Das Leben Kurz Schwarz escrita por IsaiasNC
Acordei pior que na manhã anterior.
Evitei pensamentos e fui correndo para a casa de Elisè. Chegando na entrada da casa dela, haviam dois guardas.
Chegando perto deles, eles disseram:
— Lamento senhor Kurz, mas você não pode entrar?
— Como não, eu não sou mais o príncipe dessa birosca? Se eu quiser entrar aí eu entro?
Ambos os guardas puxaram suas espadas, e o da esquerda disse:
— Olha aqui seu pivete. —Ele apontou a espada para mim. — Se você não sair daqui, iremos te matar e falar que você foi morto por um demônio.
— Tudo bem.
Virei de costas de dei dois passos, parei e comecei a pensar. Percebi que esses guardas pareciam traidores. Tirei minha espada, e de tanta raiva que eu estava, nem pensei, golpeei os dois de uma vez só no pescoço e decapitei ambos.
Entrei na casa de Elisè, ela era realmente bonita. Explorei um pouco a casa, e achei a sala do pai dela, do lado tinha uma instante com vários livros. Peguei um.
O título era “Demônios”.
Acertei de primeira, pensei.
Abri, tinham muitas folhas. Olhei o índice, e vi capítulos como, “o que é um demônio”, “como lutar contra um demônio”, “como tratar o ferimento de um demônio”, e outros mais estranhos.
Eu abri e comecei a ver as páginas, era realmente muita informação. Eu iria levar um século para aprender tudo isso. E comecei a ver mais as páginas, procurando algo que falasse como trazer Elisè de volta. Mas isso devia ser impossível, Eli já havia partido e para sempre.
Me sentei no chão e comecei a pensar. O que fazer? O que fazer?
Após um tempinho, ouvi alguém entrando e falando:
— Kurz? Kurz, você está aí?
A voz não tinha como não reconhecer, era do rei.
— Estou aqui majestade.
Ele subiu e veio pra perto de mim.
— O que estava fazendo aqui? E aqueles dois guardas mortos?
— Eu estava fazendo o que Elisè me pediu... Ah, esses dois guardas mortos eram traidores, falaram que iriam me matar.
— Traidores... É, por mais que faça, sempre haverá algum. E esse reino...
É complicado, nossa família... Ah, as vezes queria ser um rei melhor, no fundo eu só me acho, sabe.
— Entendo.
— Eu fico agindo como um mané que acha que sabe de tudo, mas na verdade não sabe de nada. Sabe, eu não queria ser o rei...
— Por que não? Ser rei deve ser a melhor coisa.
— Mas não é isso que eu quero, eu queria viver tranquilo, casar com alguém que eu realmente amasse. Ah... Minha vida é uma porcaria.
— Não é assim. Você é um bom rei.
— Que seja... Bom, lembrei. Eu vim te chamar, parece que um grupo de cavaleiro seguiu os rastros do demônio.
— Sério? Onde?
— Uma caverna perto daqui. Eu vou com meus guardas para lá, quer vir também?
— E ainda pergunta, é claro majestade.
— Então vamos logo, partiremos daqui meia hora. Pegue seu cavalo.
E o rei se foi.
Peguei minha espada, conferi ela de cima a baixo. Sem nenhum risco, igual à espada de um covarde...
Guardei ela e fui até o estábulo.
Cheguei lá e vi dois guardas e o rei. Peguei um cavalo todo preto, era lindo, montei nele e fomos.
Os cavalos do rei eram muito rápidos.
Quando chegamos na caverna, o rei mandou os guardas ficarem na entrada da caverna. Entramos.
A caverna era escura, e fomos seguindo em silêncio. No meio do caminho, tropeçamos e rolamos. Caímos em um local bem grande e com tochas.
O local era todo azul escuro, as pedras eram azuis, e na luz das tochas, ficava bonito. Na frente havia um grande portão.
O rei assim que se levantou, pegou a espada e quebrou a fechadura e disse:
— Essa é uma das poucas coisas que sei fazer como rei, táticas de guerra e invasão. Sempre gostei de estudar isso, eu queria ser o general. Quem sabe, quando resgatarmos ele, podemos fazer uma troca de posição?
— Acho meio difícil majestade.
— Vamos ver. Bom, agora atenção.
— Certo.
Continuamos seguindo. Agora o caminho era todo iluminado. Dava até uma sensação um pouco melhor.
Após caminharmos mais alguns minutos. E chegamos em uma câmara redonda. A câmara era toda iluminada por tochas, e pelo visto era alta, parecendo até um torre. O rei deu uma olhada ao redor e disse:
— Acho que deve ser aqui, agora é esperar.
— Certo. E quando ele chegar, nós o matamos.
— Exatamente Kurz. Você sabe como matar um demônio?
— Não faço a mínima ideia, e o senhor?
— Eu também não.
— Mas, mas como não sabe, você me chamou pra vir ajudar, e não tem a mínima ideia de COMO MATAR UM DEMÔNIO?
— Não grite Kurz. Eu pensei que Elisè havia te ensinado.
— Isso ela não me ensinou. Pera, como você sabe que ela me ensinava?
— Ah, ela me contou tudo ontem.
— Hm. Pensei que er...
