Depois do Fim escrita por Talyssa


Capítulo 28
Um novo início


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Tem muitas coisas pra dizer, mas acho que eu vou começar agradecendo todas as pessoas que acompanharam, os que comentaram, favoritaram ou mesmo aqueles que só visualizaram, quero que saibam que não teria chego até aqui se não fosse por todo o apoio que vocês me deram, tem muitos que estão comigo desde a fic passada, minha primeira, então, muito muito muito obrigada mesmo, vocês são os melhores leitores que eu poderia desejar!
Bom, esse é o capítulo final, sei que ficou meio longo {tá, muito longo}, mas acho que vale a pena pra todos entenderem bem o que aconteceu, então, por favor, cheguem até o final, acho que ficou legal :3
Por fim, boa leitura, espero que curtam.
Beijo :*



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— Ela é a amante do Rei Viskha, ela é a traidora! – Olhei para a Princesa que perdera todo o sangue do rosto e se mostrava totalmente sem palavras.

— O que você afirma é muito grave... Por acaso tem alguma prova? – Perguntei a Denise.

— Prova? Você não está acreditando no que essa serviçal está falando, não é?

— Eu tenho provas! Tenho testemunha. – E todos ficamos olhando-a. – Xaveco, pode entrar.

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POV CEBOLA

Ficamos esperando nosso espião entrar e os segundos pareciam uma eternidade até que o vimos aparecer ainda mancando e bastante machucado.

— É ela, Xaveco? É aquela mulher que você via com o Rei Viska?— Denise perguntou.

— Eu sinto muito, meu Senhor — falou voltando-se a mim – mas não tenho dúvida alguma de que realmente se trata da Princesa.

— Você não p-pode acreditar neles, e-eu nunca vi o Rei Toni e...

— BASTA! — Falei interrompendo-a. – Tenho plena confiança no Xaveco, afinal, ele ficou por anos infiltrado no meio dos nossos inimigos e quando chegou a hora veio até mim avisar-nos do perigo.

V-você tá dizendo que a palavra de dois serviçais vale mais do que a minha? — Ela questionou olhando-me incrédula.

— ISSO É UM ULTRAJE! MINHA FILHA NÃO É UMA TRAIDORA. — O Rei dos Lethus finalmente descobrira onde estava sua voz.

— Posso apresentar-lhes mais provas se assim o desejarem. A espiã que ela colocou no seu meio, o cocheiro que a levava até a floresta próxima da entrada do reino Syati. Além de tudo isso, ela está com o veneno que o mataria, Príncipe, é só procurar entre suas coisas; lamento dizer, mas eu mesma dei a ela quando me pediu.

Eu realmente não sabia o que fazer, obviamente não haveria mais casamento, mas estava com uma traição nas mãos e não era de uma pessoa qualquer.

— A Princesa ficará sob a guarda dos Syatis em aposento real até o dia em que todos poderão apresentar provas. Não posso ignorar essa denúncia, ainda mais vinda de alguém de minha extrema confiança, Xaveco.

Foi então que uma confusão muito grande se formou, o Rei e a Rainha Lethus começaram a esbravejar, dizendo que não poderíamos fazer nada daquilo, que eles iriam retaliar, enfim, não gostaria que tivesse chego àquele ponto, mas fomos obrigados a retirá-los do nosso reino com toda a sua comitiva.

Depois que tudo se acalmou e todos já estavam “presos” no lugar onde era designado até o dia do julgamento, reuni-me com meus pais para decidir o que deveria ser feito, afinal, se fosse comprovada, traição contra a coroa no nosso mundo tinha pena de morte. Maria chorava baixinho abraçada com Contrasthi, ficara bem assustada com todos os gritos e com minha possível morte após a cerimônia; mesmo quando a confusão maior passara, ela continuou agarrada ao DC e me peguei sorrindo, esperta a minha irmãzinha!

Decidimos marcar o dia do julgamento para o fim da semana e saí da reunião mais acabado do que qualquer outro momento da minha vida. Fechei a porta atrás de mim e encostei-me a parede, deixando meu corpo escorregar até que ficasse sentado no chão.

— Não é correto um Príncipe sentar assim no chão, sabia? – Levantei a cabeça imediatamente e vi a única pessoa que gostaria naquela hora.

— Desculpa, Mô... É que eu não sei o que fazer agora... Vai dar tudo errado.

