Essa tal Garota... escrita por Sofia Mellark


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Pensei nessa fic enquanto tinha um momento iludido com minha amiga, espero que gostem! ♥
Por favor, leitor do meu core comente no final... sou carente de comentários ~ carinha fofa que eu não sei fazer, mas vocês não sabem como eu sou então imaginem a cara fofa que quiserem ;)
Aaahh na fic eles citam uma música do 1D: Irresistible. Foi só porque eu sou péssima pra escolher músicas e o refrão dessa fica legal (e eu amo 1D... mas isso não vem ao caso) de qualquer jeito o que importa é essa parte aqui oh:
Isso torna seus lábios, tão beijáveis
E seu beijo, imperdível
Seus dedos, tão tocáveis
E seus olhos, irresistíveis
**Mais de mim:
https://fanfiction.com.br/historia/530201/Eleelaemaisalgumasmensagens
e
https://fanfiction.com.br/historia/656177/Perfect
Boa leitura... ♥



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Depois de cinco anos sem ver Percy Jackson, meu melhor amigo do colegial e atual astro do POP, eu iria entrevistá-lo. Estava animada com isso, quando ainda éramos melhores amigos brincávamos com esse evento sem nem imaginar que um dia realmente aconteceria.

Mas agora é real.

Pena que a parte de “melhores amigos” acabou. Foi sem querer, eu fui pra faculdade de jornalismo e ele começou a fazer mais e mais sucesso. Dentro de poucos meses não conseguíamos nos falar nem por cinco minutos. Acho que cansamos de tentar e acabamos deixando as mensagens cada vez mais curtas e impessoais. Até que elas, infelizmente, acabaram.

Sinto falta do meu Cabeça de Algas.

Bato na porta do camarim de Percy e limpo as mãos suadas na calça jeans enquanto espero o moreno atender a porta.

–Que saudades de você, Sabidinha! – Percy abre a porta e me envolve em seus braços (que estão bem mais musculosos do que antigamente) sem me deixar fazer qualquer outra coisa.

Sinto seu cheiro inebriante, o mesmo de sempre. Lhe dei seu primeiro frasco quando fez 15 anos e desde então ele sempre usou este perfume. Só não achei que fosse assim até hoje, já que agora ele pode comprar qualquer perfume e nem mantemos contato. Sorrio com isso.

–Também senti sua falta – falo perto de seu pescoço, deixando-o arrepiado. Ele não mudou nada.

Assim que nos soltamos Percy senta em uma poltrona e aponta para outra enfrente a dele. Sempre acompanhei levemente sua carreira e hoje constatei que em cinco anos o “arrasa-corações” da escola ficou ainda mais sexy. Os mesmos olhos verdes e queixo definido, porém mais musculoso e com uma encantadora barba por fazer.

–Vou começar com as perguntas mais tranquilas e depois irei aprofundar as coisas, ok?

–Tudo bem – ele responde relaxado.

–Hoje é seu último show da turnê, o que achou dela? – faço a primeira pergunta.

–Achei incrível, foi a primeira turnê onde fui para África e me tocou bastante. Apesar dos shows incríveis que fiz por todo o mundo eu amei meus dias de trabalho voluntário lá – o moreno responde e sei que provavelmente é verdade.

Enquanto muitas pessoas diriam isso por pura publicidade positiva sei que Percy foi sincero já que sempre pensou mais nos outros do que em si mesmo. Ele vivia dando o ponta pé inicial a vários projetos voluntários.

É tão estranho entrevistar a pessoa que você mais conhecia no mundo.

–E depois dessa grande turnê você pretende tirar férias? – questiono.

–Nem pensar! – ele exclama claramente animado – durante alguns voos já escrevi novas músicas e quero começar a trabalhar no novo álbum o mais rápido possível. É claro que nesse período vou descansar mais, mas só isso mesmo.

–Alguma pista sobre esse novo álbum? – mudo um pouco o roteiro da entrevista, afinal esta informação parece bem mais interessante.

–Vou falar sobre meu tempo no colegial – ele solta tranquilamente, depois me olha de um jeito estranho antes de continuar – sobre meu primeiro amor não correspondido e sobre como essa garota era incrível.

De repente sinto-me levemente irritada. Acho que pelo fato de não saber quem é essa garota. Como assim ele não me contou na época? Eu era sua melhor amiga! E como assim “amor não correspondido”? Todas as garotas caiam de amores por ele... até eu já tive uma quedinha por ele. Mas óbvio que ele nunca vai saber, nossa amizade era mais importante.

–E o que você pode dizer sobre essa menina?

