Sherlock e Joan estavam no escritório de Gregson, revendo os detalhes do mais recente caso que estavam trabalhando. Todos concordavam que facilmente conseguiriam uma condenação, Sherlock notou que Joan estava distraída, ela tinha um pequeno sorriso em seus lábios, aparentemente perdida em seus pensamentos.

– Algo errado Watson? – ele questionou, atraindo a atenção da parceira. – Ou será que estamos sendo chatos?

Joan suspirou profundamente.

– Não tem nada de errado. – ela respondeu. – Já acabamos aqui? – perguntou impaciente.

– Claro. – Gregson respondeu. – E mais uma vez obri... – mas antes que Gregson pudesse terminar, Joan saiu pela porta, puxando seu casaco e afofando o cabelo um pouco. Ela foi na direção de um jovem policial, que estava tomando café.

Da porta do escritório, Sherlock assistia sua parceira sorrir alegremente, enquanto conversava com o jovem oficial. Holmes se mexeu desconfortavelmente.

– O que está acontecendo? – Bell perguntou, Sherlock fez um pequeno gesto com a cabeça indicando o casal conversando. – Ohw! Então é isso, Joan tem um encontro. É bom ver que ela está seguindo em frente depois do Andrew.

Holmes continuava a olhar na direção de Watson, ficando ainda mais irritado com o que Bell tinha falado. A próxima coisa que ele viu, fez seu sangue ferver, Watson estava tocando o braço do oficial, ela parecia bastante entusiasmada. Então Sherlock começou a caminhar na direção deles, quando Joan virou, caminhando em sua direção.

– Ei! – ela exclamou sorrindo. – Podemos dar o fora daqui? Eu tenho um encontro hoje à noite e eu preciso de algum tempo para encontrar algo para vestir e ficar pronta. Você vai precisa de mim para qualquer outra coisa hoje?

– E quem é o homem de sorte? – ele perguntou com desdém.

– Tenho um encontro com o Oficial Thompson. Ou devo dizer Mike. – ela respondeu, com sorriso irritante nos lábios.

– Bem, você está livre para o dia, Watson. – falou ele. – Tenho meu próprio projeto para trabalhar.

Joan levantou a sobrancelha ligeiramente, o fitando de forma interrogativa. Ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele estava tramando algo, ela só não sabia o que. No entanto ela estava mais interessado em se preparar para seu encontro, do questionar seu parceiro sobre seus planos para o dia.

– Ok. Eu te vejo mais tarde. – ela despediu-se.

E com isso ela praticamente voou para fora da delegacia. Deixando Sherlock com um olhar estranho no rosto, seus dedos dançavam ao lado do seu corpo, ele tentava controlar seus sentimentos. Ele virou-se e caminhou na direção do Oficial Thompson, que estava de pé, próximo a máquina de café.

– Vejo que você e minha parceira se deram muito bem. – falou Sherlock, sem olhar para Oficial de Thompson, nem ao menos se apresentou.

Thompson olhou para Holmes e apresentou-se, estendendo-lhe a mão, mas Sherlock ficou apenas parado, o fitando seriamente. O oficial um pouco envergonhado baixou a mão.

– Eu sou Mike Thompson. E você deve ser Sherlock Holmes, é prazer conhece-lo.

– Onde está pensando em levar a Watson? – Sherlock perguntou rapidamente.

Mike pigarreou um pouco envergonhado, ele não fazia ideia onde levaria Joan, mas ele estava estão ansioso para convida-la para sair, que ao menos tinha pensado em algo, então uma ideia surgiu em sua mente, talvez Sherlock pudesse ajuda-lo.

– Pensei que talvez você possa me ajudar. Como Joan é sua parceira, poderia me dizer do que ela gosta. – Mike sugeriu.

Sherlock ficou estático, a mente começou a trabalhar rapidamente, ele tinha deliberadamente uma oportunidade de se intrometer no encontro de Watson, talvez não devesse dar opinião, mas Thompson estava ali na sua frente praticamente suplicando por sua ajuda, ele se via obrigado a socorre-lo.

– O que necessariamente deseja saber? – Sherlock perguntou.

– Que tipo de comida ela gosta?

– Francesa.

Thompson riu.

– Não pode ser coincidência, recentemente abriu um grande restaurante francês no meu bairro, e que tipo de flores ela gosta?

– Lírios. Ela amava. – Sherlock respondeu.

Com isso, Mike agradeceu a Holmes e foi embora, ele tinha ar de superioridade em sua caminhada, e um sorriso no rosto. Tinha certeza que sua noite seria perfeita.

Sherlock apoiou-se sobre a mesa, um leve sorriso torto formou em seu rosto, vendo Thompson exalando confiança.

– Sherlock. – Bell bateu no ombro dele. – Por que você disse para Mike que Joan adora comida francesa? Que eu saIba ela odeia, lembra da festa de aniversário do capitão Gregson? Foi no Chez Raoul, ela mal tocou na comida.

– Acho que esqueci desse detalhe. – Holmes tomou um gole do café. – Espero que isso não estrague o encontro deles.

Bell, sabendo perfeitamente que Sherlock nunca esqueceria esse tipo de detalhe, ele apenas fitou o amigo.

– E lírios? Joan sempre diz que lírios lembra funerais. – Bell comentou. – Você também esqueceu esse detalhe, não é. – ele riu.

Sherlock permaneceu em silencio, tomando seu café. Bell ainda estava ao seu lado rindo ruidosamente, ele tinha dito várias vezes que Joan o mataria se soubesse, mas ela não saberia por sua boca. Holmes ignorou o amigo, e praticamente correu à procura de Mike. Ele finalmente encontrou-o nos elevadores.

– Ei, Mike. Será que você tem mais dúvidas sobre a Joan? Provavelmente posso te atualizar antes sobre seu encontro. Você sabe. Faça as coisas tranquila, quero dizer, sendo o seu primeiro encontro e tudo, você quer passar uma boa impressão, certo?

Mike olhou para ele, não acreditando como o parceiro de Joan era agradável, ele achou difícil de acreditar que aquele era o mesmo cara que, todos falavam.

– Bem, já que você ofereceu, eu estava meio que me perguntando que tipo de homens ela gosta. Você sabe, o tipo que ela normalmente namora.

Sherlock disse que Joan gostava de homens que falam de si, porque geralmente ela geralmente passa muito tempo falando sobre si mesma e sua carreira incomum. E sobre qualquer circunstância perguntasse sobre sua família, carreira ou seus relacionamentos anteriores.

Mike estava absorvendo toda a informação, ele achou estranho algumas coisas, mas Sherlock parecia tão convicto no seu discurso, que Thompson não teria motivos para duvidar de suas palavras, além disso, Sherlock conhecia Joan muito bem.

– Outra coisa. – Holmes falou antes de sair do elevador. – Quando for pega-la, basta buzinar, que ela sai. Joan não gosta de me apresentar seus pretendentes, pois tem algo sobre eu intimida-los.

Sherlock apenas sorrio, e virou-se, afastando-se rapidamente. Ele estava satisfeito, mesmo que Joan depois desejasse mata-lo como Bell tinha dito, ele não estava arrependido.