— Ei, fica calmo, ninguém aqui vai deixar nada dar errado, tá? – E me abraçou. Levei o rosto aos seus cabelos e inspirei profundamente seu cheiro, tentando me acalmar, deu resultado. Confesso, nada mais no mundo teria sido capaz de me deixar mais tranquilo.

— Eu acredito em você, yala.

POV CARMEM

Deixaram-me num dos quartos da casa real durante alguns dias, levaram-me comida, bebida e outros confortos, mas nenhuma informação. Começava a duvidar que as coisas estivessem a meu favor, minha única esperança era que meu pai intervisse e, pelo visto, ele não ia bem.

O julgamento é hoje, ainda não acredito que aquela ridícula empregadinha teve a coragem de me trair dessa forma, se eu me livrar dessa, juro que trato de acabar com ela e com aquele amante... Como fui capaz de esquecer do idiota? Na verdade, a Denise me garantiu que não deixaria que ele saísse do hospital, pelo visto, mudou de ideia!

— Princesa, viemos buscá-la por ordem do Príncipe, por favor, queira nos acompanhar. – E fizeram menção de segurar meu braço, o que rapidamente me esquivei.

— Eu ainda posso andar sozinha. – Eles apenas acenaram e me acompanharam silenciosamente.

Chegamos até o lugar que quase levei meu plano a cabo, porém, ao invés do oficial de cerimônia que realiza o casamento, estavam quatro tronos e neles sentavam-se o Príncipe, o Rei, a Rainha e a Princesa, nessa ordem, e o irmão adotado encontrava-se em pé à direita do Cebola; olhei em volta e percebi que além de nós só haviam os guardas.

— Minha família não teve autorização para vir? – Perguntei.

— Sim, eles sabiam da data e do horário, mas não compareceram. – O Rei respondeu-me, percebi que o Príncipe olhava em minha direção apenas por educação, mas quem realmente conduziria tudo aquilo seria o monarca maior.

O que não conseguia entender era o porquê de papai e mamãe não estarem ali ao meu lado, será que não tentaram se quer um acordo para me livrar do castigo eminente? Tramar a morte de qualquer um da família real era crime punível com morte, mas quem sabe eu, sendo uma Princesa, não teria direito à, pelo menos, prisão perpétua com alguns luxos básicos? Só queria uma criada, nada mais!

— Você está pronta para defender-se, caso seja necessário? – Ele perguntou.

— Não será. Não cometi crime algum e isso ficará bem claro.

— Tudo bem, que entre a primeira testemunha.

Eu não podia suportar olhar para aquela cara sem graça da Denise, como ela pôde me trair assim? O Rei fez uma série de perguntas e ela respondeu exatamente igual a quando fez as acusações. Depois dela veio o Xaveco, sim, era minha perdição, mas eu tinha um trufo contra aquele depoimento e pedi o direito a fala assim que ele acabou de falar.

— Direito concedido.

— O depoimento desse rapaz não pode ser considerado assim. Ele passou a vida inteira com os Viskhas, nossos conhecidos por matar, mentir e enganar, quem garante que ele não está usando esses artifícios em conluio com a yala dele?

— Quem é a yala do Xaveco? – A Rainha perguntou surpresa.

— A Denise, ora! Vocês ainda não perceberam?

— Isso é verdade, soldado? – O Rei questionou com a expressão indecifrável.

— Sim, meu Senhor, mas não menti por causa de ninguém, conto o que sei e vi, mas confio no seu julgamento. – E dizendo isso sentou-se para esperar os demais depoimentos.

— Vê só? Ele mente pela sua amada, está querendo protegê-la, é exatamente isso que os machos que se vinculam fazem! Denise sempre teve inveja e agora encontrou uma maneira e tenta me derrubar, isso não pode ser levado a diante. – Disse com tanta veemência que quase acreditei na minha própria mentira.

— Ainda há outras testemunhas, por tanto, peço ordem para que levemos a diante. – Obedeci instantaneamente, mas não fazia ideia de quem eram as outras testemunhas.

Primeiro veio a Cascuda, não acreditei, mais uma traidora! Ela contou que eu a inseri na casa real para colher informações a respeito dos humanos, que pedi para que avisasse assim que eles colocassem o pé em Katharsis. Tentei manter minha expressão neutra, mas aquelas palavras me deixavam em uma situação muito ruim!

