What If? escrita por Miss Addams


Capítulo 3
Capítulo 3




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“Essa é a sua noite, cara” Foi o que Christopher pensou ao se olhar no espelho do elevador enquanto descia até o térreo. Decidiu abriu mais um botão da camisa branca social, passou a mão pelo cabelo cacheado bagunçado desceu para o maxilar pensando se tinha sido uma boa ideia ou não deixar de fazer a barba, nem para o seu reflexo. Subiu os suspensórios pretos até os ombros e deu uma última olhada para si até escutar as portas do elevador se abrindo.

Para seu azar ele deu de cara com Dulce e Poncho que conversavam animadamente na entrada do hotel, deveriam estar falando da sua noite de hoje, queria ter evitado olhar antes que eles se dessem conta, entretanto era tarde demais Dulce foi a primeira a vê-lo inconsciente talvez se aproximou mais de Poncho e perdeu o sorriso que tinha nos lábios seu rosto dizia que não estava arrependida de ter roubado o parceiro dele. Já Poncho passou o braço ao redor da nuca dela e com a mão em cima do ombro dela deu um ligeiro acesso de cabeça, tinha uma expressão relaxada.

Christopher negou com a cabeça e seguiu seu caminho os ignorando, no fundo sabia que a raiva que sentia dentro de si não era deles e que poderiam fazer o que quisessem. Ele ia desfrutar aquela noite da sua maneira. Lá fora o táxi já o esperava, após ele dizer o endereço para o taxista mandou mensagem para alguns amigos americanos que estavam em Vegas e que seriam a sua companhia.

Anahí voltou ao seu quarto de hotel depois de uma longa conversa com Christian, cambaleando. O alívio só durou o trajeto entre os andares, quando se viu sozinha novamente toda a tristeza e dúvidas vieram à tona. A verdade era que não sabia o que fazer da sua vida, qualquer decisão que tomasse tinham consequências drásticas. Olhou para o seu celular que havia deixado no quarto e lembrou que não tinha retornado a ligação de Rodrigo, sabia que se ligasse já seria a tua escolha.

Podia bem fazer isso agora, afinal de contas, não foi assim que Christopher a excluiu de sua vida a partir daquele instante, a julgando? Lembrou de sua conversa com Christian, dos conselhos entre as várias garrafas de vinho, ela tinha que seguir o coração. Ele teria a resposta! Difícil era quando se esta mais confusa ou talvez bêbada não conseguir distinguir qual a voz do coração e qual de sua cabeça. Olhou mais uma vez o celular. Essa deveria ser o sinal que precisava, Rodrigo merecia essa chance...

Por outro lado tinha Christopher... Anahi bufou olhando para cima e nisso escutou o barulho de que uma mensagem havia chegado. Pegou o celular e viu que tinha várias mensagens. Foi selecionando as que queria ler. Rodrigo havia mandado mensagem havia que tinha chegado nos Estados Unidos, aquilo aqueceu seu coração. Era isso, ela pensou verificando o contato de Christopher viu que não tinha nenhuma mensagem, estava prestes a ligar para Rodrigo quando recebeu outra mensagem.

Dulce! Só então viu que a ruiva não só tinha mandado mensagem agora como também há uma hora. Algumas mensagens relatando o encontro com Christopher, que ele estava com raiva e já tinha saído para curtir sua noite. Na outra mensagem Dulce diz que Christopher tinha mudado seu trajeto com os amigos dele, descobriu isso por meio de Poncho, ela quis avisá-la por que acreditava que os dois mereciam conversar.

Anahí ficou olhando o nome da balada que Christopher estava por alguns segundos, pelo horário ele já deveria estar se enroscando com alguma vaca em algum lugar, foi esse seu pensamento espremendo o celular. Já estava louca não sabia o que pensar. Talvez a solução de todo esse problema fosse o melhor remédio para tudo. Álcool.

Levou aproximadamente quarenta e cinco minutos, em vinte minutos ela estava arrumada e maquiada, o táxi levou vinte minutos para chegar onde ela queria e agora tudo que tinha que fazer era beber.

Assim que entrou na balada foi caminhando até a área vip, observando até encontrar o que mais queria. Quando encontrou deu um sorriso, no caminho ignorou dois homens que tentaram puxá-la para dançar, a verdade era que estava tão focada que nem a música alta escutava direito. Só tinha um objetivo.

Chegando no balcão do bar estrategicamente, chamou o barman.

– Sex on the bitch, please! – Deu o seu melhor sorriso,jogou seu cabelo para o lado direito e então olhou para o lado triunfante. Encarando. – Christopher? Você por aqui. – Falsamente surpresa.

Anahí já conhecia esse lugar, vieram aqui com a banda, até mesmo os dois sozinhos, ficou tão irritada ao ver que ele tinha ido aquele lugar que eles vieram quando namoravam que precisava ver a cara de pau dele de estar com outra mulher ali sem ser ela. Ele estava no mesmo lugar onde sempre ficavam, quando chegou já o tinha avistado, tudo que queria era uma grande entrada para lhe chamar a atenção. Conseguiu!

– O que faz aqui Anahí? – Ele perguntou confuso.

– Bebendo. – Ela falou cínica quando o barman justamente aquele instante lhe deu sua bebida. – Como você! – Ela sorriu. – Pensei que você estivesse em outro lugar, escolhi este com cuidado para não esbarrar em você, sem êxito como podemos perceber. – Ela falava alto sarcástica enquanto tomava seu drink.

