Eu Sou Uma Vampira escrita por Vitória M


Capítulo 23
Richard




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POV Richard

Minha vida acabou quando eu tinha 20 anos.

Na verdade, minha vida sempre fora um inferno desde que eu era uma criança. Eu tinha uma irmã, que eu odiava. Era a perfeitinha. Despois que ela nasceu, meus pais esqueceram-se de mim. Desde pequena, era a mais mimada e adorada. Eu e meus pais vivíamos brigando.

Com 15 anos, entrei no mundo das drogas. Queria chamar a atenção deles um pouco para mim. Mas não adiantou, só recebi mais desprezo, enquanto minha irmã ia bem na escola, fazia tudo em casa e nunca aprontava. A anjinha desgraçada.

Em um dia, ela inventou de fazer trilha. Mamãe não quis ir, e ela foi sozinha. Obviamente, não me chamou. Mal nos falávamos. Nunca nos demos bem, segundo ela, graças ao meu ciúme. Mas eu só queria a atenção que perdi quando ela nasceu.

E então, ela não voltou. Ficou uns quatro dias fora, e meus pais estavam desesperados, enquanto eu festejava internamente. Ela sumiu, talvez tenha morrido, e eu nem precisei sujar minhas mãos para isso.

Mas então, ela voltou. Estava completamente diferente, e seus olhos eram vermelhos. Estava, embora eu não admitisse, linda. Pálida e deslumbrante.

Porém, apesar de sua beleza, de alguma forma, parecia que em sua testa estava escrito “perigo, não se aproxime de mim”. Mas ignorei meu senso de proteção, e comecei a encher o saco dela, zombando das “lentes” vermelhas.

Em um dia, em que estávamos sozinhos, ela se descontrolou. Me empurrou, e bati com força na parede. Minha cabeça começou a sangrar. Ela mostrou seus caninos, e depois só me lembro de uma dor alucinante.

Acordei dois dias em um hotel. Ela estava ao meu lado, desesperada, pediu desculpas, e explicou tudo. Eu era um vampiro, um ser sem alma. Ela tinha acabado com a minha vida. Meu ódio por ela só aumentou.

Eu queria torcer seu pescoço, mata-la muito lentamente. Mas não adiantava, era muito novo ainda. Sem dizer nada, corri. Eu era mais rápido, ela não conseguiu me seguir. Passei a matar humanos. Muitos. Sentia-me cada vez mais poderoso.

Passei a espreita-la, esperando um momento para ter minha vingança. Mas ela era tão poderosa quanto eu. Esperei mais um pouco. Alimentei-me de mais humanos. Descobri meus poderes. Hipnose.

Depois, voltei, e disse que queria falar com ela. A retardada queria pedir desculpas, estava preocupada comigo. Fingida. Lembro-me muito bem, da hora que me aproximei, em que a hipnotizei para se esquecer. Se esquecer de mim, que eu algum dia sequer existi. Fiz isso, pois infelizmente sabia que não teria chances numa briga com ela; mesmo ela não percebendo, era poderosa demais. Não tinha certeza se sairia ileso.

                Meu plano era esperar alguns anos, treinar muito, e depois voltar, e mata-la com minhas próprias mãos.

Mas, mesmo com meu plano, estava sedento por vingança. Eu só queria deixar um gostinho de infelicidade para ela. Planejei tudo. A morte de meus pais. Eram as únicas pessoas que minha irmã parecia realmente amar. Ela ainda era um virgenzinha e nunca teve namorados, suas amigas eram umas falas – ela não sentiria falta delas. Fiquei realizado ao ver meus pais morrerem. Foi graças a mim que o carro deles bateu, e até hoje me parabenizo por isso. Eles, que nunca se importaram comigo. Agradeceram quando eu desapareci.

Passei a vigiar minha irmã no orfanato, ainda não tinha me vingado completamente. Então, ela foi adotada. Por vampiros. Os idiotas gostavam dela. E ela deles. Morri de raiva. Eu que deveria estar feliz, não ela! Mas minha obsessão era grande. Passei a violentar as mulheres, e a mata-las logo depois, para extravasar minha raiva.

Entretanto, em um dia, encontrei uma mulher. A mulher. Não consegui fazer nada de mal com ela. Pela primeira vez, fiz tudo com calma. Passei a encontra-la frequentemente. Estava me apaixonando. Por um momento, esqueci-me de minha irmã, de minha vingança. Concentrei-me apenas em Caroline.

Todavia, um tempo depois, percebemos: ela estava grávida. Só tínhamos transado duas vezes, pois eu tinha medo de machuca-la. Mas ela engravidou.

Na hora do parto, ela implorou para salvar nossa filha. Fiz o que ela pediu. Caroline não aguentou, e morreu. Não achei meios de salvá-la.

Odiei aquela menina desde o primeiro instante. Ela acabou com minha vida. Por culpa da garota – que recuso-me a chama-la de filha – perdi o meu amor. Minha vida era, e sempre foi, uma droga. Nada de bom acontecia.

Então, enraivecido e amargurado, lembrei-me novamente de minha irmã. Largar um peso na vida dela estava de bom tamanho. Deixei a pestinha na casa dela, e parti pelo mundo. Encontrei muitos vampiros, e fiz questão de mata-los. Não sem antes brincar um pouco com meus poderes.

Os Volturi ficaram sabendo dos meus feitos, e mandaram um deles para me matar. Matei-o em pouco tempo. Mas então, eles começaram a mandar mais gente. Eram muitos. Tive que me esconder. Encontrei uma coisa que odiava mais que minha irmã – os Volturi.

Então, soube que minha irmã estava sendo usada por um deles. Ouvi a conversa de Alec com Aro. E, bem, cheguei a conclusão que poderia deixar um pouco meu ódio por minha irmã de lado, e ajuda-la contra os Volturi.

Depois, veria o que faria com a minha infeliz irmã, Isabella Swan.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam que esse é o ponto de vista do Richard, é o que ele vê, mas não quer dizer, por exemplo, que seus pais não gostavam dele.Provavelmente, nos próximos capítulos, ás vezes, colocarei flashbacks sobre a vida de Richard, e Bella. Richard é o ‘ele’ do último capítulo, e será muito importante para o fim da fic. Como viram, é poderoso com a irmã. E ae, imaginavam que Bella tivesse um irmão? Comentem bastante, quem sabe o próximo post venha tão rápido quanto este? hehe. Beijos.