Cassino escrita por FeVianna


Capítulo 3
Croissant, piscina e elevador


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e Feliz Ano Novo *--*



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A claridade do sol me incomodava,rolei para o outro lado da cama com a esperança de continuar a dormir. Minha cabeça deu pequenas pontadas de dor quando girei.

"Eu não devia ter bebido muito."

Quando abri os olhos o Emmett me olhava do pé da cama e disse:
– Levanta o traseiro daí, vamos para piscina! Está um lindo dia lá fora...

– Como você entrou aqui, criatura? E ainda por cima de sunga! Emmett, essa não é a melhor visão para se acordar! - eu disse colocando o travesseiro no rosto

– Bom dia para você também, querido irmão! Apesar do seu otimismo todo eu trouxe remédios e a camareira trouxe seu café da manhã. Com aqueles pães folhados que eu não entendo por que você gosta tanto - Ele foi se retirando da sala e já estava na porta quando perguntou:

– Quer uma visão bonita? Olhe pela janela! - Sentenciou enquanto fechava a porta em com um estrondo.

Perto de uma mesa redonda, do outro lado, estava um carrinho com o café da manhã, a única coisa que conseguir identificar de longe era um croissant. Tinha que admitir que estava com fome, apesar da vertigem.

Depois de toda higiene matinal e o processo de escolher uma roupa, estava trancando a porta com o cartão quando dei conta que meu irmão não respondeu como entrou no quarto. Nós somos vizinhos será que existe alguma porta que liga os quartos? Eu teria percebido ontem à noite, tenho certeza.

Os meus passos eram abafados pelo carpete vermelho com figuras geométricas azuis. Quando olhei a porta do meu vizinho, a indicação na porta dizia "Bem vindo, Emmett Cullen" com uma curiosidade além do normal andei até o outro vizinho.

Fitei a porta branca e dourada na esperança que me dissesse quem tinha feito essa brincadeira. Felizmente, ela permaneceu muda.

Abalado demais para sentir culpa por deixar o Emmett esperando, dei as costas para a pequena placa na maçaneta que dizia "Bem vindos, Sr. e Sra. Black".

– Psiu! Preciso de contar uma coisa - chamei meu irmão na piscina, indicando com a mão para ele sair dali.

Suspirando ele escalou a borda e veio até o jardim, afinal não tem nenhum problema em se esconder na sombra da figueira. É uma atitude super normal.

– Que diabos você está fazendo aí?! - indagou Emmett

Lancei um olhar silenciador e chequei em volta.

– Eu já te disse que preciso de contar uma coisa, droga. - sussurrei nervoso

– Eu também preciso mas, ainda sim eu não me comporto como um maníaco.

Quando eu tomei fôlego para começar a explicar algo no tom de voz dele me chamou atenção. Olhei desconfiado e falei:

– O que você aprontou, Emmett Cullen?

Ele abriu o maior sorriso de satisfação e passou a mão pelo cabelo molhado.

– Você parece a mamãe quando fala assim...

– Ainda estou esperando!

– Ah, Edward! Eu encontrei o amor da minha vida! - Depois dessa afirmação só faltava ele começa a andar e girar como a Noviça Rebelde pelo jardim, só que de sunga. - Não ria. Mas, é a verdade. Eu amo Rosalie Denali e nós vamos ficar juntos! - Emmett parecia tentar convencer a si mesmo.

– Isso é incrível. E quando vou conhece-lá?

– Hoje á noite no jantar. - E me abraçou, com um braço relutante dei a volta em torno do seu ombro - Estou tão feliz!

Jogou a toalha nas suas costas e disse:

– Você não queria me contar algo, Edward?

– Não. - menti descaradamente.

– Deve ter sido distração minha, ando muito distraído ultimamente...

– Pessoas apaixonadas são assim. -Abri o meu melhor sorriso. Não vou deixar que fagulhas de preocupação estraguem a felicidade de Emmett, teria que lidar com isso sozinho.

Voltei para o hotel pela calçada do estacionamento, o que significa que eu tinha que dar uma volta imensa, mas queria evitar ser visto por certa sócia. Bom, eu juro que eu tentei.

