você não rir de mim. Cheguei à areia com a respiração desregular, e deitei minha cabeça nela, antes de levantar. Engatinhando, andei uns 3 metros à frente, depois não aguentei e soltei meu corpo.

  - Ai!- grunhi com o rosto preenssado ao chão. Movi lentamente o cordão, percebi o que era pelo tato, para meu bolso, por instinto.

  - Tudo bem com você? - sussurou uma voz, atraente, sedutora, bonita, dicção perfeita, leve, masculina, e gentil. Tentei me levantar a sobressalto, como meu coração, mas o máximo que consegui foi virar o rosto. O mundo para mim havia perdido totalmente o sentido, toda a dor, todo o ódio, tudo que até uma hora estava em minha mente se apagara, um homem de meia idade, cabelos grisalhos, vestido com uma camiseta da maratona de New York e um short de corrida me olhava com curiosidade, e um sorriso malicioso permanecia em seus lábios. Gaguejei, parecendo mais idiota que o normal, o que Hermes estava fazendo ali? Não importa se estivesse com uma aparência um tanto avançada, mas ainda assim fazia meu coração parar para tomar folêgo. Ele sorriu e se acocorou em minha frente. Forcei meu corpo para cima e consegui me erguer, percebendo minha dificuldade, o deus me segurou pelo braço. Senti meu rosto ficar vermelho, seu toque quenteem minha pele fria, ele estava me tocando. Consegui me sentar, o deus se demorou a me soltar.

  - Tudo bem com você? - tornou a perguntar, com um tom mais sério. Acenti. Ele sorriu. - Que bom.

  Obviamente, ele queria alguma coisa. Não que eu o esteja chamando de interesseiro, mas deuses só vem ajudar ou conversar com meio-sangues quando querem algo. Mas isso nem me preocupava, eu iria até o tartáro por ele. Mais um sorriso, e senti que iria desmaiar.

  - Soube que irá atrás de uma nova semideusa

  - S-sim - consegui dizer.

  - Sabe onde é?

  - Em algum lugar........nos Estados Unidos - me senti a maior idiota do mundo! Ele riu, para aumentar meu sofrimento.

  - E se eu lhe ajudar?

  - Como?

  - Ora, sou o deus dos viajantes! - eu queria morrer - posso lhe arranjar um mapa!

  Deuses nunca procuravam ou se ofereciam para ajudar meios-sangues por livre e espontanea vontade, eles também queriam alguma coisa.

  - Por que, senhor Hermes? - indaguei erguendo uma sombrancelha, o deus apenas sorriu.

  - Porque necessito de um favor seu.

  - Estou a seu dispor - disse, tentando parecer forte. Mas, para minha surpresa ele apenas arqueou as sombrancelhas. 

  - Deveria ouvir antes de se comprometer, você nem ouviu o que iria pedir-te e já topou, posso saber o por quê?

  Porque eu te amo, raios que me partam!

  - Intuição - zombeei - não tenho nada a perder de qualquer maneira.

  - E sua vida?

  - Não temo a morte

  - Está enganando a si própria - sussurou ele, mas para si do que para mim - e a vida dos que te acompanham?

  Abaxei a cabeça.

  - A vida dos outro é outra coisa - falei em transe - tem mais importância do que a minha...

  O deus riu secamente, uma risada sem humor. Muito estranho.

  - Sentimento nobre - disse ele

  - Não o faço para ser nobre! - rebati

  - Mas você é ...- comecei a desenhar com o dedo na areia, aquilo me deixava muito desconfortável - Bem, quero que você encontre algo para mim.

  - O que? - senti alivio por Hermes ter parado de falar naquele assunto, como ele podia ser tão perfeito?!

  - Nada demais, só uma simples espada.

  Ha! Se fosse uma somples espada ele não estaria me pedindo para busca-lá!

  - Não é uma espada tão simples assim, é?

  - Não, não é - ele sorri, deixando seus dentes a mostra, como se respira mesmo? - Intuição, novamente? - zomboou ele.

  - Touché!- rimos até ficarmos totalemente sem graça e aparecer aquele silêncio constrangedor - Bem, o que essa espada tem de especial?

  - O material

  - Perdão?

  - O metal da espada, é muito raro, e muito....