A próxima testemunha era alguém que eu se quer lembrava da existência até o presente momento: o cocheiro! Aquele que muitas vezes me levara à mata próxima da entrada do reino Viskha. Ele deu a localização exata de onde me deixara todas as vezes, aquilo sim assinou minha culpa. Tive a impressão de que a maioria dos meus empregados prestaria depoimento contra mim, acho que nem sempre fui uma pessoa tão boa com eles.

Quando pensei que estava tudo acabado, um soldado entrou com o frasco da droga que usaria para tirar a vida do Príncipe, mas se eu seria condenada, levaria alguém comigo.

— Sei que estão todos dando graças à Santa Denise, mas por acaso ela já contou quem conseguiu o frasco para mim?

— Não se dê o trabalho de destilar seu veneno, a Denise procurou-me e contou tudo, inclusive assumiu sua culpa a esse respeito, exatamente por isso que terá uma pena mais branda. – Ouvi a voz do Cebola pela primeira vez aquele dia.

Preparei-me para ouvir a sentença e foi aí que tudo tornou-se som e poeira ao mesmo tempo.

POV CEBOLA

Tudo aconteceu muito rápido, uma hora eu estava completamente tenso com aquele julgamento e totalmente incrédulo em relação à Princesa; no instante seguinte vi a forma corpórea do Oráculo na porta da sala dizendo “Está na hora”, assim que desapareceu só pude ouvir um estrondo muito alto e poeira.

Quando conseguimos enxergar um palmo a nossa frente pude ver o estrago, a parede da ala lesta fora atingida, muitos soldados estavam feridos e só não fomos atingidos, pois estávamos mais para o centro da sala. Olhei para o buraco que fora feito com a explosão e identifiquei meus homens lutando com um inimigo desconhecido no lado de fora.

— Leve Maria, papai e mamãe para um lugar seguro! Preciso encontrar a Mônica agora.— Gritei para oContrasthi que já adiantava a missão que tinha dado a ele.

Tirei minhas vestes reais e fiquei com a roupa de guerreiro que trajava por baixo, voltei minha atenção para onde a Princesa estava, surpresa! Ela sumira. Óbvio, uma missão de resgate, mas, que pelo visto, tornara-se também um motivo para um ataque.

Corri para a batalha e fiquei boquiaberto quando vi não só soldados Viskhas, os Lethus haviam se unido a eles.

— Não faça essa cara de surpresa, Príncipe! Vocês iriam matar milha filha! A única coisa que eu pude fazer foi a aliança com nosso Rei aqui, afinal, o inimigo do meu inimigo é meu amigo. – O Rei Frufu gritou de dentro de uma carruagem não atingida e, dito isso, afastou-se em direção à calmaria levando sua filha.

— Ora se não nos encontramos novamente... — Virei e reconheci imediatamente, Rei Toni, porém, agora tinha uma cicatriz horripilante que cortava seu rosto do olho direito até a parte inferior esquerda do rosto, não me lembrava de ter feito isso.

— Estou preparado para dar-lhe uma surra outra vez e, dessa vez, não terei uma distração e acabarei com sua vida.— Rosnei em resposta.

— Será que não haverá mesmo uma preocupação? Pois eu vejo uma igualzinha a anterior vindo por ali... — E apontou para uma das portas da Casa Real, meu coração apertou quando eu a vi correndo para a briga.

— Você se engana... Dessa vez não é igual a anterior.— E, como se tivesse escutado, Mônica deu um soco no chão que sacudiu tudo, derrubando amigos e inimigos, e depois da distração atacou cinco soldados Viskhasde uma única vez.

O Rei olhou incrédulo para minha yala, já eu a olhei com orgulho, pelo menos assim ficaria mais tranquilo e poderia me concentrar na minha briga, além disso, Mônica tinha o Cas e a Maga ao seu lado, nada aconteceria com eles.

— Por nossos ancestrais juramos que daqui só saímos mortos. O reino perdedor curvar-se-á diante do vencedor.— Entoamos o juramento juntos, o juramento inquebrável, pois aquele que o violasse teria sua geração e as próximas cem amaldiçoadas. Ninguém nos ouviu, mas todos podiam sentir o que falamos.