Não consegui terminar a frase, todas as tochas se apagaram. E tudo ficou quieto. Após um tempo, ouvi passos, então todas as tochas acenderam novamente.
Olhei para o trono, e lá estava o demônio com o pai de Elisè nas costas. O general parecia estar desmaiado.
Ele olhou para mim e o rei e disse:
— Ah, olha só. Eu amo tanto quando o tesouro já vem direto para o dono.
O rei disse:
— Ah, vai se lascar. Você não é dono de nada, devolva o general.
— Vem pegar gorducho.
O rei pegou sua espada e atirou no demônio, que atingiu uma de suas asas. O demônio falou:
— Que rei inútil você, não acha? Achou mesmo que isso iria me atingir? E agora está sem arma. Não me facilite as coisas.
O rei sorriu e disse:
— Desculpe, eu só estava me livrando desse lixo, e pegando minha arma de verdade.
O rei pegou uma espada nova, mas não era qualquer espada, era uma espada feita de diamante. O demônio olhou bem e disse:
— Acho que dessa vez terei dois prêmios de vez.
— Vejamos.
E o rei partiu pra cima. Por mais que ele fosse gordo, ele tinha habilidade e até uma certa velocidade. Ele defendia e dava golpes no demônio.
Dessa vez eu peguei minha espada e fui ajudar, mas logo fui jogado pra trás. Caí ao lado do pai de Elisè. E comecei a tentar acordá-lo. Depois de tentar diversas vezes, consegui. Ele acordou e já partiu para atacar o demônio, mas voltou quando percebeu que estava sem arma. Então olhou ao redor e meu viu.
Então disse:
— Kurz, o que está acontecendo? Por acaso isso aqui é o inferno? Pera, aquele é o rei lutando? O que está acontecendo?
— Então general, é bem complicado. Dois guardas seguiram rastros, e eu e o rei estamos aqui para resgatar você e matar o demônio.
— Bom, lamento desapontá-lo, mas matar o demônio será impossível sem um arco e uma flecha de ouro.
— Pra que o arco e a flecha?
— Pois demô...
O general não conseguiu terminar a frase. Na mesma hora, surgiu como um relâmpago a mãe de Elisè em um cavalo, com o corpo de Elisè nas costas. Ela pegou o arco e atirou contra o demônio bem no coração. Era uma flecha de ouro.
O demônio caiu no chão. Após ele cair, apareceu algo em cima do corpo do demônio parecendo um fantasma. Ele tinha a mesma forma do demônio, mas é como se fosse a alma dele, pois dava para ver através dele.
A mãe de Elisè desceu do cavalo, pegou o corpo de Elisè e chamou o general. E disse para ele:
— Querido, ainda bem que está vivo.
O pai de Elisè respondeu:
— Mas o que que aconteceu aqui? Como você sabia que era para matar o demônio com o arco e flecha? Pera, aquela é Elisè? O que aconteceu?
— Então, deixa eu te explicar. Após você perder a consciência no meio da batalha, o demônio matou Elisè, e sequestrou você em seguida. E hoje, o rei veio me avisar que haviam encontrado um rastro. Então após eles partirem eu fui para casa, e encontrei dois guardas mortos na porta de casa, pensei que haviam invadido e roubado ela. Corri e vi um livro seu aberto, era sobre demônios e estava bem na página de como matar um deles. Li, e vi que o rei e Kurz não iriam conseguir, então peguei as armas e vim para cá. Ah, e no livro também falava sobre a troca que você recebe após matar um demônio, por isso eu trouxe o corpo de Elisè. Bom, precisamos conversar a sós agora.
O pai de Elisè olhou para mim e para o rei e disse:
— Ei vocês dois, não falem nada e não façam nada, entendido?
— Certo general.
Realmente, o general seria um bom rei, pois o rei recebia ordens dele. Era bem ridículo.
Após um tempo de muita conversa entre os dois, o general e sua esposa ficaram de frente aquele espirito, fantasma, não sei definir o que era. E disse:
— Eu e minha esposa queremos fazer uma troca.
Aquela coisa respondeu:
— O que deseja?
— Eu desejo que você pegue a vida de mim e da minha esposa, e devolva a vida da minha esposa. E também case Kurz Weiß com Elisè Schwarz, e coloque nossas alianças nos dedos deles.
— Que assim seja.
Na mesma hora, Elisè voltou a vida, o que era magnifico, incrível.
A espada Schwarz foi para na mão de Elisè, e aquela coisa disse:
— A partir de hoje, Kurz Weiß e Elisè Schwarz estão casados. E Kurz, seu novo nome será Kurz Schwarz.
Então do nada, senti uma coisa no meu dedo e percebi que havia uma aliança nele. Os pais de Elisè ficaram acenando, e após um tempo sumiram junto com aquela coisa e o corpo do demônio.
O rei desmaiou, e Elisè perguntou o que havia acontecido.
Após eu contar tudo o que aconteceu, ela fechou a cara e pediu para voltar para sua casa imediatamente.
Aquela noite eu não sabia se ficava feliz ou se ficava triste. Elisè havia voltado, mas seus pais haviam ido embora para sempre.
E ainda tinha mais uma coisa. Agora meu nome era Kurz Schwarz.
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