O Que Você Quer de Natal? escrita por Naoshi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

De repente me senti inspirada hoje, dia de véspera de Natal e escrevi essa oneshot, espero que gostem!



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Há algo me incomodando já faz um tempo.

— Tsc!

Sinto que estou sendo visado o dia inteiro e não por causa da minha profissão porque pelo menos nessa época do ano os terroristas dão uma folga. Acho que até mesmo os terroristas celebram esse feriado. O que está me perseguindo é muito pior do que um terrorista.

Neste exato momento ele está ali bem na janela com aqueles olhos enormes me espreitando. Ele realmente acha que eu não percebi essa aura sádica maníaca? Chega a me dar arrepios.

Tem sido assim há duas semanas, onde quer que eu vá esse pirralho está atrás me perseguindo. Quando estou assistindo Tv, ele está atrás da porta, quando saio na rua ele vem me perseguindo se escondendo atrás dos postes, até mesmo quando eu ia ao banheiro ele estava na janela!

O mais inacreditável é que ele não tentou em nenhum momento atirar em mim com a bazuca. Se ele não quer me matar, o que poder ser? Está aprendendo as técnicas do Kondou-san? Eu já estou cansado dessa perseguição, preciso descobrir o que ele está querendo e acabar com isso.

Enquanto eu pensava numa solução, uma bolinha de papel acertou minha cabeça, antes que eu pudesse explodir e xingar aquele pirralho, notei que a bolinha era colorida de vermelho e verde, ao abrir se tratava de um anúncio de natal de um videogame novo na promoção:

— ... Eh?

Corri para o lado de fora e acertei o pirralho stalker com uma voadora o fazendo cair deitado no chão, que reclamou:

— Isso dói, Hijikata-san! — Ele protestou.

— É POR ISSO QUE VOCÊ FICOU ME INFERNIZANDO POR DUAS SEMANAS?

— Não foi pra te infernizar. Hijikata-san, eu só queria saber o que você ia me comprar de presente de Natal, mas você parece ter se esquecido, então te ajudei a se lembrar.

— E você acha mesmo que merece um presente de Natal? Somente bons meninos podem ganhar presentes de Natal, o que não é o seu caso.

— Você vai comprar?

— É CLARO QUE NÃO!

Dei-lhe as costas e sai marchando de raiva, enquanto bufava e resmungava coisas sem sentido, que nem eu mesmo entendia, junto de alguns xingamentos.

— Eh? O que estou fazendo? — Eu me questionei, enquanto me encontrava dentro da loja de jogos segurando o videogame que Sougo queria.

Não conseguia acreditar que eu cedi a vontade daquele maldito. Hijikata, você é mesmo um idiota!

Mesmo com meu orgulho me matando, passei o jogo pelo caixa pedi para que embalassem com papel de presente infantil, o que combinava com aquele bastardo já com 18 anos querendo jogar aquele tipo de jogo. Quando a tia do caixa terminou de embalar, ela tirou um cartão debaixo do balcão e com uma caneta em mãos, me perguntou:

— O que devo escrever, senhor? Para meu filho querido? Meu sobrinho querido?

— Para um pirralho maldito que deveria morrer. — Eu disse indiferente.

— Coitada dessa criança! — A tia disse em tom de reprovação.

Sai da loja com o presente em uma sacola ao mesmo tempo em que minha outra mão subia um pouco o cachecol, o ajeitando:

— Está ficando realmente frio.

Ao passar pela porta, por coincidência, ou talvez não, Sougo estava na vitrine encarando o jogo que ele queria. Que péssima hora para ele aparecer, justo agora que acabei de comprar o tal jogo, eu pensei enquanto meu rosto ruborizava levemente.

— Hijikata-san?

—Sougo... Tsc, eu comprei o jogo que você queria, toma. —Eu disse estendendo a sacola na direção dele.

Ele me olhou surpreso, uma expressão não muito comum dele, parecia não acreditar ou talvez estivesse me achando ridículo e fácil de manipular. Eu aguardei uma frase de deboche ou provocação da parte dele e já estava pronto para revidar, mas o que recebi foi totalmente diferente e inesperado: Ele sorriu.

Sougo, seu bastardo! Você não tem o direito de agir assim! Você tem que ser o cara chato que sempre me irrita! Eram meus pensamentos naquele instante, ele pegou a sacola e eu tentei esconder meu rosto ridiculamente vermelho com o cachecol.

— Hijikata-san, a festa de Natal do Shinsengumi será mais tarde, vamos assistir a aqueles filmes chatos de Natal que passam na TV a tarde? — Ele disse enquanto caminhava e eu o acompanhava.

—Não tenho nada melhor para fazer mesmo.

— O que você gostaria de ganhar de Natal? Posso comprar no caminho, aliás eu também sou um adulto.

— Maionese seria bom. —Respondi, logo após acendendo um cigarro.

— Não gastarei meu precioso dinheiro com merda.

— Não insulte a maionese, seu bastardo.


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