Eu olhava por cima do ombro parecendo um fugitivo da polícia, a touca do moletom ajudava muito, assim não percebi na mulher com fones de ouvido. Bella estava caminhando no sentido contrário, com roupas de ginástica e tênis. Passou trotando do meu lado, onde eu permaneci completamente atônito.

Pensei que tinha esquecido seu perfume, mas as lembranças vieram em um turbilhão incontrolável. Era inebriante. A certeza apareceu como a última martelada em um prego quando eu vi sua pequena tatuagem na panturrilha: um morango.

Bella, minha Bella. Ela nem olhou para mim.

Fiquei observando até desaparecer na calçada, virando em algum lugar.
Sentindo-me desolado sentei no meio fio para clarear os pensamentos, ainda não sei determinar quanto tempo fiquei lá. Minha boca estava seca, o sol forte característico dessa região, queimava minhas omoplatas. Não pude perceber que um carro estilo esportivo queria estacionar, pois minha cabeça estava enterrada entre minhas mãos. Alguém buzinou e a voz ameaçou:

– Se você não sair dessa vaga eu vou chamar o segurança. É assim? Humf! - com salto alto a dona da voz pulou do carro e se afastou, alguns instantes depois um parte de mãos fortes tentava me levantar pelo ombro. Mais vozes.

– O senhor está atrapalhando a passagem. Queira, por favor, se retirar?

Eu levantei a cabeça ou levantaram para mim e o sol me cegou. "Arg" arquejei.

Comentou a voz:

– Não, Paul! Espera! Eu conheço ele. Ele é meu amigo! Cruzes, Edward, o que aconteceu com você?

– Me deixa em paz, Bella - falei - Você já fez estragos suficientes.

– Bella?! Who the fuck is Bella? Eu sou a Tânia! Venha, vou te levar lá para dentro. Você deve estar desitratado ou coisa parecida... Obrigada, Paul. - Tânia agradeceu ao brutamontes.

Eu não preciso de ajuda, era o que eu estava preste a dizer porém meus pés tropeçaram em algo invisível e eu cambaleei.
Tânia sustentou meu peso apesar da nossa diferença altura e o Paul me encarava como se eu fosse levar a bolsa dela para outra dimensão correndo.

– Você faz amizade com todo segurança? Aposto que Paul ficou com ciúmes de mim... Lá lá lá lá - Cantarolei quando já estávamos longe o suficiente, passando pela porta do hall.

Acho que captei uma expressão no rosto de Tânia estilo você-deveria-voltar-para-o-jardim-infância ou onde-fica-o-hospício-mais-próximo.

– Vamos para o meu quarto, acho que eu posso pegar emprestado algum smoking do meu primo Jasper. Ele sempre está com aquela farda...

– Por que eu tenho que vestir um smoking? - E por que diabos eu tenho que ir para o seu quarto??

– O jantar! - Ela falou como se fosse óbvio. Que jantar você está falando, minha... DROGA! O jantar que eu ia conhecer a namoradinha do Emmett.

E, inevitavelmente,ver a Bella.

– Ainda bem que a senhorita me avisou. Pode me levar até o elevador? Não preciso ir para o seu quarto, acho que consigo...

– Essa é a primeira vez que alguém se recusa ir para o meu quarto, Edward. Não sou acostumada a ser descartada...- interrompeu Tânia

– Eu... Eu... - comecei a gaguejar

– Era brincadeira! - Alguma coisa em seus olhos azuis, sempre brilhantes agora opacos, me diziam que não era brincadeira. Ela continuou:

– Preciso pegar umas coisas no carro. Apenas prometa que vai beber água.
Assenti, Tânia deu meia voltar com seu salto ressoando pelo saguão e apertei o botão do elevador.

Minha surpresa foi imensa quando as portas abriram. Não esperava deparar com Bella, nem um pouco. Ela estava de costas para mim passando rímel, pensei se eu corresse quem sabe não conseguia me esconder rápido. Só que as minhas pernas não respondiam, ficaram parecendo maria-moles.

Os seus olhos antes concentrados, olharam pelo espelho do elevador incrédulos. Bella se virou e praticamente gritou:

Edward?!

Aparentemente eu não precisei esperar até o jantar para vê-la.


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Notas finais do capítulo

Comentem, please. Faça uma autora feliz ;)
Até o próximo...



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