The Mentalist Summer Season escrita por TM


Capítulo 21
Episódio 7 — California Dream




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A casa de Julienn Reese Charlie era uma típica americana, pintada em tons pastéis, um jardim amplo, um bom carro na garagem e alguns bancos na parte de frente da casa, enquanto atrás tinha uma mesa de 1 metro e meio e uma churrasqueira portátil.

 A vendedora de 31 anos recebera a ligação de sua melhor amiga, Chelsea, achando que era apenas um trote, mas após a confirmação pela parte de Jace, desabou em lágrimas. Ela sabia quem era Dan, e isso a fazia uma vítima fácil.

 Sabia que ele era um homem de meia idade, bilionário, bom de papo, e segundo Chelsea, até bom de cama. Mas não sabia qual era sua real aparência. Sabia também que Dan era masoquista, e que às vezes, contava para Chelsea histórias que pareciam de ficção.

 Tipo a vez que ele disse que matara um mendigo por diversão, e por se achar um Deus. Ou talvez a vez que ele matou uma família inteira queimada porque a mulher o olhou com repugnância. Sua amiga vivia falando que era brincadeira da parte dele, e que fazia isso apenas para parecer mais homem que os outros, entretanto, Julienn discordava.

 Ela estava na cozinha com uma faca na mão e olhou a foto em que ela e Chelsea tinham tirado; Chelsea loura dos olhos verdes com o corpo escultural de um lado e Julienn, uma baixinha de cabelos negros e com óculos grandes de mais de outro. A lembrança fez com que a jovem deixasse uma lágrima escapar.

 Mas de repente, tudo apagou. Ela olhava para os lados em busca de uma pequena luz, que fosse para poder localizar-se. Nada. Ela tateava com as mãos os objetos e seus olfatos tornaram-se como os de um animal em perigo, errantes. O seu terror noturno acabara de começar.

 Julienn Charlie andava devagar com a faca em sua frente, mas de nada adiantava. O medo a controlava como um fantoche, suas mãos começaram a tremer e derrubou a faca no chão, fazendo com que aquele pequeno barulho parecesse um estrondo na calada de seu pesadelo vivo.

 Ela sentiu um forte cheiro de menta ao seu lado e quando virou-se para encará-lo, sentiu que perdera os sentidos e que um líquido escorria em seu chão. Nessa hora, a única testemunha que poderia incriminar Dan tinha dado seu último suspiro. Julienn morrera.

 Após 20 minutos do ocorrido, os agentes e policiais regionais apareceram na casa de Julienn. Lisbon estava colocando seu colete à prova de balas quando Jane gritou.

 — Ei! Tem algo na porta! Dan nos deixou um presente. — Jane foi correndo em direção a porta e arrancou o pedaço de papel, pôs-se a ler em voz alta, mas a medida que ia lendo, suas mãos se fechavam no papel, sua raiva estava se manifestando.

 Não foi desta vez, não é, Jane?

Eu sei que você e seus amigos deram duro para descobrir isso mas... Eu sempre estou um passo á frente de vocês. Deveria ter percebido isso antes de me provocar em rede nacional e ter provocado aquilo. Saiba que o que eu fiz com Julienn foi preciso, racional. Você em meu lugar teria feito a mesma coisa. 

 Casos vão, casos vêm e eu sou o único assassino que você não consegue pegar, bem, devo admitir, isso é trabalho de mestre.

E quanto a mestre, deixe-me perguntar, como está Lisbon? Está melhor? Bons tempos que tomei com sua chefinha de merda. Ela me surpreendeu, Jane, não achei que ela fosse tudo aquilo sem suas roupas masculinas baratas encorpadas em seus músculos femininos.

Você deveria prever, Jane. Você me decepciona tanto...

Estou mais perto do que pensa. Find me!

Red John

P.S= Acho melhor você ligar para nosso querido presidente Clark... Ele deve estar muito abalado com a perda de seus filhos e esposa. Ele me lembra um caso em especial, você meu caro. O seu inferno começa aqui e agora.

Me ache antes que eu mata tudo o que você ama e conhece... Nosso jogo começa hoje, e lembre-se que não serei tão piedoso como da outra vez em que deixei Lisbon sair... Dessa vez eu serei o próprio Satan.

 Jane terminou de ler aquilo, amassou e o jogou na grama. Ele passou a mão em seus cabelos e olhou com lágrimas nos olhos para Lisbon.

 — Não conseguimos... Droga! — A agente foi correndo em sua direção e lhe deu um abraço. — Lisbon, eu tenho que sumir... Só estou deixando em perigo, você pode acabar como Julienn.

 — Não pode me deixar, Jane. É tarde demais. — Lisbon terminou o abraço e andou um pouco mais de um metro longe de Jane. Ela observava os agentes entrando na casa com armas e pistolas.

 — Lisbon, eu preciso... — Jane encarava o chão.

 — Você não pode! Eu te amo e nem Red John pode mudar isso. — Jane a encarou com estranheza no olhar. — Eu e Blake terminamos. Eu dei a desculpa que estava focada em meu trabalho... Mas se quiser ir, vá. Mas vá de uma vez!

 — Está falando sério, Lisbon?

 — A assinatura de Red John está na parede, chefe! — Gritou Rigsby.

 — Ótimo. Recolha o sangue e tire fotos. Quero tudo isso para análise. — Lisbon encarou Jane pela última vez antes de entrar em seu carro e digirir pelas ruas da California sem rumo algum.  

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :)



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