Depois do Fim escrita por Talyssa


Capítulo 16
Conhecendo o Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Olá, povo :D
Sim, acabou de sair mais um capítulo com minhas loucuras e viagens na maionese pra vocês *-* Espero que gostem >
— Palavrinhas Katharsianas novas, atentem para as notas finais quando verem o * (asterisco) em cima de algum vocábulo;
— Texto em itálico pra vocês saberem que eles estão falando em sua própria língua;
— Para quem tá ansioso por Cebonica tenho que informar que só haverão momentos de fato depois do capítulo 20, então, só um pouquinho de paciência com as chatices dos meus capítulos que daqui a pouco chegamos lá!
Beijos ♥



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POV CARMEN

— Morte. A morte libera o outro lado do compromisso. E é assim que tudo vai se acabar: Meu amado terá o que quer, eu me liberto e o Príncipe Cebola morre. Simples.

==

— P-princesa! Se descobrirem isso quem morre é Vossa Alteza! – Denise falou levando as mãos a boca.

— Ninguém saberá. Fique tranquila. Agora ajude-me a pôr as roupas novamente, preciso sair.

Ela não precisou ouvir uma segunda ordem, apenas me deu auxilio com as roupas, cabelo, maquiagem e saiu do meu quarto, deixando-me sozinha para fazer o que desejava.

Esperei algumas horas para colocar as ideias no lugar e dar tempo para que todos pegassem no sono. Sorrateiramente sai dos meus aposentos e silenciosamente atravessei toda a extensão do castelo até o lado de fora, meu pathris* não podia sonhar que estava saindo sozinha àquela hora da noite, mas eu teria que ir até meu futuro Rareen*.

Dei a volta pelo lado externo do Castelo e me dirigi à ala dos empregados, sem cerimônia fui abrindo a porta e encontrei alguns deles comendo alguma coisa, assim que me viram puseram-se aos meus pés, exatamente como deveria ser.

— Titi, desejo que me leve até um lugar nesse momento. – Meu tom não deixava dúvidas de que queria ser atendida imediatamente.

— Como queira, Princesa. – Ele assentiu com um aceno na cabeça.

Quando estávamos quase na carruagem percebi passos apressados em nosso encalço e virei-me.

— P-princesa... Irei... Com... Você. – Denise parava com a mão no peito para respirar, estava ofegante.

— Se eu desejasse sua companhia teria chamado. Agora volte ao castelo e fique em minha cama. Se alguém desconfiar do meu sumiço a coloco na rua, entendeu? – Ela apenas olhou-me assustada e voltou o mais rápido que pode para fazer o que mandei.

A viagem demorou cerca de duas horas, mas logo chegávamos ao meu destino, pedi que Titi parasse há muitos metros de distância e esperasse ali até que eu voltasse, ele era de confiança, porém não podia arriscar ser vista fazendo o que tinha que fazer, além disso, o lugar era secreto e ninguém poderia encontrá-lo.

Caminhei por alguns minutos numa trilha dentro da mata e encontrei a gruta escondida entre árvores, pedras e plantas, entrei e cheguei ao túnel secreto que me levaria ao meu Yala*. A distância que percorri era cansativa, entretanto o que me aguardava ao fim dela era totalmente tentador e pagava todo meu esforço. O túnel foi escavado dentro de uma montanha gigantesca, havia muitas bifurcações, quem não conhecesse acabaria perdido ali dentro para sempre, na verdade, só era necessário perceber o padrão dos caminhos corretos, havia lodo em muitas partes da via, mas o túnel correto era o que tinha musgo em seu canto inferior, apenas questão de prestar atenção.

Finalmente cheguei a uma grande porta protegida por dois brutamontes que logo afastaram-se para permitir minha passagem, não havia outra saída ou entrada que não fosse aquela, cumprimentei-os e finalmente cheguei aquela sala tão familiar que já havia me acostumado, ele esparramava-se numa poltrona gigante e ao me ver seus olhos brilharam.

— Não te esperava aqui, Yala. – Adorava quando me chamava assim, sim, eu já era sua amada e, depois de nossa união, seria sua Shadon* de fato e pra sempre. Suspirei quando seus dedos longos passaram em meu rosto, fechando os olhos pra guardar aquele momento. – O que te trás aqui? Saudades de mim?