–Posso dizer que ela é a garota mais incrível que eu já conheci, a mais linda também – ele adquire um olhar sonhador e sinto minha cara fechando – os garotos diziam que ela era gata e eu morria de ciúmes, também odiava as poucas vezes que ela ficava com alguém.

Uma lista de nomes passa pela minha cabeça e sinto raiva de todos os nomes. Remexo-me na cadeira, incomodada e sem saber o porquê disso.

–E como o grande PJ não conseguiu conquistá-la? – odeio o tom formal e imparcial que tenho que usar durante a entrevista.

–Ela só me via como amigo. Nunca tive coragem de me declarar e levar um não – ele responde e logo depois morde a boca, seus olhos ficam um tanto nebulosos e ele parece estar lembrando-se de alguma coisa – e era uma droga porque ela me provocava demais, sempre muito perto de mim. Sem me beijar ela me deixava mais arrepiado que qualquer outra garota.

Meu nível de irritação subiu. Eu sempre ralei para deixá-lo arrepiado quando brincávamos e essa garota fazia isso sempre segundo ele.

–Você está bem, Annie? – Percy pergunta e percebo que fiquei um longo tempo em silêncio – você ta meio vermelha...

–É impressão sua. Agora vamos voltar a falar sobre seu álbum mais recente. A música de mais sucesso foi Irresistible, o que tem a dizer sobre ela? – mudo o rumo da entrevista. Voltando para o roteiro.

–Ela foi escrita com base na relação de um amigo, mas o refrão foi inspirado na garota do colegial.

De novo ela! Argh!

–Ela parece ter sido bem importante – comento, mas sai mais como um resmungo.

–E era, só que ela era e acho que ainda é lerda. Talvez até mais que eu porque era bem óbvio – ela dá uma risadinha – mas quem sabe depois dessa entrevista ela não se toca? – ele pisca pra mim.

–Você ainda gosta dela? – minha pergunta sai com a voz meio alterada.

–Eu achei que tinha superado, mas agora descobri que não – ele admite um tanto corado.

Maldita.

Maldita dos infernos.

Filha da Put...

Por que eu to com tanta raiva mesmo?

–Eu não aguento mais! Eu sei que é uma entrevista formal e que estamos há cinco anos sem nos ver, mas eu não acredito que não me contou! – explodo.

–Eu não podia te contar, poderia estragar nossa amizade.

–Era alguma daquelas ridículas que me esnobavam? – sinto-me um tanto magoada.

Eu era um tanto nerd e era próxima dos garotos mais bonitos da escola, mesmo não tendo nada romântico com nenhum deles causava muita inveja nas garotas.

–Não, Annabeth! Como pode pensar nisso? – ele parece um tanto indignado.

–Eu não sei, só passou pela minha cabeça como uma possibilidade lógica.

–Isso que você disse não é uma possibilidade lógica – ele rebate imediatamente.

–Se talvez eu soubesse quem é... – tento fazê-lo me contar.

–Eu quero que você descubra.

–Você já a beijou? – pergunto quase sussurrando, já que se o refrão foi baseado nela, o beijo da mesma é imperdível...

–Um dia lhe dei um selinho enquanto ela dormia – o astro corou quando me respondeu.

–Eu não acredito que fez isso e acredito menos ainda que a idiota não acordou!

–Ela não é idiota! – Percy a defende e me magoo. Naquela época ele era apaixonado por ela, mas era meu melhor amigo mesmo assim.

Abro a boca para pedir que voltemos à entrevista já que ainda tenho que perguntar sobre fotos que saíram dele com Rachel Dare, a modelo ruiva mais sem sal da história. Mas nessa hora um homem entra anunciando que meu tempo acabou.

–Droga! Eu desviei muito a entrevista! Sabia que isso ia acontecer. Nunca misture vida pessoal com profissional, Chase! – resmungo chateada comigo mesma.

–Que tal você assistir o show e depois sei lá, você vai pra minha casa? Lá você termina a entrevista – Percy sugere.

–Percy, seu show acaba lá pras duas da manhã e até você sair daqui vai ficar muito tarde. Fora que sua casa...? – tento recusar de forma delicada.

–Qual é Sabidinha? Você pode dormir lá, quase como nos velhos tempos. E depois, quando acordarmos, você termina a entrevista. Eu sei que tem que entregá-la amanhã à tarde completa e vai ser minha única hora vaga – ele usa um tom de “eu tenho razão” que me irrita. Afinal esse é o meu tom.

–Eu não acredito que vou fazer isso, mas ok, tudo bem, vou assistir seu show e depois ir com você.

Por que eu fiz isso? Eu nem o conheço mais...