  - Mortal? Igual a foice de Cronos? - as palavras simplesmente sairam da minha boca.

  - Exatamente... - falou ele lentamente, suspreso - Então, poderá fazer esse favor para mim?

  - Como disse, estou ao seu dispor, senhor Hermes.

  - Que bom - disse ele sorrindo, meus pulmões ardiam conforme a falta de ar - E, ah, sim, tenho uma entrga para você - disse enquanto tirava o celular do bolso.

  - Uma entrega?

  - Por que todos só me lembram pelo deus dos ladrões? Sou deus dos mensageiros também. - disse Hermes, novamente mais para si do que para mim.

  - Eu te reconheci como deus dos viajantes, não ganho crédito?

  Ele riu silenciosamente, pegou seu BlackBerry e puxou a antena.

  - Forma original, por favor.

  O celular se esticou até formar um bastão de um metro, e as duas minhoquinahs verdes, agora eram duas pítons, entrelaçadas no caduceu.

  - Olá George, olá Martha - disse, simpática. O silêncio em resposta me deixou mal, e liberou uma frsta da raiva que eu havia sentido à menos de uma hora.

  - Não se importe com isso, acabei esquecendo eles no vribracall, por isso agora não irão falar nada - falou o deus indiferente.

   Então era por isso o silêncio!

   - Primeiro, a caixa, George, por favor.

   George abriu a boca até meu braço caber nela, e cuspiu (vomitou) uma caixinha pequena de bronze celestial, completamente detalhada, muito bela. Hermes a pegou e a estendeu para mim. No instante em que a toquei, percebi quem era que me enviou, papai. Um leve arrepiou percorreu minhas costas.

   -  Martha? - pediu Hermes, gentilmente.

  A boca da cobra se abriu em uma largura menor do que a de seu parceiro, e ela cuspiu (vomitou!) uma carta, um pergaminho na verdade, bem velho, estava amarrado com uma fita de seda vermelha e preso com um selo de cera, também vermelho. Senti estrema nausea, que foi substituida por vergonha quando o deus me passou o "bilhete". O caduceu brilhou até ser novamente um celular.

  - Assine aqui, por favor - pediu o deus, entregando-me o aparelho, nossas mãos se tocaram por um segundo e senti o mundo parar. As pontas de seus dedos encontraram as costas da minha mão por um momento solene, um calor subiu por meu corpo inteiro. Peguei-o sobressalteada e muito corada, pude ver um tom enrusbescido no rosto dele, assinei rapidamente e estiquei o braço para devonve-lo. Queria sentir novamente. Mais uma vez, nossas mãos se tocaram e dessa vez, nenhum de nós as tirou. Ficamos assim, por um minuto ou dois, mas isso não importava.

  - Bem - retomou ele, tirando sua mão. Ele se levamtou e senti a frustração preencher o meu ser - Melhor eu ir andando, mas antes - ele esticou a mão novamente, dessa vez para mim, levei a minha até a sua. Ele me envolveu docemente e me puxou para cima. Levantei desajeitada. Senti uma nova forma em minha palma, e reparei que um GPS jazia sobre ela. Hermes sorriiu e me soltou. Pressenti que ele iria embora, e eu não queria isso! Sem pensar, me joguei para frente e.........o beijei. Eu beijei um deus! Eu beijei o "homem" da minha vida!!! Tá, foi somente um selinho, mas mesmo assim, seus lábio macios e deliciosos em contato com minha boca fez o cabelo da minha nuca se arrepiar. Ele fechou os olhos por um tempo, como se esperasse mais, mas eu não podia crer nessa fantasia infantil. Ele estava vermelho, e eu desejando que não fosse de raiva.  Ele me deu uma piscadela e seus lábios se abriram como se pronunciasse algo, eu não consegui entender. Hermes brilhou mais ainda, se é que isso era possível, e fechei os olhos, me sentindo a marior louca do mundo!. Abri-os novamente e meu principe da meia-noite não estava mais lá. Sorri.

  O que diabos você fez? intrometeu-se Odisseu em minha mente. Eu o ignorei, nada poderia arruinar minha felicidade, ou não.


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Notas finais do capítulo

Reviews!!!! Beijus!!!!