BlackList escrita por Myle


Capítulo 6
As coisas vão começando a clarear...


Notas iniciais do capítulo

UM SÉCULO DEPOIS...
Pessoal desculpe, espero que ainda estejam vivos para ler mais um cap!!
Escola!! que saco!
O cap ta meio sem graça, mas espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667001/chapter/6

...

— Significa... – Ele disse lentamente, muito próximo de Clary. – Amor.

Clary sorriu boba olhando para o objeto e apertando entre os dedos. Seu sorriso sumiu... Assim que Jace ergueu seu queixo e em seus lábios depositou um beijo suave.

— Feliz aniversário Clary. – Sussurrou e saiu pela mesma janela que havia entrado.

Clary ficou imóvel por um tempo, até sorrir bobamente de novo, com mais intensidade. Seu primeiro beijo, seu primeiro beijo fora com Jace. O garoto loiro que amava tanto...

 #Agora

 Pov Clary

  O dia já amanheceu e a luz do sol invadia meu quarto pelas brechas da cortina. Levantei-me com preguiça e fui até a janela abrir a mesma. Observei a paisagem da floresta, um sentimento de calma me veio, após muito tempo de conflito. Mas durou pouco. Lembrei-me do sonho da noite passada, lembrava cada detalhe. Jace. Olhei para colar, que agora havia um significado. Amor. Jace me amava? Sorri bobamente olhando para a runa. Mas então parei, lembrando-me que não podia amá-lo, mesmo que ele tivesse sentimentos por mim, talvez agora não mais, eu não sei. Eu não poderia me deixar levar por amor. Eu tenho um objetivo e não posso deixar nada me parar, nem mesmo o amor.

  Fui em direção a uma escrivaninha ao lado de uma cômoda e peguei um caderno que havia ali, estava mais para uma agenda, mas servia perfeitamente. Ela era preta com um detalhe dourado nas pontas. Abri-o e comecei a escrever algumas coisas que aconteceram comigo recentemente, reservei uma folha no começo da agenda para escrever nomes. Me lembrei de dois primeiros nomes, Moly e John, casal que matou diretamente os meus pais.

  Anotei o nome de Michael Wayland, o feiticeiro Jace já havia matado. E claro, não podemos nos esquecer de um em especifico. Valentim Morgenstern.

  Anotei os nomes de alguns que marcaram comigo. Agora eles jamais iriam ser esquecidos, eu jamais esquecerei o que eles fizeram. Eles estão marcados aqui, na minha Lista da Morte.

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

  Assim que terminei minha higiene matinal e coloquei uma roupa confortável para o que iria fazer agora, me direcionei a cozinha, onde não havia ninguém, e comi um sanduiche com suco, só para não ficar de estomago vazio. Estranhei a casa estar tão vazia, mas deixei de lado e fui em direção onde Jace havia me levado ontem para estudar. Estudar é chato, ninguém merece. Eu sei que é necessário que eu saiba coisas que se relacionam a meu povo, mas eu preciso ficar forte, e estudos não vão me ajudar. Eu só espero que o Jace não esteja lá, não quero encontrá-lo em quanto tento pular essa parte de história de Shadowhunters e ir direto para o que interessa.

  Desci as escadas até a sala de treinamento, mais a frente tinha a biblioteca, mas não fui até lá por enquanto. Avaliei o local em que estava, era um lugar relativamente grande. Ali havia um arsenal de armas, somente laminas serafim e espadas, também tinha um arsenal somente com adagas, que incrivelmente estava cheia de variedades delas. Fui até as adagas e peguei algumas na mão para avaliá-la. Eram incrivelmente leves, porem mortais, um arremesso certeiro e o inimigo já era. Sorri com a possibilidade de acabar com muitos só com isso.

  Avistei alguns alvos do outro lado da sala e fui até lá levando algumas adagas comigo. No lugar de arremesso, havia uma mesa, e deixei as adagas lá. Comecei a treinar, fazendo uma posição que achava estar certa e comecei arremessando uma. Errei feio o alvo e ela acabou fincando na parede ao lado.

  Continuei fazendo isso por muito tempo e acabei não percebendo que o tempo havia passado tanto assim. Quando parei um pouco para descansar, vi satisfeita metade de todas as facas que joguei estarem fincada no lugar certo. Também reparei que o dia inteiro nem Magnus ou Jace vieram ao meu encontro. Por um lado é bom, treinei em paz e deu resultado satisfatório. Mas, por outro, por que não os vi o dia inteiro?

  Resolvi que já estava tarde o suficiente e que meu corpo não gostaria que eu continuasse a treinar, então juntei as adagas, limpei-as e as coloquei no lugar em que estavam. Fui rapidamente à biblioteca a frente da sala e procurei alguns livros relacionados ao estudo de ontem com Jace, só para que ninguém perceba que não fazia nada alem de me dedicar ao estudo shadowhunter e me tornar uma.

