Então é Natal escrita por Naida


Capítulo 4
25 de Dezembro de 1997


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo, como disse antes espero que tenha gostado.



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"Ainda bem, Potter - disse Snape friamente - porque você não é especial nem importante, e não cabe a você descobrir o que o Lorde das Trevas está dizendo aos seus Comensais da Morte.
– Não... essa é a sua tarefa não é? - disparou Harry.
Não tivera a intenção de dizer isso; escapara de sua boca com a raiva. Durante muito tempo os dois se encararam, Harry convencido de que fora longe demais. Mas surgira uma expressão curiosa, quase satisfeita no rosto de Snape quando ele respondeu.
– É Potter - disse ele com os olhos brilhando- É minha tarefa. [...]"

Harry Potter e a Ordem da Fênix, Capitulo 26

Pego uma vela, enrolo alguns papeis coloridos envolta dela, então acendo e vejo tudo queimar, tudo de ruim vira cinzas, assim como o papel.

Há tanto tempo não comemoro os natais, mas esta tradição me pareceu apropriada para hoje, preciso de paz, meu corpo já está velho, minha mente cansada, minha alma já foi destruída a muito tempo, só permanece para cumprir os objetivos de Dumbledore, só me resta dor e culpa, meu fim é inevitável. O Lord esta cada vez mais inquieto, ele está obcecado pelo Potter, este será o fim dele, o fim de ambos.

A melancolia me envolve, me perdoe Lilly eu não posso salva-lo, apesar de tudo, de todos os meus esforços, de toda a dor e todo o horror que passei, cheguei até aqui, apenas para descobrir que nada disso irá salvar seu filho.

Eu o odeio, ele me traz as piores lembranças, porque de todas as pessoas tinha que ser ele, sempre me perguntei isso porque escolheu James, porque seu filho tinha que lembrar tanto ele, se pudesse eu mesmo o mataria, mas não consigo aceitar a ideia de magoa-la, de feri-la mais do que já feri, Cuba ou morta você ainda tem a capacidade de controlar minhas ações. Será que você não percebeu? Tudo que precisava fazer era me dar uma chance e eu abandonaria tudo, por você é mais ninguém.

As vezes me pergunto, será que no fim irei encontra-la, seja lá onde estiver? Acredito que não, minhas escolhas sempre nos mantiveram afastados, será que haverá paz em algum lugar para mim?

Todos os erros que cometi, todas as atrocidades que pratiquei em nome deste monstro que ousei chamar de Mestre irão me perseguir até minha morte é provável que até muito mais além. Quanto mais terei que me destruir até que a vida entenda que não sou mais digno dela.

Meu ego me cegou, meu orgulho me afastou de você, sempre acreditei ser mais esperto que qualquer outro bruxo, como não consegui perceber onde esta guerra me levaria, fui empurrado pelos planos de outros e acabei preso em uma situação sem volta.

Não resta mais nada em mim, estou à espera, de morrer? De ser condenado? De que tudo de errado? De que o Lord descubra que sou um espião? Que Harry não consiga? Ou que consiga?

Não importa você se foi há tanto tempo Lilly, Dumbledore também me abandonou, Harry os seguira em breve, quantas mortes antes eu já causei, quantas ainda vou causar, será que os pecados que cometi serão perdoados.

Mas ainda existe um fio de esperança em mim, que me faz acender essa vela, fazer este rito estupido, anseio por paz, minha alma clama por perdão.

A pesar disso, ainda vou levantar amanha e seguir as ordens do Lord, para manter o disfarce, para ter certeza que Harry viva até o fim, será que vou conseguir, se eu proteger Harry, você vai me perdoar?

2 de maio de 1998

– Olhe... para... mim – sussurrou o bruxo.

Os olhos verdes encontraram os negros, mas em um segundo alguma coisa no fundo dos

olhos de Snape pareceu sumir, deixando-os fixos, inexpressivos e vazios. A mão que segurava

Harry bateu no chão e Snape não se mexeu mais.

Lilly você me perdoa?


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