Um jovem universitário de cabelos pretos sentado em uma cadeira dentro da sala de aula, estava concluindo uma atividade que seu professor havia passado. Quando o sinal toca indicando o encerramento da aula.

~Aula de Computação e Ciência Forense~

– É, lá se vai uma segunda feira... – suspira o jovem.

– Ei, pessoal! Lembrem-se que essa pesquisa é para a próxima aula, ou seja, amanhã! He he... Computação e Ciência Forense não é fácil! E, nem pensem que vocês terão tempo para descansar ou beijar na boca, aqui nós vamos é: ESTUDAR! – afirma o professor com um ‘sorriso maléfico’ estampado em seu rosto, como se seu objetivo de vida fosse alcançado.

– Fala sério, não acredito que isso esteja acontecendo! – uma garota de cabelos cacheados fala com um tom de voz indignada, tentando encarar o professor.

– Estou vendo que minha noite com os ‘Brothers’ acabou de ser arruinada. – suspira um rapaz do time de futebol da Universidade.

– Aufred! Ei, Aufred! – chamou um dos colegas que se aproxima do jovem que é considerado o mais estranho da sala. – Você pode se reunir com a nossa turma para resolvermos esse trabalho? – questionou-o tentando chamar o nerd para ajudar ele e seu grupo.

Aufred Connor, um jovem de 22 anos, bastante inteligente, apaixonado por coisas como Pesquisas Cientificas, Teorias de Conspiração, Sistemas de Hackers e Investigação. Sendo Estudante da Universidade de Hokkaido, ele chama bastante atenção dos professores e de todos a sua volta, por causa de seu jeito estranho de observar minuciosamente algumas coisas.

– Não sei, acho que reunir um grupo seria muito bom para terminar essa pesquisa

hoje. – afirma o jovem nerd.

– Olha aí, pessoal! Vamos nos reunir hoje com o Aufred para concluir essa bendita pesquisa! – anunciou o colega jogador, abraçando de lado o ‘Nerd’ de sua sala.

– Eu pretendia fazer só, mais ao menos tenho uma desculpa para poder sair. – Ele pensava enquanto fazia uma cara como se estivesse sem jeito.

De alguma maneira, ele sempre demonstrava um comportamento estranho como se alguém estivesse observando-o, apesar de ser a única pessoa com pele escura na sala (pardo) todos tentavam se afastar dele. Porém, de alguma forma, sempre acabam precisando dele ou de sua inteligência.

~Portão de Entrada da Universidade~

Na saída da Universidade, os colegas de Aufred combinam de se reunirem na Biblioteca Central da cidade, ás 14:00 hrs. Sendo que, eles tinham sido liberados praticamente ao meio dia, o jovem pardo que morava bem longe do ponto de encontro, teria que se apressar para chegar lá.

Correndo por uma rua movimentada, o garoto se apressava para chegar a tempo. A rua estava tendo algum tipo de congestionamento: rumores que os semáforos estavam dando problema. Tentando passar por lugares menos movimentado, ele pega um caminho próximo a um hospital e novamente corre mais um pouco. Vendo que o caminho estava cheio, ele vai para esquerda, depois entra na esquina a direita seguindo direto por uma rua próxima a linha do trem e chega em frente ao departamento de polícia, ele nota que ainda tem um caminho pela frente.

– Humf... Humf... – ofegava cansado. – Tenho que chegar a tempo ainda de fazer algo para comer... – pensou.

Após ter chegado em sua casa, pegando a chave do bolso e abrindo a porta bem rápido, ia em direção da cozinha para preparar um almoço rápido, como: arroz, carne com caldo e claro um cafezinho para depois do almoço, essa era uma de suas manias prediletas, a todo momento um café seria aceito.

Dentro de um pequeno lugar, mais parecido com um quarto de três cômodos, computador aberto em uma pequena mesa, uma televisão um pouco velha, algumas roupas jogadas na cadeira, cama e várias revistas de Pesquisa Cientifica, outras de Programação, uma de pessoas prodígios no campo de engenharia, ciência e física, além de, livros de estudo e contando a pia com um pouco de louça suja.

Após terminar o almoço, ele senta-se no chão de frente para a televisão com a ideia de descansar as pernas.

Quando de repente, um noticiário urgente aparece, informando:

“Nesta manhã, um serial killer escapou da prisão e a polícia da segurança máxima está fazendo o possível para encontrá-lo. ”

– Que segunda feira agitada... espero que encontrem logo esse indivíduo, não quero ter a sorte de encontrar ele... Essa foto me parece familiar de algum jeito me lembra

alguém. – Pensou enquanto seus olhos encaram a foto do tal assassino, ao qual é mostrada no jornal.