  Subi ao térreo e não havia ninguém, tomei um banho para tirar o suor e desci para comer alguma coisa. Fiquei no meu quarto lendo aqueles livros, que na realidade eram bem interessantes. O relógio marcava 21h30min e Magnus e Jace não haviam chegado. Onde eles estavam afinal?

x—x—x—x—x—x—x—x—x

Há alguns meses...

 - Não se perca lá fora. – Jocelyn disse para sua filha.

 - Mãe – Clary disse com cara de tédio, iria para casa de Simon e sua mãe sempre ficava preocupada demais, mesmo ela tendo 16 anos. – Não se preocupe mãe, eu não irei. Eu já decorei o caminho. Há anos.

 - Tudo bem, tudo bem. Só me liga assim que chegar lá, para eu saber que você esta bem. Okay?

 -Tá bom mãe. Te amo, tchau. – A ruiva disse e foi em direção a trilha que dividia a floresta em dois. Era época de inverno, e a grama que antes era verdinha, estava escondida debaixo da neve branca.

  Estava andando tranquilamente, não havia ninguém naquela estradinha que ligava a cidade com o campo. Conseguia ver somente um vulto de casaco preto mais ao fundo, ele foi se aproximando cada vez mais, Clary ficou quieta. Era loiro parecia familiar, e quando foi tentar pensar se realmente conhecia, sua cabeça doeu e ela caiu de joelhos segurando a cabeça. Viu com o canto do olho que o menino ao longe vinha correndo em sua direção, parecia preocupado.

 - Ei, você esta bem? – Ele disse, ela realmente achava-o familiar. – Clary?

  Clary arregalou os olhos, ele sabia seu nome, mas como?

 - Q-quem é você? – Ela perguntou olhando para ele. Não sabia dizer, mas viu algo em seus olhos, algo parecido com dor. - Como sabe meu nome? – Ela perguntou se levando com ajuda do garoto.

 - Você não se machucou não é mesmo. Que bom. – Ele suspirou, não respondendo a garota. – Eu vou indo. – Ele disse saiu rapidamente daquele lugar.

  Clary não entendeu nada. Mas resolveu deixar para lá.

 - Clary. – Uma voz disse atrás de si.

  Ela se virou assustada, só para ver seu irmão. Fez cara de raiva, por ter levado um susto.

 - Jonathan!

 - Não fale com pessoas estranhas. – Ele disse sério. “Sério demais” Clary pensou.

 - O que foi, Johnny? – Clary perguntou preocupada.

 - Nada. – Ele sorriu. – Você esta indo para casa do nerd?

 - Do Simon*! – Ela corrigiu brava. – Sim.

 - Que bom. Vamos lá, eu te acompanho. – Ele estendeu sua mão direita para ela. – Eu te levo no Java Jones antes se quiser. – Foi à gota d’água. Clary aceitou imediatamente a mão estendida do irmão e juntos foram andando e conversando animadamente até o Java Jones.

 - Quanto tempo não me trazia aqui Johnny. O que anda te ocupando tanto hein? – Clary disse assim que se sentou no seu lugar de sempre.

 - Desculpe irmãzinha, eu ando ocupado com coisas muito importantes. - Ele disse para ela. – Prometo tentar lhe dar mais atenção. – Ele sorriu.

 - É bom mesmo. Assim, eu tenho muitas coisas para te contar. – Ela começou animadamente, mas parou assim que percebeu que seu irmão estava com um olhar baixo e tristonho. Clary se preocupou de verdade agora. – Jonathan?

 - Ah, sim. Conte-me sobre a escola. – Ele disse, parecendo sair de um transe. Mas Clary sabia que tinha algo errado.

 - O que há de errado com você? Você, simplesmente, anda muito ocupado e distraído nesses últimos meses. Você sempre volta tarde para casa. Esta acontecendo alguma coisa? Johnny, por favor. – Clary insistiu segurando a mão do irmão sobre a mesa.

 - Clary... Não é nada. São coisas necessárias, eu só espero que você entenda que tudo que eu estou fazendo é para o seu bem. – Ele começou a falar de um jeito estranho, apertando sua mão e olhando-a fixamente. – Eu espero que você entenda.

 - Do que você esta falando? – Ela perguntou confusa.

 - Você vai entender um dia. Nossa mãe escondeu algo muito importante de você, ela privou algo muito importante de você, algo que você sempre esquece. Toda essa ilusão vai acabar um dia, eu prometo. Para o seu bem, só isso. Tudo isso porque eu te amo. Clary, eu te amo. – Jonathan disse. Ele estava estranho e Clary estava pressentindo algo muito ruim.

 - Eu também te amo Johnny! Mas eu não estou te entendendo. O que nossa mãe esconde de mim? – Ela perguntou aflita.

 - Só... Tenha paciência. Eu...