Escolhemos as espadas para lutar e percebi que ele era um adversário muito bom, entretanto, tudo aquilo estava sendo inútil, pois ninguém ali cairia. Pelo canto do olho conseguia ver os três humanos dando seu suor, sangue, sua vida diante dos inimigos que aumentavam mais e mais suas fileiras de soldados por conta da união com os Lethus. Nossos ancestrais realmente sabiam que aquela era a coisa certa a se fazer, sabiam que ninguém lutaria conosco, apenas os três. Minha yala acabava com tudo o que via pela frente, mas o Cas e a Maga não ficavam para trás, eram incríveis! Entretanto, aquilo deveria chegar ao fim, logo teremos perdido muitos homens e os humanos ficariam cansados diante da infinidade de Viskhas e Lethus.

Consegui disferir um golpe no ombro direito de Toni, o que ele usava para lutar, dessa forma fragilizei o loiro. Estava quase o derrotando quando uma chuva de cabelos loiros veio em minha direção, com o ataque do Rei não pude desviar dela e acabei jogado ao chão. Meu reflexo foi erguer minha espada ao mesmo tempo que Toni enterrava a dele em minha direção.

Senti que havia acertado em algo e logo percebi algo quente derramando em minhas mãos, abri meus olhos e meu mundo acabou naquele momento. A espada do Rei não entrara em mim, a Mônica deve ter visto quando Carmem veio em minha direção e correu em meu auxilio, jogando-se na frente da arma assim que viu que me atingiria. A lâmina fria entrou no seu peito e o sangue manchava sua roupa e pele.

Sai com cuidado debaixo dela e o grito que saiu de minha garganta juntou-se a outro lamento, a Princesa também gritava por seu amado. O Rei Toni estava morto e, com isso, todos os soldados abaixaram suas armas, inclusive o Rei de Lethus, que deveria se entregar. Eu não pude perceber muita coisa em volta, mas vi a mesma chuva loira de cabelos indo em direção ao chão e mais gritos, dessa vez dos pais de Carmem, ela foi ao encontro do seu amado seja lá onde estivesse.

No meu colo eu sentia novamente a dor da perda inundando meu rosto, a ventania que comecei fez tudo sair do lugar, meus gritos de lamento só aumentavam e eu entendi o porquê da Princesa ter feito o que fez, nada mais me prendia àquele mundo. O assassino de minha yala estava morto, a fêmea que levara aquilo tudo também, então para mim era o fim.

Ninguém se aproximou, Magali chorava baixinho com a cabeça escondida no colo do Cas que deixava suas lágrimas caírem livremente também. Ainda bem que meus pais e irmãos não estavam ali. Peguei a adaga que guardava na perna, beijei os lábios de minha amada e prometi a ela que nos encontraríamos no lugar onde os meus antepassados estavam, lá ficaríamos juntos eternamente.

— Eu vou partir pra te encontrar, yala. – Sussurrei calmamente no seu ouvido.

Ergui a adaga para enterrar no meu peito e quando ela ia rasgar minha pele um campo de energia impediu, olhei para o lado e vi Magali manipulando um escudo, o Oráculo estava perto dela; eles chegaram próximos a mim e começaram a falar muitas coisas, mas não conseguia entender nenhuma palavra, só pensava na raiva que sentia enquanto mais uma vez me impediam de estar com a minha Mônica.

— O que estão fazendo? – Perguntei sentindo um rugido no fundo da minha garganta.

— Ela não está morta! – A Múmia horrorosa tentava me enganar. – É sério, a Magali usou o escudo na hora correta, eu tenho certeza que a lâmina não atingiu o seu coração.

Olhei mais de perto e percebi o que no momento do desespero não havia notado, eu iria fazer a maior burrada da minha vida! Seu rosto ainda tinha cor, embora estivesse perdendo sangue, sua respiração era regular e sua pele estava quente.

— Não interferi antes porque achei que não havia dado tempo de parar aquela espada, o Seu Oráculo que avisou. – Magali contou enxugando as lágrimas.

Ela só estava desmaiada por causa da perda de sangue, era só um desmaio!

— NAEM! MINHA NAEM! – Contrasthi corria em desespero, expliquei o que havia acontecido e a levamos para o hospital.

POV MÔNICA

Acordei sentindo uma dor no peito, toquei e percebi que estava enfaixado, com um sorriso lembrei de como havia sido útil naquela batalha e que... NÃO, CEBOLA!