– Teve uma mudança de planos. – ele se aproximou por que ainda assim a escutava mal. E foi um erro, porque ela usava o perfume que ele mais gostava nela. Ficou desconcertado até. – O pessoal resolveu vir pra cá, comemorar o aniversário de Gus. – Ele apontou onde todos estavam.

– Não brinca? Adoro o Gus, porque não me disse logo. – Ela olhou na direção em que ele tinha apontado. – Vou cumprimentá-lo.

– Espera! – Ele segurou seu braço com certa firmeza que derrubou um pouco do drink dela. – Não veio com ele aqui, veio? – Ele perguntou sério.

– Me solta! – Ela puxou o seu braço. – Isso não te importa mais, já não somos mais amigos, verdade? – Ela tentou sair dali, mas Christopher não deixou ficando na sua frente.

– Importa sim! – Dessa vez ele nem tocou nela, só a prendeu no lugar com o olhar, que ela não sabia definir o que estava se passando com suas emoções talvez ele estivesse tão confuso como ela.

Ela se aproximou devagar e disse no ouvido dele tanto irritada como provocativa.

– Ainda que isso não lhe diz mais respeito, eu vim sozinha. – E depois se afastou indo na direção do pessoal, a verdade era que ela conhecia apenas alguns, cumprimentou Gus pelo aniversário e ficou alguns minutos ali. Ficou aliviada por ver que estavam só os homens conversando animadamente, ela constantemente olhava para o bar onde Christopher estava, a encarando friamente enquanto bebia.

Podia acabar com tudo ali mesmo! Podia jogar na cara dele que tinha o direito de se apaixonar por quem quisesse, e ele não podia opinar nada. Podia dar a palavra final naquela discussão de mais cedo. Podia voltar para o hotel, ligar para o Rodrigo e acabar com toda aquela tortura.

Só que tudo o que fez foi se afastar e dar uma última olhada para Christopher para depois descer e ir para a pista.

O que causou um efeito imediato nele que a seguiu sem pensar em mais nada. A realidade é que desde que entrou não pensava em mais ninguém a não ser nela. Não conseguiu olhar para nenhuma outra garota aquela noite, só bebia e lutava contra o seu desejo de querer voltar para o hotel e obrigar ela a ver que era ele quem ela deveria ficar. Ficou ali no balcão bebendo um copo atrás do outro com seu companheiro da noite. Seu orgulho.

Isso até ela chegar.

Era uma feiticeira. Foi o que ele pensou quando a viu encostar no bar do térreo, e olhar justamente para onde ele estava. Como se soubesse que ele a seguiria. Ele caminhou até o outro lado do balcão e assim como ela pediu sua bebida. Não trocaram uma palavra durante muito tempo, tudo o que faziam era beber e se olharem a conexão entre eles estavam tão intensa que não se davam conta do seu arredor. Dispensavam qualquer um ou uma que tentavam algo.

Ela não queria mais beber assim que olhando para ele saiu e foi andando, abrindo espaço entre as pessoas com certeza que mesmo distante ele a seguia. Ela foi até o final da pista mais longe do DJ e se encostou numa pilastra, ele estava parado a encarando. Justamente aquele lugar despertava muitas lembranças do passado deles. Estavam a um passo de reviver tudo.

Anahí não conseguiu conter o coração acelerar quando viu ele vindo em sua direção decidido, a falta de ar só aumentou quando ele grudou o corpo no dela que nem que ela realmente fizesse esforço, seria muito custo tira-lo. Com a mão esquerda ele apertou a cintura dela e com a direita encaixou os dedos entre os cabelos da nuca dela e virou sua cabeça para sentir o seu perfume. Já respirava com dificuldade.

– Você está aqui. – Ele disse próximo a sua orelha, o óbvio, mas para ele ainda inacreditável.

– Você também. – Ela respondeu apoiando suas mãos nas laterais ele, amassando sua camisa. Ela fechou os olhos quando ele mordeu sua orelha e nisso arranhou sua barba em sua bochecha, não gostava de barba, mas aquilo era demais pra ela. Subiu suas mãos até os cabelos dele para puxá-los. – Por Deus como conseguir brincar com isso ainda? – perguntou irritada e com as mãos levou a cabeça dele pra perto dela e o beijou.

Aquele foi o primeiro beijo da noite. E já foi para tirar o pouco ar que ambos tinham, ficaram ali tanto tempo que quando ela percebeu que não ele não aguentaria mais, o puxou para a pista de dança. E dançaram juntos sem se importar com mais nada. Beberam ainda mais um pouco até que viram que o melhor era sair dali.

Deram sorte de já ter um ponto de táxi bem perto, não demorou para entrarem em um.

– Para onde vamos?

Anahí e Christopher pararam o beijo e encararam o taxista, não sabiam ainda responder essa pergunta.

– Eu queria que nossa noite não acabasse agora. – Ela se encostou no banco arrumando o cabelo que ele tinha bagunçado.

– Podíamos encontrar Dulce e Poncho? – Ele sugeriu.

– Não! - Ela arregalou os olhos – Eles devem estar transando uma hora dessas. – ela deu os ombros sem se importar. – A menos que você queira participar... – Ela deixou no ar e depois deu uma alta risada, que foi acompanhada por Christopher.

– Não quero! Mas também não sei para onde vamos. – ele se encostou com ela a abraçando de lado.

– Taxista começa a andar e quando acharmos algum lugar dizemos para você parar. – Anahi deu a sugestão, e o taxista que estava entediado com o papo de bêbado deles deu um sorriso, era a chance de pegar uma longa corrida.

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