Patty

Eu saio em disparada na direção sul de Cental City onde o radio disse estar havendo movimentações meteorológicas suspeitas, é claro que eu sei que quem está lá é Mark Mardon o homem que matou meu pai, quando eu chego vejo o Flash lutando com o Trapaceiro e Mark ao mesmo tempo.

- Mark Mardon, você está preso – eu digo apontando minha arma para o peito dele, mas antes que eu possa atirar sou lançada para trás por um súbito vento, eu me preparo psicologicamente para a dor do impacto e para quebrar provavelmente uma ou duas costelas mas isso não acontece por que tão rápido quanto eu fui lançada eu estou nos braços do flash enquanto ele me coloca em segurança no chão.

- Mas o que é que você está fazendo aqui – ele diz perto de mim com aquela voz digitalizada, e eu fico um momento sem entender.

- Eu sou uma policial e eles os bandidos – eu falo o obvio.

- Não só bandidos, um deles é um meta-humano e o outro um psicopata e você está sozinha. – ele diz com pura irritação na voz e antes que eu possa abrir a boca somos interrompidos.

- Me desculpem interromper o casalzinho, mas você tem uma decisão a fazer Flash – ele diz com um sorriso diabólico no rosto – Me entregue a varinha ou 100 criancinhas vão morrer – ele diz e eu abro a boca em choque.

Vejo Flash estender uma varinha de metal para Mark e nó mesmo instante ele é atingido por um raio.

- Mark...Mark – eu escuto Flash dizer enquanto se levanta do chão – Um raio? Serio? Ninguém te disse que eu amo raios – ele diz e a próxima coisa que eu vejo e ele derrubando Mark no chão.

- Flash....Flash....Flash...Flash – o trapaceiro canta com aquele jeito maluco- Será que você esqueceu do nosso acordo? Se você não nos deixar te matar, nós mataremos todas aquelas crianças.

Eu estou sem ação, simplesmente parada aonde o Flash me deixou, ele não pode deixar que o matassem, mas também não pode deixar que esses malucos matem aquelas crianças, enquanto eu tento achar uma maneira de fazer alguma coisa útil vejo o Flash por a mão no ouvido no que me parece ser um ponto eletrônico e depois abrir um sorriso de lado que me parece estranhamente familiar.

-Eu acho que hoje não Trapaceiro – ele diz.

-Como você quiser – o Trapaceiro diz e aperta um botão.

-Não- eu grito e de repente um enorme clarão toma conta do céu, como se fosse, bem como se fosse bombas explodindo.

- O que?? – Mark e o Trapaceiro dizem ao mesmo tempo e antes que eu possa piscar Flash pega de volta a varinha e a usa em Mark prendendo ele e o Trapaceiro logo em seguida.

Poucos segundos depois vários carros de policia começam a chegar e Joe sai de um deles e vem correndo em minha direção enquanto os outros levam os bandidos para a prisão.

-Detetive Spivott você está bem?- ele pergunta me olhando de um jeito repreensor.

- Estou sim, ele me salvou – eu digo apontando para o Flash.

- Tenho certeza que sim – ele diz com um sorriso de canto.

-O que você quer dizer com isso? – eu pergunto, mas ele não me dá ouvidos e caminha calmamente em direção do Flash.

Eles começam a conversar, e eu acho isso muito estranho, por que afinal eu deveria estar lá também, eu faço parte da força tarefa contra meta-humanos igual ao Joe e é com esse pensamento que eu vou em direção a eles.

-Obrigada por me salvar – eu digo estendendo a minha mão para ele.

- Foi um prazer – ele diz, e assim que as nossas mãos se encontram eu sinto um choque percorrer todo o meu braço é uma sensação gostosa, mas que me faz dar involuntariamente um passo pra trás afinal eu tenho um namorado que eu amo e não posso ter esse tipo de sensações com ninguém.

-Que bom que tudo acabou bem – Joe diz me tirando do transe – Agora eu tenho uma festa de natal para ir.

- Eu também - Flash diz – Até mais – e desaparece.

- Nos vemos lá em casa Spivott – Joe fala.

- Claro, eu só vou me trocar – eu digo já me encaminhando para o meu carro, eu chego em casa e vou direto para o chuveiro, enquanto eu tomo banho fico pensando no que aconteceu hoje e aquele aperto de mão com o Flash volta na minha mente me fazendo reviver aquela gostosa sensação, eu não sei mas parece que eu o conheço de algum lugar, por mais que eu nunca tenha visto nitidamente o rosto dele nem escutado a sua voz, o seu toque me é estranhamente familiar e já é a segunda vez que eu reparo nisso quando ele me salvou das bombas no esconderijo do Trapaceiro eu me senti tão bem em estar nos braços dele com ele eu me sentia segura igual eu me sentia quando estava com...... com....com o Barry.

- Não seja ridícula Patty – eu digo a mim mesma saindo rapidamente do chuveiro, de todas as teorias que eu já fiz sobre a identidade secreta do herói essa com certeza foi a mais sem fundamento.

Depois de secar meu cabelo e eu o deixo solto caindo em ondas sobe os meus ombros passo um delineador, lápis e um batom clarinho, paro na frente do meu guarda-roupa pensando no que vestir, eu quero alguma coisa bonita para agradar o Barry parece que nesses últimos dias nós quase não nós vimos.

- Você vai servir – eu digo pegando um vestido vermelho um pouco acima do joelho de alcinhas, nada vulgar só elegante calço um par de scarpans preto um, sobretudo também preto e estou pronta, quando estou prestes a trancar a porta me lembro da coisa mais importante que eu já ia esquecer..... o presente do Barry.

- Ai está você – eu digo pegando o embrulho que estava em cima do sofá.

Eu estou prestes a tocar a campainha, quando a porta é aberta pelo Barry me dando um susto.

- Nossa – eu digo com a mão no peito – Como você é rápido.

- Você não tem ideia - ele diz com um sorriso, antes de me puxar para um beijo e aquela sensação gostosa passa novamente por todo o meu corpo e parece que os problemas do dia são todos tirados das minhas costas.

- Eu precisava disso- eu falo quando nos separamos ofegantes.

- Eu também – ele diz – Feliz Natal.

- Feliz Natal Barry – eu digo sorrindo.