O que ta acontecendo comigo? To misturando muito, mas muito mesmo a vida pessoal com a profissional...

Droga, Chase!

Percy solta um grito de comemoração e me dá um beijo no rosto, e até deixo de lado essa confusão toda. Vai ser só uma noite e eu o conheço desde muito tempo afinal. Nada demais.

Logo depois ele vai terminar de se arrumar enquanto me levam para uma espécie de camarote super VIP.

Assisto Percy durante todo o show e até cantarolo algumas músicas dele, mas por todo momento uma sensação estranha não sai de mim. Talvez eu tenha percebido tarde demais, mas estou com ciúmes de Percy Jackson. Aquela quedinha que tive por ele antes do ensino médio e que eu logo descartei nunca deixou de existir. É um baque um tanto forte. Nunca gostei de nenhuma namorada de Percy, sempre achei defeitos, e só agora, que já sou adulta e madura, percebo que era ciúme.

Agora que ele vai escrever todo um álbum para outra garota.

Ainda é ciúme.

O show acaba e penso em ir embora e entregar a entrevista incompleta. Mas sei que isso não é uma opção para meu chefe. Então quando Percy me chama para irmos embora me cubro toda e o acompanho.

A mulher que dá as notícias não pode virar uma.

Quando chego ao apartamento de Percy não me surpreendo ao ver um aquário enorme de peixes, ele sempre amou isso. Não fico muito tempo olhando o resto já que Percy me leva até um quarto de hóspedes e me empresta uma blusa dele. Ai meu Deus, uma blusa dele!

Eu sempre pegava as camisas dele, mas agora era diferente. Qualquer fã ou garota apaixonada surtaria com uma camisa dele. E eu infelizmente me enquadro na segunda opção.

Assim que deito na cama adormeço.

***

–Mas Jason, ela não percebe! – acordo ouvindo a voz de Percy ao telefone – falei que a garota sempre me deixava arrepiado e ela vivia fazendo isso quando falava no meu pescoço. Falei da música e todo mundo sabe que o que mais gosto nela são os olhos – eu saio da cama e me esgueiro para a sala. Preciso saber quem é – a Annabeth tem que acordar e se tocar qu...

Percy para de falar já que esbarro em uma cadeira fazendo barulho, praguejo quando ele me encara com um ar de vitorioso. Só porque não descobri quem é a tal garota. Eu quero mais é que esses dois se explodam. Tanto Percy quanto essa ridícula.

E eu também, por ser tão estabanada. Affe.

–Depois eu falo com você – Percy desliga o telefone e volta sua atenção para mim – que bonito em Annie...

–Ah! Que droga, Perseu! Eu só queria saber quem é essa va... mulher! – bufo me jogando em seu sofá. Foda-se se ficamos cinco anos sem nos ver, intimidade não se perde tão fácil assim.

–A-Annabeth, você... suas pernas, a ca-camisa – Percy gagueja e vejo seus olhos escurecerem. Por um momento idiota me iludo... mas é óbvio que essa garota não sou eu. Isso só aconteceu porque ainda estou apenas com a sua camisa e ela subiu ao nível de mostrar a lateral da minha calcinha quando me joguei no sofá. Coro.

–Qual é o problema? São só as minhas pernas – engulo a vergonha – não é como se fosse a tal dona do seu coração.

–Annabeth, você é tão lerda – sua voz sai rouca e ele vai até mim. Levanta-me do sofá de maneira brusca e nos deixa colados – e olha que o lerdo era eu – ele tenta brincar, mas estamos muito perto para eu rir, prefiro olhar seus olhos ou boca – quando me viu ontem e falou no meu pescoço. Como você me deixou?

–A-arrepiado – uso um fio de voz.

–E o que a tal dona do meu coração faz comigo sem nem me beijar? – ele sussurra em meu ouvido.

–Te deixa arrepiado – solto um suspiro no final da minha frase, que saiu tão rouca quanto à voz de Percy. Mas a culpa foi toda dele que mordeu minha orelha.

–E quando você perguntou se eu ainda gosto dela eu disse que agora descobri que sim – ele dá um beijo no meu pescoço trocando os papéis de quem arrepia e fica arrepiado. Minha cabeça se inclina lhe dando mais espaço – e quem eu estava vendo naquela hora?

–E-eu – minhas mãos que antes estavam espalmadas em seu peito agarram a gola de sua camisa. Meu coração totalmente disparado.

–E quando você queria que eu fizesse alguma coisa pra você, me fazia encarar seus olhos. Porque eu não te negava nada quando você fazia isso, esses seus olhos cinza sempre foram...

