Em mais um belo dia de verão, estavam lá, alunos dentro de uma universidade perambulando de um lado para o outro sem se importar com os esbarrões graças à pressa em que todos ocorriam naquele momento. E dentro destes alunos, estava lá, indiferente deles um professor se direcionando para a saída da escola.

                -- Santo deus, estou atrasado.

                O professor e sua pressa fora do comum com certeza deveriam ter um motivo, e ali estava após alguns kilômetros de caminhada. Encaminhando para dentro do metrô estava um cachorro, que parecia que aquilo seria rotina diária dele.

                -- Hach, venha – disse o professor, seu dono.

                -- Holf – respondeu o cachorro.

                Após eles chegarem a sua casa, eles depararam com a família toda, sorrindo de costume e olhando em direção a porta, soltando um breve comentário, um membro da sua família.

                -- Está bem amor? – perguntou sua mulher.

                -- Estou cansado, morto, e outros motivos para querer ficar somente com vocês.

                -- Entendi, então sente se aqui e jante conosco.

                -- Sim sim, mas eu vou tirar esta camisa, está muito quente hoje.

                Com um breve sorriso, o professor foi subir as escadas e trocar as suas vestes. Cansado e pouco atento, pegou qualquer roupa que viu em sua gaveta e colocou-a. Descendo as escadas, ele sentiu um leve choque em seu peito, fazendo com que ele caísse rolando. Sua mulher e os outros membros da família apavorados foram averiguar o que aconteceu. O professor estava tendo outra queda de pressão.

                -- AH GENTE, ANDEM LOGO, ME TRAGAM O REMÉDIO, ANDEM.

                Sua mulher apavorada não parava de tremer, suas mãos, pareciam que elas não iriam parar tão cedo, já era a terceira vez que ocorria isto ao velho professor. O seu cachorro Hach, sentia mais do que qualquer um a dor que o peito de seu dono partilhava, um ódio dentro de si aumentava cada vez mais. Gradativamente o cachorro ficara cada vez mais nervoso, ele olha para o relógio, e marcara perto de meia-noite.

                O seu dono recuperou a consciência, mas não era algo de se alegrar muito pois ele estava muito cansado. Com a ajuda dos membros de sua família, o dono agora foi subir as escadas para finalmente poder dormir. Mas quando o relógio marca meia noite, algo muito estranho aconteceu.

                O seu dono virou-se para traz, e quando reparou, só era um monte de caixões empilhados de todos os lados, desesperado, ele desceu as escadas rapidamente. Virou-se para a direção da sala, o seu cachorro estava lá, olhando para todo aquele redor como se fosse algo comum.

                -- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? ONDE ESTOU HACH?

                -- Wolf – respondeu tranquilamente o cachorro.

                -- Venha comigo, anda. – exclamou precisamente o professor para o seu cachorro.

                O seu dono e seu cachorro saíram de casa, desesperado, o dono começou a andar lentamente, pois o seu medo estava paralisando-o. Após alguns minutos, seu dono reparou que de alguma forma ele estava perdendo sua vida.

                -- Hach... por favor... não me deixe morrer... – o professor dizia com uma voz fraca já não tendo mais esperanças.

                Repentinamente, uma criatura estranha se vira em direção dos dois, se movia rapidamente em direção ao dono, com um único desejo sombrio que não poderia ser descrito ao pensamento humano... Brutalmente, a criatura começa a destroçar o professor na frente de seu cachorro, sem alguma piedade, como se já viesse de sua natureza.

                O seu cachorro olhou para a criatura ensangüentada, e de alguma forma ele não temia “aquilo”, sentia que seu ódio sobre tudo aquilo já era o suficiente para não temer mais a morte. Ele se curvou, olhando para os respingos de sangue de seu dono nele sobre sua pelugem prateada. O ódio aumentou de forma extrema, seu cachorro já não controlara agora nenhuma de suas ações.

                --ROLF ROLF!! – ameaçara o cachorro para a criatura estranha.

                Seus olhos partilhavam um brilho negro e sombrio, colorido com um vermelho tão forte quanto sangue. O seu cachorro brilhara e invocara um feixe de luz tão grande e tão poderoso que seria impossível de descrever. Um lobo e suas três cabeças uivavam para a bela lua verde que simbolizava a morte daquele terreno. Em poucos segundos, este lobo pulou em direção ao ser estranho e o dilacerou em apenar um movimento.

                Após isto, aquele clima ensangüentado havia terminado o corpo de seu dono, não passara mais do que um corpo gelado e sem alma, a noite cobria com frio as ruas desta cidade. Mas os olhos do cachorro ainda permaneciam vermelhos e com desejo de sangue.