Sorri tomando conta daquela verdade, porém, tinha algo muito melhor para justificar minha visita fora de hora.

— Toni, Rei dos Viskhas, lhe trago a informação que você tanto esperou para tomar o controle de Katharsis.

==

POV TONI

Quando ouvi aquelas palavras dos lábios de minha Yala algo rugiu dentro de mim, finalmente a guerra começaria de fato, como nosso Oráculo dos Viskhas previu: “Três humanos, eles serão o único fim da guerra de um jeito ou de outro. Se não os eliminar, será o fim de Vosso povo e os Syatis triunfarão, se houver êxito de sua parte, a guerra acabará e o Senhor será o único Rei Katharsiano.”. Por isso era imprescindível que soubéssemos da existência de humanos assim que estes pusessem os pés em Katharsis.

— São os humanos, Yala? Diga que sim! – Pedi ansioso.

— Sim! São os três da profecia. – Ela respondeu com um ar triunfante. Minha Yala era uma fêmea inteligente, jamais consegui colocar espiões no reino dos Syatis, no entanto, ela o fez por mim. Minha ideia inicial nunca foi de tomá-la como minha Shadon, mas me apaixonei, dessa forma, sempre fizemos tudo um pelo outro e para estarmos juntos.

Abracei-a e rodei-a no ar, sua risada soou alta e alegre, como eu amava aquele som, minha vontade foi de tomá-la ali mesmo, no chão, do jeito que ela gostava, mas qualquer guarda ou criado poderia entrar a qualquer momento e eu mataria o macho que a visse nua.

— Há mais uma coisa... – Ela olhou para baixo e esperou.

— Diga.

— O Príncipe pediu minha mão em casamento, não entendi, afinal, ele tem os humanos e um deles é o liadhere, não sei porque me quer. – Um rugido saiu do fundo da minha garganta e naquele momento seria capaz de rasgar o Cebocó com minhas próprias mãos.

— Ele não ousou tocá-la, não é?

— Não, Yala, nunca! O único a me tocar foi você... – Um leve rubor apareceu em suas bochechas e isso reacendeu meus desejos.

— Bem, então assim será mais fácil. Terei os humanos aqui no reino antes que ele perceba, matarei os três de forma rápida e limpa, não é meu costume, mas tenho pressa. Enquanto isso... Você fará com que ocorra um “acidente” ao Príncipe e ficará mais fácil de tomar o controle de tudo.

— Eu já havia pensado por esse lado, não se preocupe que já tenho meus métodos.

— Excelente! Mas ouça, não deixe que ele toque em você. Seria uma pena se tivesse que matar minha futura Shadon por traição. – Falei com uma voz baixa e transbordando ameaças, ela tremeu nos meus braços.

— N-não... Eu jamais faria isso, juro. – Disse passando os dedos sobre o coração em promessa a mim.

— Sei disso, agora vou leva-la a... – Ouvi um barulho e virei em direção a cortina que cobria minha janela, fiquei esperando algo mais, porém, apenas o vento fazia bater alguns galhos na janela pelo lado de fora.

— Aconteceu alguma coisa, Yala? – Perguntou olhando na mesma direção que eu.

— Apenas achei ter visto algo... Mas deixe pra lá. Tenho algo mais interessante pra fazer agora. – Com isso, a carreguei em meus braços e a levei para meu quarto, ali poderia tê-la e matar a saudade de fazer amor com minha futura Shadon, nossa união e nosso reinado estavam mais perto do que poderíamos ter imaginado.


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Notas finais do capítulo

VOCABULÁRIO
*Pathris - pai;
*Rareen - macho casado, marido;
*Yala - amado (a);
*Shadon - fêmea casada, esposa.

É isso, gatinhos e gatinhas! Estou com o próximo capítulo no gatilho, por isso sei que ele sairá no máximo depois de amanhã. Não esqueçam de favoritar e comentar, me ajuda muito saber como está o andamento da fic e, é claro, que tudo isso incentiva a gente a continuar.
Obrigada aos meus lindos leitores que acompanham e apoiam meus devaneios *-* kk
Até, goxtosos



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