–Irresistíveis – completo a frase dele quando Percy cola nossas testas segurando minha cintura bem apertada. Nossas respirações ofegantes e se misturando.

Isso é real?

–Então quem é a garota? – ele pergunta e morde meu lábio inferior.

Morde. Meu. Lábio. Inferior.

Isso conta como selinho? Beijo? Pré-beijo? Tanto faz, ele mordeu meu lábio inferior. Isso, ele mordeu meu lábio inferior e é isso que importa. Solto um suspiro/leve gemido.

–E-eu? – sai mais como uma pergunta.

–Eu não acredito que não foi uma afirmação – e depois de falar isso e dar uma leve risadinha ele finalmente me beija.

Minhas mãos puxam sua camisa com ainda mais força, uma de suas mãos continua em minha cintura enquanto a outra vai para minha nuca. Nossas bocas se encaixam perfeitamente e só nos separamos por falta de ar.

–Também sou apaixonada por você. Desde muito tempo atrás – falo sorrindo com a respiração ofegante. Ele também sorri e puxa meu cabelo.

–Eu não acredito que perdemos tanto tempo – e ele finalmente me beija de novo.

Dessa vez envolvo seu pescoço e minhas mãos vão para seu cabelo enquanto minhas pernas vão para sua cintura já que ele apertou minhas cochas com suas mãos. Ele senta no sofá comigo em seu colo e logo deita por cima de mim. Praticamente arranco sua camisa e ele também tira a minha dando um chupão em meu seio direito, um pouco acima do meu sutiã. Solto um gemido baixo e arranho seu tanquinho.

–Você não sabe o quanto eu preciso disso agora – falo e dou um chupão em seu pescoço. Ele só aperta ainda mais minhas cochas.

E foi ai que a porta foi aberta.

Pode ter sido minha mãe, o Papa, a Rainha da Inglaterra a abrir a porta. Eu odeio essa pessoa nesse momento.

Percy estava começando a tirar a primeira alça do meu sutiã. Então me viro de costas e procuro alguma camisa. Visto a que ele estava usando em vez da que ele me emprestou.

–Ai meu Deus! – depois de um minuto apenas nos encarando Grover finalmente fala – Annabeth! Você marcou o pescoço do Percy!

–Ai! – bato na minha própria testa – foi no impulso...

–Tudo bem, tudo bem. Agora vamos Percy, você está atrasado. Seus dias mais tranquilos só começam amanhã cara.

Eu e Percy vamos para nossos respectivos quartos e trocamos de roupa. Xingo Grover mentalmente de todas as maneiras possíveis devido o estado em que ele me fez ficar interrompendo eu e Percy.

Na sala reparo que Percy pôs uma blusa de gola alta e toda hora fica se remexendo ou ajeitando a calça. Sorrio com isso. Não sou a única sofrendo aqui.

Grover, que sem nunca ter me visto antes parece me conhecer tão bem quanto eu o conheço (ele é empresário de Percy) nos dá dois minutos e desce.

–Como ele me conhece tanto? – pergunto já esperando a resposta.

–Ah... acho que você sabe, tantas músicas pra você dão nisso – ele coça a cabeça, todo corado. Vou morde-lo todinho – amanhã eu tenho muito mais tempo para você. Podemos nos ver? – ele pergunta – mas não queria que fosse muito publicamente logo de cara. A mídia tem o dom de estragar as coisas e eu não posso permitir isso.

–Ei! Eu sou da mídia – faço um tom de zangada e ele arregala os olhos – eu venho para o jantar... – pisco pra ele pegando minha bolsa. Ficando de costas para o moreno.

–Eu sei que... é cedo e tudo mais... – Percy segura minha mão, virando-me de volta para ele – mas eu quero isso desde o ensino médio. Annabeth Chase, Sabidinha, quer namorar comigo? – ele faz uma cara fofa. Não penso muito.

–Óbvio que sim! – lhe dou um selinho, que ele logo transforma em beijo, mas afasto-me dele logo, tendo noção de nossos compromissos – agora vamos logo.

E enquanto entramos no elevador apago nossa entrevista. Por dois simples motivos, eu não seria mais jornalista de pessoas famosas, já que agora viveria cercada por uma e provavelmente por outras. E pelo mais importante... a inspiração de Percy Jackson, a garota dele, é só dele. E por enquanto, essa tal garota é nosso segredo.

Só nosso.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Acharam algum erro? Amaram? Têm alguma dica? Detestaram? Vão querer me guardar num potinho? Comentem pra eu saber!
Mais de mim:
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Bjks! Obrigada pela atenção! ♥



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