 - O que vão pedir? – Uma garçonete apareceu interrompendo a conversa dos dois.

 - O-o de sempre Leila. – Clary disse atordoada. A garçonete anotou e saiu. Clary iria retomar a conversa, mas Jonathan não estava com cara de iria respondê-la. “Mas afinal do que ele estava falando?” Pensou...

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

#Agora.

 Pov Clary.

  Acordei em um pulo só, me sentando automaticamente. Não foi um pesadelo, só mais uma lembrança. Mas, por deus...

 - Ele sabia... Ele sabia! – Eu fiquei dizendo ofegante. – Ele sabia de tudo! Ele sabia que isso iria acontecer comigo! Johnny. – Comecei a chorar afundando o rosto nos joelhos. Meu irmão sabia de tudo que iria acontecer, ele sabia que minha mãe guardava esses segredos de mim. Então... Se ele sabia que todos seriam mortos... Será que ele não esta... Vivo?

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

Em Idris...

 - Uma Morgenstern? – O moreno gritou para Jace, que já estava pronto para esse “piti” do seu Parabatai. – Jace...

 - Alec! Ela não é igual ao Valentim! – Jace cortou o amigo, que estava ligeiramente exagerando.

 - Como você sabe? Ela... Ela pode ser uma espiã! Trabalhando para Valentim. – Alec disse, era a gota d’água.

 - Alec... Espiã? – Jace disse sem acreditar no que ouviu. Enquanto que Isabelle, irmã de Alec, e Magnus riam. – Alec, qual a parte do, “ela foi criada como mundana” você não entendeu? Você sabe o que significa ser criado como mundano? Significa que ela não tem habilidades Shadowhunters!

 - Ela é filha de Valentim, como você sabe? – Alec teimou.

 - Olha... – Jace suspirou. – Eu não vou discutir com você. Só vou perguntar uma vez. Você voltara conosco ou não? Já deixamos Clary sozinha por tempo demais. Ela não sabe se defender sozinha. Ainda.

 - Eu não vou. Ainda. Eu tenho coisas para resolver com a Clave. Izzy também não vai poder. Vão na frente, talvez amanhã a noite ou depois nós iremos. – Ele disse aborrecido.

 - Tudo bem. – Jace suspirou de novo. – Vê se não seja ruim com ela. Ela não tem culpa de ser filha daquele monstro, você sabe disso. – Ele o olhou profundamente. Alec entendeu o recado. Despediu-se e subiu as escadas.

 - Ele vai superar isso. – Izzy disse. – Se não fosse por causa da Clave, eu voltaria com você, para conhecer essa sua tão melhor amiga. – Ela sorriu malicioso para ela.

 - O que? – Ele disse espantado, fazendo Izzy rir.

 - Ora, vocês são amigos a muuito tempo não é mesmo. Mesmo que ela não lembre ainda. – Ela sorriu. – Bem, não precisa fazer pose. É melhor vocês irem, perderam tempo demais aqui.

 - Você tem razão. – Magnus disse. – Meu feitiço é muito melhor quando estou perto dele. Vamos Jace. Espero você e seu irmão em minha humilde casa. – Magnus sorriu para Izzy que sorriu de volta. Ela entendia perfeitamente o que ele sentia.

 - Tchau Izzy. – Jace despediu-se e assim os dois foram para casa.

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

 Em um lugar muito distante dali...

 - Senhor?

 - Sim? – Valentim disse.

 - Ele esta aqui. – O servo disse.

 - Mande-o entrar. – Ele disse e o servo concordou saindo da sala. Logo, outro chegou. – Conseguiu o que eu pedi?

 - Sim. – O garoto respondeu.

 - Então, amanhã, traga-a para mim. – Valentim ordenou.

 - O senhor não vai machuca-la, não é mesmo?

 - Não. – Valentim respondeu, mas deixou a desejar.

 - O senhor prometeu.

 - Não vou machucar minha própria filha! – Valentim se irritou.

 - Ora, como se eu acreditasse que você não machucaria seus próprios filhos.

 - Jonathan... – Valentim virou-se para o garoto atrás de si. – Você ficou muito mole depois que foi morar com sua mamãezinha. Por que hein?

 - Cale a boca. – Ele respondeu ríspido. – Ela é minha irmã. Prometi a ela que tudo ficaria bem com ela.

 - Claro, você faz tudo por ela não é mesmo? – Valentim deu um passo para frente. – Eu prometi para você, que o que eu estou fazendo é para o bem dela não foi?

 -...

 - Então. Ela ficara bem... – Valentim disse com sorriso que dizia totalmente o contrario. Jonathan estava começando a duvidar se deveria ter feito tudo o que o pai pediu. Pensando agora, parecia uma péssima ideia...

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM O QUE ACHARAM!
Prometo tentar deixar melhor o próximo cap!
Ate mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "BlackList" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.