— Xiiiii, calma, yala, estou aqui com você! – Ouvi sua voz ao meu lado e respirei aliviada.

— Eu pensei que iria te perder... – Falei abrindo os olhos.

— Eu também pensei. – Ele confessou.

— Você queria se matar, e-eu lembro. – Percebi que estava chorando e ele calmamente limpou minhas lágrimas.

— Eu pensei que você tinha partido, não queria viver num mundo onde você não existisse. – Fiquei calada e comecei a imaginar, também não gostaria de viver num mundo onde o Cebola não estivesse. – Olha quem veio te fazer companhia.

— Meu Doce! – Abracei meu bichinho e ele ficou aninhado no meu peito.

— Olha quem queria morrer por você e não ganhou nem um abracinho... – Ele falou fazendo beicinho.

O puxei pelo colarinho das vestes e dei-lhe um beijo de tirar o fôlego, percebi que aquele era o primeiro beijo nos tempos de paz, a partir daquele momento não perderia meu Príncipe nunca mais.

— Quando você sair daqui quero te levar para outro lugar, um encontro de verdade... Parece que a gente sempre tá se encontrando em hospitais e coisas assim. – Rimos juntos, era verdade, mas qualquer lugar que ele estivesse estava bom para mim.

Algum tempo depois as visitas começaram a chegar, primeiro meus futuros sogros, depois meus dois melhores amigos, que já pensavam na data do casamento, Xaveco e Denise, essa última havia sido responsabilizada por entregar o veneno para a maluca, então teve que prestar serviços de auxílio no hospital, por fim chegaram Contrasthi e Maria que vinha colada nele, parece que no momento em que ela percebeu que poderiam ser separados na guerra, tomou coragem, se declarou e deu-lhe um beijo... É, esse povo só quer se entregar nos 45 do segundo tempo!

Descobri que agora só reinavam dois monarcas, Rei Cebolácio e Rainha Cebola, eles permitiram que osViskhas e os Lethus permanecessem onde sempre estiveram, mas agora comandavam todos os três reinos e, futuramente, esse papel seria do Cebola e meu! Nenhum dos dois povos quis retaliação, parece que a ideia que tínhamos da barbaridade dos Viskhas não se estendia para a população, mas apenas para os governantes. Os Reis Frufu’s foram condenados ao exílio e não tínhamos mais notícias deles, os Lethus sentiram, porém nem tanto, pelo que contam os monarcas não faziam um bom trabalho administrando tudo por ali.

Não conseguimos notícias da Terra, afinal, a comunicação entre os mundos não existia, mas quem sabe conseguiríamos salvar algumas pessoas futuramente. Enfim, nunca vou esquecer meu planeta, lá vivi alguns momentos bons com meus pais, conheci meus melhores amigos, protegi e fui protegida, um dia, quem sabe, eu retorno e tudo há de estar bem.

O curioso é que quando conheci o Cebola, acreditava que tive que vir da Terra pra conhecer o amor, olhando para os meus dois amigos e segurando o cordão dos meus pais que há tempos nem lembrava, entendi que o amor estava dentro de mim e onde quer que eu estivesse lá ele estaria, na verdade, o sentimento apenas se estendeu para esse novo mundo, novo povo, novos amigos, nova família, novo bichinho de estimação e o homem da minha vida.

Todos saíram da sala e nos deixaram a sós mais uma vez.

— Você tá bem? Está tão pensativa... – O Cebola me perguntou.

— Sabe... Eu tinha muito medo do que viria depois do fim, mas percebi que nada acaba de fato, o que acontece é apenas um novo começo. – E selamos com mais um beijo o início, outro dia eu conto o que aconteceu depois.


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Notas finais do capítulo

Espero de coração que tenham gostado, estou muito feliz por ter terminado essa fic, mas me despeço de vocês com a sensação de dever cumprido.
É com dor no coração que também me despeço dessa turminha tão linda, porém, não é um adeus, apenas um até logo. Fico alegre de informar que tenho um novo projeto, ele já tem cinco capítulos todos prontinhos para as pessoas que queiram me acompanhar para além de Turma da Mônica, é minha primeira fic com personagens originais *-*
Agora sim o link do trailer está okay, cliquem e acompanhem, daqui a pouco sai o primeiro capítulo de VIDAS CONTRÁRIAS



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