O jovem nerd olhando para o relógio percebe que já era 13:30 da tarde, teria que correr novamente para pegar um ônibus e chegar na Biblioteca. Morando no segundo andar de uma república e no cômodo mais simples, ele sai correndo de seu local e desce a escada.

O tempo vai passando e Aufred vê que o transito não está muito bom, parecia estar congestionado de alguma forma, estava muito lento. Sendo que, era uns Três quilômetros de onde ele mora até o ponto de encontro, decidiu ir a pé.

~ No meio do caminho para a Biblioteca~

– Espero que ao menos o pessoal esteja todo reunido já, não quero ter corrido esse caminho todo pra nada... – pensava enquanto já estava caminhando um pouco ofegante.

Quando chega em um certo local, observa uma arquitetura moderna: A Biblioteca Central de Pesquisa de Hokkaido. Era uma das obras mais admiradas da cidade, com um teto feito totalmente de vidro, sua forma era circular e possuía dois andares cheios de prateleiras. Enquanto Aufred admirava a entrada da biblioteca, vai até a recepcionista para pegar a ficha de algum livro, ele nota que mesmo sendo 14:15, e aquele sol lá fora estava tão quente que parecia ‘queimar a cidade’, ninguém havia chegado.

– Bem, podemos dizer que já era de se esperar que esse povo se atrasasse assim... Vamos nos reunir Aufred, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo... – fala consigo mesmo e suspira meio que chateado com a situação, pensando que correu três quilômetros com um sol escaldante para que não encontrasse ninguém.

Após se sentar na cadeira e ficar folheando um livro sobre “Banco de Dados e Tráfego de Informação na Rede”, ele se vê perdido em pensamentos, viaja um pouco. Até que, uma pessoa se aproxima do jovem nerd e colocando a mão em seu ombro...

– Olha só, quem está por aqui! Se não é o “Investigador da Conspiração”... – disse um jovem branco de cabelos encaracolados com um olhar de como se conhecesse o pardo.

– Não estou acreditando em quem os meus olhos estão vendo, é você mesmo, Robson? – encara o jovem branco com um sorriso.

– Você ainda continua morando naquela república velha, no mesmo quarto de sempre? – perguntou o albino, estando de pé ao lado do pardo.

– É, pois é, continuo lá na boa e velha república. Porém, ainda continuo com meus estudos e um dia vou mostrar para você que estou certo. – respondeu de forma animada e bem confiante.

Robson e Aufred eram antigos colegas de quarto, sempre falavam de muitas histórias sobre conspiração e planos de revolução, também aproveitavam a noite conversando sobre suas vidas, já que estudavam em locais diferentes.

Logo, depois de alguns minutos, o grupo da reunião chega e se aproxima dos dois amigos com poucos cumprimentos se despedem.

– Bem, pessoal! Vamos pôr em pratica o nosso exercício ou será que o nosso “amigo” nerd já fez tudo?

– Mais nem ferrando vou fazer essa pesquisa pra vocês assim... – Pensa sorrindo para o jogador da sala.

– Ai, gente... Pois, vamos acelerar isso, eu quero ir na casa de uma amiga e também tenho um encontro a noite. – A garota de cabelos cacheados tenta chamar a atenção mexendo e jogando com a mão os seus cabelos, para que alguém notasse a colônia que tinha comprado.

– Vou pegar alguns livros para ajudar na pesquisa... – disse Aufred, tentando escapar um pouco das conversas de seus colegas.

~Na estante de livros~

– He he he, você é muito sem moral, Bia. O Nerdzão nem olhou para você direito, acho que ele não gosta de mulher, mas eu gosto. – O jogador tenta provocar a moça de cachos, pois sabia que ela tinha uma certa queda pelo pardo, porém, era muito orgulhosa para admitir e tinha vergonha do que suas amigas iriam pensar.

– Eu não fiz isso pra ele, deixe de ser besta, e eu não gosto de homens esnobe. – respondeu, cortando a conversa do jogador.

Enquanto isso, Aufred estava na seção de Livros: “Programações e Banco de Dados”, pois tinha uma paixão intensa pela área da tecnologia e com um livro na mão e olhando para o céu nota uma cor avermelhada se expandindo.

– O que é isso? – sussurrou, enquanto tentava focar os olhos na cor escarlate do céu.